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sábado, 12 de setembro de 2020

27 de setembro - Dia do idoso: Neurologista explica causas de confusão mental além do Alzheimer

No Dia do Idoso, especialista do Hospital 9 de Julho fala sobre a importância de conhecer outros fatores que podem prejudicar as capacidades cognitivas

 

Dia 27 de setembro é comemorado no Brasil o Dia do Idoso, data criada para valorizar a vida depois dos 60 anos. Hoje em dia, é cada vez mais comum manter uma rotina ativa, com atividades físicas e intelectuais, de diversão e até profissionais na terceira idade, mas nessa fase uma das principais preocupações das pessoas e seus familiares é com a capacidade de raciocínio, a memória e a clareza mental. 

Atualmente, aos primeiros sinais de lapso de memória ou de falha nas capacidades cognitivas, muitas pessoas passam a temer o diagnóstico do Mal de Alzheimer. No entanto, a confusão mental e os déficits cognitivos em idosos pode ter outras causas, muitas delas fáceis de serem tratadas e totalmente reversíveis.

O Dr. Diogo Haddad, neurologista do Hospital 9 de Julho, explica que o Alzheimer é uma doença que não surge do dia para a noite e que uma mudança repentina no comportamento ou na capacidade de raciocínio de uma pessoa idosa deve ser investigada rapidamente, e com mais cuidado. “Em todas as idades, mas em especial após os 60 anos, é importante estar atento a qualquer alteração neurológica e procurar um especialista diante de um sinal de alteração mental. O Alzheimer é uma doença que assusta e que tem afetado um número cada vez maior de pessoas, mas antes de chegar a esse diagnóstico é fundamental descartar outras possíveis causas.”

 

Infecções

Na terceira idade, quadros de infecção em diferentes partes do corpo podem ter como consequência um episódio de confusão mental e mudanças de comportamento. O quadro pode ser desencadeado por uma simples infecção urinária ou de pele que não apresentou outros sintomas e está silenciosamente afetando o organismo. Importante também notar que infecções tardias como sífilis podem afetar a cognição e serem confundidas com doenças neurodegenerativas. 

 

Desidratação

A desidratação é também um problema comum entre idososos mais velhos. Isso acontece por diminuição na sensação de sede, maior dificuldade do organismo para absorver água, além de possíveis efeitos de diferentes medicações. E quando a pessoa chega a um quadro grave de desidratação, pode repentinamente passar a manifestar sinais neurológicos.de desorientação mental.

O neurologista explica que o cérebro é um dos órgãos mais afetados pela falta de água no organismo, levando ao mau funcionamento de funções como raciocínio e memória. Quando o idoso encontra-se nesse estado, deve-se procurar ajuda profissional para repor não apenas líquidos, mas todos os nutrientes necessários para sua recuperação.

 

Hipoglicemia

A falta de açúcar está entre as causas reversíveis de confusão mental. “O cérebro consome alta carga de energia (e de glicose) pra seu funcionamento correto” conta Haddad. Isso pode levar a perdas cognitivas temporárias. Esse problema pode ser agravado pela falta de controle da diabetes, doença crônica que atinge milhões de pessoas no país, em especial aqueles com mais de 65 anos.

 

AVC

Apesar de mais rara, uma confusão mental repentina também pode ser sinal de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame. Haddad explica que o AVC pode acontecer de duas formas: pelo bloqueio de um vaso, que impede ou reduz a irrigação de sangue em áreas do cérebro (AVC Isquêmico), ou pelo o rompimento de vasos e consequente hemorragia local (AVC Hemorrágico).

“Em ambos os casos o atendimento precoce é fundamental, pois quanto menor o tempo para o atendimento menor a chance de danos irreversíveis ou risco de morte deste paciente”, diz o neurologista. Por isso, é fundamental procurar um Pronto-Socorro imediatamente.

Entre outros sintomas do AVC estão sensação de formigamento ou perda de força em um dos lados do corpo, dificuldade para caminhar e fala enrolada.

 

Hipovitaminoses

Dentro do rastreio de causas reversíveis demenciais também é importante se descartar o déficit de Vitamina B12 e ácido fólico. Tais condições podem acontecer tanto pela carência no consumo quanto por dificuldades em absorção.



As multifacetas da Camomila

 Os compostos ativos da planta são repletos de benefícios a saúde, bem-estar e estética


A camomila é uma pequena flor branca, que apesar de parecer frágil, é grandiosa quando o assunto são os benefícios que ela pode proporcionar, seja para saúde, bem-estar e até mesmo para a estética. A farmacêutica responsável e CEO da Naiak, Romy Tokarski Gaya, explica que as formas de uso da camomila não se limitam a apenas a uma xícara de chá, mas também podem ser utilizados seu extrato, óleo essencial e tintura. As formas de apresentação também são diversas: desde as flores secas até como parte da formulação de dermocosméticos naturais.
 
Esta planta milenar possui uma alta concentração de compostos bioativos, que agem em sinergia promovendo múltiplos benefícios à saúde e à estética. Romy explica que estes ativos são responsáveis pelas ações bactericida, anti-inflamatória, ansiolítica, antioxidante, cicatrizante e entre outras, que são atribuídos à camomila. Diversos estudos reforçam o poder e a diversidade da camomila. Confira o que ela pode proporcionar na sua rotina:
 


Contribui na redução dos sintomas da TPM - a mastalgia, conhecida por dor nas mamas, é um dos sintomas mais prevalentes na TPM, e impacta a qualidade de vida de muitas mulheres. Um estudo conduzido por Saghafi e colaboradores em 2018, avaliou os efeitos positivos da suplementação do extrato de camomila no alívio da dor leve a moderada. Além disso, o uso do extrato também foi associado à melhora da cólica menstrual, conforme foi apresentado por Pattanittum em 2016.
 


Colabora com a melhora da mucosite oral – este sintoma é muito comum nos pacientes em tratamento oncológico e pode prejudicar a qualidade de vida e até mesmo o estado nutricional. Devido aos seus compostos que proporcionam efeitos antiséptico, sedativo e protetor da mucosa, a camomila tem sido utilizada para amenizar as feridas comuns na região bucal por conta da quimioterapia. Uma revisão conduzida por Gomes em 2018, reúne achados que comprovam os benefícios do seu uso para ajudar a reduzir os sintomas desta condição.
 
Ajuda na modulação de marcadores do diabetes – Uma revisão recente (2020) feita por Hajizadeh-Sharafabad abordou os benefícios da camomila em relação à modulação do diabetes e as complicações que estão relacionadas com esta patologia, principalmente devido aos seus compostos. A camomila ajudou na redução do colesterol, estresse oxidativo e do perfil glicêmico.


 
Auxilia na amenização de sintomas de doenças dermatológicas - segundo uma revisão conduzida por Santos em 2019, o uso do extrato de camomila, em diversas formas farmacêuticas (cremes,  loções, óleos e entre outros) é benéfica para auxiliar no tratamento de eczema e irritação após exposição solar em excesso, rosácea e dermatites, contribuindo com a melhora da cicatrização, ação imunomoduladora, melhora da microcirculação, irritação, coceira e hidratação. Além disso, alguns estudos apontam a camomila como benéfica para auxiliar na redução da acne, por reduzir a inflamação.


 
Favorece a melhora de sintomas gastrointestinais – Um estudo realizado por Valussi em 2011 destacou o efeito benéfico dos flavonoides da camomila, como a apigenina, na redução de distúrbios digestivos, cólica, dispepsia e flatulência.
 


Auxilia na redução da ansiedade e melhora do sono - o controle da ansiedade, associado à camomila, tem relação com os flavonoides presentes nesta planta, que demonstraram capacidade de modular várias vias de neurotransmissores, como noradrenalina, dopamina, serotonina e ácido gama-aminobutírico, conforme foi destacado por Srivastava em 2010. Uma meta-análise (2019) de estudos randomizados, ou seja, com alto valor científico, demonstrou que o uso de camomila melhorou significantemente a qualidade do sono, além de reduzir a ansiedade, após 2 a 4 semanas de uso.


 
Efeito antiaging na pele - segundo Jadoon (2015), a presença de compostos ativos como a apigenina, tem relação com os benefícios antiaging do uso camomila, na pele. Conforme os achados apresentados neste mesmo estudo, o uso tópico da camomila auxilia no aumento da hidratação da pele.
 
A camomila é uma planta que faz parte da essência da marca, já que a empresa nasceu dentro do Projeto
 
 
Chá de Camomila – Linha Chás Preservar - o chá de camomila é formulado com as flores da Matricaria chamomilla L., de forma que promova seus efeitos terapêuticos. Em todo o processo de fabricação há o controle na produção e responsabilidade socioambiental.


 
Chamomile Blond – Formulado para realçar a beleza natural, é um spray iluminador 100% natural e vegano, formulado à base do extrato natural de camomila e enriquecido com D-pantenol, proporcionando brilho, hidratação e clareamento gradual dos fios. É livre de agentes clareadores artificiais, não danificando os fios.


 
Chamomile & Aloe – Uma espuma de limpeza 100% natural, vegana e livre de parabenos, com extratos de camomila e aloe vera, que remove as impurezas da pele de forma suave e auxilia na hidratação cutânea.


 
Flor de Chamomile – é um óleo 100% natural, vegano, livre de parabenos, corantes, aromatizantes e não é testado em animais! Rico em ativos concentrados do extrato de camomila e dos óleos de argan e jojoba, propiciando leveza, hidratação e efeito calmante. Pode ser usado para o cuidado na pele e nos cabelos!
 


Naiak

www.naiak.com.br


Primavera pode ser um pesadelo para quem tem alergias como rinite, sinusite e asma

Conhecido como estação das flores, período pode gerar aumento na ocorrência de crises alérgicas

 

Setembro marca a chegada da Primavera, estação que é conhecida pela beleza das flores e também por gerar um maior número de casos alérgicos, especialmente na população adulta. A liberação do pólen das flores e a mudança climática são as principais responsáveis por tornar a estação uma dor de cabeça a quem costuma apresentar problemas alérgicos como rinite, bronquite, sinusite e asma.

De acordo com Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, é frequente na Primavera uma doença chamada polinose. Trata-se de uma alergia ao pólen, também conhecida como febre do feno.

“Os tipos de pólen que mais dão alergia são as gramíneas, ciprestes e pinheiros. Dentre eles, a gramínea azevém é o principal agente causador da polinose no Brasil”, explica a especialista. Ainda que esses pólens possam aparecer em qualquer lugar do Brasil, a frequência é muito maior nos estados da região Sul, bem como em cidades serranas, como Campos do Jordão (SP) e Monte Verde (MG).

“Em Curitiba, por exemplo, a prevalência da rinite alérgica persistente é de 12% entre a população em geral. Entre os adultos, chega a 25%. Já a polinose para gramíneas é de 10% para adultos e 2% em crianças”, explica Cristiane.


Diferenças entre alergias e Covid-19

Após o isolamento restrito gerado pela pandemia de Covid-19 em todo o Brasil, diversas cidades passaram a reabrir parques, permitindo que os cidadãos voltassem a conviver com espaços arborizados.  Para quem tem histórico de alergias, é preciso aumentar os cuidados, e não apenas em relação ao novo coronavírus.

A médica do Hospital Paulista explica que os sintomas desse tipo de alergia podem ser confundidos com os de uma gripe ou de um resfriado. Os pacientes podem apresentar congestão nasal, sucessão de espirros e coriza.

“O que diferencia, inclusive da Covid-19, nesse caso, é que as alergias não apresentam febre. Além disso, a coceira nasal, ocular e na garganta é intensa. Outra característica importante desse tipo de alergia é a periodicidade anual”, completa.

Cristiane ressalta ainda que os pacientes com esse tipo de alergia apresentam olhos vermelhos e lacrimejantes. De 15% a 20% podem registrar acometimento pulmonar, com chiado, falta de ar e tosse. Por isso, é muito importante recorrer ao auxílio médico especializado quando os sintomas forem notados. O acompanhamento médico também é essencial.

“Se a pessoa desconfia que em todas as Primaveras os sintomas pioram, ou entra em crise quando vai para o campo, ela deve procurar um especialista. Há exames para descobrir a causa da alergia”, afirma.

“Após descobrir a causa, o ideal é evitar o contato com o desencadeante. Além disso, existe tratamento medicamentoso e a possibilidade de uma dessensibilização ao pólen específico. Ou seja, através de uma vacina, é possível aumentar a resistência do paciente”, completa a otorrinolaringologista.


Dicas importantes

Além do tratamento e do acompanhamento médico, quem tem quadros de alergia deve evitar determinadas situações, principalmente durante a Primavera. “É preciso diminuir a exposição aos pólens, evitando ida a parques, cortar grama e trabalhos com jardinagem. Sempre lavar bem os olhos e o nariz, e se andar de bicicleta ou moto é preciso usar óculos e máscara”.

Ao seguir essas recomendações, a expectativa é que os episódios alérgicos durante a Primavera diminuam sensivelmente. No entanto, conforme ressaltou a médica, se o quadro ocorre com frequência, o auxílio médico poderá indicar tratamentos para diminuir as crises e aumentar a qualidade de vida do paciente.




Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

 

Gravidez depois dos 40: um risco ou segurança?

Entenda os motivos, vantagens e riscos da gravidez tardia

 

Cada vez mais mulheres estão redefinindo suas prioridades. Com a mudança cultural e econômica ainda crescente na sociedade, muitas mulheres preferem alcançar estabilidade financeira e profissional antes de começarem uma família e terem filhos. Por um lado, isso é visto com excelente expectativa, já que mais crianças poderão presenciar uma base familiar saudável. Em contrapartida, alguns medos acerca do assunto geram muitas dúvidas nas mulheres. Afinal, a gravidez tardia pode oferecer riscos à saúde feminina e dificultar a gestação? 

Segundo a Dra. Rebecca Sotelo, médica ginecologista obstetra, existem prós e contras que devem ser ponderados antes da decisão de engravidar após os 40 anos. “Geralmente, engravidar nessa idade permite que a mãe se sinta mais madura e preparada para a gestação e criação dos filhos. Isso auxilia na saúde mental que é um fator importante que reflete também a saúde física da gestante e do bebê”, diz.

 


Porém, essa fase também pode apresentar riscos e eles devem ser levados em consideração antes da decisão de se tornar mãe nesse período. “Infelizmente, existem riscos. Como, por exemplo, as chances de engravidar a partir dos próprios óvulos diminuem. Enquanto na faixa dos 20 há 29 anos a chance de engravidar é de 25% em cada ciclo menstrual, após os 40, esse índice cai para 8%. Porém, a modernidade também nos ajuda a melhorar essa perspectiva com a possibilidade de congelar os óvulos e utilizar a opção de fertilização in vitro”, esclarece.

 

Além disso, com as mudanças no organismo ocasionadas ao longo dos anos, os riscos também devem ser considerados nesse sentido. “Existe maior chance de complicações por doenças adquiridas ao longo da vida como obesidade, hipertensão, diabetes, dentre outras. Então, nesse quesito, sempre destacamos a importância de sempre cuidar da saúde do corpo para evitar esse tipo de situação - seja pelo desejo de engravidar ou não”, ressalta.

A gravidez após os 40 também pode trazer algumas complicações para o bebê. “Nessa idade, também existe maiores chances de ocorrerem alterações cromossômicas, responsáveis por condições como a Síndrome de Down, por exemplo. Além disso, existe a possibilidade do parto prematuro, gestações múltiplas e anomalias placentárias”, alerta.


Mas a boa notícia é que, de acordo com a especialista, a tecnologia oferece meios cada vez mais seguros para a saúde na gravidez. “Caso opte por ser mãe em um momento mais favorável e maduro, busque um especialista para conversar. Assim, será possível passar por todas as avaliações necessárias e identificar qualquer alteração que possa apresentar algum risco. Além disso, o médico poderá orientar quanto aos cuidados essenciais ao longo da vida e opções mais eficazes para realizar esse sonho. E não se esqueça: em qualquer fase da vida, a gestação deve ser acompanhada de perto por um especialista para garantir a saúde da mãe e do bebê”, indica.

 


 


 Fonte: Dra. Rebecca Sotelo, Médica ginecologista obstetra, com pós-graduação em uroginecologia. Especialista em tratamento de incontinência urinária, prolapso genital e outros distúrbios do assoalho pélvico feminino.


Homens sofrem de depressão pós-parto?

Estima-se que de 2% a 25% dos pais sejam afetados com a doença

 

A relação entre depressão e suicídio é preocupante. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), os transtornos mentais são responsáveis por 96,8% dos casos de suicídio. A depressão lidera esse ranking. Assim, podemos colocar o suicídio como a pior consequência da depressão.   Em 2020, a doença deve alcançar o título de doença mais incapacitante do mundo de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A recomendação feita pelo American Academy of Pediatrics é que os médicos fiquem atentos a sinais de depressão nas consultas pós-natais tanto na mulher quanto no homem. Segundo estudo publicado pela Universidade Wisconsin-Madison, a depressão entre “novos" pais é um problema que às vezes passa desapercebido, mas estima-se que de 2% a 25% dos pais sejam afetados com a depressão pós parto.

Apesar ser mais frequente nas mães, os pais   também podem sofrer com esse problema. A tristeza paterna, que dá as caras logo depois que o bebê nasce, tem nome e sigla. “Trata-se da depressão pós-parto, ou DPP, como preferem chamar os especialistas, sendo mais comum entre os pais de primeira viagem ou naqueles que não estavam preparados a chegada de um bebê”, alerta o Dr. Domingos Mantelli. 

Diferentemente das mulheres, cuja oscilação de humor é causada, na maioria das vezes, por alterações fisiológicas e hormonais na gravidez, a ocorrência desse tipo de depressão nos pais está ligada a questões e situações psicológicas.

De acordo com o ginecologista e obstetra, o homem pode sentir certo isolamento após o nascimento do bebê, pois toda a atenção é direcionada para o recém-nascido, o que faz com que alguns se sintam esquecidos. “O afastamento sexual do casal também pode ser uma das causas dessa depressão,” finaliza Mantelli.

 

 

Dr. Domingos Mantelli - ginecologista e obstetra - autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e residência médica na área de Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição. Dr. Domingos Mantelli tem pós-graduação em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica, e em Medicina Legal e Perícias Médicas.


Suicídio: uma solução definitiva para um problema transitório

 Em meio a campanha Setembro Amarelo, é importante falar em suicídio, de vida e da qualidade e importância da vida. A morte por suicídio é um tema instigante que traz à tona diversas reflexões a respeito da vida e da morte. A neuropsicóloga Leninha Wagner propõe a reflexão nas motivações e a tentativa de compreender psicologicamente as razões pelas quais o indivíduo realiza esse ato contra a sua própria vida.

 

 A palavra suicídio deriva do latim, sui (si mesmo) e caederes (ação de matar). Iniciada em 2015, a campanha Setembro Amarelo escolheu este mês porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A neuropsicóloga Leninha Wagner explica o sentimento de uma pessoa que comete este ato contra a própria vida. “O suicídio é uma manifestação humana, como uma “bala de prata” que a pessoa pensa em utilizar quando as dores da vida tornam essa existência insuportavelmente amarga e dolorida. O ser humano é a única espécie que atenta contra a própria vida, que elege a morte como uma escolha, para cessar a dor da alma. Por possuir racionalidade e fazer uso do intelecto; e de escolhas para si, pensa estar escolhendo o melhor”.

No entanto, a pessoa acaba fazendo a pior escolha. “O sujeito que escolhe morrer, como saída para um momento ruim, por via de regra está afundando numa corrente emocional negativa, submerso em uma angústia avassaladora. Há de fato momentos empobrecidos na vida, onde nem temos o recurso do amor que ampara, da condição financeira favorável, da situação profissional confortável, etc”, conta Leninha.

No entanto, ela lembra que a vida é sempre feita de momentos, de fases e de dias, e por isso é importante pensar que: “A vida é sempre maior que esse momento adverso. É um equívoco enorme, escolher morrer na tentativa de dar sentido a uma vida que aparentemente está sem significado. A saída correta deste emaranhado psicológico é buscar apoio, desabafo, amparo, combater a depressão, não sucumbir à tentação de anestesiar tantas emoções negativas, com uso de substâncias entorpecentes, e sim buscar por ações positivas na busca dar valor e sentido à vida. A sua própria vida. Toda vida importa, e a sua deve ser a mais preciosa para você”, aconselha.

A neuropsicóloga recomenda também que a acolhida é tão fundamental que pode salvar a vida da pessoa: “Se você conhece alguém que está em situação de vulnerabilidade, que esteja dentro de um dos grupos de risco, que possui comportamentos autodestrutivos, incentive-o a buscar ajuda. Caso seja você a perceber esse comportamento em si, não hesite em passar por uma avaliação psicológica/psiquiátrica”. Assim, dar vez e voz àqueles que precisam de amparo pode ser uma atitude simples, mas certamente fará a diferença para a pessoa que esteja em um momento de crise, detalha Leninha: “Dê sentimento de pertença. Pode ser o suficiente para prevenir e impedir esse ato de desespero. ”

E, carinhosamente, ela deixa alguns conselhos: “A vida é grande! A vida é sempre maior que um momento (ruim). O momento passa, mas vida continua! Enquanto há vida, há o que fazer, a quem recorrer, pedir socorro. Busque tratamento! ”, finaliza.

 

Saiba como reconhecer uma pessoa que decide morrer:

Quem é esse sujeito que decide morrer?

Os fatores de maior risco de suicídio são transtorno psiquiátricos, entre eles:

Depressão, transtorno bipolar, abuso/dependência de substâncias, transtornos de personalidade e esquizofrenia.

Outros fatores de vulnerabilidade:

Idade: jovens entre 15 e 30 anos e idosos;

Gênero: homens suicidam três vezes mais que mulheres, mas elas tentam três vezes mais do que eles.

Também há a presença de conflitos em torno da identidade sexual;

Doenças clínicas crônicas debilitantes;

Populações especiais: Imigrantes, indígenas, alguns grupos étnicos;

Perdas recentes.

História familiar e genética: Risco de suicídio aumenta entre aqueles com história familiar de suicídio ou de tentativa de suicídio;

 

Componentes genéticos e ambientais envolvidos:

Risco de suicídio aumenta entre aqueles que foram casados com alguém que se suicidou.

Eventos adversos na infância e na adolescência:

Maus tratos, abuso físico e sexual, pais divorciados, transtorno psiquiátrico familiar, etc;

Entre adolescentes, o suicídio de figuras proeminentes ou de indivíduo que o adolescente conheça pessoalmente.

Conflitos familiares, incerteza quanto à orientação sexual e falta de apoio social;

Sentimentos de desesperança, desespero, desamparo e impulsividade:

Impulsividade, principalmente entre jovens e adolescentes, figura como importante fator de risco. A combinação de impulsividade, desesperança e abuso de substâncias pode ser particularmente letal;

Viver sozinho: divorciados, viúvos ou que nunca se casaram; não ter filhos.

Desempregados com problemas financeiros ou trabalhadores não qualificados:


Maior risco nos três primeiros meses da mudança de situação financeira ou de desemprego;

Aposentados;

Moradores de rua;

Indivíduos com fácil acesso a meios letais.

Algumas expressões que denotam ideação suicida:

“Nada mais parece fazer sentido, há apenas uma dor tão pesada que carrego e que não consigo mais suportar...”

“Não aguento mais viver assim, eu gostaria de viver, mas não assim...”

“Não há mais nada que eu possa fazer, seria melhor morrer...”

“Parece simplesmente não existir nenhuma luz no fim do túnel...”

 

A vida ainda o bem mais precioso que recebemos, viva de maneira saudável e busque pelo seu bem-estar.

A vida sempre vale a pequena!

 

Novos caminhos da oncologia

Os avanços da ciência têm proporcionado respostas para diversos males que afligem a população. Nessa pandemia, por exemplo, a agilidade dos cientistas na produção de uma vacina para combater o novo coronavírus superou as expectativas. Os resultados podem trazer alento às pessoas que enfrentam a Covid-19. 


Nos próximos anos, a ciência deve continuar oferecendo importantes respostas para as doenças que devemos enfrentar num futuro bem próximo. O envelhecimento da população trará profundos impactos na saúde. Para o triênio 2020-2022, as estimativas brasileiras apontam o registro de 625 mil novos casos de câncer no período, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma.

Para superar esse novo panorama, pesquisadores de todo o mundo têm se lançado na busca de medicamentos e procedimentos capazes de mudar a abordagem de tratamento das pessoas acometidas por diversos tumores. Na área de oncologia, as terapias genéticas vêm se mostrando o melhor caminho pelos cientistas. Elas atuam nas mutações dos genes das células defeituosas para eliminá-las, uma técnica complementar aos métodos tradicionais - quimioterapia, radioterapia ou cirurgia.

Para quem considera que esses procedimentos ainda estão distantes da nossa realidade, vale ressaltar que o Brasil segue a tendência mundial na busca do tratamento contra o câncer e estudos pioneiros, como os iniciados na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), vão sequenciar o código genético de pessoas não fumantes acometidas por câncer de pulmão. A proposta da pesquisa é identificar os fatores de risco dessa população e apontar os tratamentos mais adequados para muitos casos da doença, com medicamentos que ofereçam maior poder de precisão e menores efeitos colaterais. Denominados de terapias-alvo, esses tratamentos atuam diretamente nas moléculas indispensáveis para as atividades das células cancerígenas, freando a sua expansão.

A ciência e os pacientes também comemoram os bons resultados da imunoterapia, uma técnica que estimula as próprias células de defesa contra o câncer. A escolha do melhor procedimento depende de uma avaliação minuciosa da saúde de cada paciente, realizada por meio de exames clínicos, entre outros processos. Esse método estimula o sistema imunológico no combate às células cancerígenas, bloqueando as engrenagens que elas usam para enganar as defesas com a liberação de proteínas, que se encaixam em receptores dos linfócitos T. Com a técnica, eles identificam e ordenam que outras células destruam os patógenos, que são agentes infecciosos.

Os cientistas já conseguem inclusive fazer a mutação em laboratório dos linfócitos T. Essa alteração ajuda a estimular no reconhecimento das células tumorais quando eles são reintroduzidos no paciente. A dificuldade do tratamento é identificar as alterações precisas que permitam ser aplicadas como alvos, pois o câncer é uma doença multifatorial e de mecanismos moleculares complexos, que se relacionam entre si para manter a célula maligna atuante.

As descobertas trazem vantagens como a redução significativa dos efeitos colaterais dos métodos tradicionais, como a quimioterapia. O sucesso dessas novas técnicas já permite vislumbrar, num horizonte de curto e médio prazos, a abordagem do câncer como uma doença crônica, mas ao mesmo tempo controlável quando bem acompanhada, assim como hoje ocorre com a hipertensão ou a diabetes. Os novos passos da ciência na área de oncologia reforçam nosso otimismo de que a cura para muitas doenças não é apenas um sonho.

 Ramon Andrade de Mello - médico oncologista, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove (Universidade Nove de Julho) e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).

Uso excessivo de tecnologia pode ser um fator que desencadeia a dor de cabeça

Pesquisa do Ibope mostra que estresse, privação de sono e os problemas pessoais ainda são os motivos mais comuns de cefaleia


"Sempre conectados", é assim que os brasileiros podem ser definidos. Pelo menos foi o que constatou uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), em que 100% dos entrevistados responderam que usam o celular ao menos duas horas por dia. A informação faz parte do levantamento "A relação dos brasileiros com a dor de cabeça", feito com internautas de todo o Brasil pelo Ibope, encomendado pela biofarmacêutica Takeda, com o objetivo de identificar como a cefaleia afeta a vida das pessoas. E uma das conclusões foi que o uso excessivo da tecnologia pode ser um fator estressante que desencadeia o surgimento e a frequência da dor de cabeça.

As mulheres e os jovens predominam entre os que gastam mais tempo no celular. 27% delas afirmaram passar 8 horas ou mais, e 26% dos jovens, entre 18 e 35 anos, afirmaram fazer o mesmo. Já 27% dos homens e 29% das pessoas de 35 a 55 anos disseram passar de 2 a 3 horas.

Apesar de comuns no cotidiano, as dores de cabeça ainda não são relacionadas com o uso excessivo do celular para 51% dos respondentes. Segundo eles, utilizar menos o celular não diminuiria a quantidade de vezes em que se tem dor de cabeça.

Mas, de acordo com a Dra. Evelyn Esteves Dias, neurologista membro da Academia Brasileira de Neurologia e da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), o uso excessivo de qualquer aparelho eletrônico pode contribuir para o surgimento e frequência da dor de cabeça. "Perante a realidade que estamos vivendo, é natural o aumento do tempo de uso dos aparelhos eletrônicos. Sabendo que pode ser um fator desencadeante de dor de cabeça, é importante estabelecer uma rotina com intervalos de 15 minutos a cada 1 hora, realizar alongamentos e prestar atenção em sua ergonomia, isto é, posição anatômica durante o uso. Identificar os fatores desencadeantes da dor de cabeça é imprescindível para que sejam tratadas corretamente e não evoluam para uma cefaleia crônica e persistente", completa a médica.

Ainda de acordo com a pesquisa, o estresse é o principal fator desencadeante da dor de cabeça para 59% dos brasileiros, além de privação de sono (52%) e problemas pessoais (32%). Outro resultado importante da pesquisa de 2020 é sobre como a dor afeta o comportamento, impactando no humor e na produtividade dos participantes. A análise indicou que 45,5% das pessoas não conseguem se concentrar quando estão com dor, já 41,3% apontam que a dor muda a personalidade, causando irritação e mau humor e 26% perdem o apetite devido à dor.

"Para evitar a dor e, consequentemente, o impacto no comportamento, humor e produtividade, é importante que se faça uma psicoeducação. Estabelecer uma rotina, ter válvulas de escape que lhe deem prazer, praticar atividade física, mesmo que seja domiciliar, e terapias alternativas como mindfulness e meditação auxiliam no combate a dor. Caso a dor persista, procure ajuda médica.

Investimento em pesquisas

A Takeda vem, ao longo dos anos, investindo em pesquisas de comportamento para contribuir com o conhecimento sobre como a cefaleia afeta a vida das pessoas. Em 2016, realizado pelo Ibope, a companhia buscou entender os possíveis gatilhos da dor de cabeça e identificou alguns comportamentos na rotina daqueles que sentem dores, como pouco tempo para si, altos níveis de estresse, privação de sono e problemas pessoais.

Em 2018, a pesquisa encomendada ao WGSN Mindset, analisou o futuro da dor de cabeça e as possíveis soluções. Já em 2020, o novo mapeamento buscou confirmar se as tendências de 2018 se concretizaram e se as causas ainda são as mesmas. A conclusão do levantamento "A relação dos brasileiros com a dor de cabeça", feito com internautas de todo o Brasil pelo Ibope, é que as causas não mudaram durante esses quatro anos, mas houve o surgimento de um novo fator que causa dor de cabeça, a preocupação com a pandemia do novo coronavírus.

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Olhos vermelhos, coçando e inchados? É conjuntivite ou blefarite?


 Doenças são mais comuns durante o tempo seco e apresentam os mesmos sintomas


Inchaço, coceira, vermelhidão e secreção na região dos olhos. Estes são sintomas da conjuntivite, certo? Nem sempre! Apesar dos sintomas em comum pode ser também caso de blefarite. O oftalmologista doutor André Borba, especialista em oculoplástica pela Universidade da Califórnia, explica a diferença.

“A conjuntivite é uma infecção da membrana ocular, chamada de conjuntivo. Já a blefarite se dá pelo excesso de oleosidade nas pálpebras, que na maioria das vezes, é uma resposta à dermatite seborreica, também conhecida como caspa. Além disso, a baixa umidade do ar e o tempo seco são propícios para este tipo de infecção”, explica.

A principal distinção é o tempo de duração das duas condições. Enquanto a conjuntivite dura de 15 a 30 dias, a blefarite é crônica, e se torna recorrente na vida da pessoa afetada. “A blefarite pode realmente prejudicar a vida do paciente. A inflamação atrapalha muito o dia a dia porque a pálpebra fica inchada e altera significativamente a visão, isso sem falar no desconforto da coceira”, complementa.

O tratamento para as duas também é bem diferente. A conjuntivite pode ser sanada ao utilizar soro fisiológico gelado e compressas sobre as pálpebras, assim como limpar os olhos com frequência. Mas o caso da blefarite é mais grave, e muitas vezes envolve o uso de pomadas tópicas ou até mesmo antibióticos e anti-inflamatórios.

Fora os medicamentos, quem sofre com a blefarite deve lavar os olhos todos os dias, assim como escovamos os dentes. Manter uma dieta rica em vitamina C, A, E, assim como o ômega 3, também é importante. “Como a doença não tem cura, é melhor começar o tratamento o quanto antes, principalmente porque ele requer dedicação por parte do paciente”, alerta o médico.

Então, como podemos diferenciá-las em um primeiro momento? A resposta final é que infelizmente não conseguimos. Até ter o olho examinado por um especialista com o equipamento adequado, não há como fazer um diagnóstico caseiro. Segundo o doutor Borba, muitas vezes o diagnóstico da blefarite é atrasado pois o paciente acredita estar com conjuntivite e faz o tratamento errado em casa. “Por isso, minha recomendação é, sempre, consultar um oftalmologista em caso de qualquer alteração na região dos olhos”, finaliza o especialista.



Setembro Vermelho, Amarelo e Verde: três importantes sinais para cuidar da saúde

Conscientizar-se é o primeiro passo para prevenir doenças. Segundo o SAUDI (Sistema de Auditoria de Contas Médicas), buscando que as pessoas estejam atentas às enfermidades e procurem realizar exames periodicamente, foi criado o movimento colorido de campanhas de saúde, afinal, as cores são fáceis de memorizar e assim, é feita toda uma mobilização coletiva para que as campanhas sejam amplamente difundidas.

O mês de Setembro é um dos mais importantes nesse contexto, pois possui três cores alusivas e quatro diferentes alertas.


Vermelho

A campanha "Setembro Vermelho" pede a conscientização e prevenção das doenças cardiovasculares. No Brasil e no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, as morbidades do coração e circulação estão entre as principais causas de morte. Também no dia 29 deste mês, é celebrado o "Dia Mundial do Coração" e por isso, Setembro todo é dedicado a uma atenção especial aos hábitos que podem colaborar para o desenvolvimento de uma enfermidade cardiovascular. Também, é importante que sejam realizados exames periódicos: o diagnóstico precoce aumenta exponencialmente as chances de cura e busca de tratamento adequado. 


Amarelo

O "Setembro Amarelo" pede atenção aos sinais do suicídio. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, transtornos mentais representam 96,8% dos casos de morte por suicídio - em primeiro lugar, ligados à depressão, seguido por transtorno bipolar e abuso de substâncias. No Brasil são registrados cerca de 12 mil suicídios por ano e no mundo, os casos passam de 1 milhão. O dia 10 deste mês também é o "Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio", mas a conscientização deve ocorrer o ano inteiro. Saúde mental também é de extrema importância!


Verde

Já a cor verde deste período representa duas campanhas: o mês de prevenção ao câncer de intestino e do incentivo à doação de órgãos. 

A Associação Brasileira de Coloproctologia (SBCP) alerta para a alta incidência desta patologia, que é a segunda mais frequente em mulheres (após o câncer de mama) e a terceira mais comum em homens (depois do câncer de próstata e pulmão). Entretanto, 90% dos casos poderiam ser evitados com prevenção e hábitos saudáveis, como alimentação e exercícios físicos, conforme propõe o INCA (Instituto Nacional do Câncer). 

A outra bandeira do "Setembro Verde" é pelo "Dia Nacional da Doação de Órgãos", comemorado no dia 27. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o 2° maior transplantador do mundo e referência mundial nessa área. A decisão final é da família, que ainda representa o maior motivo de impedimento à doação de órgãos e tecidos. Por isso encoraja-se o diálogo neste mês: expor a vontade de doar é importante para que a família entenda e se acostume com a ideia. 

De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, um único doador pode beneficiar até quinze pessoas. Doar órgãos e tecidos é doar vida!

Reiterando a importância da monitoração médica, o cirurgião vascular, Dr. Francisco Simi, ressalta: "Especialmente neste mês de setembro, temos quatro fortes motivos para olharmos mais atentamente para a nossa saúde. Lembrando ainda que é fundamental realizar os exames periódicos, que são capazes de detectar precocemente as patologias, facilitando e muito, o tratamento".

 



Francisco Simi - cirurgião vascular - CRM 45.539

 

Diagnóstico de linfomas exige atenção aos sintomas

Segundo o Observatório de Oncologia, em 58% dos casos a doença é diagnosticada em estágio avançado

 

No dia 15 de setembro é comemorado o Dia Mundial de Conscientização Sobre Linfomas, tumores derivados das células chamadas de linfócitos, responsáveis por orquestrar a defesa do organismo contra infecções e outras doenças. O descontrole dos linfócitos pode fazer com que quando maduras, essas células se alojem nos gânglios e se desenvolvam de forma maligna, ocupando essas estruturas, causando o seu crescimento e, como consequência, o linfoma. O Instituto Nacional de Câncer estima que 12.670 novos casos da doença sejam registrados no Brasil neste ano.

O hematologista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Dr. Rony Schaffel, estima que cerca de 90% dos linfomas diagnosticados são não-Hodgkin, que se caracterizam por uma infiltração difusa por linfócitos de diferentes formas de acordo com o subtipo. Já os linfomas de Hodgkin têm uma estrutura celular diferente dos outros. Segundo o médico, apenas 5% do tumor é composto pelas células malignas e o restante por células inflamatórias. Além disto, as células malignas do linfoma de Hodgkin, conhecidas como células de Reed-Sternberg, são bizarras, grandes e em forma de "olhos de coruja". "Por este motivo, até os anos 90, o linfoma de Hodgkin era chamado de doença de Hodgkin. Posteriormente foi confirmado que se trata de linfócitos e foi alterada a nomenclatura", lembra.

Um levantamento realizado pelo Observatório de Oncologia concluiu que o diagnóstico dos pacientes com linfoma no Brasil atendidos pelo SUS entre 2008 e 2017 foi tardio. Em 58% dos casos, a doença já estava avançada. Na opinião de Schaffel, não existe uma forma de prevenir linfomas, pois eles dificilmente têm uma causa definida, mas sinais e sintomas devem ser observados pelo paciente principalmente o crescimento de massas. "O alerta vem, por exemplo, do aparecimento de um gânglio grande nos locais de apresentação mais comuns, como pescoço e na axila. Mas a verdade é que os linfomas podem surgir em qualquer lugar, como na tireoide, no cérebro, testículos, estômago e até intestino", explica o hematologista.


A busca pelo diagnóstico

Por ser difícil de rastrear, a jornada do paciente com linfoma pode ser longa e conturbada. Em 2011, com apenas 28 anos, a administradora e especialista em desenvolvimento, Heloísa Orsolini Albertotti, foi diagnosticada com linfoma não Hodgkin, após três longos meses investigando um sintoma inicial de uma dor forte no braço. "No começo, eu desenvolvi uma trombose. Mas não foi diagnosticado de início que, na verdade, era o linfoma que estava comprimindo uma veia e causando o problema", conta. Ela explica que passou por diversos especialistas como ortopedista, ginecologista, vascular e fez uma biópsia que deu negativo para linfoma. Somente após a segunda biópsia mais aprofundada, ela teve diagnóstico fechado e foi encaminhada a um oncologista e hematologista. "É preciso perceber os sinais do corpo e ir atrás para investigar alterações", afirma. Heloísa passou por oito sessões de imunoquimioterapia e hoje está curada.

O Dr. Rony Schaffel recomenda que em caso de aumento de gânglios o paciente seja encaminhado direto para um hematologista. No entanto, alerta que é importante que o paciente tenha um médico do seu relacionamento (clínico-geral, por exemplo), que ajude a excluir as causas de aumento de gânglios que não tem ligação com linfomas, como infecção de garganta. O especialista afirma que "o hemograma é um exame fundamental, porque existem linfomas que aparecem no sangue na forma de linfócitos aumentados. Além disso, é imprescindível a realização de biópsia para confirmação do diagnóstico".


Tratamento e acesso

Segundo o professor da UFRJ, a maioria dos linfomas são tratados com imunoquimioterapia, que combina a administração de quatro medicamentos, conhecido como esquema CHOP, com o uso de um anticorpo monoclonal chamado rituximabe.

O especialista afirma que os medicamentos biológicos como o rituximabe são essenciais para a oncologia. No tratamento dos linfomas, aumentam a taxa de cura dos pacientes. "O monopólio e a patente dos medicamentos de referência vem acompanhada de um preço bem alto dos produtos. A chegada dos biossimilares no mercado tem diversas vantagens, principalmente a competição de alto nível, com substâncias de qualidade eficácia e segurança testadas, similares ao de referência, proporcionando queda do preço e com isso, naturalmente, o sistema tende a absorver mais tratamentos e novas indicações dentro do mesmo valor de orçamento", explica o hematologista. "Outra vantagem é que a nacionalização da produção desse tipo de medicamento reforça e facilita o sistema de farmacovigilância. O Brasil também ganha em termos de produção intelectual, mercado de trabalho e, principalmente amplia a possibilidade de desenvolvimento e produção de moléculas inovadoras", conclui.



Libbs Farmacêutica

Setembro Verde: teste genético é aliado na identificação e prevenção à predisposição ao câncer colorretal

No mês da conscientização e alerta contra o câncer de intestino, que vitimou o eterno Pantera Negra, conhecer mais sobre seus dados biológicos está entre as mais avançadas formas de cuidar da saúde

 

No dia 28 de agosto tivemos a notícia do falecimento do ator e diretor Chadwick Boseman, o eterno Pantera Negra. A causa da morte foi apontada como câncer de cólon, também conhecido como câncer colorretal. 

Esse câncer, está entre os que mais atingem a população em geral, é o segundo entre as mulheres (sendo o primeiro o de mama) e o terceiro entre os homens (ficando atrás somente do de próstata e pulmão). Em 2020, de acordo com as projeções do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve ter mais de 40 mil novos casos. A prevenção é sempre o melhor caminho e, por isso, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) criou o Setembro Verde para a conscientização e o alerta contra a doença.

O ator Chadwick Boseman morreu aos 43 anos. De modo geral, no entanto, o desenvolvimento do câncer colorretal está mais associado a pessoas acima de 50 anos e a outros fatores: má alimentação, excesso de peso, exposição à radiação como, por exemplo, Raio-X; e o consumo excessivo de álcool. Entre os motivos que potencializam as chances de desencadear a enfermidade, está o histórico familiar, ou seja, a predisposição genética.

Apesar dos números alarmantes, a campanha anual, o Setembro Verde, tem como objetivo estimular a prevenção, já que somente assim é possível aumentar o diagnóstico do tumor em estágio inicial, quando a possibilidade de cura chega a 90%. Entre as indicações estão uma alimentação balanceada, rica em ingestão de água e fibras alimentares presentes nas frutas e nas verduras e com redução no consumo de carnes vermelhas ou com alto teor de gordura. Além disso, atividade física regular faz parte das medidas que podem ajudar a evitar o aparecimento da doença. E, claro, as visitas regulares ao médico especialista e os exames de rotina. No caso, o rastreamento é feito pela colonoscopia, usada tanto para detectar o problema em si quanto para identificar possíveis pólipos, que podem ser ressecados antes de se transformarem em tumores malignos.

E também já é possível incluir dentre as ferramentas aliadas na identificação e prevenção à predisposição ao câncer colorretal os testes de mapeamento genético – que “escaneiam” o DNA do indivíduo em busca de mutações nos genes que possam aumentar as chances de desenvolver o quadro.


Genética, um caminho de prevenção ao câncer colorretal

O avanço da tecnologia e seu consequente barateamento possibilitou uma importante evolução na ciência genética e na sua disponibilização para as pessoas o que oferece a oportunidade de lidar com a sua saúde de uma maneira diferente, antes da doença aparecer.

“Descobrir um câncer no início realmente faz toda a diferença para o tratamento e poder ter acesso aos seus dados biológicos e conhecer a sua realidade própria frente a enfermidade significa ganhar uma infinidade de possibilidades de ação para evitar seu surgimento”, enfatiza Cesário Martins, diretor do meuDNA, healthtech de mapeamento genético.

No Kit meuDNA Saúde, por exemplo, à venda pelo site meudna.com, o usuário recebe em sua casa tudo para fazer, por conta própria, a coleta do DNA pela saliva, com o cotonete apropriado. Após essas etapas, ele envia o kit ao laboratório por correio. No laboratório especializado em Sequenciamento de Nova Geração (NGS), o DNA é analisado através da tecnologia de Exoma, que faz um sequenciamento completo dos genes.

Por meio de inteligência artificial e bioinformática, as informações são comparadas com tudo o que já existe nos bancos de dados genéticos, para identificar as variações genéticas que podem aumentar o risco de desenvolvimento de doenças. Em cerca de seis semanas a pessoa recebe um email para acessar seus relatórios de predisposição a triglicerídeos altos, colesterol alto, doença de Wilson, além dos cânceres de mama (feminino e masculino), ovário, próstata, melanoma, endométrio e, claro, colorretal.

A mutação que pode causar o câncer colorretal acontece nos genes APC, MLH1, MSH2 e MSH6. Quando presente ela aumenta em diferentes proporções as chances do desenvolvimento da doença. “É importante ressaltar que o resultado do teste genético não é um diagnóstico e, sim, a demonstração da predisposição à doença. Ou seja, na prática, ele diz se você tem cientificamente mais propensão ao problema do que a média dos brasileiros e, caso sim, qual o percentual do risco. Assim, ao conhecer esse panorama, junto com o seu médico, é possível traçar um plano de prevenção mais efetivo que envolva, por exemplo, diminuir o intervalo entre as consultas e os exames de rotina no intuito de acompanhar mais de perto qualquer sinal diferente do normal”, conclui Martins.


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