Dra. Simone Stringhini, idealizadora do Instituto Lilás |
Segundo a Dra. Simone
Stringhini, idealizadora do Instituto Lilás e dermatologista com mais de 30
anos de experiência, membro efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia
(SBD) desde 1994; e membro efetiva da Academia Americana de Dermatologia (AAD),
existem vários tipos de cânceres de pele, entre eles existem três tipos que
são mais recorrentes, são eles: basocelular, espinocelular e melanoma; o
último é o que traz maiores riscos à saúde. Isso porque, de acordo com a
doutora, esse tipo tem maior probabilidade de evoluir para metástase, ou seja,
tem maiores chances do câncer atingir outros órgãos. Dados do INCA apontam que
o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão.
O basocelular e o
espinocelular são os tipos mais comuns e menos graves; eles têm início na
epiderme, camada externa da pele, e normalmente são provenientes de uma alta
exposição solar. Segundo Simone, o carcinoma basocelular costuma a aparecer em
áreas da pele que ficam mais expostas ao sol e é possível retirar a lesão da
pele com procedimentos cirúrgicos. "É mais simples, traz menos risco,
porém se não tratado também pode evoluir e atingir outros tecidos", alerta
a dermatologista. O carcinoma espinocelular é bastante parecido e pode se
manifestar em forma de feridas na pele, também podendo ser tratado ou retirado.
"Um dos maiores
problemas é que o câncer de pele ainda é bastante negligenciado, em comparação
aos demais tipos. Como tende a ser um câncer mais curável, as pessoas não tomam
as devidas providências e isso é perigoso, pois o câncer de pele, muitas vezes,
é uma doença silenciosa e que pode evoluir rapidamente sem o devido tratamento
e acompanhamento", ressalta a Dra. Simone Stringhini.
A Dra. Simone sempre
se interessou por aspectos relacionados aos carcinomas e foi a primeira médica
dermatologista a realizar e a promover avanços na Terapia Fotodinâmica no
Brasil, que é uma opção para tratar câncer de pele e outras doenças
relacionadas, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Essa terapia atua em
lesões pré-cancerígenas, antes que elas evoluam para o câncer de pele, e o
objetivo é tratar essa lesão para reverter a situação e evitar que o câncer
apareça. "Por isso que o check up periódico é tão importante, para
podermos trabalhar na prevenção e sermos mais assertivos, diminuindo os riscos
de doenças", conta a dermatologista.
Segundo ela, simples
cuidados já podem diminuir muito as chances do aparecimento e evolução do
câncer de pele. Veja abaixo os 3 principais cuidados, visando a prevenção do
câncer de pele e a melhora da saúde da pele, recomendados pela dermatologista.
• Check-ups
periódicos com o dermatologista
No mínimo, uma vez
ao ano, é recomendado ir ao dermatologista e realizar um exame chamado
Dermatoscopia, no qual o médico examina pinta por pinta do paciente, verificando
se há alguma característica estranha, que pode indicar doença de pele.
Entre os check-ups
periódicos, há um autoexame simples que pode ser feito em casa pelas pessoas,
chamado ABCDE da dermatologia. É uma metodologia utilizada para ajudar a identificar
características anormais nas pintas, baseado nas seguintes características que
devem ser observadas: Assimetria, Bordas, Cor, Diâmetro e Evolução (ABCDE). No
ponto A, é observado se as pintas da pele apresentam assimetria quando
divididas em duas metades. A assimetria representa uma suspeita que deve ser
investigada junto ao dermatologista.
O B, se refere às
bordas. Pintas com bordas recortadas também são suspeitas. Normalmente, uma
pinta comum apresenta bordas regulares e lisas.
A cor é um dos
principais indicativos. Uma pinta benigna apresenta coloração uniforme, mesmo
que mais claras ou mais escuras, elas são de uma única cor. Já as suspeitas
podem ter diversos tons numa mesma lesão e devem ser analisadas por médicos.
O diâmetro e a evolução
são baseados na observação do tamanho e mudança nas características de
determinada pinta. O tamanho normal delas devem ser de até 5 milímetros e não
costumam a apresentar alteração de tamanho ao longo do tempo. Portanto, se a
pinta é grande ou está aumentando, é recomendado consultar e alertar o
dermatologista.
É importante
ressaltar que esse autoexame constante não exclui a necessidade de uma consulta
e check up periódico com o dermatologista; ele é complementar.
• Evitar exposição
solar excessiva
Esse é um dos
principais fatores de risco e uma das principais causas do câncer de pele. Por
isso, a dica é evitar os horários em que o sol está mais incidente, que é por
volta das 10h até às 14h. Prefira os horários matutinos, até às 10h, ou no
final da tarde, depois das 16h.
• Não usar óleo
bronzeador (apenas protetor solar)
A proteção solar é
muito importante e óleo bronzeador não é indicado pois pode causar lesões na
pele por ter uma proteção muito baixa. Por isso, o mais recomendado é usar
mesmo o protetor solar e o fator FPS deve ser acima de 30 para trazer uma
proteção suficiente para a pele.
O Instituto Lilás, que não tem finalidade lucrativa, é focado na disseminação
de conteúdo e também em pesquisas na área da dermatologia oncológica, incluindo
a estética. O Instituto foi lançado no último mês e irá realizar estudos para
criação de novos protocolos de tratamentos, envolvendo a dermatologia e a
estética em pacientes oncológicos. Para o futuro, é esperado que o Instituto
una-se a clínicas, hospitais e faculdades para ampliar pesquisas e descobertas
na área de dermatologia para pacientes oncológicos.
Instituto Lilás
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