Transformação digital é o termo da vez e não
será diferente em 2020. Mesmo com perspectivas de crescimento econômico pouco
encorajadoras, muitas empresas já se deram conta de que precisam fazer
investimentos em TI. Na falta de uma bola de cristal que funcione, alguns
executivos têm se mostrado bastante inseguros quanto a definir um caminho a
seguir. Na opinião de Adriano Filadoro, diretor-presidente da Online
Data Cloud, é preciso analisar cada detalhe do cenário atual antes de fazer
planos ou lançar novos produtos e serviços. “Qualquer negócio pode perder
competitividade e ficar para trás se as principais tendências da transformação
digital forem negligenciadas”, adverte. “Elas podem impactar tudo o que está em
planejamento. A boa notícia é que não é tão difícil acompanhar os movimentos do
mercado. Basta não perder o foco”.
A seguir, Filadoro aponta SETE principais
tendências de Transformação Digital para 2020:
1. Valorização da experiência do cliente. “Independentemente do perfil do negócio, nunca antes o
comportamento do cliente foi tão analisado. As empresas estão cada vez mais
atentas à experiência do consumidor, avaliando suas preferências, o que
influencia sua tomada de decisão e, inclusive, o que define sua infidelidade –
trocando um serviço/produto por outro. Aliás, essa análise vem sendo bastante
útil, também, na relação entre as empresas e seus talentos. É necessário
conhecer o cliente, seja externo ou interno, a fim de se antecipar a suas
decisões, oferecendo sempre algo irrecusável. Esse quesito tende a fazer a
diferença – até mais do que preço e prazo”.
2. Transformar dados em conhecimento. “Um dado isolado não significa nada. Ele só tem valor
quando transformado em conhecimento. Este sim permite tomar uma decisão mais
assertiva e com mais chances de sucesso. Ainda são poucas as empresas que sabem
ler, interpretar e extrair valor dos dados gerados internamente ou ainda tirar
proveito de dados externos para dinamizar seus negócios. Aquelas que conseguem
obter novos insights, monitorando o negócio a partir dos dados atuais, otimizando
os processos e monetizando o conhecimento adquirido através da análise dos
dados estão na vanguarda dos acontecimentos. É essa análise de dados, levada a
um patamar mais elevado (Data Science), que permitirá melhorar a experiência do
cliente, agilizar operações e inovar em velocidade máxima”.
3. Blockchain.
“Essa é uma tendência que já veio forte neste ano, mas será ainda mais
explorada em 2020. Trata-se de uma corrente de bancos de dados (blocos) em que
um é conectado a outro através de um registro público (Public Ledger).
Essa descentralização de registros aumenta a segurança das operações.
Respeitado o tempo da curva de aprendizado, o blockchain é uma solução que pode
ser implantada por uma equipe de TI ou ser contratada como serviço. Entre os
ganhos principais estão: 1) Acesso a novas tecnologias; 2) Possibilidade de
testar uma nova tecnologia sem necessariamente correr os riscos inerentes ao processo;
3) Suporte ao cliente; 4) Soluções compatíveis com o tamanho da empresa; 5)
Redução de custos, especialmente de energia. E mais: se for detectado qualquer
problema no processo, é simples voltar para o ponto de origem”.
4. Tudo como serviço.
“XaaS, expressando qualquer coisa como serviço, vai ganhar ainda mais
importância no ano que se inicia. Se antes já estavam consolidados alguns
modelos de serviço em nuvem, como SaaS (software como serviço), PaaS
(plataforma como serviço) ou ainda IaaS (infraestrutura como serviço), agora
basicamente tudo pode estar disponível como serviço – enquanto continuamos a
ver a evolução da nuvem em híbrida ou multicloud. Isso certamente está atrelado
a um ganho de agilidade sem precedentes”.
5. Inteligência artificial/ Machine Learning. “Machine Learning – ou Aprendizado das Máquinas –
deriva da inteligência artificial e implica em computadores ou robôs
programados para aprender a desempenhar algo que antes era restrito a humanos.
Novos dados vão sendo gerados e transformados em informações que faltavam – ou
até mesmo que nunca haviam sido consideradas em sua importância global. Isso
certamente acaba encorajando equipes a melhorar o nível de desempenho
profissional, entregando resultados muito mais próximos do nível de excelência
desejado. Quando isso não acontece, a própria tecnologia está apta a detectar
problemas e sugerir soluções de correção. Trata-se de um avanço útil e poderoso
para as empresas”.
6. 5G. “Enquanto uma ou outra operadora de telefonia
móvel anuncia sua tecnologia 4,5G, a quinta geração da internet móvel vem aí. É
certo que vários players dessa indústria estão fazendo o possível e o
inimaginável para que em 2020 as pessoas tenham acesso ao 5G com tudo o que
essa tecnologia implica, principalmente maior conectividade, velocidade e
qualidade da comunicação em rede. Ainda mais do que isso, é o que estava
faltando para impulsionar a Internet das Coisas (IoT). A nova geração de
plataformas de IoT pode ajudar as empresas a combinar novas fontes de dados com
as já tradicionais, examinando informações em tempo real. Esse tipo de
iniciativa permite fazer novas correlações de dados e é fundamental para
questionar o pensamento institucional, além de agilizar mudanças”.
7. Multicloud. “A hospedagem tradicional de TI está cedendo cada vez mais espaço
para a multicloud, que implica no uso de múltiplos serviços de nuvem.
Essa é uma grande tendência para 2020. As empresas deixam de depender apenas de
um fornecedor de nuvem, onde seus dados e serviços são armazenados e
gerenciados, e passam a contar com uma gama maior de fornecedores. Esse é um
passo enorme e de relativamente baixo custo. O uso de múltiplas nuvens
representa maior flexibilidade, inovação e inclusive conformidade regulatória.
Trata-se de uma nova era de inovação nos negócios e que tem muito ainda que se
desenvolver. Mas é um caminho sem volta, já que uma das virtudes da multicloud
é desbloquear agilidade, eficiência e economia de custos sem precedentes”.
Fonte:
Adriano Filadoro - formado em tecnologia com extensão em finanças pela
Fundação Getúlio Vargas – onde atualmente cursa MBA em Big Data e Data Science.
É diretor-presidente da Online Data Cloud, tendo sólida vivência em
Tecnologia da Informação –
mais de 20 anos de atuação na área de
Segurança, Virtualização e Infraestrutura.
www.onlinegroup.com.br