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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Seconci-SP explica o que fazer para evitar o câncer de pele, o recordista de casos no Brasil

 Prevenção e conscientização são as melhores armas contra esse tipo de câncer, que registra a cada ano cerca de 185 mil novos casos

 

 

Com a chegada do verão e maior exposição ao sol, é importante saber se prevenir do câncer de pele. Ele ocupa o primeiro lugar entre os tipos de câncer, representando 33% de todos os diagnósticos dessa doença no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Anualmente, são registrados cerca de 185 mil novos casos, destes, 177 mil são carcinomas basocelulares e espinocelulares, menos letais. O temido melanoma, o mais agressivo, contabiliza 8,4 mil novos casos. 

A dermatologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dra. Jussara Marchesano Gasparotto, explica que a doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e se dispõem formando camadas. Os tipos de câncer de pele são definidos de acordo com as camadas afetadas. 

O carcinoma basocelular é o mais comum e surge nas células basais, localizadas na camada mais profunda da epiderme, que forma a parte superior da pele. “A boa notícia é que ele tem baixa letalidade e pode ser totalmente curado em caso de detecção precoce. O mesmo acontece com o carcinoma espinocelular, que é o segundo mais prevalente. Esse tipo se manifesta nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele”, descreve a especialista. 

Segundo ela, o grande problema está no melanoma, responsável pelo maior índice de mortalidade. Se não for detectado no início, pode provocar metástase, atingindo outros órgãos, como gânglios linfáticos, pulmão, fígado, cérebro e ossos.

Na opinião da dra. Jussara, a maior arma para evitar quaisquer tipos de câncer de pele é a educação de saúde da população, que envolve seguir corretamente e regularmente as medidas de prevenção. “As principais são usar protetor solar diariamente com fator acima de 30, evitar se expor ao sol no período das 10 às 16 horas, quando a radiação atinge seus picos mais altos. Usar camiseta, óculos de sol e chapéu de tecido, palha ou fibra, além de preferir as áreas de sombra, como árvores e marquises. Na praia, optar por ficar sob o guarda-sol e barracas de lona ou as feitas com tecido de algodão. As de nylon não são recomendadas, pois esse material permite a passagem de mais de 90% dos raios solares”, alerta. 

No caso dos trabalhadores da construção que muitas vezes não têm como evitar a exposição ao sol nos períodos mais críticos e o fazem por muitas horas, as orientações são usar os equipamentos de proteção individual, dar preferência às roupas que cubram os braços e, claro, o protetor solar. “Dadas as características do trabalho, eles devem fazer uso do protetor solar físico e não o químico, indicado para a maioria da população. O físico é composto por dióxido de titânio ou óxido de zinco, o que o torna mais pastoso e reflete a radiação solar”, informa dra. Jussara. 

A especialista reforça que o protetor solar tem de ser usado diariamente e por todos, mesmo as pessoas de pele negra. Para quem está exposto ao sol por longos períodos, como os trabalhadores da construção, o ideal é reaplicá-lo a cada duas horas, especialmente se a pessoa suar muito. “Mesmo seguindo as medidas de prevenção, é recomendável ir ao dermatologista uma vez por ano, pois uma lesão na pele que pode parecer normal para um leigo, pode ser suspeita para um médico e precisar ser melhor investigada”. 

Os que têm histórico familiar de câncer de pele, assim como as pessoas loiras, de olhos claros, as de pele bem clara, as que têm muitas pintas e aquelas que tiveram episódios de queimaduras solares, devem procurar o dermatologista a cada semestre. “Quando o  melanoma for diagnosticado no início, as chances de cura são superiores a 90%. Em geral, ele tem aparência de uma pinta em tons acastanhados ou enegrecidos, porém com formato irregular e que aumenta de tamanho. Por isso, é fundamental se observar e, no primeiro sinal de alerta, procurar um médico para um diagnóstico preciso”. 

A dra. Jussara ressalta que o Seconci-SP dispõe de equipe de dermatologistas e ainda conta com o serviço de pequenas cirurgias, para onde são encaminhados os pacientes com carcinoma basocelular, cuja remoção pode ser feita em ambulatório. “Embora tenhamos esses recursos, minha melhor recomendação é sempre a prevenção e esse trabalho de conscientização deve começar com as crianças, só assim vamos conseguir reduzir os casos de câncer de pele de forma significativa nos próximos anos”.


Você tem bruxismo? Saiba os sintomas e como prevenir

 

Além das dores de cabeça e na musculatura, o bruxismo pode causar desgastes nos dentes e até mesmo ajudar o aparecimento de doenças periodontais

 

O bruxismo é uma desordem funcional que acomete tanto adultos quanto, crianças e é caracterizada pelo ato de ranger ou apertar os dentes durante o sono. Por acontecer de forma inconsciente, é um ato involuntário que pode estimular dores na musculatura ao acordar ou ainda forte dores de cabeça mesmo durante o dia. Além disso, com o passar do tempo, provoca desgaste nos dentes e colabora para o aparecimento de doenças gengivais e do periodonto. Nos casos mais graves, o bruxismo pode levar a necessidade de tratamento de canal ou ainda distúrbios na articulação temporomandibular, a ATM. Este "exercício" praticado sem perceber, causa a hipertrofia do músculo masseter, localizado na região do ângulo da mandíbula, o que provoca uma intensificação de volume e pode levar a um desconforto estético.

Segundo a cirurgião dentista da Estúdio Oral, Dra. Daniela Yano algumas pessoas podem apresentar estes mesmos sintomas em uma condição que chamamos de apertamento dentário. Ocorre mesmo durante o dia, em vigília, e o indivíduo mantém os dentes apertados uns contra os outros, quando a musculatura deveria estar relaxada. Estas condições, na maioria das vezes, estão relacionadas a fatores psicológicos como o estresse, mas podem ser causadas, ou ainda exacerbadas, pela ausência ou mau posicionamento dental, ou mesmo uma simples mastigação incorreta. 



SINTOMAS 


O sintoma mais comum do bruxismo são as dores de cabeça frequentes. O paciente com esta condição pode apresentar também desgaste ou mobilidade nos dentes, zumbido no ouvido, dores e estalos ao abrir e fechar a boca, dor e fadiga nos músculos da face, no pescoço e mandíbula. Estes sintomas são intensificados nos períodos em que o paciente encontra-se em situação de estresse e pode levar a modificações do sono. É importante lembrar que o bruxismo dificilmente apresenta apenas um fator causal, o que é característico desta parafunção. 



TRATAMENTO 


O tratamento do bruxismo será elaborado, caso a caso, de acordo com o diagnóstico encontrado pelo profissional. Caso haja uma desconformidade na oclusão, pode-se realizar ajuste oclusal por desgaste ou acréscimo de estrutura, reposição de dentes ausentes ou ainda, terapia ortodôntica. Além destas opções, o uso da placa oclusal é muito importante, este é um dispositivo confeccionado sob medida que alivia as tensões exercidas pelos músculos da face, além de proteger as estruturas dentárias dos desgastes e das forças direcionadas aos dentes no momento de apertamento e atrito.

A cirurgiã dentista Dra. Daniela Yano ressalta que é importante lembrar que o bruxismo, por estar relacionado a condições emocionais, o paciente que sofre deste distúrbio funcional deve procurar meios tranquilizar o stress, seja pela prática de atividades físicas e terapias relaxantes ou ainda por acompanhamento psicológico com medicações específicas, quando houver necessidade


Disfunção Temporomandibular (DTM) 


Tratamento Bruxismo e ATM DTM acontece quando há alguma alteração prejudicial na articulação da mandíbula, a articulação temporomandibular (ATM). Esta é a articulação mais utilizada em nosso organismo e, por isso, merece toda a nossa atenção. Existem diversos tipos de disfunção da ATM, a presença de dores ou estalos ao abrir e fechar a boca, dor de cabeça de um ou ambos os lados, mais de dois dias por semana, dor ao bocejar ou mastigar, cansaço nos músculos da face e pescoço, bruxismo ou ainda zumbido no ouvido indicam que há algo de anormal e o tratamento pode ser necessário. Nos casos mais graves, esta disfunção pode levar ao travamento da mandíbula ou ao desencaixe, quando o paciente sente alteração da oclusão de forma repentina.

Após a avaliação e com o auxílio de alguns exames complementares, o dentista realizará o diagnóstico e indicará a melhor terapia para o seu caso. A indicação de analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares, laserterapia, acupuntura, aplicação de toxina botulínica em músculos específicos, compressas e alguns exercícios, além de dispositivos como a placa oclusal, podem estar inclusos no seu tratamento.

 

 

 

Dra. Daniela Yano - CROSP 78.206 - Responsável Técnica, Graduada em Odontologia pela UNESP, Pós Graduada em Ortodontia pela NEO, Pós Graduada em Ortopedia Funcional dos Maxilares pela CETAO, Pós Graduada em Cirurgia Oral-Menor pela APCD, Pós Graduada em Estética Dental /Planejamento e Comunicação Interdisciplinar/ Fotografia Odontológica Digital- DSD (Digital Smile Design), Pós Graduada em Human Body Total Care (HBTC)-- Regulador de Função Aragão, Pós Graduada em Ortodontia pela UNICSUL.


Sinais iniciais de Parkinson e Alzheimer podem ser confundidos com processo natural do envelhecimento

Diagnóstico prévio pode aumentar a qualidade de vida dos pacientes

 

Na terceira idade, homens e mulheres devem manter uma boa rotina de idas ao neurologista. Pois, a incidência de doenças degenerativas, como o Parkinson e o Alzheimer, tornam-se mais frequentes em idosos. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de conseguir controlar e retardar o avanço desses problemas e, consequentemente, a expectativa e qualidade de vida podem aumentar.

“Na doença de Parkinson há uma morte de neurônios da substância negra que produzem dopamina e desempenham papel importante na manutenção do movimento motor. Na doença de Alzheimer há degeneração e morte de neurônios cursando com alteração progressiva das funções cerebrais, afetando a memória, comportamento, pensamento e capacidade de aprender", explica o assessor médico do Grupo FQM e neurologista, Dr. Willians Lorenzatto.

As duas doenças, em seus sintomas iniciais, podem ser confundidas com o processo natural do envelhecimento, por isso, exames clínicos e a avaliação de um neurologista são muito importantes. O Parkinson acomete o sistema locomotor, causando lentidão e rigidez muscular. O sinal mais característico que, muitas vezes, pode chamar a atenção do paciente e familiares para a procura de um especialista são os tremores. Enquanto, no Alzheimer, a perda de memória e a falta de entusiasmo na realização das atividades do dia a dia são os principais sintomas. Em ambos os casos, o quadro é progressivo e, com o passar do tempo, causa uma extrema dependência de terceiros.

No Parkinson, homens são os maiores acometidos. O inverso acontece na doença de Alzheimer. Além da idade, o fator genético tem influência nas doenças. Entretanto, a qualidade de vida do paciente, como a prática de exercícios físicos, boa alimentação e acompanhamento médico são necessários para retardar a progressão do quadro. “Em todas as doenças degenerativas essas práticas são importantes”, afirma Dr. Lorenzatto.

 

FQM

Chegou o verão: cuidado com a desidratação e os cálculos renais

 Você sabia que cerca de 75% do corpo humano é composto por água?


Para muitos, a chegada do verão é motivo de pura felicidade. No entanto, o calor característico dessa estação aumenta muito os riscos de desidratação, principalmente pela elevação da temperatura corporal, fato que provoca sudorese e, portanto, maior perda de líquidos. Com esse problema, surge a possibilidade de o corpo acumular determinadas substâncias formadoras de cristais – como cálcio, oxalato e ácido úrico – na urina, que fica muito concentrada, o que facilita a formação das conhecidas pedras nos rins.

Conhecer mais esse assunto é uma forma de não subestimá-lo e compreender a importância da hidratação adequada.

 

Saiba mais: cálculos renais

  • O que são?

Quando ingerimos quantidades adequadas de água, estamos permitindo que os rins filtrem facilmente as substâncias que sobram das reações químicas que ocorrem no nosso corpo. “Uma quantidade insuficiente de líquidos leva a urina a reter os minerais encontrados no seu interior, que podem se acumular e formar cristalizações, denominadas cálculos renais", explica o nefrologista do Hospital Brasília Pedro Mendes. Essa massa sólida pode variar em tamanho: desde pequenos cristais, que só podem ser vistos com um microscópio, até pedras com mais de 2,5 cm de largura. Apesar de, muitas vezes, serem minúsculas e “navegarem" pelo trato urinário sem que o paciente perceba, podem aumentar de tamanho a ponto de ficarem presas nos canais das vias urinárias, causando dores intensas.

  • Sinais característicos

Os principais sintomas das pedras nos rins são:

- dor forte e aguda nas laterais e nas costas, abaixo das costelas;

- dor que se irradia para a parte inferior do abdome e da virilha;

- dor ou sensação de queimação ao urinar;

- urina turva, com coloração anormal e odor fétido;

- febre com calafrios, se houver infecção;

- náusea com ou sem vômito.

  • Tratamento

Diante desses sintomas, é essencial ir imediatamente ao pronto-socorro mais próximo. O tratamento para pedra nos rins varia muito, dependendo do tamanho e da causa. Um paciente pode conseguir deslocar um pequeno cálculo através da ingestão de muita água ou com o auxílio de determinados medicamentos que relaxam os músculos do ureter, ajudando a eliminar o cálculo renal mais rapidamente e com maior facilidade. Existem ainda medicações voltadas para aliviar a dor causada pela pedra nos rins.

“Vale lembrar que, quando o paciente tem pedras de dimensões maiores, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para resolver o quadro", continua o especialista. Em geral, os tratamentos cirúrgicos incluem a cirurgia endoscópica a laser, a cirurgia por nefrolitotomia percutânea, a cirurgia por litotripsia extracorpórea ou a ureteroscopia. Da parte do paciente, duas orientações são essenciais: a primeira é buscar um tratamento rápido na fase aguda para retirar a pedra, pois normalmente esses quadros vêm acompanhados de forte infecção urinária, que pode evoluir para infecção generalizada; a segunda diz respeito às providências posteriores a essa fase.

“É necessário que, sanado o momento de dor aguda e tratada a infecção, o paciente investigue e trate de maneira detalhada a causa da formação dessas pedras. Ela pode ser de origem hormonal, ser derivada de doenças no sangue ou diretamente do rim", completa Mendes.

Além disso, algumas pessoas apresentam maior tendência à formação de pedras nos rins do que outras. Então, se o quadro começa a se repetir com frequência, a condição pode ser descoberta por meio de testes simples de urina. Se o fato for constatado, um médico especialista pode fornecer recomendações dietéticas específicas, visando evitar a ocorrência de complicações.

 

Saiba mais: desidratação

  • O que é?

Todos os dias temos nossos líquidos corporais diminuídos naturalmente, pela transpiração, respiração ou urina. O perigo ocorre quando há um desequilíbrio entre a quantidade de líquido que o corpo perde e recebe, de forma que o pleno funcionamento do organismo é afetado, podendo resultar na desidratação do indivíduo se não houver uma reposição adequada de água e sais minerais. Apesar de parecer um quadro relativamente brando, a desidratação severa pode matar.

  • Sinais característicos

Os principais sintomas de desidratação são:

- fadiga;

- sede;

- lábios e língua secos;

- falta de energia ou exaustão;

- sensação de superaquecimento;

- pressão arterial baixa;

- câimbras dolorosas nos músculos abdominais, nos braços e nas pernas;

- constipação;

- batimentos cardíacos acelerados.

  • Tratamento

Saber como tratar a desidratação é um cuidado de suma importância, principalmente durante o verão. Nesses casos, é preciso realizar uma reposição do nível de fluidos no corpo, o que pode ser feito consumindo água, bebidas isotônicas (como Gatorade) ou mesmo picolés. Não é recomendado optar por bebidas que contêm cafeína, como café e refrigerantes, tampouco chás, que podem ter efeito diurético. Em casos mais graves, os médicos recomendam a aplicação de fluidos intravenosos.

A prevenção de ambos os quadros é a mesma!

Você pode realizar a prevenção dos cálculos renais e da desidratação de uma maneira bem simples: bebendo bastante líquido! Alguns especialistas recomendam beber de seis a oito copos de água por dia, e você pode complementar esse hábito com o consumo de alimentos ou bebidas leves e ricos em água, como leite, água de coco, iogurte, aipo, melancia, morango, pêssego, abacaxi, pepino, kiwi, pimentão, tomate, alface, repolho e espinafre.

 


Hospital Brasília


Cuidado com álcool em gel no verão: produto aumenta o risco de manchas em quem tem dermatites

O álcool em gel conquistou espaço importante no dia a dia de todos por conta da pandemia. Eficaz na higienização das mãos e essencial para o combate ao novo coronavírus, o produto deve ser usado com cautela ao longo da estação mais quente do ano. Segundo a dermatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Isis Veronez Minami, a combinação entre o álcool e exposição solar piora o caso de pacientes com dermatite, ocasionando manchas.

“Apesar das dermatites por álcool surgirem em qualquer período, no verão essa preocupação é redobrada pelo elevado risco de surgimento de manchas pela exposição solar mais intensa e frequente”, explica. “Somado a isso, o sol pode piorar a sensação de ardência, coceira e vermelhidão - características do problema”, comenta.

Pacientes que já apresentam alterações de pele como psoríase, dermatite atópica ou dermatite de contato têm maior probabilidade de desenvolver essas irritações ocasionadas pela associação entre o sol e o uso do álcool em gel. Por isso a dermatologista do Edmundo Vasconcelos recomenda que se evitem as doses excessivas – o ideal é que a porção do produto seja suficiente para limpar toda a superfície das mãos, palmas e dorso.

“É preciso lembrar que a aplicação não deve ser exagerada e que a opção deve ser escolhida apenas quando não há alternativa. O melhor é sempre optar pela lavagem das mãos com água e sabão para evitar o ressecamento da pele, as dermatites e, como consequência, as manchas”, enfatiza Isis Veronez Minami.

Em casos já consolidados de dermatite pelo uso do álcool em gel, o importante é tratar de forma precoce. Para isso, a especialista esclarece que a escolha do método depende do grau de comprometimento da região. “O uso de pomadas muda conforme o quadro do paciente. O tratamento engloba ainda hidratantes e filtro solar - recursos importantes também para a prevenção”, conclui.

 

 


Hospital Edmundo Vasconcelos

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Brasil lidera ranking mundial de casos de Câncer de Pele

Dermatologista explica tipos de câncer e dá dicas de como se prevenir sem deixar de curtir o Verão


O câncer de pele não melanoma é o tipo de câncer mais frequente no mundo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil lidera as estatísticas e tem cerca de 30% da população que sofre com a doença, com mais de 180 mil novos casos todo ano. Mas, segundo o Fundo Mundial para Pesquisa em Câncer (World Cancer Research Fund International) esse número não é tão preciso, pois o não melanoma nem sempre entra nas estimativas mundiais como outros tipos de câncer. E foi para conscientizar a população dos riscos da doença que a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou a campanha do Dezembro Laranja, aproveitando o mês que marca o início do Verão. Porém, não é só em Dezembro que temos que falar sobre um tema tão importante. 

“Somos um país tropical, com temperaturas agradáveis para atividades ao ar livre na maior parte do ano e com um litoral enorme, o que nos deixa mais vulneráveis a esse tipo de câncer que é bem silencioso. Além disso,  temos uma cultura de que o corpo bronzeado é mais atraente, o que acaba potencializando os riscos da exposição solar inadequada”, explica a Dermatologista e membro da SBD, Dra. Nádia Bavoso. 

E se engana quem pensa que o câncer de pele está apenas ligado ao fato de se expor diretamente ao sol. O que causa a doença é a exposição aos raios ultravioletas que existem até mesmo em dias nublados. Por isso, a proteção é indispensável todos os dias, mesmo que a exposição seja rápida. 

“A pele é o maior órgão do corpo humano e que não fica 100% coberta. Agora, imagine poucos minutos por dia de exposição à radiação ao longo de 30 anos. Por isso, o uso do protetor solar é obrigatório para todo mundo, todos os dias, sem exceção. Essa é a forma mais eficaz de prevenir todos os tipos de câncer de pele”, afirma a médica. 

 

Tipos de câncer de pele - podemos dividir em não melanoma, que são a maioria, e melanoma, o mais agressivo. Todos eles podem, se diagnosticados de forma precoce, têm grandes chances de cura. Por isso, é importante consultar frequentemente um Dermatologista. 

  • Carcinoma basocelular (não melanoma): tipo mais comum da doença, com evolução lenta de ferida ou nódulo; 
  • Carcinoma espinocelular (não melanoma): assim como o basocelular, também surge por meio de uma verruga na face ou crosta sobre uma cicatriz, principalmente as decorrentes de queimadura. É considerado o tipo mais grave do não melanoma já que apresenta chance de metástase; 
  • Melanoma: apesar de ser o mais agressivo, é também o tipo mais raro. A sua característica principal são pintas irregulares, com crescimento progressivo e alteração de formato, cor e textura. 

 

Como se prevenir - já diz o ditado que a  prevenção é sempre o melhor remédio, por isso, a Dra. Nádia Bavoso dá dicas de como prevenir a doença e manter a pele sempre saudável: 

  • Protetor solar: item indispensável e que deve ser usado todos os dias, até mesmo em regiões que não ficam expostas. Tanto as peles claras como as negras devem investir em fatores altos, nunca abaixo de 30. É sempre interessante conferir se o produto escolhido é resistente à água, principalmente em situações de praia e piscina. Quanto mais clara a pele e mais manchas, maior deve ser a proteção. Ah!, e não esqueça de passar nas orelhas e pés, regiões que não damos tanta importância, mas recebe radiação do mesmo jeito; 
  • Sol apenas em horários específicos: sol faz muito bem para a saúde se “consumido” com responsabilidade. Antes das 10h e depois das 16h, pode ser tomado no dorso das pernas ou nas costas durante 15 minutos, o que garante a produção de vitamina D diária necessária para a maioria dos adultos. Mas sempre é interessante uma avaliação multidisciplinar com um Endocrinologista, pois a quantidade necessária de sol pode variar conforme cor da pele, peso e idade;  
  • Chapéu e óculos de sol: mesmo não ficando exposto diretamente ao sol proibido, o couro cabeludo é muito sensível e mais difícil de receber o protetor solar, por isso, use e abuse de chapéus ou bonés. A pele da região dos olhos também é bem sensível e quanto mais protegida, melhor. Use e abuse do óculos de sol também; 
  • Roupas especiais para proteção solar mecânica: vai para a piscina, praia ou passear de barco? Use roupas especiais com proteção UV por cima do protetor. #ficaadica: ao lavar esse tipo de roupa, nunca use amaciante, pois o produto pode retirar a proteção; 

 

“Mesmo com todos os cuidados, se perceber manchas, nódulos irregulares ou se tiver sangramento nas pintas, procure um Dermatologista imediatamente. E se você tem casos de câncer de pele na família, recomendo fazer um mapeamento das pintas a cada seis meses”, explica Dra. Nádia.

 



 Dra. Nádia Bavoso - Dermatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem mestrado pela mesma instituição e faz parte do corpo docente da UNIFENAS (BH). É sócia da Clínica Eveline Bartels, uma das mais conceituadas em medicina estética de Belo Horizonte.

 

Congelamento de óvulos antes da cirurgia de endometriose é importante aliado na preservação da fertilidade

 O médico ginecologista da Clínica Origen de Medicina Reprodutiva, Selmo Geber, esclarece as principais dúvidas sobre a doença e explica como os tratamentos de reprodução assistida podem permitir à paciente realizar o sonho da maternidade

 

Por seus sintomas dolorosos e pela associação com a infertilidade, a endometriose é uma doença bastante conhecida e muitas vezes temida. Em alguns casos, o tratamento da doença é cirúrgico, e pode resultar na perda, parcial ou total, dos óvulos. A boa notícia é que, recentemente, o congelamento dos óvulos, previamente à cirurgia, passou a ser sugerido para preservar a fertilidade e minimizar os possíveis efeitos adversos da intervenção cirúrgica.

Para o médico ginecologista da Clínica Origen de Medicina Reprodutiva, Selmo Geber, cada caso precisa ser avaliado com muita cautela e individualmente para que seja realizado o tratamento adequado para cada paciente: “nós avaliamos os casais e direcionamos o tratamento com base na historia de cada paciente, idade, queixas e exames. Isso porque o que é melhor para todo mundo pode não ser o mais adequado para aquela paciente”, observa. Geber esclareceu as principais dúvidas sobre a endometriose e falou sobre como a fertilidade pode ser preservada antes da cirurgia.  

Saiba mais!


O que é a endometriose?

A endometriose consiste na presença de focos de tecido endometrial fora da cavidade uterina, que se instalam principalmente nas tubas uterinas e ovários, mas também podem ser encontrados em outras estruturas da cavidade pélvica, como a bexiga, os intestinos e o reto, e, em casos mais raros, também nos tecidos mais distantes. Os tipos mais comuns de endometriose são a peritoneal e a ovariana.


A doença apresenta sintomas?

Sim. Os principais sintomas são a dor pélvica, dismenorrea (dor durante a menstruanção), dispareunia (dor à relação sexual) e infertilidade.


Como diagnosticar?

Por seus principais sintomas serem também os de outras doenças, principalmente estrogênio-dependentes, a endometriose é considerada uma doença de difícil diagnóstico.

Na primeira consulta, o exame clínico inclui a recepção da mulher e o acolhimento de seu relato sobre os sintomas que levaram a buscar atendimento médico, e uma análise sobre a possibilidade de casos de endometriose na família, bem como a solicitação de exames de imagem. O exame físico pode ajudar na suspeita de endometriose quando identifica-se a presença de massas ou nódulos na pelve.

A ultrassonografia endovaginal, que pode ser feita de forma habitual ou com preparo intestinal, permite que outras estruturas da cavidade pélvica, além dos órgãos reprodutivos, possam ser vistas com mais nitidez.

A ressonância magnética também pode ajudar no diagnostico.

Embora os exames de imagem mencionados, principalmente a ultrassonografia, forneçam uma boa quantidade de informações para o diagnóstico, a única forma de confirmá-lo é por meio de biópsia realizada com uma amostra de células endometriais.

A biópsia é capaz de identificar a origem dos tecidos coletados e assim confirmar que se trata de endométrio ectópico e não outras formações tumorais, como miomas, pólipos e alguns tipos de câncer. A coleta do material para biópsia pode ser feita com auxílio da videolaparoscopia, um procedimento realizado em ambiente hospitalar e com anestesia.


Como é feito o tratamento?

A escolha pelo melhor tratamento depende da queixa e do desejo de cada paciente.

A endometriose pode ser abordada por diversas formas, incluindo o simples monitoramento das lesões, administração de medicamentos que controlam os sintomas dolorosos, intervenção cirúrgica e técnicas de reprodução assistida. A escolha da melhor abordagem deve ser feita sempre de acordo com as queixas, com a idade da mulher e a existência ou não do desejo de engravidar.


Quando a reprodução assistida é aconselhável?

Quando a mulher tem indicação para cirurgia e ainda não tem sua prole definida, aconselha-se que seja realizado o congelamento de óvulos como uma forma de preservação da fertilidade.

A reprodução assistida pode ser indicada para casais em que a infertilidade conjugal é decorrente da endometriose, mesmo quando o quadro está associado a outros distúrbios, incluindo infertilidade masculina.


Descoberto mecanismo inflamatório responsável pela erosão óssea na artrite reumatoide

       Em investigação sobre os efeitos do cigarro no agravamento da artrite reumatoide, pesquisadores do CRID identificaram nova via no processo inflamatório da doença que está relacionada ao dano ósseo (imagem: Wikimedia Commons)

    

Ao investigar o mecanismo responsável pela exacerbação da artrite reumatoide em pacientes fumantes, pesquisadores do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID) da Universidade de São Paulo (USP) descobriram uma nova via no processo inflamatório da doença, associada ao dano ósseo. A descoberta abre caminho para novas intervenções terapêuticas relacionadas aos efeitos da artrite reumatoide que ainda não têm tratamento específico.

No estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os pesquisadores identificaram a ação de um mecanismo molecular envolvido no processo inflamatório: a liberação, por parte dos linfócitos T, de vesículas extracelulares carregadas de material genético (microRNAs). As vesículas atingem células do tecido ósseo, aumentando a formação de novos osteoclastos – células responsáveis pela degradação da matriz óssea nas articulações.

“O estudo buscou aprofundar o entendimento sobre a exacerbação de todo o processo inflamatório da artrite reumatoide provocada pela fumaça do cigarro. Com isso descobrimos uma via associada à lesão óssea. Trata-se de um achado importante, pois a dor e a inflamação dos pacientes têm sido tratadas com medicamentos. No entanto, a lesão óssea, que é também um complicador debilitante dessa doença, é praticamente irreversível”, diz Fernando de Queiroz Cunha, coordenador do CRID – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP.

A artrite reumatoide é uma doença inflamatória autoimune que, por algum motivo ainda desconhecido, leva as células de defesa a reconhecerem o próprio organismo como patógeno, passando a atacá-lo. Sabe-se que a reação inflamatória desencadeada pela resposta imune exagerada da doença tem a participação de linfócitos T que se diferenciam no subtipo Th17. Esse desequilíbrio, já bem conhecido, gera efeitos em cascata como a liberação de citocinas (proteínas sinalizadoras), entre elas a IL-17, e outras moléculas que participam da progressão da doença.

O tabagismo é conhecido como um fator agravante da artrite reumatoide. Estudo anterior, desenvolvido pelo mesmo grupo de pesquisadores do CRID, demonstrou que a fumaça do cigarro tem o efeito de exacerbar o processo inflamatório na artrite, sobretudo por meio da ativação do receptor de hidrocarboneto arila (AhR) nas células Th17.

“O AhR é um sensor intracelular de poluentes que participa do processo inflamatório. Quando o receptor AhR é ativado nos linfócitos T por certos ligantes, eles se diferenciam ainda mais em Th17. Esse aumento de células Th17 exacerba todo o processo inflamatório. Embora o cigarro não seja o causador da artrite reumatoide, ele agrava a doença”, diz Paula Donate, pesquisadora que integra o CRID e cujo estudo de pós-doutorado teve apoio da FAPESP.

Donate explica que o AhR atua principalmente como fator de transcrição. “Uma vez ativado por um fator externo como a fumaça do cigarro, esse receptor se desloca para o núcleo celular junto com outras proteínas e promove a transcrição de diversos genes – inclusive de microRNAs, que são pequenos RNAs reguladores internos das células”, afirma Donate.

Componente extracelular

No estudo, os pesquisadores investigaram quais microRNAs das células Th17 tinham a expressão aumentada por influência da ativação do AhR. Dentre um conjunto específico dessas moléculas, o microRNA que tinha a maior expressão era o miR-132. Além da análise do conjunto completo de microRNAs expressos pelas células Th17, os dados foram correlacionados com estudo realizado em camundongos e em amostras de pacientes.

“Para nossa surpresa, no entanto, quando tratávamos os linfócitos T com antagonistas dos microRNAs, eles continuavam se diferenciando normalmente em células Th17 e liberando as citocinas características do processo inflamatório da artrite reumatoide. Se não interferia em nada no processo intracelular, era sinal de que o miR-132 poderia estar sendo liberado para o meio extracelular”, diz.

Ao isolar vesículas extracelulares liberadas pelas células Th17 e fazer estudos in vitro, os pesquisadores observaram que as grandes quantidades de miR-132 empacotadas em vesículas extracelulares atuavam como mediadores inflamatórios induzindo a diferenciação de osteoclastos por meio da inibição da enzima ciclo-oxigenase 2 (COX-2).

“As vesículas extracelulares são um mecanismo de comunicação celular importante, liberadas praticamente por todo tipo celular e encontradas em qualquer fluido corporal. No caso das células Th17, as vesículas liberadas na articulação podem transportar microRNAs até o tecido ósseo, aumentando os osteoclastos e a erosão óssea. Trata-se, portanto, de um mecanismo novo que conseguimos elucidar e que no futuro poderá indicar novas terapias para o dano articular”, diz.

O artigo Cigarette smoke induces miR-132 in Th17 cells that enhance osteoclastogenesis in inflammatory arthritis (doi: 10.1073/pnas.2017120118), de Paula B. Donate, Kalil Alves de Lima, Raphael S. Peres, Fausto Almeida, Sandra Y. Fukada, Tarcilia A. Silva, Daniele C. Nascimento, Nerry T. Cecilio, Jhimmy Talbot, Rene D. Oliveira, Geraldo A. Passos, José Carlos Alves-Filho, Thiago M. Cunha, Paulo Louzada-Junior, Foo Y. Liew e Fernando Q. Cunha, pode ser lido em www.pnas.org/content/118/1/e2017120118.
 

 


Maria Fernanda Ziegler

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/descoberto-mecanismo-inflamatorio-responsavel-pela-erosao-ossea-na-artrite-reumatoide/34923/

 

Principais cuidados com o coração para iniciar ou retomar as atividades físicas


Especialistas recomendam check-up no coração e fazem indicações durante a pandemia 

 

Principalmente agora no verão e começo de ano, muitos querem iniciar ou retomar os exercícios físicos, porém durante a prática de atividades, a frequência cardíaca aumenta muito, pois o coração tem a responsabilidade de bombear sangue com mais rapidez. Por isso, é importante sempre procurar um cardiologista antes e fazer o monitoramento para saber se o coração não está trabalhando em sua capacidade máxima e não está sendo sobrecarregado. Exercícios exaustivos, especialmente aqueles realizados no calor, e apenas aos finais se semana podem levar a arritmias, infartos e até à morte. 

“Monitorando você sabe exatamente o quanto seu corpo está se esforçando, tira o máximo proveito do treino e otimiza seu esforço. O aumento repentino causado pelos exercícios pode causar algumas complicações no corpo, principalmente em pessoas que possuem histórico de problemas cardíacos. Por isso, é essencial acompanhar os batimentos do coração durante qualquer atividade física”, avalia a cardiologista Rica Buchler, da Clínica Buchler. “A melhor forma de cuidar é visitando o seu cardiologista que realizará o eletrocardiograma e teste ergométrico para orientar o exercício com segurança. O especialista indica a faixa de variação da frequência cardíaca (pulsação) adequada para cada pessoa. Para monitoramento existem os smart watch e as cintas que podem ser coladas no tórax, já manualmente é possível avaliar o pulso por 15 segundos e multiplica-se o valor por 4”, completa a especialista. 

A atividade física regular ajuda a diminuir riscos de saúde como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC), porém devem ser respeitados os limites do próprio corpo e sempre fazer o acompanhamento com seu cardiologista para treinar de maneira segura. 



Destaque para pacientes que tiveram Covid-19 

As Sociedades Brasileiras de Cardiologia (SBC) e de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) desenvolveram um material com base em estudos que apontaram a relação entre a infecção pelo vírus e problemas no coração. Destacam a ocorrência de lesão cardíaca em 20 a 30% dos pacientes hospitalizados e ligação com a morte de 40% dos infectados. Arritmias, miocardite e insuficiência cardíaca estão entre complicações que podem aparecer. Os especialistas já tinham conhecimento que o coração pode ser acometido em casos de viroses, já que os vírus podem inflamar o órgão. Um trabalho alemão verificou uma frequência ainda maior e mais grave em indivíduos pós-Covid, indicando alguma alteração no exame de ressonância magnética cardíaca. 

“Devemos ficar atentos nos casos de pacientes que tiveram coronavírus, é essencial que façam um check-up cardiológico, mesmo em quem apresentou sintomas leves”, explica o cardiologista Gabriel Dodo Buchler, da Clínica Buchler. “Existe a possibilidade que o vírus cause alguma sequela no órgão, que pode levar a complicações e até à morte. O cardiologista irá monitorar possíveis sequelas e ter as precauções necessárias, pois atividades mais intensas podem causar arritmia, por exemplo”, analisa. 

Vale reforçar que fazer atividades físicas e não ser obeso são pontos excelentes para saúde, além de melhorar a imunidade para responder em uma fase aguda. E, especialmente em casos que o paciente fica internado e têm grande perda muscular. Porém, os exercícios devem ser feitos após as avaliações médicas. Normalmente o cardiologista indica a realização de um eletrocardiograma e dosagem de enzimas cardíacas, mas o mais frequente é a ressonância magnética cardíaca.  

“Também ressaltamos a importância de serem realizados exercícios individuais nesse momento, prezando que não podemos ter aglomerações. Além disso, o uso da máscara e álcool gel em todos os momentos para higienização”, alerta a dra. Rica. “Assim como que se hidratem frequentemente durante as atividades, ainda mais durante o verão, e que não seja feito jejum antes das atividades”, finaliza.  


Humorista relata disfunção erétil após Covid-19 e especialista explica correlação entre a doença e impotência

Estudo realizado na Europa e nos EUA relaciona o coronavírus com o desempenho sexual masculino


Grande preocupação mundial desde meados de março do ano passado, a Covid-19 ainda é objeto de pesquisas e de incertezas para médicos e pacientes em todo o planeta. Um estudo recente realizado por médicos na Itália e nos Estados Unidos detectou que a disfunção erétil pode ser uma das sequelas deixadas nos pacientes da doença. A informação é da agência alemã Deutsche Welle, após uma entrevista da médica americana Dena Grayson a um canal de TV local.

Diversas consequências, que podem resultar em sequelas a longo prazo, ainda estão sendo estudadas nos pacientes que foram diagnosticados com Covid-19. Outro estudo, publicado no final de dezembro pela plataforma científica MedRxiv, aponta até mesmo para uma possível diminuição do pênis no rol das consequências da Covid-19.

E os efeitos do coronavírus na saúde masculina ganharam um importante relato recentemente, quando o comediante Michael Blackson alertou ter sido vítima da doença. Para um site norte-americano de notícias de famosos, ele contou que após se curar da Covid-19 acabou tendo problemas de disfunção erétil e perda de desejo sexual.

Na população masculina, a disfunção erétil ocasionada pelo coronavírus pode ocorrer porque a infecção causa não apenas complicações respiratórias, como também afeta os vasos sanguíneos, podendo causar problemas vasculares em longo prazo. O estudo é do médico italiano Emmanuele Jannini, professor de endocrinologia e sexologia clínica na Universidade de Roma Tor Vergata e aponta que a disfunção erétil pode ser não só uma sequela a Covid-19, mas também um fator de risco para a pneumonia da Covid

O especialista no assunto, o urologista Dr. Willy Baccaglini, explica qual a relação entre a Covid-19 e a impotência. “Para poder relacionar a função erétil com o coronavírus, é necessário entender como ela funciona. A função erétil masculina depende da boa circulação do corpo, ela é um marcador de saúde global masculina. O coronavírus ataca de diversas maneiras, principalmente nas funções pulmonares, mas também vasculares. Algumas dessas complicações podem culminar em comprometimento da circulação sanguínea, que pode ocasionar a impotência”.

Segundo o médico, ser contaminado pela Covid-19 pode ser um agravante para quem já apresentava disfunção erétil e acaba testando positivo. “Quem já tem uma predisposição a quadros de impotência ou já apresenta uma disfunção leve e contrai a Covid-19, pode acabar tendo um agravamento do quadro, em razão de o vírus atacar as vulnerabilidades”, detalha.

Além da parte vascular da função erétil, contrair a Covid-19 pode interferir e deixar sequelas na ereção de outras formas, como fisicamente e psicologicamente. “Se você tem uma doença que te traz sequelas e ataca outros sistemas, ela pode interferir na função erétil de outras maneiras como no desempenho físico e, muitas vezes, na questão emocional. A disfunção erétil psicogênica, por questões psicológicas, é algo muito expressivo”.

Como os sintomas e sequelas ainda são nebulosos, quando se fala em literatura médica não há muitos artigos ou estudos que detalham essa possível relação entre coronavírus e impotência sexual. Por isso, o especialista lembra que a melhor forma de se proteger de quaisquer complicações é não contrair o vírus. “O grupo de risco da Covid-19 é o mesmo das doenças vasculares: pacientes hipertensos, diabéticos, com colesterol alto, obesos, entre outros. Sendo assim, a melhor forma de evitar sofrer complicações nesses quadros ainda é o distanciamento social e todas as medidas de segurança difundidas ao longo da pandemia”, finaliza.

 



Dr. Willy Baccaglini - Especialista em Uro-Oncologia; Mestre em Medicina Sexual pela FMABC;Professor voluntário no curso de graduação de Medicina na FMABC; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU); Membro da American Urological Association, da European Urological Association e da Confederación Americana de Urología; Membro do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein como Uro-Oncologista. Atua em outros conceituados hospitais como Oswaldo Cruz e São Luiz.


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