Pesquisar no Blog

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Hepatites virais: 10 informações que você provavelmente desconhece


Educar a população é a maneira mais fácil de combater a doença, que pode ser transmitida sexualmente 

Você sabe o que é a hepatite? Conhece as sérias consequências, incluindo a morte, que essa doença pode ter? Abaixo, Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur, lista 10 informações relevantes sobre essa doença que pode ser prevenida por meio de vacinação.

1 -  A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada pelo consumo exagerado de álcool, uso frequente de alguns medicamentos ou drogas. Mas também pode ser transmitida por meio de vírus, com cinco variações: os tipos A, B, C, D e E.  No Brasil, mais de 70% dos óbitos por hepatites virais são decorrentes da hepatite C, enquanto a hepatite B é responsável por 21,8% e a A por 1,7%. De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, o país registrou 40.198 casos novos de hepatites virais em 2017[i].  


2 - Uma das principais causas de transplante de fígado no Brasil são as hepatites A e B devido à gravidade de sua evolução.


3 – O vírus da hepatite A é transmitido sexualmente de uma pessoa para outra ou por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados. Esse tipo da doença pode ser assintomático, ou seja, a pessoa é infectada, mas a hepatite não se manifesta, o que leva ao tratamento tardio. Já quando há sintomas, a pele fica amarelada e a urina mais escura.


4 – A hepatite A não tem cura e pode se desenvolver de forma grave, levando ao óbito. Há medicamentos que tratam os sintomas, mas nenhum tem o poder de barrar a proliferação do vírus no organismo. Por meio dos tratamentos adequados, existe a possibilidade de o paciente conviver com a doença por toda vida. Mas a maneira mais eficaz de preveni-la é por meio da vacina.


5 – A hepatite B também pode ser assintomática. Quando se torna crônica é capaz de levar à cirrose e ao câncer de fígado. Os homens são os mais atingidos pelo tipo B e a transmissão sexual é a mais comum. Por isso que o uso de preservativos é essencial para evitar o contágio. Agulhas, lâminas de barbear ou alicates contaminados também podem disseminar a doença.


6 –A hepatite B pode ser transmitida verticalmente, ou seja, da mãe para o filho, se a gestante estiver já infectada ou contrair a doença durante a gestação. A amamentação também pode ser uma maneira de contágio. Nesse caso, a melhor forma de prevenção é a vacina, inclusive para mulheres grávidas.


7 – Atualmente, só há vacina contra as hepatites A e B e ambas estão disponíveis tanto no SUS quanto em clínicas privadas. A vacina contra a hepatite B faz parte do calendário de vacinação infantil obrigatório. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda que a vacina contra a hepatite B seja aplicada já na maternidade ou na primeira consulta com o pediatra. O imunizante pode ser ministrado junto com a vacina BCG, que protege contra tuberculose, mas também é um dos componentes da pentavalente, que está disponível na rede pública e além da hepatite B protege contra difteria, coqueluche, tétano e Influenzae B. Nas clínicas particulares é possível encontrar a vacina hexavalente, que também imuniza contra poliomielite e evita mais uma picada no bebê, reduzindo o número de injeções. Nas localidades onde há registro de alta incidência, as crianças com idade de início escolar (entre 5 e7 anos) também devem ser vacinadas, caso não tenham completado o esquema vacinal contra a doença.


8 – A hepatite C é transmitida principalmente por sangue contaminado, quando há o uso por várias pessoas, sem a devida assepsia, de agulhas, seringas, alicates e outros equipamentos cortantes ou que possam perfurar a pele. O tipo C também sexual é uma doença sexualmente transmissível ou passar da mãe para o filho durante a gravidez e o parto, mas esses casos ocorrem raramente. Normalmente, a hepatite C é assintomática e mesmo quando o fígado já foi bastante comprometido o paciente não apresenta sinais aparentes.


9 – No Brasil, a região Nordeste concentra a maior proporção das infecções pelo vírus A (30,6%). Já na região Sudeste há mais registros da incidência dos vírus B e C, com 35,2% e 60,9%, respectivamente[ii].


10 -  De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, aproximadamente 400 milhões de pessoas no mundo são infectadas pelos vírus das hepatites B e C e 1,4 milhão são atingidas pelo vírus tipo A. Estima-se que 57% dos casos de cirrose hepática e 78% dos casos de câncer hepático estão diretamente relacionados aos vírus de hepatite B e C[iii].




Sanofi

Saúde: variados tipos de câncer na mulher podem ser prevenidos


Com equilíbrio na alimentação e prática de atividades físicas, o diagnóstico precoce garante mais assertividade no tratamento


Falta menos de um mês para o Outubro Rosa, quando campanhas de incentivo à prevenção do câncer de mama começam em todo o mundo. O foco se volta para o Carcinoma da Mama, mas outros tipos de tumores afetam a saúde da mulher e podem ser prevenidos.

O Câncer de Tireoide, por exemplo, atinge menos de 150 mil pessoas, é considerado raro e responsável por aproximadamente 1% de todos os tumores malignos do corpo. Assim como ocorre com o câncer de ovário, que tem incidência associada a fatores genéticos, hormonais e ambientais. A história familiar é o fator de risco isolado mais importante (cerca de 10% dos casos). O tumor pode acometer a mulher em qualquer idade, porém é mais frequente depois dos 40 anos.

Já o Câncer de Colo do Útero é o terceiro mais incidente na população feminina, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ficando atrás apenas do Câncer de Mama e do Câncer Colorretal. O diagnóstico hoje é feito muito mais precocemente do que na década de 1990, quando 70% dos casos eram descobertos na forma mais avançada. Atualmente, 44% são identificados na fase inicial.

No caso do Câncer de Endométrio, as mulheres após a menopausa são as principais vítimas, em geral acima dos 60 anos. Apenas 20%, ou menos, das mulheres com esse tipo de doença estão na fase de pré-menopausa. Menos de 5% estão abaixo dos 40 anos de idade. O Câncer de Endométrio é um tumor altamente curável na maioria dos casos, assim como outros tipos, como explica a oncologista do Hospital do Câncer Anchieta, Dra. Regina Hercules Vidal.


O que é o câncer na tireoide?

Os carcinomas de tireoide são desenvolvidos a partir das células da tireoide. Dentre eles temos diferentes tipos, como carcinoma pilífero que é o mais comum (cerca de 80% dos casos), carcinoma folicular (aproximadamente 10%), carcinoma de células de Hürthle (3%) e carcinoma medular da tireoide (representa 4%).


Como diagnosticar?

O diagnóstico é realizado por punção da área suspeita da tireoide, denominado P.A.A.F (Punção Aspirativa por agulha fina), e o material é enviado para análise do médico Patologista. Tendo então o resultado do exame anátomo patológico.


É possível prevenir?

O Câncer de Tireoide está associado a radiação local, especialmente em crianças. No acidente em “Chernobyl”, por exemplo, no reator nuclear de 1986 muitas crianças e adolescentes foram expostos a radiação e desenvolveram câncer de tireoide, principalmente os que tinham carência de Iodo. 


O câncer de útero e de ovário se relacionam de alguma forma?

Eles não possuem correlação. O Câncer de Colo de Útero cérvice uterina possui associação com a infecção crônica pelo vírus do HPV (Papilomavírus humano).

O útero é um órgão com uma cavidade, onde é implantado o embrião para o desenvolvimento da gestação. Este local é denominado endométrio que é influenciado pelas alterações hormonais durante o ciclo de vida reprodutiva da mulher. Quando não ocorre a gestação é o endométrio que descama e sai na forma de “menstruação”. O Câncer de Endométrio é desenvolvido nesta camada do útero, não possui como fator de risco a infecção crônica pelo HPV.

No câncer primário de endométrio os fatores de risco estão associados a obesidade, menarca precoce e menopausa tardia. Já o Câncer de Colo de Útero Cérvice Uterina está associado ao HPV.


O que as mulheres podem fazer para se prevenir?

A prevenção do câncer engloba ações realizadas para reduzir os riscos de ter a doença. A prevenção primária tem como objetivo impedir que o câncer se desenvolva. Isso inclui evitar a exposição aos fatores de risco de câncer e a adoção de um modo de vida saudável. Já a prevenção secundária detecta e trata doenças pré-malignas (por exemplo, lesão causada pelo vírus HPV ou pólipos nas paredes do intestino) ou cânceres assintomáticos iniciais.


Dicas do INCA

- Evite exposição a agentes cancerígenos no trabalho;

- Evite comer carne processada;

- Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos;

- Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo do Câncer do Colo do Útero a cada três anos;

- Pratique atividades físicas;

- Mantenha o peso corporal adequado;

- Visitas regulares ao especialista;

- Alimentação saudável protege contra o câncer.





 Hospital Anchieta


Otite Média Aguda: entenda a doença e saiba como prevenir


 Mais de 80% das crianças até os três anos de idade desenvolverão a doença pelo menos uma vez4

Uma das principais formas de prevenção é a vacinação1,8


Extremamente comum em bebês e crianças menores de dois anos de idade, a Otite Média Aguda (OMA) é uma infecção do ouvido médio (localizado atrás do tímpano), muitas vezes causada por bactérias.2,3 A doença pode ocasionar dor de ouvido, febre, irritabilidade e até complicações mais sérias como problemas auditivos.2,5,6
 
A Otite Média Aguda pode ocorrer logo após um resfriado, quando os agentes infecciosos (vírus ou bactérias) entram no ouvido médio e causam a infecção, resultando em aumento de secreção no ouvido.6 Mais de 80% das crianças até os três anos de idade desenvolverão a doença pelo menos uma vez.4 Por isso, é preciso se prevenir. 

Dra. Bárbara Furtado, gerente médica de vacinas da GSK, explica por que a otite aparece mais em crianças pequenas do que em adultos. “O sistema imunológico de uma criança não é tão eficaz quanto o de um adulto, porque ainda está se desenvolvendo. Isso dificulta o combate de infecções. Além disso, a tuba auditiva na infância é mais curta e mais horizontal, facilitando a migração de bactérias. E, se essas bactérias entrarem no ouvido médio, elas podem causar a Otite Média Aguda”, esclarece.


Sintomas e Tratamento 

Os sintomas da Otite Média Aguda são utilizados para classificar a gravidade da doença, dividindo-a entre severa e não-severa. Os sintomas severos são dor de ouvido moderada ou forte por 48 horas ou mais e febre de 39 graus. Já a otite não-severa apresenta dor de ouvido leve por menos de 48 horas e febre abaixo de 39 graus. Em crianças pequenas, que ainda não falam bem, a dor é entendida pelos movimentos de segurar, puxar e apertar a orelha, alterações de comportamento, sono e choro excessivo.7

Caso perceba algum desses sintomas, o recomendado é procurar um médico para tratamento, erradicação do processo infeccioso e prevenção de complicações.1,8


Prevenção

Uma das principais formas de prevenção da Otite Média Aguda é a vacinação contra a bactéria Streptococcus pneumoniae.1,8 A vacina pneumocócica 10-valente está disponível gratuitamente nos postos de saúde, pelo Programa Nacional de Imunizações, no esquema de 2 doses, preferencialmente aos 2 e 4 meses, e a vacinação de reforço, aos 12 meses.9
 
Outras formas de prevenção são: cobrir a boca quando espirrar ou tossir, lavar as mãos, amamentação e evitar exposição à fumaça do cigarro.3




GSK



Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.




Referências:
  1. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Ear Infection. Disponível em: <https://www.cdc.gov/antibiotic-use/community/for-patients/common-illnesses/earinfection.html>. Acesso em: 2 set. 2019
  2. CRIPPS AW. et al. Bacterial otitis media: a vaccine preventable disease? Vaccine, 23. 2304-10; 2005.
  3. NATIONAL INSTITUTE ON DEAFNESS AND OTHER COMMUNICATION DISORDERS. Ear infections in children. NIDCD Fact sheet. Disponível em:<https://www.nidcd.nih.gov/sites/default/files/Documents/health/hearing/EarInfectionsInChildren.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2019.
  4. TEELE, D. et al. Epidemiology of otitis media during the first seven years of life in children in greater Boston: a prospective, cohort study. The Journal Infectious Disease, 160(1). 83–94.1989.
  5. AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS AND AMERICAN ACADEMY OF FAMILY PHYSICIANS.Diagnosis and Management of Acute Otitis Media. Pediatrics, 113:1451-66.2004.
  6. NEW YORK STATE DEPARTMENT OF HEALTH. Ear Infections in Children. Disponível em:<https://www.health.ny.gov/publications/4815/>. Acesso em: 23 ago. 2019.
  7. LIEBERTHAL, A. et al. The Diagnosis and Management of Acute Otitis Media. Pediatrics, 964-999. 2013.
  8. KHALIQ, Y. et al. Upper respiratory tract infections. In: DIPIRO, JT. et al. Pharmacotherapy: apathophysiologic approach. 7 ed. New York: McGraw-Hill, 2008. p. 1779-90.
  9. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação 2019. Disponível em:<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/geral/calendario_vacinacao_2019.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2019.

Posts mais acessados