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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Perguntas e Respostas sobre o câncer de mama

1 - É verdade que o câncer de mama é o que mais mata mulheres? E quanto a incidência é fato que é o segundo mais comum no mundo?

Resposta: Sim, o câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil e o segundo mais incidente, com 66 mil casos estimados para 2020, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão  auxiliar do Ministério da Saúde para desenvolver e coordenar as ações integradas para a prevenção e o controle.

 

2 – Qual a idade com maior prevalente para o surgimento do câncer de mama? É comum aparecer após os 35 anos?

Resposta: A idade é um fator muito relevante para esse tipo de câncer. Na maioria das vezes é mais frequente entre os 50 e 60 anos. Não é muito comum antes dos 35 anos, mas nos últimos anos houve ocorrências em mulheres mais jovens com idade de 30 a 35 anos, especialmente, por fatores associados às mutações genéticas.

 

3 – Qual a taxa de mortalidade do câncer de mama?

Resposta: A taxa de mortalidade é ao redor de 13 mulheres a cada 100 mil.

 

4 – Qual o índice de sucesso se descoberto em fases iniciais?

Resposta: A detecção precoce permite que o câncer de mama seja curável em cerca de 90% dos casos.

 

5 - Percentual de aparecimento por hereditariedade? E de forma esporádica?

Resposta: Em 10% dos casos são por hereditariedade e em 90% casos esporádicos.

 

6 - Existe alguma estatística relacionada ao percentual de mulheres com esse diagnóstico que precisarão de cirurgia?

Resposta: Na grande maioria dos casos de câncer de mama com estadiamento inicial, o tratamento de escolha e a cirurgia. Já em casos mais avançados com tumores acima de 3cm, de maneira geral, podemos optar por iniciar o tratamento com a quimioterapia e posteriormente com a cirurgia.

 

7 - Quando feito exame clínico pelo especialista é possível detectar nódulos de quantos centímetros? E quando a própria pessoa faz o autoexame em média ela consegue detectar com quantos centímetros?

Resposta: Quando o exame das mamas e feito pelo médico é possível detectar nódulos a partir de 1cm. Já no autoexame, as mulheres conseguem detectar acima de 2cm.

 

8 - O anticoncepcional usado por muito tempo pode potencializar o câncer de mama? Existe algum estudo com esse percentual?

Resposta: Não há nenhum estudo que comprove que o uso prolongado de anticoncepcional pode aumentar as chances de câncer de mama.

 

 

Com a contribuição da Dra. Vanessa Saliba Donatelli, mastologista do IBCC Oncologia.

Outubro Rosa: reconstrução mamária pode resgatar autoconfiança

- Nem sempre é possível fazer a reconstrução de mama imediatamente

 - A mamografia pode diminuir a mortalidade por câncer de mama em até 30%

 

Entre 2020 e 2022, estima-se que serão diagnosticados mais de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, segundos dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Isso representa um risco em torno de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.

Dependendo do estadiamento da doença (determinado pelo tamanho da lesão, localização, comprometimento de linfonodos e presença de metástase), a mastectomia (retirada da mama) pode ser indicada e é nesse momento que a reconstrução mamária pode fazer a diferença para o resgate da autoestima e confiança feminina, contribuindo muito até mesmo para o fortalecimento da batalha contra a doença.

O médico cirurgião plástico, Dr. Fernando Amato, especialista em reconstrução mamária, explica que antes de tudo é preciso analisar o tratamento oncológico proposto, já que nem sempre a reconstrução da mama com prótese de silicone pode ser realizada de imediato, principalmente nos em casos em que se retira muita pele ou mesmo precedem um tratamento complementar com radioterapia.

“Se durante a mastectomia for necessária a retirada de uma quantidade maior de pele, é preciso que a paciente use um expansor mamário, espécie de uma bexiga de silicone que é colocada durante a cirurgia de mastectomia debaixo do músculo peitoral para que, depois de cicatrizada a cirurgia, seja realizado o enchimento com soro fisiológico, durante os retornos ambulatoriais, até se atingir o volume desejado. Esse processo permite que a pele ganhe uma elasticidade para – então - ser possível realizar uma cirurgia para trocar o expansor por uma prótese de silicone”, explica Dr. Amato.

 

Resultado da Mastectomia – Diferente de uma cirurgia estética, a mama reconstruída tem características distintas. “Os mamilos, por exemplo, muitas vezes, precisam ser refeitos. A mama reconstruída não terá a mesma aparência da mama saudável, já que pode ficar com cicatrizes e mais endurecida”, detalha o especialista.

O Dr. Amato sempre orienta as pacientes a irem acompanhadas à consulta para conversar sobre a reconstrução mamária. Outra indicação passada pelo cirurgião plástico é a busca pelo auxílio psicológico para compreender o momento. “A notícia e o tratamento da doença, muitas vezes, deixam a pessoa com certos bloqueios de compreensão das técnicas que podem ser utilizadas na cirurgia”, explica Dr. Amato.

É um direito da mulher ter sua mama reconstruída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos de saúde no Brasil, assim como a cirurgia plástica da mama oposta para simetrização e harmonização, porém, o Dr. Amato enfatiza que a reconstrução, imediata ou tardia, deve ser individualizada, respeitando tanto o desejo da paciente, como as condições clínicas e tratamento que será submetida.

A mastologista e membro da Sociedade Brasileira de Mastologia Dra. Priscila Beatriz Oliveros dos Santos, que faz parte da equipe do Dr. Fernando Amato, orienta a paciente a conhecer todas as opções de reconstrução que podem ser realizadas e a confiar na equipe que está cuidando da saúde da paciente. “E é sempre bom ressaltar que a mamografia é essencial para o diagnóstico precoce. Por isso, não deixe de realizá-la, já que este exame pode diminuir a mortalidade em até 30%, quando feito periodicamente”, alerta Dra. Priscila.

 


Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

 

Dra. Priscila Beatriz Oliveros dos Santos - Graduação, Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP)

Instagram: https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/

 

Saiba como tratar a dor nas costas, um problema cada vez mais comum até mesmo entre os jovens

Dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia apontam que, em média, 80% da população têm dor lombar pelo menos uma vez na vida. Em jovens, ela pode ser o primeiro sintoma de uma doença reumática e é a segunda causa mais comum de consultas médicas gerais, só perdendo para o resfriado. 


Este ano, a expressão "dor nas costas" bateu recordes de buscas no Google. Isso porque quem estava acostumado com o ambiente confortável do escritório teve que improvisar rapidamente um lugar para trabalhar em casa, e a má postura veio junto, destaca o médico Ivan Rollemberg.

"A principal causa da dor nas costas é muscular, associada a uma postura inadequada, tensão e, em alguns casos, sobrepeso", cita o médico.

Dentro desse cenário, pacientes cada vez mais jovens procuram os consultórios com queixas de dores. O estilo de vida é um dos principais vilões: o sedentarismo, aliado a muito tempo diante da TV, videogames e smartphones, sobrecarrega a coluna. Mas há outros prontos com que se preocupar.

"Postura incorreta, colchões inadequados, sobrepeso e obesidade, exercício físico realizado de forma errada, sapatos desconfortáveis e com salto alto, além de peso excessivo nos ombros, prejudicam a saúde da coluna" comenta Ivan Rollemberg.

Para a diretora clínica da BTL Brasil, Ana Rosa Visnardi Marques, pessoas sedentárias também precisam trabalhar o tecido muscular para garantir a saúde, já que ficar parado em casa acarreta vários riscos, como o de doença cardiovascular.

Quem sofre com as dores nas costas deve atentar para a importância do fortalecimento do core.

"Esse conjunto de músculos profundos da região abdominal, lombar e pélvica dá sustentação ao tronco e é a base de todos os movimentos do nosso centro de gravidade", explica Ana Rosa.

Uma coluna não fortalecida pode gerar postura inadequada, com desequilíbrio na posição do corpo, e resultar em dores e sobrecargas em outras regiões, como joelhos e pés. Para fortalecer essa musculatura, Ivan Rollemberg tem algumas dicas.

"Os melhores exercícios são aqueles que precisam de postura firme em sua realização. Também indico uma nova tecnologia que associo ao treino físico e fisioterapia, chamada HIFEM e está presente no Emsculpt; ", diz.

O médico explica que, através das ondas eletromagnéticas que realizam milhares de contrações em poucos minutos, é possível fortalecer a região:

"Com quatro sessões em 15 dias, conseguimos em média o aumento de 16% de massa muscular".


Câncer de mama: doença não pode ser negligenciada durante a pandemia, alertam especialistas

Cerca de 70 mil diagnósticos de câncer deixaram de ser feitos entre março e junho de 2020; Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) aponta que houve queda de 75% das cirurgias relacionadas a tumores de mama em grandes centros hospitalares

 

A pandemia da Covid-19, que determinou um regime de quarentena sem precedentes pelo mundo, tem apresentado impactos diretos na oncologia e mastologia. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), 70 mil diagnósticos de câncer deixaram de ser realizados entre março e junho deste ano. E os reflexos dessa nova realidade podem a curto e médio prazos desencadear um aumento nos índices de tumores descobertos em fase mais avançada.

Entre os tumores mais incidentes no país figura o câncer de mama - tipo de câncer mais comum em mulheres depois do câncer de pele. A ocorrência por aqui vem apresentando crescimento constante: são 66.280 novos casos esperados, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres por ano para o triênio 2020-2022 - números que ainda estão abaixo da incidência observada em países desenvolvidos, mas cuja tendência de aumento segue em ritmo acelerado, proporcional às taxas de envelhecimento da população.

Para o oncologista Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, este cenário exige esforços contínuos no sentido de aumentar a taxa de cobertura da mamografia de rastreamento populacional, assim como o nível de alerta das mulheres para alterações na mama, requerendo atenção dos especialistas para que o câncer de mama seja diagnosticado da forma mais precoce possível.

"As campanhas de conscientização sobre a doença e alerta para que a população esteja munida de informações sobre os impactos positivos da descoberta de tumores logo no início de seu desenvolvimento são primordiais para a redução das taxas de letalidade do câncer de mama. A nossa batalha pelo diagnóstico precoce deve continuar, por ele significar maior número de pacientes curados. No entanto, nos últimos seis meses observamos uma queda na realização da mamografia", diz o médico.

Ele alerta que se deixarmos de lado a vigilância ativa, no pós pandemia há grandes chances de observarmos um aumento considerável de diagnósticos tardios da doença. O exame de imagem na qual a mama é comprimida permite que sejam identificados tumores menores que 1 cm e lesões em início, sendo determinante para a descoberta do câncer de mama logo no início.

"O câncer de mama é o segundo mais comum entre mulheres no país e eram esperados quase 67 mil novos diagnósticos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), até o fim deste ano. De forma geral, a mamografia deve ser realizada anualmente por todas as mulheres acima dos 40 anos e a decisão por adiar ou não esse exame só deve ser tomada mediante o aconselhamento médico", ressalta Max Mano, oncologista clínico e especialista no tratamento do câncer de mama do Grupo Oncoclínicas

As chances de cura chegam a 95% ou mais quando o tumor é descoberto no início, sendo o tratamento menos invasivo, o que melhora, em muito, a qualidade de vida durante e após o tratamento da doença. "Mulheres que tratam ou já tiveram câncer de mama, bem como aquelas com histórico de câncer de mama entre parentes próximas (irmãs, mães) e/ou que têm mutações genéticas hereditárias já identificadas, não devem jamais deixar de fazer os controles sem orientação do especialista", completa Max Mano. 



Redução no número de cirurgias preocupa

Outro ponto de atenção desencadeado pela pandemia está relacionado ao adiamento ou cancelamento de cirurgias oncológicas. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) indica que 70% dos procedimentos para retirada de tumores malignos deixaram de acontecer em abril. Especificamente nos casos de câncer de mama, um recorte da situação feito pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) nos meses de abril e maio mostra que nos grandes centros hospitalares de oncologia - públicos e privados - houve uma queda de 75% no movimento cirúrgico em comparação aos registros de 2019.

"Isso vai impactar na sobrevida dos nossos pacientes e isso é pior que a própria pandemia. Precisamos manter a população munida de informações relativas aos fluxos seguros que vêm sendo adotados para que eles possam estar confiantes para seguir com as orientações de tratamento devido, de acordo com cada caso", alerta Bruno Ferrari.

O médico reforça que o câncer faz parte do rol de doenças estabelecido pelo Ministério da Saúde, cujo tratamento não pode ser considerado eletivo. Atualmente, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,3 milhão de brasileiros têm tumores malignos e estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que são esperados ao menos outros 625 mil novos diagnósticos da doença até o final de 2020.


Oncoclínicas no Outubro Rosa

Anualmente, o Instituto Oncoclínicas - iniciativa do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas para promoção à saúde, educação médica continuada e pesquisa - desenvolve uma série de ações para alertar sobre a importância da realização de exames preventivos periódicos e mudanças nos hábitos de vida no combate ao câncer de mama. Em 2020 a iniciativa traz uma abordagem positiva nas redes sociais ressaltando a importância de não adiar consultas com especialistas e agendar os controles de rotina, incluindo a realização da mamografia por mulheres a partir dos 40 anos.

Com o mote "A melhor dica é viver bem", a campanha é voltada à conscientização sobre a importância de estar atento a fatores de riscos evitáveis relacionados à incidência de câncer de mama, como ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regulares, para uma retomada da saúde e da qualidade de vida. Direcionada à sociedade em geral, ela ressalta ainda uma importante informação: busque sempre saber sobre os fluxos seguros implementados pelos centros de referência em atendimento e realização de exames diagnósticos. Apesar da pandemia e do medo da contaminação pelo coronavírus, é preciso que as mulheres mantenham seus controles em dia para que a luta contra o câncer de mama não seja deixada em segundo plano.

A ação faz parte de uma série de ativações nas redes sociais desenvolvidas pelo movimento "O Câncer Não Espera. Cuide-se Já" para alertar os pacientes oncológicos e a população em geral sobre como atrasos nos cuidados médicos adequados pode comprometer, até irreversivelmente, o sucesso na luta contra o câncer. A ação liderada pela Oncoclínicas é apoiada por entidades como a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca), Instituto Oncoguia , Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC) e Rede Inspire Ser.

A mobilização também conquistou o reforço voluntário de personalidades como as atrizes Suzana Vieira, Mariana Rios e Priscila Fantin, os cantores Ivete Sangalo, Elba Ramalho, Bell Marques, Leo Jaime e Tomate, a jornalista Mona Lisa Duperon e o medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei Maurício Lima.

Empresas, entidades ligadas à área médica ou qualquer cidadão engajado na luta em favor da vida e da saúde dos brasileiros podem aderir à campanha. Os interessados encontram mais informações nos sites http://www.grupooncoclinicas.com/movimentopelavida e www.ocancernaoespera.com.br

Fabiano de Abreu desvenda mistérios da neurociência para entender o suicídio

Neurocientista, psicanalista e filósofo, Fabiano de Abreu destrinchou a história deste ramo científico para a página Aventuras na História, do UOL, sob a ótica do suicídio

 

Em reportagem publicada no último dia 21 na página Aventuras na História, do UOL, o filósofo, escritor, psicanalista e neurocientista Fabiano de Abreu foi entrevistado para abordar a chamada ciência da filosofia, a neurociência. Ele apresentou uma linha de tempo com grandes descobertas sobre o cérebro que ocorreram durante a evolução da humanidade até os tempos atuais e analisou problemas contemporâneos.

Como exemplo, Abreu citou a campanha Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção do suicídio. “É preciso lembrar que nunca na história houve tantos casos de pessoas que tiraram a própria vida como agora. A humanidade, que sempre questionou os motivos que levassem as pessoas a cometerem tal ato, agora encontra na neurociência uma maneira de entender as disfunções neuronais no cérebro”, afirmou o neurocientista à publicação.

Ele explicou que o suicídio pode ou não estar relacionado à depressão, mas certamente tem relação com as disfunções nos neurotransmissores, os mensageiros químicos no cérebro. Eles são responsáveis pelo humor, sono, motricidade e várias outras funções e sensações. Fabiano de Abreu destacou que a prática destes atos impensáveis ou a falta de raciocínio são decorrentes destas disfunções, que afetam a forma da mensagem ser transmitida da parte mais primitiva do cérebro até a mais recente, onde é regulada a razão e a lógica. Fabiano ainda explica que é possível incentivar o cérebro e ativar funções, por meio de estudos, leituras e atividades novas.

Ele alerta que a sociedade atual está com o cérebro afetado: “A história é responsável pelo presente, já que, estamos doentes mentalmente e descontrolados nos nossos instintos mais primitivos. De forma abrupta, viramos a chave da evolução com a tecnologia que nos proporcionou mudanças comportamentais que afetaram nosso instinto natural de sobrevivência”. A partir disso o neurocientista elenca as diversas descobertas sobre o cérebro na história e suas contribuições. “A participação de cada um dos nomes da história foi necessária para todas as descobertas e para alcançarmos o patamar de conhecimento que temos nos dias de hoje. Uma ideia leva a outra, que se desvendam e desenvolvem mutuamente aproveitando o que temos de melhor em relação aos demais seres vivos, que é nossa razão localizada nos lobos frontais”, explica Abreu.

 


Referência: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/ciencia-que-revelou-busca-da-filosofia-historia-da-neurociencia.phtml

 

Cinco equações que mudaram o mundo

Fonte: Pixabay
As pessoas podem perceber ou não, mas a matemática está presente em quase tudo. As relações estabelecidas em sala de aula no momento em que se ouve falar dos números, se desdobram à frente, no decorrer da vida.

A conta do orçamento mensal, o planejamento de uma viagem, a compra de uma casa. Quando nos deparamos com as práticas de rotina mais simples, entendemos a importância de estudar cálculo, por exemplo, ainda que no nível mais básico.

São muitas as situações nas quais a ciência do raciocínio lógico e abstrato se coloca naturalmente nos contextos humano, cultural e histórico. 

O matemático Ian Stewart listou em um livro de 2018 equações que mudaram o mundo sob diversas óticas.

Estas são algumas delas.


Teorema de Pitágoras

a² + b² = c²

"A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa de um triângulo retângulo" é uma explicação conhecida nas salas de aula há muito tempo. Literalmente, há pelo menos 2.500 anos. Registros provam que os egípcios, os babilônios e os chineses já usavam elementos desta equação.

Ao reunir formalmente em um teorema o conhecimento de que as formas e os números estavam conectados, Pitágoras ajudou nos desdobramentos levados adiante por Euclides.

Assim, foram estabelecidas as bases das matemáticas circulares, da geometria, das funções trigonométricas. Também estão vinculados a estes estudos o desenvolvimento da álgebra e do conceito de distâncias.

Sem o Teorema de Pitágoras, não haveria levantamento preciso, a cartografia e a navegação. Além disso, a triangulação é usada para indicar a localização relativa da navegação por GPS (Global Positioning System) - Sistema de Posicionamento Global.


Cálculo

Quem quiser determinar uma taxa instantânea de mudança, de variação de grandezas e o acúmulo de quantidades, se envolver movimento ou crescimento onde forças variáveis produzem aceleração, terá que estudar cálculo.

Isaac Newton é quem estabeleceu as bases do cálculo dos limites, as derivadas e a integral das diferenciais. E suas consequências foram descobertas na química, física, matemática, engenharia, astronomia, biologia, economia.

Atualmente, as premissas desse conhecimento são fundamentais para medir sólidos, curvas e áreas, e para a medicina, a economia e a ciência da computação, de maneira geral.


Teoria da Relatividade

E = mc²

“Energia é igual a massa vezes a velocidade da luz ao quadrado”. Nesta equação, Albert Einstein estabeleceu uma explicação para a expansão do universo: matéria e energia são equivalentes, e a matéria curva o espaço e o tempo à sua volta, e o tempo é relativo.

Este conceito determinou o entendimento das galáxias, da propagação da luz, do Big Bang, dos buracos-negro e, por um lado negativo, da criação da bomba atômica.

E em um âmbito mais comum, a criação da tecnologia GPS também é resultado da equação mais famosa da ciência.


Equação de Schrödinger                                   

Schrödinger constituiu a base da mecânica quântica ao desdobrar trabalhos sobre a natureza dual da matéria. 

Segundo a equação, ao poder determinar o estado de um sistema em algum ponto, se torna possível prever o seu estado no futuro. Ou seja, há uma pequena escala em uma faixa de estados prováveis.

Esta teoria é a base das tecnologias que usam semicondutores, transistores, circuitos integrados, microprocessadores, chips, que se valem do entendimento do funcionamento e da evolução do comportamento da matéria. Vale para escalas atômica e subatômica e para eventos macroscópicos e o universo.


Equação das Ondas                                  

O matemático francês Jean le Rond d’Alambert criou a equação diferencial que descreve o comportamento das ondas e explica as vibrações/oscilações que elas geram ao distribuírem energia ao passarem por um ponto.

Jean partiu do princípio de que nenhuma energia pode ser criada ou destruída - oscila entre a energia cinética, resultado de movimento, e a energia potencial, que está armazenada e ainda não se tornou cinética.

No meio, ocorrem as ondas, sejam sonoras, de luz, água e até as gravitacionais. Entender o comportamento da movimentação da energia é fundamental para diferentes engenharias e a física, além do monitoramento de terremotos e maremotos.

  

Cresce demanda por notícias nos meios digitais durante a pandemia

• Nova pesquisa revela que quase 7 em cada 10 leitores de veículos digitais no Brasil aumentaram o consumo de notícias durante a pandemia;

• Grupo Globo, UOL e R7 estão entre os principais veículos, aponta pesquisa

 

Nova pesquisa publicada nesta semana pela Luminate, organização filantrópica global, constatou que durante a pandemia COVID-19, 65% dos leitores de veículos digitais no Brasil aumentaram o consumo de notícias. A pesquisa mostra que 92% dos consumidores acessam notícias por meios digitais (veja a pesquisa completa aqui) pelo menos duas vezes por semana, com 83% pelo menos uma vez por dia. A pesquisa também mostra que as plataformas digitais agora respondem por mais da metade (59%) de todo o conteúdo de notícias consumido, destacando o crescente domínio das plataformas digitais1 como fontes primárias de notícias e informações.


Junto com o aumento da demanda por notícias, a pesquisa, que entrevistou 8.570 pessoas de 18 a 65 anos na Argentina, Brasil, Colômbia e México, descobriu que os consumidores no Brasil estão dispostos a pagar por conteúdo digital, 16% deles já pagando por pelo menos uma assinatura de notícias ou serviço. Embora relativamente modestos, esses números mostram que a disposição de pagar por notícias digitais entre os consumidores no Brasil é maior do que em alguns outros países, incluindo mercados estabelecidos como o Reino Unido (8%) e Alemanha (10%) e não está muito atrás dos EUA (20%)2 .

A pesquisa identificou uma série de fatores-chave que influenciam as decisões dos consumidores de pagar por uma assinatura ou serviço de notícias digitais. Para os consumidores que atualmente pagam por notícias, dois dos fatores mais importantes são a capacidade de fornecer conteúdo de alta qualidade (34%), seguida de perto pela credibilidade do veículo como fonte de informações sérias e confiáveis ​​(31%). Além desses fatores, a metodologia MaxDiff3 descobriu que para todos os participantes da pesquisa, incluindo aqueles que atualmente não estão pagando pelas notícias, a independência do veículo em relação a interesses políticos ou outros interesses velados também foi importante (4.7 MaxDiff).

1 Sites on-line de veículos de notícias tradicionais, veículos de mídia digitalmente nacional, mídia social e YouTube

2 Reuters Institute for the Study of Journalism, Digital News Report 2020

3 Na análise MaxDiff ou "melhor-pior escala", os participantes escolhem o mais importante / melhor e o menos características importantes / piores de uma lista de itens. Isso resulta em medidas de escala de intervalo que são baseadas em julgamentos comparativos que podem ser facilmente realizados, mesmo quando o número de atributos não é pequeno.

"O jornalismo independente é uma condição para democracias saudáveis, e a disposição em pagar por notícias é central para esta independência. Nesse contexto, o alto consumo e a grande abertura de brasileiras e brasileiros em pagar por assinaturas ou realizar doações a meios de comunicação são boas notícias, tanto para redações como para a democracia brasileira" argumenta Rafael Georges, representante da Luminate no Brasil

Embora a pesquisa destaque uma série de oportunidades para veículos digitais, ela identificou duas barreiras que os empreendimentos de mídia deverão considerar ao buscar atrair novos consumidores pagantes. Em primeiro lugar, a relevância do conteúdo é fundamental. Dos entrevistados que atualmente não pagam por notícias digitais, 90% dos participantes afirmaram que as informações não eram suficientemente relevantes ou não traziam diferenciais que justificassem um pagamento quando comparados a outras fontes de informação. Em segundo lugar, o custo é um grande problema, com 90% afirmando que simplesmente não estariam dispostos a pagar, especialmente se podem acessar notícias gratuitamente em outro lugar.

Outros dados notáveis ​​da pesquisa são:

• Para 1 em cada 4 consumidores R$ 30 por mês é considerado um pagamento aceitável em compra de notícias digitais

• Em média, o período de assinatura de um serviço de notícias digitais é mantido por pouco mais de dois anos (24,5 meses)

• 26% dos consumidores no Brasil estão dispostos a fazer doações voluntárias a veículos digitais.

A pesquisa foi encomendada pela Luminate - uma das principais financiadoras da mídia independente em todo o mundo, inclusive na América Latina - para fornecer informações adicionais aos veículos de notícias à medida que desenvolvem suas ofertas digitais e procuram aumentar a receita por meio de assinaturas e outros serviços pagos. Esta pesquisa é uma continuidade do trabalho iniciado com o relatório Inflection Point publicado pela Luminate e pela SembraMedia em 2017, que explorou a saúde da mídia digital na América Latina, e o lançamento do programa Velocidad em 2019, acelerador que fornece financiamento e consultoria para novas startups de jornalismo operando na América Latina.

 

Sobre a pesquisa:

Esta pesquisa foi conduzida pela Provokers, uma empresa internacional de marketing estratégico e pesquisa de mercado com presença regional na América Latina. A sondagem explorou se os leitores de notícias digitais na Argentina, Brasil, Colômbia e México estão interessados ​​em pagar pelo serviço e buscou entender os motivos que contribuem para modelos de sucesso na rentabilidade de veículos digitais. A pesquisa consistiu em 8.570 entrevistas realizadas por meio de uma pesquisa online (pelo menos 2.000 entrevistas por país), 80 entrevistas em profundidade (20 por país) com indivíduos que liam notícias online pelo menos duas vezes por semana e nove entrevistas em profundidade com especialistas em mídia digital e notícias online. As pesquisas com consumidores incluíram uma amostra nacionalmente representativa de homens e mulheres, níveis socioeconômicos, idades e localizações geográficas.



Luminate

Provokers


As marcas do aprendizado na primeira infância


A educação nos primeiros anos de vida foi o tema principal nesta sexta-feira durante o 10° Seminário de Educação Infantil, promovido pela Pró-Saúde e realizado nos dias 1 e 2 de outubro

 

A educação nos primeiros anos de vida foi o tema principal nesta sexta-feira durante o 10° Seminário de Educação Infantil, promovido pela Pró-Saúde e realizado nos dias 1 e 2 de outubro

Os estímulos que as crianças recebem nos primeiros anos de vida trazem um importante impacto no desenvolvimento social, emocional e na forma como os pequenos recebem novos conhecimentos.

A maneira como esses estímulos são aplicados na educação de crianças foi o principal enfoque de especialistas nesta sexta-feira, 2/10, durante a 10° edição do Seminário de Educação Infantil, promovido pela Pró-Saúde.

Neste ano o tema foi “Esperançar: Um Diálogo Encantador em Direção ao Futuro”.

Em um ambiente virtual e reunindo dezenas de profissionais da educação por videoconferência, o evento trouxe à tona a importância de se criar conexões com as crianças para validar as experiências e descobertas, coletivas e particulares, vivenciadas na educação infantil.

Para Jonathas Muller, um dos palestrantes e pedagogo com especialização na educação de crianças de 0 a 3 anos, entre as formas de conexão está o cuidado, presente em todos os momentos.

“O cuidado está na forma de olhar, no tom de voz e acolhimento, que permite uma relação de afeto e suporte emocional, tornando a criança mais segura para descobrir o ambiente ao seu redor”, disse.

Além de propor palestras com profissionais da área, o seminário apresentou diálogos e momentos de reflexão sobre o trabalho do educador infantil, seus desafios e o atual momento de adaptação devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Em São Paulo, quatro Centros de Educação Infantil (CEIs) são gerenciados pela Pró-Saúde desde 1998, por meio de convênio firmado com a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria Municipal de Educação.

Ao todo, os profissionais dos CEIs Lageado, Jardim São Jorge, Jardim Eliane e Santa Rita, todos localizados na zona Leste da cidade, são responsáveis pelos cuidados e educação de cerca 650 crianças de zero a três anos.


A construção de uma base afetiva

Mesmo residindo em Portugal e com quatro horas de diferença no fuso horário, a palestrante Kiara Terra, autora de livros infantis, educadora e doutoranda em Sociologia da Infância, fez questão de destacar o papel dos professores na vida das crianças.

“Os professores do ensino infantil são essenciais, pois ajudam a formar a base afetiva e emocional dos pequenos, além de criarem uma interface profunda com as famílias”, ressaltou.

Durante o evento, diversos profissionais dos CEIs prestaram depoimentos emocionados sobre o trabalho relacionado com as crianças, reforçando a atenção e qualidade no ensino junto aos pequenos.

De acordo com Regina Victorino, gerente de Filantropia da Pró-Saúde, além das metodologias de ensino e propostas de reflexão aos participantes, o seminário se torna um local de troca e uma base de vínculo entre os profissionais.

“O seminário é um importante avanço na construção de um desenvolvimento educacional das crianças, auxiliando os nossos profissionais em seu trabalho pedagógico, mantendo a dedicação e o carinho”, ressalta.

A abertura do evento foi feita pelo presidente de Pró-Saúde, Dom João Bosco Óliver de Faria. Ao falar das crianças, ele afirmou “que a educação é a base para a construção do futuro”.

Em seguida, ficou emocionado ao relembrar de seu pai, que também era professor. “Pude ver de perto o sacrifício daqueles que se doam para a educação, vocês possuem a graça que Deus lhe oferece. Atuam contra a correnteza, sozinhas para suportar tudo, por isso tenham sempre um ideal que é o ensino às crianças”, disse.

Já o encerramento do seminário contou com a participação do Padre Wagner Augusto Portugal, Diretor Executivo-Geral da Pró-Saúde. Ele agradeceu a participação e afirmou que “quem atua pela Pró-Saúde assume um compromisso com o outro”. Por fim, o diretor também relembrou uma frase dita pelo Papa Francisco, ao mencionar que “os educadores são como artesãos das gerações futuras. Todas as atitudes se tornam um espelho na formação dessas crianças. Elas aprendem e também nos ensinam”, concluiu.


Setor de eventos precisa se reinventar urgentemente

A pandemia provocada pelo novo coronavírus chegou para abrir os olhos do setor de eventos e mostrar que existem diversas alternativas para inovar e alcançar ainda maior sucesso nos resultados dos clientes. Nesse momento de afastamento social, os eventos online mostraram uma nova forma promissora de realizar eventos e, inclusive, abriu um leque de oportunidades no Brasil, como os eventos híbridos, drive-in (como nos filmes americanos antigos, onde um filme podia ser assistido dentro dos carros diante de uma tela grande com retroprojetor), entre outras novidades.

De acordo com pesquisa do Sebrae, realizada em abril deste ano, dos 2.702 empresários do setor ouvidos, 62,9% relataram que o seu faturamento caiu entre 76 e 100%, se comparado ao mesmo período do ano passado. No entanto, quase metade dos entrevistados dizia que não estava tentando adequar o modelo de negócios para continuar funcionando. E após cinco meses da pesquisa é observado que o segmento ainda está engessado no Brasil, com dificuldades de se reinventar e de criar novas oportunidades para a inovação do setor, tanto no corporativo, como no social.

Muitos profissionais ainda estão esperando ver o que vai acontecer, mas a tecnologia vem para nos ajudar de uma forma mais positiva. É uma aliada para trazer mais visibilidade, com custo mais acessível, trazendo maior abrangência, movimento, divulgação, aproximação, entre outras possibilidades ainda reticentes pelo setor.

Num casamento, por exemplo, é possível fazer um mix aliando o presencial e o online, conseguindo maior abrangência. O que antes ainda não era pensado é que, além dos convidados presenciais, é possível abrir espaço para mais mil convidados virtualmente de qualquer lugar do mundo.

No mercado corporativo, a tecnologia também permite a realização de eventos com estrutura mais enxuta e de uma forma mais comedida. Os webinários, além de terem um custo mais acessível, também geram maior abrangência aos clientes.

Além disso, as empresas de eventos ainda têm a vantagem de conseguir realizar três eventos simultaneamente, com uma equipe enxuta. Isso era bem difícil antes da pandemia, sem contar que a forma remota diminui as despesas com deslocamentos, alimentação, tanto do público convidado, quando dos próprios colaboradores.

Esse novo “mindset” precisa atingir toda a cadeia, ajudando os profissionais, sobretudo da produção a se prepararem para entender essas novas oportunidades, a entender a tecnologia, evitando desempregos, como é observado hoje.

Por fim, precisamos de um novo “mindset” por parte dos profissionais de eventos em relação às oportunidades trazidas durante a pandemia para possibilitar a evolução do setor como um todo. Não dá mais para pensar em eventos do jeito que era antes da pandemia. Precisamos nos reinventar e aproveitar as possibilidades para que possamos de maneira muito mais leve e promissora viver esse novo normal.

 


Carolynne Bonfatti - sócia fundadora da Bonfatti Eventos, empresa especializada há quase 20 anos em eventos corporativos e de casamentos.

 

Anestesia Empreendedora

 Os efeitos da pandemia para as pessoas que, tradicionalmente, estão habituadas a se reinventar

 

Diante de um cenário totalmente novo, os donos de negócios precisaram, mais do que nunca, se reinventarem para sobreviver. Alguns, é verdade, não o fizeram de imediato, por pensar que o período de isolamento social não se estenderia. No entanto, o quanto cada pessoa demorou para ter uma reação ao “novo normal” pode ser crucial para o futuro do negócio, o que foi destacado por Shimada. “Tudo depende do seu timing de reação. Quanto mais anestesiado você ficou, mais difícil será a retomada”.

 

Situações como a que vivemos é encarada de maneira muito distinta por cada pessoa e, por consequência, a empresa que ela administra. Apesar disso, Shimada destaca os três comportamentos primordiais diante de um cenário de medo e instabilidade: fuga, agressão e paralisia. Cada item, é claro, tem uma intensidade e durabilidade que varia de acordo com a personalidade, tipo de negócio e outros fatores externos que podem influenciar.

 

Conforme destacado por Shimada, o timing de reação é essencial para que o recomeço seja breve. Ou seja: é importante identificar qual é o comportamento dominante desse empreendedor e transformá-lo em oportunidade. Shimada exemplifica a situação de uma pessoa que possui no campo de defesa a paralisia. Que no início se prostrou diante do cenário devastador para o seu negócio, porém, agiu rapidamente ao menor sinal de desajuste. “Não demorou muito e ele saiu da cama, voltou à ação e, hoje, sua receita está apenas 30% abaixo do resultado obtido no ano passado. Imagina se ele tivesse permanecido na cama?”. Diz. 

 

Situações assim, são recorrentes pelos mentorados de Shimada, que orienta esses empreendedores a encontrarem seu caminho diante do caos. “ Já quem possui a agressão diante de dificuldades, tende a tratar mal seus funcionários, se desentender com fornecedores e clientes, família, amigos. Assim, é sugerido que ele jogue essa energia na solução dos problemas e não em criar novos”. 

 

Porém, a fuga foi o sentimento que mais se destacou, o cenário de incerteza fez com que as pessoas aprimorassem a procrastinação, “Não há problema para o dono de negócio, diante de uma pandemia jamais prevista, que esse comportamento intrínseco aflore, pelo contrário, é absolutamente aceitável, porém, é preciso identificar o tempo dessa fuga, afinal, ela pode prejudicar ainda mais o negócio e acima de tudo as suas relações pessoais”. Explica Shimada.   

 



 

Thiago Shimada - CEO da Academia da Marca e Mentor de Donos de Negócio. Com suas vivências no varejo, experiências no mundo do marketing e publicidade, e uma intensa dedicação no estudo de mentes empreendedoras, ele ajudou, ao longo de 7 anos, mais de uma centena de empresas, que variam de startups a companhias que figuram entre as 1000 maiores do Brasil. Seus esforços ainda ultrapassam a marca de mais de R$ 35 milhões de incremento no faturamento dos negócios de seus clientes.

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“Vilão” das aposentadorias, fator previdenciário pode diminuir em até 50% valor do benefício


O fator previdenciário ainda é uma realidade no planejamento da aposentadoria de muitos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O cálculo previdenciário, criado no ano de 1999 com o objetivo de desestimular aposentadorias precoces. O fator consiste em uma fórmula matemática que envolve três requisitos: idade, expectativa de vida e o tempo de contribuição. Quanto mais novo o trabalhador, menor será o tempo de contribuição e a expectativa de vida, trazendo com isso um valor até 50% menor do benefício.

Segundo especialistas, o cálculo deve ser observado por segurados que estavam próximos de obter o direito à aposentadoria no momento em que as novas regras previdenciárias passaram a valer. Outro caso de atenção corresponde a quem avalie se aposentar por meio da regra transitória do “pedágio de 50%”. Nos últimos anos, o fator previdenciário tem sofrido críticas por ser responsável por reduzir boa parte do valor do benefício a ser concedido pelo órgão federal, mas muitos segurados também desconhecem que o cálculo pode ser excluído da análise da aposentadoria a partir do aumento do tempo de trabalho que é incluso na solicitação do benefício.

“O maior vilão das aposentadorias concedidas entre 1999 até novembro de 2019 é o fator previdenciário. Ele assombra as aposentadorias concedidas até hoje, pois para o segurado que já tinha condições de se aposentar antes da reforma da Previdência e requereu agora o benefício, o fator poderá ser aplicado. Em muitos casos, o benefício diminui 50% pela aplicação”, alerta João Badari, advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados.

A reforma preservou o fator previdenciário para todos os segurados que já haviam alcançado o direito à aposentadoria até 13 de novembro de 2019, data em que as mudanças entraram em vigor. Já a regra transitória do “pedágio de 50%”, que também mantém o cálculo, pode ser utilizada por todos os homens que possuíam 33 anos de contribuição, assim como as mulheres que atingiam 28 anos de contribuição, na data de entrada em vigor das mudanças. Ambas as idades significam que os segurados estavam a pelo menos a dois anos de obter o direito de aposentar.

A regra transitória permite que homens se aposentem com 35 anos de contribuição, e as mulheres com 30 anos de contribuição, desde que aguardem por um tempo adicional correspondente a 50% do que já deveriam esperar para receber a aposentadoria. “Ou seja, se o segurado tiver 33 anos de contribuição, faltam dois anos para atingir 35 anos. O pedágio será de 50% sobre esses dois anos, o que corresponde a mais um ano de contribuição. Logo, ao invés de se aposentar com 35 anos de contribuição, o segurado se aposentará com 36 anos. Para as aposentadorias enquadradas nessa hipótese, o valor do benefício será calculado de acordo com a média aritmética simples dos salários de contribuição, multiplicada pelo fator previdenciário”, explica Leandro Madureira, advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Mauro Menezes & Advogados.

As regras de transição previstas pela reforma foram pensadas com o objetivo de permitir que segurados que estavam próximos da aposentadoria pudessem utilizar critérios menos rígidos dos que os criados com a alteração do sistema previdenciário. A reforma estabeleceu, para a maior parte dos segurados, uma idade mínima de 65 anos e 20 anos de contribuição, no caso dos homens, e 62 anos de idade e 15 anos de contribuição, no caso das mulheres. Enquanto há a obrigatoriedade de alcançar uma idade mínima, a regra transitória permite o uso apenas do tempo de contribuição no pedido.

Entretanto, para Joelma Elias dos Santos, advogada previdenciária do escritório Stuchi Advogados, o “pedágio de 50%” é vantajoso para poucos segurados. “Essa regra de transição abrangeu um número pequeno, não houve uma previsão para todos os demais que já estavam filiados na Previdência quanto entrou em vigor a reforma. Todos aqueles, para os quais faltava mais de dois anos para se aposentar, já entram na regra nova e algumas regras anteriores abrangiam também esses segurados filiados. A grande falha dessa regra é esquecer dos demais”, analisa.

O advogado João Badari ainda afirma que é importante que os segurados fiquem atentos a possíveis erros por parte do INSS quando o fator é utilizado no cálculo da aposentadoria. Mesmo que não haja erro relacionado a idade ou expectativa de vida consideradas pelo fator, por exemplo, pode haver um equívoco em relação ao tempo de contribuição. “Assim, o segurado poderá pedir revisão. Caso haja a revisão solicitada, o aposentado terá um aumento na aposentadoria e também o pagamento das diferenças desde a concessão do benefício”, orienta.

Somatória e exclusão

Segundo os especialistas, é comum que muitos segurados do INSS apenas acatem o valor informado quando recebem a resposta para o seu pedido. Além da ocorrência de erros, também é possível que houvesse a possibilidade de excluir o fator previdenciário da análise, o que aumentaria o valor do benefício.

A exclusão do fator pode ocorrer por meio da chamada “regra de pontos” na qual são somados a idade e o tempo de contribuição do segurado. A pontuação necessária depende da proximidade do segurado de alcançar o direito à aposentadoria.

Há ainda diversas formas de o segurado aumentar o seu tempo de contribuição a ser utilizado no cálculo e alcançar a pontuação necessária para excluir o fator. Segurados que atuaram no setor público, por exemplo, podem incluir o tempo do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), vinculado ao serviço público, no cálculo voltado ao Regime Geral de Previdência Social (RGP), relacionado ao setor privado. Para isso, é necessário solicitar a emissão da Certidão do Tempo de Contribuição (CTC) pelo aplicativo ou site "Meu INSS" e enviar pedido de análise à autarquia.

Também é possível que o segurado se utilize dos chamados “adicionais de ação trabalhista”, quando venceu ações na Justiça nas quais reconheceu e ampliou o seu tempo de trabalho. Há um prazo de 10 anos para ingressar com o questionamento no Judiciário, contato desde a realização da atividade laboral, e a ação deve ser anterior à concessão da aposentadoria.

Outras formas de atingir a somatória são o recolhimento em atraso das contribuições ao INSS, utilizada por autônomos ou empresários que não contribuíram em determinado período em que exerceram atividade remunerada; a inclusão do tempo especial, relacionado a atividades de trabalho insalubres; e a inclusão de tempo relacionado a atividades exercidas como aluno aprendiz, assim como relacionadas ao serviço militar.

Em todos os caminhos mencionados, o planejamento da aposentadoria se torna fundamental. “É importante fazer o planejamento com um profissional habilitado para que o segurado consiga ser enquadrado na regra que melhor lhe beneficiará. Vale registrar que o fator é uma regra de cálculo aplicada exclusivamente aos trabalhadores vinculados ao INSS, não sendo aplicado aos servidores públicos, ainda que eles estejam em regimes municipais regidos pelo próprio INSS”, finaliza o advogado Leandro Madureira.


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