Pesquisar no Blog

quinta-feira, 8 de abril de 2021

A importância da vacinação

O diretor do Laboratório São Paulo, Daniel Dias Ribeiro, reforça a importância da vacinação no Brasil para manter o controle de qualquer vírus no país. “Devemos tomar a vacina contra um vírus ou bactéria com objetivo de proteger uma parcela suficiente da população para impedir que essa ameaça continue a se disseminar. Quanto maior o número de pessoas vacinadas, mais fácil é controlar a propagação de uma doença. O fato é que tomar a vacina é a única forma de controlarmos a propagação da doença, independente de qual vacina seja”, acrescenta o médico.

 Após tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19, por exemplo, cerca de 20 dias depois, a pessoa estará imunizada. Estima-se que se 70% da população for vacinada, poderemos começar a retornar os hábitos sociais. Algumas pessoas não devem tomar a vacina para a Covid-19, já que não existem estudos suficientes para grupos da faixa etária inferior a 12 anos e grávidas. Também não é recomendado para quem tem alergia aos componentes da vacina.

O dr. Daniel Dias Ribeiro também reforça a importância de se tomar a vacina da gripe este ano novamente e que está no Calendário Nacional de Vacinação do Brasil, para fortalecer a imunidade, além de ser um fator determinante para diferenciar os sintomas de outras gripes vireis e a Covid-19.

* Perguntas abaixo foram respondidas pelo dr. Daniel Dias Ribeiro - médico hematologista, patologista clínico e um dos diretores do Laboratório São Paulo
 

  1. Por que devemos tomar a vacina contra a Covid-19?

Devemos tomar a vacina para a Covid-19 para conferir a proteção contra o vírus a uma parcela suficiente da população para impedir que essa ameaça continue a se disseminar. Quanto maior o número de pessoas vacinadas, mais fácil é controlar a propagação de uma doença.

 

  1. De todas as vacinas desenvolvidas, qual devo tomar? E quantas doses?

Existem diversas vacinas em produção no mundo. Não se tem definido ao certo se uma poderá ser melhor que outra. O fato é que tomar a vacina é a única forma de controlarmos a propagação da doença, independente de qual vacina seja.
A maioria das vacinas exige 2 doses.

 

  1. Posso tomar doses de vacinas diferentes?

Nenhum estudo até agora testou a aplicação de duas vacinas diferentes em um curto intervalo de tempo. Ainda não se sabe ao certo sobre esta informação.

  1. Em quanto tempo, após tomar a vacina, eu estarei imunizado contra a Covid-19?

Após tomar a segunda dose, cerca de 20 dias depois, os estudos garantem a imunidade.

  1. A vacina vai me proteger contra a Covid-19 por quanto tempo?

Não se tem estudos suficientes ainda para esta afirmação. Provavelmente, por se tratar de uma doença viral, deverá percorrer o mesmo calendário da vacina para gripe (anual).

  1. Quem já teve a Covid-19 e tem os anticorpos, precisa ser vacinado?

Sim, todas as pessoas devem ser vacinadas.

  1. Quais tipos de reação a vacina pode provocar? Devo me preocupar?

Não. A vacina pode apresentar efeitos colaterais como vermelhidão e inchaço no local de aplicação como qualquer outra vacina. A Sociedade Brasileira de Imunologia informa que como há uma urgência pela aprovação, faz-se uma autorização emergencial e continua-se acompanhando o teste clínico e as pessoas vacinadas. Se houver algum problema sério, a distribuição será revisada.

  1. A vacinação contra a Covid-19 acabará com o coronavírus? Poderemos deixar de usar máscaras, fazer o distanciamento social e usar o álcool em gel?

Estima-se que se 70% da população for vacinada, poderemos começar a retornar os hábitos sociais.

  1. Para quais grupos as vacinas contra a Covid-19 não são indicadas?

Não existem estudos suficientes para grupos da faixa etária inferior a 12 anos e grávidas. Também não é recomendado para quem tem alergia aos componentes da vacina.

  1. Posso ter a Covid-19 mesmo depois de vacinado?

Sim. A Coronavac, por exemplo, estima 50% de eficácia da vacina para covid-19. Ou seja, existe 50% de chance de você não pegar o vírus.

  1. Quem tomar a vacina e tiver a Covid-19, pode transmitir a doença?

Ainda não há estudos suficientes para esta afirmação.

  1. Em breve, começa a vacinação contra a gripe. Devo tomar essa vacina? Posso tomar as vacinas da gripe e da Covid-19? Algum cuidado quando vacinar? Elas podem ser vacinadas juntas?

Sim e deve. Como a vacina para a Covid-19 demorará um certo tempo para atingir toda a população do país, a vacina da gripe fortalecerá a imunidade para as pessoas, além de ser um fator determinante para diferenciar os sintomas gripais para Covid19 ou demais gripes virais.

 

  1. Não sou grupo de risco, não sei quando serei vacinado pelo SUS. Poderei comprar a vacina em uma clínica particular?

Não. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina para Covid-19 só poderá ser comercializada após a imunização de toda a população pelo SUS.

  1. Qual a porcentagem indicada em uma vacina contra a Covid-19, capaz de ser considerada satisfatória?

A Coronavac, por exemplo, estima 50% de eficácia da vacina para covid-19. Ou seja, existe 50% de chance de você não pegar o vírus. Porem há 78% de chances da pessoa que se contaminar com o vírus ser assintomática e 100% de chances de não desenvolver sintomas graves ou óbitos.

  1. A vacina contra a Covid-19 pode ser tomada por todas as faixas etárias, inclusive crianças e grávidas?

Não há estudos suficientes para crianças abaixo de 12 anos e grávidas.

  1. Pessoas que apresentam algum tipo de alergia podem tomar a vacina contra a Covid-19? É importante informar na hora de tomar a vacina o tipo de alergia e os medicamentos que tomam?

Alergia a componentes da vacina podem gerar alguma reação, porém os postos se preparam com doses de adrenalina caso seja necessário. O uso de imunização passiva contra SARS-CoV-2 pode interferir com a vacina e impedir que seja gerada a resposta imune esperada.

 

* No Instagram do Laboratório São Paulo, o dr. Daniel Dias Ribeiro fala sobre a vacina. Link: https://www.instagram.com/p/CLUGEsFFqAN/ 


Além da Covid-19, casos de dengue no país preocupam especialistas

Na Baixada Santista, somente nas duas primeiras semanas de março, houve um aumento de 145% nos casos de dengue

 

O Brasil e o mundo passam pela maior crise sanitária da nossa época com a pandemia do novo coronavírus. No entanto, além da Covid-19, o surgimento de novos casos de dengue no país preocupa os especialistas. No litoral de São Paulo, a Baixada Santista, registrou somente nas primeiras duas primeiras semanas de março um aumento de 145% nos casos de dengue. A infectologista da Fundação São Francisco Xavier, Andrea Maria de Assis Cabral explica sobre as doenças e ensina a diferenciar os sintomas de Covid e Dengue.

“As duas doenças são virais, mas provocadas por vírus diferentes e com comportamentos distintos. A Covid-19 é causada pelo vírus Sars Cov 2 e é transmitida de uma pessoa infectada para outra. A transmissão da dengue é feita pela picada do mosquito transmissor, o Aedes Aegypti”, explica a infectologista.

Segundo a infectologista, alguns sintomas de dengue e covid-19 são semelhantes e podem causar confusão na população. Entre eles a febre, mal-estar, dor de cabeça e dor no corpo. A Covid-19 é uma doença respiratória aguda e isso a diferencia da dengue. Na Covid são frequentes os sintomas gripais, como tosse, coriza e falta de ar”, explica. “E em caso mais extremo, as doenças podem coexistir em uma mesma pessoa. Ou seja, é possível ter dengue e Covid-19 ao mesmo tempo”.

Foi a ausência de sintomas gripais que fizeram a psicóloga Geovana Maria da Silva Ortis, desconfiar que estava com dengue. “No primeiro momento achei que estava com Covid até porque atuo na linha de frente da doença. Procurei atendimento médico no segundo dia de sintomas quando tinha febre alta, dores nas articulações e nos olhos. A primeira pergunta que o médico me fez foi se eu tinha sintomas de gripe. Fiz o exame e deu baixa de plaquetas”, conta. E acrescenta. “Tive falta de apetite e manchas avermelhadas pelo corpo. Ainda tenho dores nas articulações”, disse.

Moradora do bairro Saboó, em Santos, Geovana diz que sempre se preocupou com a doença e agora ainda mais devido ao número de casos que tem conhecimento. “Eu moro em casa, mas não deixo água parada, não tenho vasos de plantas, mas perto da minha casa tem um terreno baldio e a vizinhança toda teve dengue. A região passa por um surto da doença”, conta.     

Outra moradora da Baixada Santista que também teve dengue foi a auxiliar de higienização, Adriana Valéria dos Santos Silva. Ela e a filha Cintya, que residem na cidade de Praia Grande, tiveram a doença em março quase ao mesmo tempo. “Tivemos praticamente os mesmos sintomas: mal-estar, dor de cabeça, náusea, falta de apetite. As manchas vermelhas no meu corpo foram menores e as da minha filha eram bem maiores e espaçadas. Mas nós duas ainda estamos sem apetite”, relata.

A doutora também alerta que quem já pegou um tipo de dengue também pode Valsofrer nova infecção por outro tipo. “As reinfecções tendem a ser mais perigosas por causa do desenvolvimento de alto anticorpo que pode provocar sintomas ainda mais fortes. Por isso é preciso ficar atento e procurar o atendimento médico a qualquer sinal de alarme”, ensina Andrea.


Mutirão contra a Dengue

Eliminar os focos do mosquito transmissor é a principal forma de prevenção da dengue. Para ajudar a combater o Aedes Aegypti e garantir a segurança e a saúde da população, a Fundação São Francisco Xavier realizou, nos últimos dias 06 e 07 de abril um mutirão contra a Dengue.

 A ação, promovida pela equipe de Segurança do Trabalho da FSFX, em conjunto com o setor de Hotelaria, foi realizada em todas as unidades da Fundação e teve como objetivo não só eliminar os focos do mosquito como também conscientizar a população. Foram coletados lixos e todo material que possa acumular água parada em regiões próximas aos hospitais administrados pela FSFX nas cidades de Ipatinga, Timóteo, Itabira e Cubatão (SP).

Além do mutirão, a Fundação também está promovendo, nas cidades onde atua e em suas redes sociais, uma campanha contra o mosquito Aedes Aegypti.


Rompendo tabus: o que você precisa saber sobre a Doença de Parkinson

Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson alerta para os cuidados com as doenças degenerativas

 

Assim como o Alzheimer, a doença de Parkinson é uma das doenças degenerativas que mais acometem pessoas no mundo. Estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1998, o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, como o próprio nome já diz, tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a condição neurodegenerativa, incentivar pesquisas e a inovação no setor. A data também homenageia o famoso cirurgião e farmacêutico inglês James Parkinson, que fez o primeiro relato da doença, em 1817.

A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta, principalmente, os neurônios produtores do neurotransmissor dopamina, que possuem relação direta com o controle dos movimentos do corpo. Este processo de destruição das células nervosas ocorre em vários pontos do cérebro e, na grande maioria, apresenta sintomas como lentificação dos movimentos, rigidez muscular e tremores involuntários.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, o Brasil registrou cerca de 200 mil pessoas portadoras da doença de Parkinson, em relação aos índices globais, que podem alcançar cerca de 8 milhões de pessoas acometidas pela doença.


Os principais sintomas e diagnóstico

O diagnóstico da doença é clínico e se dá pela detecção dos principais sinais e sintomas que uma pessoa pode vir a apresentar. Os sintomas mais frequentes podem ser: tremores involuntários, rigidez muscular, lentidão dos movimentos, perda das expressões faciais, lentificação do raciocínio, alterações do sono, depressão e perda do olfato.

Vale destacar que estes podem ser apenas alguns sintomas diante de um todo. Portanto, é primordial a busca por um atendimento médico adequado, feito, nestes casos, por um neurologista. “Como não há, infelizmente, um exame específico que consiga detectar a presença da doença com precisão, grande parte dos diagnósticos acontecem tardiamente, por isso é fundamental que as pessoas busquem tratamento o quanto antes. Isso pode, sim, proporcionar mais bem-estar e qualidade de vida aos portadores do Parkinson”, afirma doutor Alexandre Venturi, médico neurologista da Clínica IMUVI.


Existe um tratamento adequado?

Apesar de ser uma doença que não tem cura, existem diversos medicamentos e tratamentos que são capazes de atenuar os principais sintomas da doença, proporcionando muito mais qualidade de vida para os pacientes e seus familiares. Sobre os medicamentos, existem diversos grupos de remédios que podem ser utilizados, mas é importante frisar que a grande maioria deve atuar na elevação de concentração da dopamina no cérebro, o neurotransmissor que geralmente se encontra em níveis muito baixos em quem possui a doença de Parkinson.

A fisioterapia, a cirurgia com implante de estimulador cerebral (uma espécie de “marca-passo cerebral”) são aliados importantes no processo de tratamento da doença de Parkinson, devendo ser indicados corretamente por um médico neurologista especializado. “É muito importante que todos se conscientizem que, ainda que as doenças degenerativas sejam irreversíveis, todos os recursos disponibilizados pela Medicina para amenizar os sintomas desses pacientes, podem e devem ser utilizados. Todos merecem uma vida melhor”, conclui Dr. Alexandre Venturi.

Por fim, vale destacar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), criados pelo Ministério da Saúde do Governo Federal. São documentos que estabelecem critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais terapias apropriadas; assim como as posologias recomendadas e todos os aspectos em torno de uma doença que devem ser cumpridos por gestores do Sistema Único de Saúde e profissionais da área de saúde. A doença de Parkinson, no Brasil, também possui um PCDT e a última versão foi atualizada em 2017.


 

HSANP


Dor de cabeça: saiba diferenciar causas e tratamento

Um dos sintomas mais comuns da covid e que também ocorre pelos mais variados motivos é a dor de cabeça. Seja ela sintoma de uma doença, um incômodo que passa após alguns minutos ou uma dor que persiste por muito tempo, é importante identificar qual a causa para fazer o tratamento correto e evitar maiores problemas.

O doutor em neuroanatomia e mestre em anatomia humana pela Unicamp Mario Sabha Jr. explica que as dores de cabeça podem ter diversas origens relacionadas com o próprio cotidiano da pessoa. “Ela pode ser gerada por cansaço, insônia, falta de nutrição ou hidratação, desgastes emocionais como discussões e brigas, fotossensibilidade por alta exposição à luz solar ou a telas de computadores e celulares”, exemplifica.

Segundo Sabha, é importante a pessoa se conhecer e notar se já tem dores de cabeça com frequência. “O que não pode ser feito é negligenciar a dor. Uma pessoa que não costuma ter esse sintoma e de repente passa a ter sem que seja um dos motivos que citei, pode estar em uma situação de emergência e até mesmo com o sintoma de um AVE (Acidente Vascular Encefálico, popularmente conhecido como AVC)”, alerta.


Rápidas ou persistentes, as dores de cabeça devem ser tratadas de acordo com o seu tipo
Depositphotos

O especialista alerta que é essencial perceber se a dor de cabeça vem acompanhada de outros sintomas, ainda mais no momento atual que vivemos. “Se vier junto a dor nos olhos, de garganta, febre, perda de olfato e paladar e, principalmente falta de ar, é necessário consultar um médico o mais rápido, pois pode ser coronavírus e, quanto mais breve se iniciar o tratamento, melhor será a recuperação”, afirma.

As dores de cabeça, tanto as mais leves como as mais persistentes, podem ser tratadas com a ajuda de um especialista. “Além dos medicamentos, temos tratamentos com osteopatia, quiropraxia, acupuntura e terapias no crânio para a maioria dos casos. No entanto quando a dor está relacionada a males mais graves, como a covid, o primeiro passo é tratar a doença”, explica Sabha. “Com um tratamento integral é possível identificar a origem do problema e realizar o cuidado a partir dali. Existem situações emocionais, por exemplo, em que a pessoa ao dormir bem, realizar uma dieta correta e exercícios físicos já consegue alcançar um certo equilíbrio”, afirma.


Glúten: quem deve cortar da alimentação?

 

Alergista do São Cristóvão Saúde, Dr. Alexandre Okamori explica cada uma das doenças e sintomas de quem não pode ingerir alimentos com glúten


O glúten, proteína presente em cereais como trigo, cevada e centeio, faz mal para pessoas que tem três tipos de doenças: a celíaca, alergia ao trigo ou sensibilidade não celíaca ao glúten. Fora essas pessoas, o glúten não deve ser retirado da alimentação sem a orientação de um especialista, pois, é um é uma proteína presente nos cereais e no preparo de alimentos. O alergista do Grupo São Cristóvão, Dr. Alexandre Okamori, explica cada uma delas:

Doença celíaca: é uma doença autoimune, ou seja, o próprio sistema imunológico da pessoa ataca as células saudáveis, resultando em um processo inflamatório da parede do intestino. Isto pode causar: diarreia, anemia, distensão e dor abdominal, como também pode ser assintomática.

Alergia ao trigo: atinge mais as crianças porque com a ação dos anticorpos, é possível notar os sintomas mais precocemente, assim, podendo causar um quadro alérgico grave, com sintomas variados, entre eles o choque anafilático, urticária ou brotoejas, cólicas estomacais, diarreia, dificuldade para respirar, entre outros.

Sensibilidade não celíaca ao glúten: atinge pessoas que não tem alergia, nem produzem autoanticorpos. Neste caso a pessoa pode ter os seguintes sintomas: déficit de crescimento, anemia, osteoporose, lesões de pele, diarreia, dor abdominal, emagrecimento e enxaqueca.

Os alimentos que contém glúten são muitos, e quem tem alguma das sensibilidades citadas acima deve evitar a ingestão desses alimentos e bebidas. Confira a lista:

• Barrinha de cereais;

• Massas em geral;

• Pães e torradas;

• Biscoitos e bolachas;

• Bolos;

• Salgados de festa;

• Donuts;

• Casquinha do sorvete;

• Salsicha;

• Salame;

• Hambúrguer;

• Carnes empanadas;

• Molhos prontos, como ketchup, mostarda, maionese, molho de soja;

• Bebidas como cerveja; vodka; gim, uísque, entre outros.

 


Grupo São Cristóvão Saúde

 

 

Nova técnica de cirurgia minimamente invasiva da coluna lombar é realizada pelo abdômen e acelera recuperação


O ALIF é uma cirurgia minimamente invasiva da coluna lombar realizada pela via anterior. Esta cirurgia ganha cada vez mais adeptos, com novas e modernas indicações. É uma técnica minimamente invasiva com grande tecnologia envolvida e que acelera a recuperação. 

A indicação da artrodese pela via anterior apresenta inúmeras vantagens. Ela é feita pela região abdominal, ou seja, pela parte da frente da coluna. Nas mulheres que tiveram parto tipo cesariana é geralmente utilizado o mesmo corte, com tamanho menor da cicatriz que a da cesariana.

Muitos pacientes se questionam como pode ser feita uma cirurgia pela frente e qual a vantagem em relação à técnica tradicional, que é realizada pelas costas? 

A cirurgia do ALIF oferece a possibilidade de remover muito mais disco, fazendo com que se tenha grande área para que a fusão entre as vértebras aconteça, diminuindo a complicação de falha da cirurgia e agilizando o retorno às atividades que se deseja realizar. Por meio desta técnica é possível tratar os problemas de deformidade e desalinhamento da coluna e é capaz de descomprimir as estruturas nervosas pela remoção direta do disco, bem como através do aumento do espaço discal, causando o que é chamado de descompressão indireta.

O procedimento melhora a curva da coluna, possibilitando o ganho de lordose e melhorando o alinhamento da coluna. Ajuda assim a poupar o desgaste de outras áreas da coluna.

Pessoas que exercem trabalho que exige muita força da coluna ou que permanecem muito tempo sentadas aumentam a pressão dentro dos discos, em especial das últimas vértebras da coluna. Quando este desgaste está muito crítico e comprime as estruturas nervosas pode-se indicar a cirurgia para melhorar a condição desta coluna. Essa é uma das principais indicações para a cirurgia do ALIF. Além disso, pacientes que já realizaram cirurgia pelas costas e não tiveram sucesso, podem ser submetidos a esta cirurgia - chamada de revisão.                                                                                  

Com o passar dos anos e avanços no conhecimento das estruturas, a técnica vem sendo aprimorada, minimizando os danos às estruturas que são importantes para a sustentação da coluna, principalmente por poupar e não lesar os músculos do abdômen e da parte posterior da coluna. Essas mudanças permitem uma recuperação mais rápida, já que a cirurgia minimamente invasiva do ALIF não envolve tanto sangramento, além de ser feita em menor tempo, o que diminui as chances de complicações tanto durante a cirurgia quanto no pós-operatório. O ALIF vem ganhando cada vez mais adeptos pelos bons resultados demonstrados e cada vez mais indicações para seu uso.

 

 

Dr. Alynson Larocca Kulcheski - ortopedista da coluna do Hospital VITA. Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Membro da Sociedade Brasileira de Coluna Minimamente Invasiva (SBC.MISS).

 

Hospital VITA 

www.hospitalvita.com.br


Refluxo: da simples azia a um câncer

Doença que atinge cerca de 30% da população adulta no Brasil, pode se agravar caso paciente não mude seu estilo de vida


Tenha certeza que apesar dos significativos avanços da moderna medicina, o seu bem-estar físico e mental está essencialmente em suas mãos. Médicos especialistas são unânimes em afirmar que a grande maioria das doenças, entre elas alguns tipos de câncer, podem ser evitadas com um estilo de vida mais saudável. 

A doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é um bom exemplo de como maus hábitos, especialmente aqueles ligados à alimentação e à prática de atividades físicas, tiram muito da nossa qualidade de vida. A patologia, que atinge aproximadamente 30% da população adulta no Brasil, segundo dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), afeta o sono, agrava doenças pulmonares como pneumonia, bronquite e asma, ocasiona inflamação das cordas vocais, úlcera e pode até evoluir para um câncer de esôfago.

O Refluxo Gastroesofágico consiste no retorno involuntário e repetitivo do conteúdo do estômago para o esôfago. Os alimentos mastigados na boca passam pela faringe, pelo esôfago (tubo digestivo que desce pelo tórax) e caem no estômago, situado no abdômen. “Entre o esôfago e o estômago, existe uma válvula que se abre para dar passagem aos alimentos e se fecha imediatamente para impedir que o suco gástrico penetre no esôfago, pois a mucosa que o reveste não está preparada para receber uma substância tão irritante. O refluxo ocorre justamente quando há baixo tônus nesta válvula gastroesofágica”, explica o cirurgião do aparelho digestivo e especialista em  endoscopia digestiva, Eduardo Grecco (CRM 97960). 

Mas apesar de ser uma patologia relativa comum no Brasil e no mundo, os mitos e dúvidas sobre a doença do refluxo são muitos, e esta desinformação sobre o problema pode levar a um diagnóstico tardio ou a um tratamento inadequado, muitas vezes com base na automedicação. Para esclarecer algumas das perguntas mais frequentes sobre o tema, ouvimos vários especialistas médicos que atendem em seus consultórios muitas pessoas que sofrem com esse problema. Confira seguir:



Quais são os principais sintomas do refluxo?


Conforme o cirurgião do aparelho digestivo e especialista em  endoscopia digestiva, Eduardo Grecco, os principais sintomas da doença são a azia, que é aquela famosa “queimação no estômago”; o refluxo propriamente dito, que é justamente a sensação do retorno do alimento ao esôfago; pigarro e dor na garganta. “Temos também outros sintomas não tão frequentes, mas que podem sim caracterizar a doença do refluxo, como tosse seca contínua, situações de engasgo noturno que trazem para algumas pessoas uma sensação bem aflitante de sufocamento durante o sono. Temos também a ocorrência de uma dor torácica muito forte do lado esquerdo do peito, e que muitas vezes se assemelha ao infarto do miocárdio", acrescenta o médico.



O refluxo pode causar câncer?


Sim, como explica o cirurgião do aparelho digestivo e gastroenterologista Manoel Galvão (CRM 64803- SP / RQE 20872 / RQE 20873). De acordo com o especialista, a doença do refluxo está ligada a uma agressão crônica da mucosa do esôfago, principalmente na sua parte distal mais perto do estômago, que a princípio reage com inflamação (esofagite) e, se não tratada, pode evoluir para uma metaplasia. “Essa agressão provoca a formação de um novo revestimento do esôfago, o epitélio de Barrett que, apesar de mais resistente ao refluxo, é geneticamente mais instável, podendo levar a um câncer do tipo adenocarcinoma. Já em nível mais proximal, perto da garganta, qualquer refluxo ácido é mal tolerado e gera inflamação e que também, se não for tratada, pode gerar um câncer nesta região”, explica. O médico lembra, porém, que apesar de haver a possibilidade, o risco de câncer relacionado a doença do refluxo é baixa. 



Pessoas obesas correm mais risco de desenvolver a doença do refluxo?


Sim. Quando se trata de pacientes obesos, quase a totalidade apresenta algum sintoma de refluxo. E, o pior, muitas vezes de forma mais acentuada e com maior risco de complicações, conforme explica a gastroenterologista e endoscopista digestiva, Caroline Saad (CRM 20632 PR).

Segundo a especialista, a obesidade tem uma relação direta com a DRGE, e quanto maior o volume de gordura abdominal do paciente, maior será a pressão exercida sobre o estômago, ocasionando assim frequentes episódios de refluxo. “Essa influência é tão grande que no caso de tratamentos em pacientes obesos, além das ações clínicas e mudanças comportamentais, é preciso reforçar a atenção com sua dieta, com a prática de atividade física e consequente perda de peso. Isso porque se esse paciente não perder peso, certamente, ele nunca conseguirá ficar assintomático para o refluxo”, destaca. 



A doença do refluxo só se trata com o remédio?


De acordo com o gastroenterologista Manoel Galvão, a maioria dos casos de refluxo podem ser tratados com algumas mudanças comportamentais no estilo de vida, assim como adaptações da dieta, já que em muitos casos, essas alterações relativamente simples são capazes de aliviar os sintomas, sem ser necessário qualquer outro tipo de tratamento.

Em casos crônicos, a DRGE não tem cura, mas tem controle, com tratamentos que trazem grande efetividade contribuindo muito para a qualidade de vida do paciente. O médico explica que nessas situações, além da necessidade de se adotar hábitos saudáveis e controlar o peso, é preciso lançar mão de medicamentos do tipo inibidores de bomba de prótons.

Mas segundo dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), do total de pacientes que sofrem de refluxo no País, 40% não têm resultados efetivos apenas com o tratamento medicamentoso e precisam apelar para um tratamento cirúrgico. Nesses casos, é indicada a cirurgia de fundoplicatura, em que o cirurgião, confecciona uma válvula anti-refluxo com tecido do próprio estômago do paciente. Se houver uma hérnia de hiato associada, a mesma é corrigida. 

Manoel Galvão destaca também um recurso terapêutico que acaba de chegar ao Brasil e que tem a mesma eficácia da cirurgia convencional, porém é minimamente invasivo. “Esse tratamento por endoscopia já é aprovado pela FDA  nos Estados Unidos, e recentemente foi aprovado pela nossa Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Por meio da técnica de endoscopia, também é possível confeccionar uma válvula anti-refluxo sem necessidade de cirurgia, com o uso do dispositivo médico Esophyx. 



Qual especialista devo procurar para tratar a doença do refluxo?


Apesar de diferentes especialistas serem capazes de diagnosticar o refluxo, o profissional médico melhor habilitado para tratar a DRGE é o gastroenterologista. O gastro, como é chamado pela maioria das pessoas, é o especialista em tratar doenças ou alterações de todo o trato gastrointestinal, que vai da boca ao ânus. Assim, esse profissional médico é responsável por tratar diversas doenças relacionadas à digestão, dores de estômago, cólicas intestinais, prisão de ventre e diarreia e outras.

Para realização de procedimentos cirúrgicos e endoscópicos relacionados ao tratamento da doença, é preciso que o médico seja cirurgião geral com especialização em cirurgias gastrointestinais ou especializado em endoscopia digestiva.

Comorbidades e vulnerabilidades socioeconômicas elevam o risco de mortalidade infatojuvenil por Covid-19

Pesquisadores do Departamento de Pediatria da FMUSP reforçam a necessidade de reclassificação da pandemia como sindemia

 

Estudo inédito, promovido pela Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), aponta que comorbidades e vulnerabilidades socioeconômicas elevam o risco de mortalidade de crianças e adolescentes hospitalizados por Covid-19 no Brasil.

Publicado como pré-print e aguardando revisão para publicação em periódico científico internacional, o artigo realizou uma análise estatística de dados do Ministério da Saúde sobre 5.857 pacientes menores de 20 anos hospitalizados por Covid-19. 

Em comparação com pacientes previamente saudáveis, o estudo demonstrou existir maior mortalidade por Covid-19 em crianças com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Especialmente, quando associadas aos pacientes com mais de uma doença crônica, o risco de mortalidade apresentado era quase dez vezes maior. 

Além disso, o estudo mostrou maior mortalidade entre crianças das etnias parda, indígena e amarela, quando comparadas com crianças brancas. Residentes das regiões Norte e Nordeste ou de cidades com menor desenvolvimento socioeconômico também tiveram maior chance de óbito. 

Os resultados obtidos pelo trabalho levam os pesquisadores a propor a reclassificação da Covid-19 como uma sindemia, ou seja, o sinergismo de duas condições de saúde (Covid-19 e DCNT), que se potencializam mutuamente e são impulsionadas por desigualdades socioeconômicas estruturais. 

“Nossos resultados são relevantes para a formulação de políticas de saúde pública, uma vez que o país ainda está planejando sua estratégia de vacinação e tentando encontrar a melhor maneira de enfrentar os desafios de saúde impostos pela pandemia da Covid-19”, afirma Alexandre Ferraro, professor associado do Departamento de Pediatria da FMUSP e um dos pesquisadores do estudo. 

Vale ressaltar que, como o próprio estudo reforça, crianças e adolescentes são em sua maioria poupados pela Covid-19, apresentando baixo índice de gravidade e mortalidade em comparação à faixa adulta. 

“Abordar a Covid-19 como parte de uma sindemia convida a uma visão mais ampla que vai além das soluções biomédicas e engloba o ambiente socioeconômico que promove o agrupamento e a interação com as DCNT. Tratamento adequado, medidas preventivas e vacinação não são suficientes: a intervenção governamental é necessária para enfrentar o desafio de mudar as disparidades estruturalmente enraizadas na sociedade brasileira”, finaliza Braian Sousa, pesquisador do estudo.


 Teste do Pezinho

(Freepik)

Segundo SBGM, a possibilidade de ampliação das doenças na triagem neonatal é um desejo antigo da classe médica

Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei (PL) que amplia o número de doenças rastreadas pelo Teste do Pezinho. Agora o texto segue para análise do Senado e, se for for sancionado, deve entrar em vigor um ano depois. Para o médico geneticista e atual vice-presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Marcial Francis Galera, a possibilidade de ampliação das doenças avaliadas na triagem neonatal é um desejo antigo da classe médica de maneira geral, particularmente dos médicos geneticistas e pediatras.

“Muitas delas são doenças genéticas ou que causam um problema importante no desenvolvimento. Lembrando que o programa de triagem neonatal estabelecido pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), não contempla uma quantidade importante de outras doenças que poderiam ser triadas também. Então, qualquer medida nesse sentido vem ao encontro do desejo da comunidade científica junto às associações de pacientes”, defende.

É importante lembrar, segundo o especialista, que quando se fala de triagem neonatal, não é apenas da realização de exames, ou seja, não se trata somente de aumentar o número de doenças triadas. É preciso pensar na triagem neonatal como um programa amplo, que começa nas condições adequadas para a coleta do material, seja na maternidade ou nos postos de saúde, segue para o diagnóstico e, consequentemente, para o acompanhamento e adequado manejo dos casos positivos.

“A ampliação do programa deve ser feita com responsabilidade para que todas a unidades da federação consigam dar conta da ampliação. Essa proposta é interessante porque prevê essa ampliação em algumas fases e isso é extremamente favorável. Muitos pacientes deixam de ter seu diagnóstico e, com isso, acabam postergando possíveis tratamentos, o que pode ocasionar sequelas irreversíveis”, acrescenta.

O teste do pezinho é realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê, com a coleta de pequena amostra de sangue em papel filtro mediante punção realizada na região do calcanhar da criança, e atualmente, pelo PNTN, pode identificar seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. Pelo projeto, na primeira etapa de implementação, além das doenças já detectadas atualmente, ampliará para o teste de outras relacionadas ao excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à hemoglobina (hemoglobinopatias), além de incluir os diagnósticos para toxoplasmose congênita. Em uma segunda etapa, serão acrescentadas as testagens para galactosemias; aminoacidopatias; distúrbios do ciclo da uréia; e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos. Para a etapa 3, ficam as doenças lisossômicas; na etapa 4, as imunodeficiências primárias; e na etapa 5 será testada a atrofia muscular espinhal.

 


Fernanda Calegaro


Diagnóstico de câncer de mama e colo de útero caem 23,4%, durante a pandemia

Estima-se que cerca de 25 mil brasileiras desconheçam a presença das neoplasias

 

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) alerta que o cancelamento e reagendamento de consultas ginecológicas, em função da pandemia por Covid-19, geraram preocupante redução no diagnóstico dos cânceres de mama e colo de útero. Ao analisar dados do Ministério da Saúde, dos períodos pré e pós-pandemia, a entidade observou a redução de 23,4%1 na realização de mamografias e biópsias de colo uterino (dois dos principais exames para o diagnóstico desses tipos de câncer). Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 82.870 mulheres desenvolveram essas neoplasias, no último ano. Delas, 24860 desconhecem a presença da doença.

Excetuando os tumores de pele não melanoma, os cânceres de mama e colo uterino são os mais incidentes em meio à população feminina, gerando elevado impacto na saúde, qualidade de vida e, infelizmente, em número de óbitos. Atualmente, a neoplasia da mama é responsável pelo maior volume de vítimas decorrentes de cânceres em mulheres. A taxa de mortalidade da doença é de 13,84/mil mulheres.

“A incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia. O risco de óbito decorrente da doença em meio às mulheres de 60 anos é dez vezes maior se comparado àquelas com menos de 40 anos de idade”, explica o ginecologista Dr. Agnaldo Lopes, presidente da Febrasgo.

Quando manifestada no colo do útero, a doença mostra-se igualmente preocupante. Nos últimos dez anos (2008-2018), a taxa de mortalidade decorrente da neoplasia saltou 33%, resultando em uma vítima a cada 90 minutos, de acordo com o Ministério da Saúde.

O médico acrescenta que fatores biológicos não são os únicos ligados ao aparecimento da doença. Aspectos sociais como baixa escolaridade e etnia não branca tornam-se indicadores que revelam as diferenças no acesso a medidas preventivas e diagnóstico precoce. “O sistema público de saúde brasileiro atende mais de 75% dos pacientes com câncer, no país. Para além do diagnóstico, temos ainda o desafio do início do tratamento. Antes da pandemia, o período entre o diagnóstico e o primeiro tratamento durava mais de 60 dias, em 58% dos casos. Hoje, esse tempo de espera pode ser bem maior. Devido a fatores como esses, quase nove em cada dez óbitos por câncer do colo do útero, por exemplo, ocorrem em regiões menos desenvolvidas”.


Prevenção e Diagnóstico precoce

O Dr. Agnaldo destaca que diferente de outras neoplasias, o câncer de colo de útero pode ser prevenido por meio de vacinas. A imunização contra o HPV (vírus causador da doença) são altamente efetivas e promovem uma diminuição significativa das infecções e, consequentemente, das lesões neoplásicas do colo do útero, responsáveis pela potencial perda do órgão.

O câncer mamário, por sua vez, não dispõe de métodos preventivos bem definidos. Contudo, idade superior a 50 anos, fatores genéticos, obesidade, sedentarismo e exposições frequentes a radiações ionizantes representam agravantes para o surgimento da doença. A mamografia anual, a partir do quarta década de vida, é a principal ferramenta para o diagnóstico precoce da doença – possibilitando a indicação de tratamentos menos invasivos e maiores chances de cura.

 


Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS)


Nutrição é a chave no combate e na prevenção de diversos tipos de câncer

No Dia Mundial de combate ao câncer e Nutrição (08/04), especialistas ressaltam o papel da boa alimentação na redução dos riscos de incidência de tumores malignos



Que a alimentação saudável auxilia no fortalecimento do sistema imunológico, muitos sabem, mas um dos maiores desafios para os especialistas da área têm sido estudar, comprovar e fazer com que as pessoas se conscientizem da importância da nutrição adequada na prevenção do câncer, um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. De acordo com uma pesquisa sobre esse tema, feita pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) em 2017, metade das pessoas ouvidas não faz exercício físico e uma em cada quatro não vê a obesidade como problema relacionado ao câncer.

"A nutrição inadequada é classificada como a segunda causa de câncer que poderia ser prevenida, atrás apenas do tabagismo, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Cerca de um terço de todos os cânceres humanos está relacionado ao tipo de alimentação", explica Rodrigo Cunha Guimarães, oncologista do Grupo Oncoclínicas.

Segundo o médico, a adoção de comportamentos protetores, como seguir uma alimentação saudável, fazer atividades físicas com regularidade, evitar bebidas alcoólicas e manter o peso adequado são capazes de evitar 28% de todos os casos de câncer, também de acordo com estimativas do INCA. E essa é uma porcentagem relevante se considerarmos que 625 mil brasileiros devem receber o diagnóstico da doença em 2021. O assunto também é relevante por conta dos números globais: uma a cada cinco pessoas desenvolverá ao longo da vida algum tipo de tumor maligno e o câncer é a segunda principal causa de morte no planeta, conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Uma alimentação rica em alimentos de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas e que seja, porém, pobre em ultraprocessados, como os prontos para consumo e as bebidas açucaradas, pode prevenir novos casos de câncer. Isso porque o excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e faz com que nosso organismo fique em constante estado inflamatório, o que por sua vez estimula a proliferação celular e dificulta o processo ativo de morte ‘programada’ das células - inclusive aquelas que apresentam problemas, que podem se tornar nocivas à saúde. Esses são fatores que sabidamente contribuem para o surgimento de tumores malignos", diz Rodrigo.

Vale lembrar ainda que as evidências científicas apresentadas na última década têm relacionado dietas baseadas no consumo de açúcar, gorduras saturadas e gorduras trans e alimentos ultraprocessados com o favorecimento dos índices de câncer de várias formas. A exemplo disso, as mais recentes análises do Fundo Global de Pesquisa sobre o Câncer (WCRF) e do Instituto Americano de Pesquisa para o Câncer (AICR) indicam que a ingestão de fast food e alimentos com alto teor de sódio e açúcar estão aumentando em todo o mundo, levando ao crescimento global de sobrepeso e obesidade e, consequentemente, a mais casos de câncer.

No caso do câncer de mama, que figura como o mais incidente entre toda a população global, recentes estudos demonstram que diferentes componentes dos alimentos, bem como uma boa qualidade alimentar, sendo fontes de vitaminas, minerais e compostos bioativos, podem ter relação direta na saúde celular, podendo influenciar no não aparecimento da doença, agindo como fatores de proteção.

"No total, temos indícios de que ao menos 13 tipos de câncer estão associados aos maus hábitos alimentares e excesso de peso. Na neoplasia de mama, o estilo de vida é fator determinante e há uma relação íntima com o padrão da alimentação - motivo de investigação científica crescente por conta da complexidade em desvendar todos os seus mecanismos. Fazem ainda parte dessa lista de tumores que têm sua crescente incidência ligada ao nosso tipo de consumo de alimentos os de colorretal, de útero, da vesícula biliar, do rim, de fígado, de ovário, de próstata, mieloma múltiplo, esôfago, pâncreas, estômago e tireoide", explica a nutricionista oncológica Rafaela Peixoto, também do Grupo Oncoclínicas.

Dietas ricas em carboidratos de rápida absorção, excesso de peso corpóreo e circunferência da cintura elevada podem ainda acarretar em outras doenças crônicas como diabetes tipo 2, pressão alta, insuficiência cardíaca e depressão, além do câncer. Adultos com obesidade grave desde a infância vivem até dez anos menos em relação aos que mantiveram um Índice de Massa Corporal (IMC) - cálculo que considera o resultado do peso dividido pela altura ao quadrado - ideal para adulto 18,5 a do 24,9 kg/m2 e 22 a 27 kg/m2 para o idoso. Acima desse valor a pessoa é considerada com sobrepeso, enquanto o IMC superior a 30 indica obesidade e quando atinge a marca de 40 ou mais configura a chamada obesidade grave ou grau III, um sinal de alerta para um alto risco de mortalidade geral.

Vilões no prato

São algozes e podem favorecer o aparecimento de cânceres, assim como outras doenças crônicas, o consumo de: sal em excesso; alimentos ultraprocessados; alimentos muito condimentados; temperos industrializados, que aumentam a incidência de câncer gástrico; excesso de carne e gordura animal; enlatados; carnes processadas/embutidas (salsicha, linguiça, presunto, peito de peru e blanquet de peru, bacon); nitritos e nitrato, presentes em alguns alimentos industrializados - o objetivo dessa substâncias é conservar e realçar o sabor - estão relacionadas com maior incidência de câncer de próstata, pâncreas, cólon e reto.

Além disso, os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida.

"Se em vez disso, sua dieta for incrementada por frutas e hortaliças frescas e orgânicas, o cenário muda. É que determinados compostos presentes nestes alimentos impedem a mutação do DNA, criando uma espécie de proteção contra lesões celulares. Alguns alimentos específicos, como a cúrcuma, conhecida como açafrão da terra, também estão associados com a inibição do crescimento das células cancerosas", ensina Rafaela Peixoto.

E as dicas de alimentação balanceada são também valiosas para garantir melhores respostas aos tratamentos de quem recebeu o diagnóstico do câncer.

"Quem tem a doença pode e deve repensar os hábitos alimentares, aumentando o consumo de nutrientes para fortalecer a imunidade. Além disso, é muito importante fazer um acompanhamento com um nutricionista especializado", ressalta o oncologista Rodrigo.

O último relatório do Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer e do Instituto Americano de Pesquisa do Câncer destaca a importância de uma dieta saudável na prevenção do câncer de forma global. Veja as principais orientações do documento que é baseado nas evidências listadas pela Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos Estados Unidos:

● Mantenha o peso adequado;
● Siga fisicamente ativo;
● Consuma uma dieta rica em vegetais (frutas, verduras, leguminosas, grãos integrais…);
● Limite o consumo de fast food e alimentos processados ricos em gordura, amido e açúcar;
● Modere na carne vermelha e processada;
● Reduza a ingestão de bebidas açucaradas;
● Diminua o consumo de bebida alcoólica;
● Para as mães: amamentem seus bebês;
● Não fume;
● Evite exposições solares em excesso.

Também para ajudar a população em geral e os pacientes oncológicos a adotarem hábitos de vida mais saudáveis, o Grupo Oncoclínicas disponibiliza um guia completo com dicas para uma dieta balanceada com muitas cores e sabores, ideias simples para a prática de atividades físicas e outras informações para vivermos mais e melhor. O material está disponível no: www.grupooncoclinicas.com/movimentopelavida

Cannabis medicinal melhora a qualidade de vida de pacientes oncológicos

Substâncias da planta reduzem efeitos negativos da quimioterapia


A cannabis tem sido utilizada para fins medicinais há milênios. Segundo pesquisas em todo o mundo, a planta é remédio para diversas patologias, como fibromialgia, epilepsia, esclerose múltipla e até tumores. O periódico de oncologia “Cancers” publicou em janeiro de 2019 um artigo da Faculdade de Medicina de Varsóvia, sobre as perspectivas para o uso de canabinóides em oncologia e prática de cuidados paliativos.

De acordo com o documento, evidências indicam a eficiência da cannabis no tratamento da dor, espasticidade, convulsões, distúrbios do sono, náuseas e vômitos,  e Síndrome de Tourette. “A ciência tem comprovado cada vez mais a importância da cannabis na qualidade de vida do paciente oncológico. O complexo mecanismo de ação da cannabis faz com que seja útil em diferentes sintomas do paciente oncológico e sob cuidados paliativos como a dor, a naúsea e vômitos secundários à quimioterapia, a perda de apetite, as alterações de humor e distúrbios do sono. Como coadjuvante no tratamento oncológico ela pode diminuir o número de medicamentos necessários inclusive o uso ou doses de opioides com diminuição dos efeitos adversos destes.”, destaca Maria Teresa Jacob, médica que trabalha com a medicina canabinóide.

O estudo enfatiza que os canabinóides apresentam segurança superior a outras substâncias usadas em oncologia e cuidados paliativos. “Existem algumas controvérsias quanto ao uso de canabinódes, especialmente o THC, em pacientes submetidos à imunoquimioterapia. Como eles atuam no sistema imunológico poderiam prejudicar a resposta à imunoterapia. Não existe até o momento um consenso sobre o assunto, mas seria prudente evitar seu uso nestes casos”, explica a doutora.

“Os canabinóides demonstraram efeitos anticancerígenos em diferentes modelos in vitro e in vivo de câncer”, cita o artigo.

As incertezas e controvérsias sobre o papel e uso adequado de medicamentos à base de cannabis ainda não permitem recomendar seu uso como tratamento de primeira linha da dor crônica e outras condições, principalmente na atenção primária. “Seja qual for o tipo de câncer vamos observar melhora do sono, da depressão, das náuseas e vômitos, e outros sintomas resultantes de uma quimioterapia inclusive os decorrentes da neuropatia induzida pela quimioterapia”, finaliza Maria Teresa.

 

 

Dra. Maria Teresa Jacob - Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em 1982, com residência médica em Anestesiologia no Instituto Penido Burnier e Centro Médico de Campinas. Possui Título de Especialista em Anestesiologia, Título de Especialista em Acupuntura e Título de Especialista em Dor. Especialização em Dor, na Clinique de la Toussaint em Strassbourgo, França em 1992, Cannabis Medicinal e Saúde, na Universidade do Colorado, Cannabis Medicinal, em curso coordenado pela Dra. Raquel Peyraube, médica uruguaia referência mundial na área. Membro da Sociedade Internacional para Estudo da Dor (IASP), da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), da Sociedade Internacional de Dor Musculoesquelética (IMS), da Sociedade Européia de Dor (EFIC), da Society of Cannabis Clinicians (SCC) e da International Association for Canabinoid Medicines (IACM). Atua no tratamento de Dor Crônica desde 1992 e há alguns anos em Medicina Canabinóide em diversas patologias em sua clínica privada localizada em Campinas.

 

Bem - Medicina Canábica e Bem Estar

 

Posts mais acessados