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segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Nutrição adequada com maior nível de lactose resolve obstipação em bebês, na falta de aleitamento materno


Quando um bebê nasce é comum ter algum dos chamados “distúrbio funcional do sistema digestivo”. Apesar do nome complexo, trata-se de uma condição relativamente normal, especialmente quando o sistema digestivo da criança ainda não está totalmente formado, o que acontece nos primeiros meses de vida.

Em decorrência dessa condição, os bebês podem apresentar três problemas: cólica, refluxo e obstipação, sendo este último o menos apontado pelos pais, mas não o menos importante. A obstipação é a dificuldade ou a falta de evacuação. Nesse caso, a criança sente dor para eliminar as fezes e precisa fazer um grande esforço para isso. Tal problema ocorre devido ao pouco reflexo para eliminação das fezes ou menos movimentação do intestino que o normal.

“O ideal é oferecer à criança fórmulas nutricionais adequadas, com maior nível de lactose, o que auxilia a excreção de água no cólon e aumenta a motilidade intestinal. Estudos comprovam que 91,6% dos casos de constipação foram resolvidos dentro de 7 dias com formulação minerais essenciais, como magnésio, cálcio e fósforo, que são essenciais para a redução dos sintomas. Essa recomendação é para as crianças que não recebem leite materno, pois ele sempre será a primeira indicação”, diz o Prof. Dr. Fábio Ancona, pediatra especialista em nutrição infantil.

Ainda segundo o pediatra, produtos com essa formulação reduzem a dor e a dificuldade para defecar e até ajudam a aumentar o apetite das crianças. Prof. Ancona alerta sobre as fórmulas para dois ou mais sintomas do distúrbio funcional do sistema digestivo, “pois com a melhora de um, o outro tende a piorar”. Ele informa que para resolver o problema da obstipação é necessário oferecer mais lactose, mas para cólica menos. “Logo, uma única fórmula não consegue atender os dois sintomas”, explica o especialista.

Para os bebês não mais amamentados pelas mães, é possível encontrar diversas opções de fórmulas que auxiliam o controle da obstipação. Porém, é preciso orientação do pediatra para identificar qual a opção mais adequada, pois nesses casos a fórmula substituirá o leite utilizado e, dessa forma, precisa oferecer todos os benefícios necessários e mais os específicos para a obstipação.

“Nos primeiros meses de vida, o ritmo do intestino do nenê é irregular. Somente com o tempo ele amadurece, passando a ter uma rotina. Os pais precisam ficar atentos à reação das crianças nos momentos de evacuação, pois embora não exista tratamento, há fórmulas nutricionais indicados para a redução dos sintomas”, diz o pediatra.

O especialista lembra que a obstipação não é uma doença, mas seus sintomas podem afetar a qualidade de vida do bebê e de toda a família. Com a dificuldade para evacuar, a criança tende a ficar irritada e chora mais do que o normal. Em crianças mais velhas, a obstipação pode estar associada ao medo. Por isso, o processo de deixar as fraldas precisa ser natural e tranquilo, evitando traumas na hora de ir ao banheiro.


Epidemias em 2020: Órgãos como OMS e Ministério da Saúde alertam sobre os riscos



"O Dr. Kauê De Cezaro dos Santos, médico do Hospital Albert Sabin, fala sobre os riscos de epidemias no Brasil para o próximo ano"

Uma epidemia é a concentração de determinados casos de uma doença em um mesmo local e época, claramente em excesso em relação ao que seria teoricamente esperado. O termo tem origem no grego clássico: epi (sobre) + demos (povo). “Na história, sete epidemias foram decisivas para a raça humana. São elas: tuberculose, varíola, gripe espanhola, tifo, sarampo, malária e AIDS. Infelizmente, cepas de vírus mutantes, doenças recrudescentes e o descaso com a saúde preventiva demonstram fatores determinantes como causa de retorno das epidemias antes eliminadas, como, por exemplo, o sarampo”, explica o Dr. Kauê De Cezaro dos Santos, Clínico Geral e Coordenador do Pronto Atendimento do Hospital Albert Sabin (HAS).

Devido à facilidade de disseminação e transmissão, doenças como a dengue, zika, chikungunya, febre amarela e sarampo, essa última tida como erradicada no Brasil, correm o risco de tornarem-se epidêmicas em 2020, alertam o Ministério da Saúde e a OMS. “Em comum, essas enfermidades seguem dois critérios: alta transmissibilidade e hospedeiros transmissores inseridos na sociedade (Aedes aegypti no caso da dengue e o próprio ser humano no caso do sarampo)”, observa o Dr. kauê.

Citando o estado de São Paulo como exemplo, dados do Ministério da Saúde apontam que o número de casos prováveis de dengue aumentou mais de 1.000% em comparação com janeiro de 2018. Até o dia 02 de fevereiro, o estado notificou 17.004 casos da doença. No mesmo período de 2018, foram registrados 1.450 casos de dengue. Esse cenário torna a projeção para o ano que vem ainda mais preocupante e não só para o caso da dengue, mas também em relação a outras doenças infecciosas.

Como causas, o descaso com a saúde preventiva, ou seja, a vacinação é uma das mais graves. Contudo, nos casos em que a doença não é previsível como ebola, por exemplo, o principal agente é a locomoção de infectados. Transmissores da doença por locais de grande aglomeração, como aeroportos, portos, rodoviárias e outras zonas de grandes aglomerações são o principal risco para a contaminação em larga escala. “Em 2019, já observamos o retorno do sarampo e, para 2020, é possível que doenças como outros subtipos da dengue, vírus da gripe, ebola, febre hemorrágica boliviana, febre de Lassa, febre hemorrágica de Marbug e outras sejam motivo de grande preocupação mundo afora”, conta o médico.

Quanto aos esforços para a erradicação das doenças epidêmicas, o ideal é que se concentrem em duas frentes, o “ataque” e a “defesa”. A primeira consiste em evitar a propagação da doença o mais rápido possível, identificando o caso índice, ou seja, onde tudo começou. Deve-se evitar o contato de contaminados com pessoas saudáveis e vacinação em massa das pessoas vulneráveis e/ou expostas a doença. Já na segunda é indispensável que os serviços de saúde garantam o suporte adequado para todos os acometidos pela doença, a fim de desenvolver garantia do melhor tratamento possível à pessoa enferma e, assim, essa deixar de ser transmissora.

Outro importante ponto que médicos e profissionais da área estão notando diz respeito às doenças sazonais. Um vírus de comportamento sazonal tem aumento no número de casos dependendo da estação do ano. Porém, por fatores como o fortalecimento do vírus e as mudanças climáticas, essa relação das doenças com as estações está mudando. Haja visto o crescente número nos casos de dengue, que ocorria com mais intensidade nas estações quentes, no último outono/inverno.

A vacinação é a ação mais eficiente para erradicação de doenças. A oportunidade de realizar a chamado profilaxia primária, gera redução da transmissão da doença entre os vetores, isto é, entre as pessoas, visto que elas se encontram imunes e não transmitem mais a doença em questão. “Na ausência de vacina, medidas como lavar as mãos constantemente, uso de álcool para assepsia manual e evitar ambientes aglomerados são medidas sutis, porém, de grande impacto no controle e no desenvolvimento de barreiras para acontecimentos de epidemias”, finaliza o Dr. De Cezaro.





Hospital Albert Sabin
Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123 – Lapa – São Paulo – SP
Central de atendimento
(11) 3838 4655
Site
http://www.hasabin.com.br


Dezembro Laranja




Dermatologista do Hospital América de Mauá alerta a população sobre a prevenção e o diagnóstico do câncer de pele


Em 2019, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se, no Brasil, 85.170 novos casos de câncer de pele não melanoma entre homens e 80.410 entre mulheres. Esses valores correspondem a aproximadamente 82,53 casos a cada 100 mil homens e 75,84 a cada 100 mil mulheres. O câncer de pele é um tumor de pele maligno, provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. “A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento”, explica Dra. Thaiz Santos Ochôa, dermatologista e prestadora de serviços no Hospital América de Mauá.

Existem três tipos de câncer de pele: “O carcinoma basocelular, mais frequente e com alto percentual de cura; o carcinoma espinocelular, de incidência média; e o melanoma, o tipo mais grave e mais raro.  Em qualquer um desses casos, a doença é curável se detectada em estágio inicial”, esclarece a especialista.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), os erros mais frequentes na prevenção do câncer de pele são não usar filtro solar diariamente, não o reaplicar durante o dia, achar que em dias nublados ou chuvosos ele não é necessário ou usar maquiagens que contenham filtro e acreditar que sejam suficientes para se proteger dos raios solares. “Outros erros comuns são usar o filtro solar só no rosto e se esquecer do corpo, se expor ao sol para se bronzear, fazer bronzeamento artificial e não ir ao dermatologista regularmente. O sol não é um vilão, mas a exposição solar indiscriminada, desprotegida e intermitente pode fazer mal, já que os raios solares são o principal fator de risco para o câncer da pele”, lembra a doutora.

O autoexame no espelho e a consulta com o dermatologista são a melhor forma de detectar lesões e prevenir o câncer. “Na consulta, realizamos o exame físico da pele. Junto com o exame físico, também usamos uma técnica chamada dermatoscopia para avaliar as lesões. Com o dermatoscópio, que é uma lente de aumento especial com fonte de luz própria, observamos a lesão e, se houver indicação, realizamos a biópsia da pele”, explica Ochôa.

Somente o exame clínico ou uma biópsia, ambos feitos pelo dermatologista, podem diagnosticar o câncer de pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas: “Lesão na pele que possua aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangre facilmente; alguma pinta preta ou castanha que mude de cor, textura ou torne-se irregular nas bordas e cresça de tamanho; mancha ou ferida que não cicatriza e que continue a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento”, pontua a médica.

Além do uso do filtro solar, existem diversas formas de proteger a pele do corpo todo contra os raios UVA e UVB do sol. “É importante ressaltar que a proteção solar deve ser feita tanto em momentos de lazer quanto no caso de pessoas que trabalham sob o sol. No caso do trabalhador que exerce atividades ao ar livre, equipamentos de proteção individuais, como chapéus de abas largas, óculos escuros, roupas que cubram boa parte do corpo e protetor solar, são itens obrigatórios no dia a dia, para evitar que a exposição prolongada cause problemas de saúde”, finaliza.







Dra. Thaiz Santos Ochôa - dermatologista e prestadora de serviços no Hospital América de Mauá | Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia | CRM 121336

Dezembro laranja faz alerta sobre a exposição ao sol para evitar o câncer de pele



Com a chegada do verão em dezembro, o mês se tornou símbolo da campanha contra o câncer de pele. O Dezembro Laranja foi criado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para alertar a população sobre a importância da prevenção da doença. Esse é o tipo de câncer mais incidente no Brasil e atinge cerca de 180 mil pessoas ao ano. Em um dos casos mais recentes da doença, o técnico do Vasco da Gama, Vanderlei Luxemburgo foi diagnosticado após realizar a biópsia em três pintas no nariz. Uma delas foi diagnosticada como maligna.

O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal das células que a compõe. Os diferentes tipos da doença se manifestam de formas distintas. O dermatologista e especialista nesse tipo de câncer, Alessandro Guedes, adverte que o sol é um fator de risco. “A exposição ao sol é importante e necessária para a produção de vitamina D, mas é preciso ter cuidado. O excesso de sol sem nenhum filtro de proteção é um dos fatores que pode levar ao câncer de pele. Ao notar qualquer mancha ou pinta acastanhada ou enegrecida, nódulos avermelhados ou uma ferida que não cicatriza é importante procurar um dermatologista”, afirma.

O diagnóstico precoce eleva as chances de cura para mais de 90% dos casos.  Avaliações regulares da própria pele para procurar por sinais que sejam recentes são uma boa forma de se prevenir contra a doença. “É recomendado o uso de filtro solar diariamente, não só quando se está na praia e também nos dias frios e nublados. O produto deve possuir, no mínimo, fator de proteção 30 e ser aplicado na parte da manhã e ao meio-dia”, alerta o dermatologista. A Sociedade Brasileira de Dermatologia também recomenda evitar exposição entre 9h e 15h, o uso de óculos escuros com proteção UV, hidratação corporal, uso de bonés, chapéus, e roupas de manga comprida também são aconselhados para quem quer evitar excessos.



Férias requer cuidados para evitar alergias e irritações nos olhos


No período das férias escolares os pais aproveitam para viajar em família ou curtir ao máximo o tempo disponível em parques, piscinas, shoppings. Não resta dúvida de que, com a proximidade do verão, os programas favoritos costumam ser ao ar livre para aproveitar o clima. Em razão disso, alguns cuidados com os olhos são importantes para evitar alergias e irritações.

Neste período é muito comum o aparecimento de alergias e irritações na região dos olhos, principalmente por conta do cloro presente na água das piscinas e do contato com filtros solares. A exposição prolongada dos olhos ao sol também pode causar doenças sérias, como catarata e câncer de pele nas pálpebras, além de lesão na retina.

“O cloro presente na água da piscina pode causar conjuntivite química e também reação alérgica, gerando forte irritação e vermelhidão”, explica o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio. Segundo ele, o cloro também seca as lágrimas, deixando as pálpebras ressacadas. Por isso, recomenda-se lavar o rosto quando sair da piscina.

A água do mar e a maresia carregam muitas impurezas e também podem irritar os olhos. O sal pode desidratar a superfície do olho, podendo levar a um ressecamento e maior exposição do olho. “A água do mar pode diluir ou anular funções e fisiologia da lágrima, devido à alteração dos meios de proteção e nutrição da córnea”, alerta o médico.

Uma boa alternativa para amenizar os efeitos da alergia causada pelo cloro ou pelo sal da água do mar é usar colírio lubrificante, mais conhecido como “lágrimas artificiais”. Compressas com água filtrada gelada ou com soro fisiológico sem conservante também promovem o alívio dos sintomas. 

Na hora de passar o filtro solar, as pálpebras também devem ser protegidas, mas é preciso tomar cuidado para o produto não escorrer para dentro dos olhos. Caso escorra, lave bem a região. Se ainda assim o produto causar reação e o efeito não passar, recomenda-se procurar um médico, pois pode ser necessária a prescrição de antialérgicos.

Outros problemas mais graves podem surgir em função da exposição prolongada dos olhos ao sol. “Nesta época do ano a intensidade da luz solar aumenta muito e a exposição prolongada ao sol aumenta a chance do desenvolvimento de cataratas, pterígio ou “carne no olho”, câncer de pele nas pálpebras e lesões na retina, além de poder causar complicações para alguns tipos de cirurgias refrativas corneanas”, afirma Hilton Medeiros, que é especialista em retina e vítreo.

Quando a pessoa se expõe a quantidades excessivas de radiação UV, sem proteção, por um curto período de tempo, ela pode sofrer ceratite. “É como se fosse uma ‘queimadura’ da córnea, causando dor, vermelhidão, lacrimejamento, fotofobia e sensação de areia nos olhos”, alerta o médico.

Os efeitos da radiação UV sob a pele são cumulativos. É aconselhável, sempre, o uso de óculos escuros de boa qualidade e que ofereçam proteção adequada aos olhos. Os óculos escuros devem bloquear entre 99-100% as radiações UV-A e UV-B; não devem distorcer imagens ou mudar as cores e devem ter lentes cinzas, verdes ou marrons, capazes de filtrar entre 75-90% da luz visível. Os óculos de grau também devem ter proteção UV. Bonés, viseiras e chapéus oferecem proteção adicional.





Hilton Medeiros - Oftalmologista

A dieta do limão provoca erosão dentária e aumento de cáries entre as mulheres



Quantas de nós já não fez as maiores loucuras para estar dentro dos padrões beleza? E quando a receita é natural, fácil e acessível? Adoramos! A mais conhecida fórmula para o emagrecimento é a ingestão do sumo do limão – puro ou misturado com água, bebido em jejum pela manhã e continuando ao longo do dia. Como a maioria deve saber, o limão é rico em nutrientes, vitaminas e uma lista de infindável de benefícios, mas o que poucas mulheres sabem é que ele só começa a ter efeitos benéficos quando é metabolizado pelas células. É nesse momento que o potencial de Hidrogeniônico (pH) ácido muda para alcalino e, então, passa agir positivamente. O problema está no caminho até chegar ao metabolismo: o limão é muito ácido!

Na escala de pH – que vai de 0 (ácido) a 7 (neutro); de 7 a 14 (alcalino) – ele possui pH2, ou seja, a acidez do limão é capaz de provocar corrosão nos dentes, principalmente quando consumido em jejum pela manhã. E aqui cabe uma explicação. À noite salivamos menos, então, os dentes ficam menos protegidos quando acordamos.

A acidez do limão provoca microporosidades na superfície do esmalte e, se for escovado imediatamente após a ingestão do sumo, sofre ainda mais com a abrasão das cerdas da escova. Um outro fator negativo é o aumento da probabilidade de “manchar” o dente, principalmente se houver o hábito de ingestão de alimentos com mais pigmentação.

Estou falando sobre a abrasão dentária – a perda progressiva do revestimento dental por processos químicos que não envolvem ação bacteriana e provocam ambiente ideal para proliferação de bactérias. Essas, aliás, são a origem da cárie, sobretudo quando associado a um hospedeiro susceptível, à má higienização e a uma alimentação altamente cariogênica. Há, também, a questão da sensibilidade.

Na fase adulta, as cáries não são tão comuns, mas com o advento do limão, muitas pacientes têm sido diagnosticadas com número alto dessa incidência. Após uma breve sondagem sobre os hábitos alimentares, estilo de vida e escovação, verifiquei que a maioria dessas pacientes aderiu à essa dieta. Muitas perguntas, então, o que devem fazer. Deixam claro, inclusive, que não vão abandonar o hábito do sumo de limão.

Calma! Para manter esse ritual, bastam alguns cuidados: fazer uso de canudos – evitando o contato direto com os dentes –; não ingerir puro, sim com outros alimentos mais neutros ou alcalinos durante as refeições; ingerir água para equilibrar o pH; escovar os dentes de 15 a 30 minutos após a ingestão para dar tempo que a saliva reestabeleça o pH bucal e garanta a recuperação do esmalte. É importante fazer visitas periódicas ao dentista para manutenção da higiene bucal e identificação da biocorrosão dentária nos estágios iniciais; uso de creme dental e/ou enxaguantes bucais com flúor – que promovem a remineralização do esmalte –, associado ao uso de fio dental para remoção das placas onde a escova não alcança, de acordo com recomendações da Associação Dental Americana (ADA).

Estar de bem consigo mesma significa estar em equilíbrio e isso envolve cuidados para não prejudicar outros aspectos da saúde.





Dra. Selma Nishimura - cirurgiã dentista na clínica Care Center Brasil. Graduada em Odontologia pela Faculdade de Odontologia UNIP (FOUNIP-SP), possui especialização em Implante pela Faculdade São Leopoldo Mandic SP; capacitação em Toxina Botulínica e Preenchimentos Faciais; e certificação em Ozonioterapia na área odontológica, pela Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ).


Entre na onda do Dezembro Laranja e previna-se contra o câncer de pele



Além do colorido das festas de fim de ano, Dezembro ganha uma cor especial: o laranja. A coloração remete ao sol e vem para lembrar a importância da proteção contra o câncer de pele. O Brasil é um país tropical com alta taxa de incidência solar ao longo do ano, o que favorece o desenvolvimento da doença.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tipo não melanoma é o mais frequente no Brasil, representando 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Apesar da alta incidência, a boa notícia é que possui grande percentual de cura, se diagnosticado e tratado precocemente. Dentro desse tipo, a doença pode surgir nas células basais (Carcinoma Basocelular – CBC) ou nas escamosas (Carcinoma Espinocelular ou Epidermóide – CEC).

Já o melanoma, que se origina nas células produtoras de melanina, representa 3% das neoplasias e é o tipo mais grave, podendo se espalhar para outros órgãos. Se descoberto no início, as chances de cura são boas.

Segundo a dermatologista do Hospital do Câncer Anchieta, Dra. Letícia Motta, os pacientes com maior risco para desenvolvimento dos tipos não melanomas são os de olhos e pele clara, acima de 40 anos, com histórico de exposição crônica à radiação ultravioleta, portadores de cicatrizes ou inflamações crônica e em contato contínuo com químicos, tais como arsênico e alcatrão.

Sobre os fatores que elevam o risco de melanoma, a médica explica que além da pele clara e a imunossupressão, também relacionadas aos demais tipos, há o histórico familiar e pessoal de melanoma, possuir pintas ou sardas em grande quantidade, antecedentes de queimaduras solares e doenças de defeito no reparo do DNA, como xeroderma pigmentoso.

Quais áreas do corpo são as mais afetadas? “Em relação aos tipos não melanomas, as áreas mais sensíveis são as expostas à luz de forma crônica como face, tórax e antebraços. Quanto ao melanoma, em homens é mais comum no tronco; em mulheres, nas pernas. Apesar de haver áreas mais suscetíveis, devemos lembrar que o melanoma pode surgir em qualquer lugar, incluindo região palmar e plantar, e até mesmo em mucosas e unhas”, explica Dra. Letícia.


Sintomas

De acordo com a dermatologista, os principais sinais de alerta para não melanoma são as feridas que não cicatrizam, lesões que sangram com facilidade ou de crescimento rápido.

As lesões suspeitas de melanoma estão relacionadas a pintas assimétricas, com bordas irregulares e cores diferentes, maiores do que 5 mm e crescimento rápido. “Geralmente são castanhas, mas em casos mais raros podem ser róseas ou cor da pele. Cuidado, pintas novas ou que apresentam mudanças nas características são sinais importantes para procurar um dermatologista”, indica a médica.


Diagnóstico

Geralmente é feito pelo dermatologista, após entrevista e exame físico completo. “Durante a consulta, todas as lesões e pintas são avaliadas com o auxílio do dermatoscópio, aparelho que amplia as lesões, permitindo ao profissional avaliar as características sugestivas de malignidade. Quando ocorre a suspeita, é solicitada a biópsia para concluir o diagnóstico definitivo”, esclarece Dra. Letícia.


Tratamento

Os do tipo não melanoma são tratados por meio da retirada completa. No caso de pacientes que não possam realizar cirurgia, o médico responsável avalia quais são as alternativas disponíveis para o caso. “O paciente que já apresentou um tumor de pele anterior tem maior risco de novas lesões ao longo da vida, por isso, continuar o acompanhamento com o dermatologista é fundamental”, enfatiza a médica.

No caso do melanoma, após ser feito o diagnóstico, é realizado o estadiamento por meio de exames complementares que indicam o grau de evolução da doença. As formas de tratamento variam conforme as características do tumor e seu estado evolutivo: lesões detectadas precocemente são submetidas a retirada com ampliação das margens; nos casos mais avançados, avalia-se o uso de quimioterápicos, radioterapia, imunoterapia ou terapia alvo.


Previna-se!

• Aplique filtro solar de 3 em 3h, diariamente, com fator de proteção de no mínimo 30

• Evite exposição solar em períodos de maior intensidade de radiação (entre 10h e 16h)

• Use proteção física, tais como chapéu e camiseta

• Faça o autoexame periodicamente: examine sua pele à procura de novas manchas ou pintas que possam ter alterado seu aspecto

• Visite um dermatologista a cada 6 meses ou um ano para uma avaliação mais detalhada das pintas

• Em caso de histórico pessoal ou familiar de melanoma, procure o dermatologista para realizar o mapeamento corporal. O objetivo do exame é obter registros periódicos, a cada 3 meses, 6 meses ou 1 ano, a depender das características das pintas, com a finalidade de detectar modificações por vezes discretas, mas importantes para o diagnóstico precoce

• Proteja-se mesmo em dias nublados ou sem exposição direta ao sol



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