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terça-feira, 7 de maio de 2019

Fome oculta na infância mata!


Mais de 2 bilhões de pessoas no mundo apresentam deficiência nutricional de zinco, iodo, o selênio, o cálcio, o magnésio e o fósforo. Saiba o que comer para se prevenir da carência desses minerais  

A fome oculta é a deficiencia de micronutrientes (vitaminas e minerais) que frequentemente não mostra sinais ou sintomas, mas que pode levar a alterações silenciosas e resultar em sequelas a longo prazo. Atualmente, a deficiência de micronutrientes afeta mais de 2 bilhões de pessoas no planeta.   
Ela ocorre quando a qualidade dos alimentos ingeridos não atinge as necessidades do indivíduo. Acomete principalmente as crianças devido à maior demanda de micronutrientes nesse período, em decorrência do crescimento e do desenvolvimento. Não importa o peso da criança, a fome oculta pode afetar os mais magros, os mais obesos, ou até mesmo aquela com peso adequado.  

Entre os minerais que resultam em carência nutricional, podemos destacar, o ferro, o zinco, o iodo, o selênio, o cálcio, o magnésio e o fósforo. No mundo, são mais frequentes as deficiências de ferro, zinco e iodo, sendo a de ferro a mais prevalente. 

O ferro é um mineral essencial para o transporte de oxigênio, para o desenvolvimento cerebral e atua no sistema imunológico. A principal consequência da carência de ferro é a anemia, e, na criança, pode afetar o crescimento, causar déficit de aprendizagem e de cognição, além de aumentar o número e a gravidade dos quadros infecciosos. Garantir a ingestão de carnes, espinafre, ostras, fígado, ervilha e legumes, é a melhor forma de prevenir a sua deficiência. 

O zinco também é importante para o desenvolvimento e crescimento da criança, e atua nos sistemas imune e reprodutivo, na cognição, na visão e no paladar. Portanto, a sua deficiência pode levar ao retardo de crescimento e da puberdade, assim como alterações de pele e de cicatrização, no paladar e falta de apetite. Como principal fonte de zinco temos: ostras, carnes e vísceras, grãos integrais, castanhas, cereais, legumes e tubérculos. 

O cálcio, encontrado principalmente no leite e nos produtos lácteos, é o mineral mais abundante no corpo humano, e, juntamente com o fósforo, compõe os ossos e os dentes. Ainda atua na contração muscular, na manutenção da pressão arterial, na coagulação e na oxidação de gordura, diminuindo a massa gorda. As maiores necessidades de cálcio ocorrem durante a puberdade e adolescência, quando a formação óssea tem uma maior demanda. 

No Brasil, a deficiência de iodo tem sido combatida com a iodização do sal. O iodo compõe os hormônios da tireoide e também atua no crescimento e no desenvolvimento cerebral. Daí a sua carência gerar hipotireoidismo, retardo mental e atraso cognitivo. Nos alimentos, o iodo está presente nos alimentos marinhos, sal iodado, leite e ovo. 

Alguns alimentos podem dificultar ou favorecer a absorção dos minerais. A ingestão de frutas cítricas junto aos alimentos fonte de ferro, por exemplo, aumentam a sua absorção, porém o refrigerante e o leite podem atrapalhar, por isso se recomenda evitar a ingestão de leite durante as refeições principais. A lactose, por sua vez, ajuda na absorção do cálcio e do magnésio (presente nas folhas), enquanto o refrigerante atrapalha. Em altas doses, o ferro prejudica a absorção de cobre e zinco, sendo um dos motivos por que se deve evitar a associação de industrializados fortificados (por exemplo, fórmulas lácteas e cereais infantis). 

A melhor forma de prevenir a fome oculta nas crianças e garantir o crescimento e o desenvolvimento saudáveis é promovendo uma alimentação balanceada através da ingestão de frutas, legumes, verduras, castanhas, além das carnes e dos produtos lácteos. 




 Daniel Magnoni - consultor da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), diretor de Serviço de Nutrologia e Nutrição Clínica do Hospital do Coração – Hcor, Mestre em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; especializado ainda em Clínica Médica, Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral pela Associação Médica Brasileira – AMB / Conselho Federal de Medicina – CFM 




Referências   


FAO, IFAD, UNICEF, WFP and WHO. 2018. The State of Food Security and Nutrition in the World 2018. Building climate resilience for food security and nutrition. Rome, FAO. 
Lozoff B, Beard J, Connor J, Felt B, Georgieff M, Shallert T. Long-lasting Neural and Beahavioral Effects of Iron Deficiency in Infancy. Nutrion Reviews 2006; 64 (5): S34-S91. 
Micronutrientes nos primeiros 6 anos de vida. São Paulo: ILSI Brasil – International Life Sciences Institute do Brasil, 2019. – (Série de publicações ILSI Brasil: força tarefa de nutrição da criança; v. 9).  


Gödecke T, Stein AJ, Qaim M. The global burden of chronic and hidden hunger: Trends and determinants. Global Food Securtiy 2018; 17: 21-29.  
Bouis HE, Saltzman A. Improving nutrition through biofortification: A review from HarvestPlus, 2003 through 2016. Global Food Security 2017; 12: 49-58. 
Maia CSC, Pires LV, Cozzolino SMF. Deficiências de Minerais e Oligoelementos. In: Palma D, Escrivão MAMS, Oliveira FLC. Guia de Nutrição Clínica na Infância e na Adolescência. Barueri, SP: Manole, 2009. – (Série guias de medicina ambulatorial e hospitalar/ Nestor Schor).  


Lamberti LM, Walker CLF, Black RE. Zinc Deficiency in Childhood and Pregnancy Evidence for Intervention Effects and Program Responses. In: Biesalski HK, Black RE (eds): Hidden Hunger. Malnutrition and the First 1,000 Days of Life: Causes, Consequences and Solutions. World Rev Nutr Diet. Basel, Karger, 2016, vol 115, pp 125–133. 

Zimmermann MB. The Importance of Adequate Iodine during Pregnancy and Infancy. In: Biesalski HK, Black RE (eds): Hidden Hunger. Malnutrition and the First 1,000 Days of Life: Causes, Consequences and Solutions. World Rev Nutr Diet. Basel, Karger, 2016, vol 115, pp 118–124. 

Quando é a hora certa de levar uma criança ao ortodontista? Especialista responde



Durante o desenvolvimento infantil, os dentes de leite vão dando lugar a dentição definitiva e ai percebe-se que o novo sorriso do seu filho já não parece tão alinhado quanto antes. Deixar a visita ao ortodontista para depois não é a melhor alternativa para o problema. Mas quando é a hora certa de levar uma criança ao ortodontista?

O especialista em ortodontia, Dr. Márcio Passos tem a resposta: "recomenda-se que toda criança, a partir dos 7 anos de idade faça uma avaliação ortodôntica. Quanto mais precoce essa avaliação, melhor a indicação de tratamento, se necessário. É importante que o paciente seja tratado de forma multidisciplinar, devendo muitas vezes ser encaminhados também para outros profissionais como médico otorrino, fonoaudiólogos ou fisioterapeutas".

Dr. Márcio adverte que caso o tratamento seja muito tardio poderá ser mais difícil reverter os problemas encontrados: "como esta é uma fase que as crianças desenvolvem a dentição mista – os dentes decíduos, que são os “dentes de leite”, e a erupção dos 4 primeiros molares permanentes, que nascem sem que caia nenhum dente antes – é importante que se tenha  acompanhamento, caso contrário podemos encontrar problemas com grau maior de dificuldade em ser revertido. Quando avaliado precocemente e identificado o comprometimento da estética facial, (os ditos “gavetas” ou “ perfil de passarinho”) podemos iniciar ainda em fase pré escolar o uso de aparelhos móveis – ortopédicos. Estes aparelhos agem na estimulação das bases ósseas, reequilibrando a posição dos dentes. No entanto, existe um limite de idade para usá-los, pois em determinada idade, estes aparelhos perdem muito a sua função. Podemos dizer que em meninas Conseguimos maior eficiência de resultados até a menarca (1° menstruação) e em meninos até os 12/13 anos".

Mas apenas encontrar um dente torto ja é o suficiente para correr para o dentista? O especialista diz que nem sempre: "em muitos casos, a criança ter alguns dentes tortos está longe de ser o principal indício da necessidade do tratamento ortodôntico ou ortopédico, e somente um profissional consegue identificar o problema. Por isso toda a oclusão deve ser considera, ou seja, a relação da arcada superior com a inferior, encaixe dos dentes e formato de toda a arcada. Outros fatores, como perfil facial, padrão de crescimento facial, as estruturas das articulações têmporo-mandibulares, os movimentos da mandíbula, padrão de deglutição, musculatura da face, lábios e língua também devem ser avaliados”.

Para o Dr. Marcio Passos, o envolvimento dos pais é primordial no sucesso do tratamento ortodôntico infantil: "nesta fase em que a cooperação do paciente é quase inexistente, precisamos de muito empenho por parte dos pais. Sem este auxilio o tratamento será quase impossível. A família tem que estar consciente e comprometida com a terapêutica. Só assim conseguimos melhor resultado".

Depois dos 12/13 anos, o especialista aponta que somente o uso do aparelho fixo ou cirurgia podem ajudar na correção do posicionamento dos dentes na arcada: "após esta fase de 'quase' finalização do crescimento, a eficiência maior se dará somente com a ortodontia fixa. Nesta fase temos maiores resultados na movimentação dentária e já pouco resultado no desenvolvimento das bases ósseas, portanto conseguimos mexer com o perfil de forma bem suave. Ainda após esta fase, quando já temos o crescimento completo e existe uma discrepância do perfil associado aos da face, será necessário o uso de aparelho fixo mais cirurgia ortognátgica”.

Cárie de mamadeira existe?


Denis Panhota da JP odonto esclarece a dúvida


Na semana que antecede o Dia das Mães, a rede de franquias JP Odonto desmistifica algumas dúvidas que rodeiam o universo infantil no que se refere a dentição. Certamente se você tem filhos, você já ouviu falar em cárie de mamadeira. Mas é possível ter cáries antes mesmo de ter dentes permanentes? É possível sim! “A falta de higienização da gengiva dos bebês após o uso da mamadeira pode ocasionar a cárie nos dentes de leite”, explica Panhota.

Além da falta de limpeza, o uso de açúcares nas bebidas dos bebês é um grande vilão e aliado a essa doença. “Principalmente a noite, depois da mamada, um resto de líquido fica parado na boca e ao dormir, a salivação diminui também. Esses dois fatores associados a má higienização da boca e gengiva podem causar estragos futuros na dentição desta criança”, conclui Denis Panhota da JP Odonto.


Confira algumas dicas para evitar a Cárie de Mamadeira:

1-       Não usar açúcares no leite, mingau e qualquer líquido que vá na mamadeira, principalmente a noite

2-       Passar uma gaze umedecida em toda a boca e gengiva do bebê após ingestão do leite

3-       Evite que o bebê/criança durma logo após ingerir o leite

4-       Não alimentar o bebê dormindo

5-       Não usar a mamadeira como substituto da chupeta

6-       Não banhe a chupeta em mel ou açúcar

Vacinas: mantê-las na temperatura correta é garantir seu potencial de imunidade

Lançamento da Campanha Nacional em Porto Alegre (Marcelo Matusiak)

  
Tão importante quanto o ato de vacinar, é conservar os medicamentos nas condições térmicas específicas e adequadas



A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que se iniciou no dia 10 de abril, convocou os brasileiros a irem aos postos de saúde para se prevenir-se de doenças ocasionadas pelo vírus da gripe. Para que esta campanha obtenha sucesso, tão necessários quanto o engajamento da população, são os cuidados no armazenamento e na conservação das vacinas e dos medicamentos.

O diretor do Grupo Setorial de Refrigeração, da ASBRAV - Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação, Everton Moretto, salienta a importância de manter as vacinas na temperatura correta.

- Tanto a temperatura, quanto a umidade são muito importantes na conservação de medicamentos para garantir sua qualidade. As vacinas são remédios sensíveis à variações térmicas e tem condições específicas de armazenamento. A temperatura deve estar entre +2 ºC e +8 ºC. É fundamental mantê-las dentro deste padrão, pois, algumas vacinas não podem ser congeladas, pois perdem seu potencial de imunidade - explicou Everton.

Ao contrário dos alimentos, no qual é possível perceber se há algo errado, através do cheiro ou da aparência, os medicamentos não apresentam aspectos visuais, o que os tornam mais nocivos à saúde.

- É fácil reconhecer se um alimento está estragado, basta observar o cheiro ou até mesmo a coloração. Já os medicamentos, quando há alterações, são de difícil reconhecimento e representam perigo. Então todo cuidado é pouco. Por isso as pessoas envolvidas no processo precisam ser bastante responsáveis durante a manipulação e manuseio dos produtos - sintetizou.

Por fim, Everton Moretto ressaltou que os cuidados não são apenas com a temperatura, umidade e manipulação, eles têm de ser observados em todos os processos, desde o transporte, até a chegada ao cliente. Os produtos farmacêuticos precisam ir de encontro ao consumidor sem sofrer nenhuma alteração em suas propriedades durante essas etapas.



Vítor Figueiró


10 de maio - Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus


  Entendendo o Lúpus:
  • Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico do paciente ataca o seu próprio organismo. Isso gera danos irreversíveis aos tecidos e órgãos e pode levar à morte prematura.2,3
  • A incidência de morte em pacientes com Lúpus que têm menos de 40 anos é 10 vezes maior do que a população em geral.4
  • O Lúpus está relacionado à predisposição genética e pode ser desencadeado por fatores hormonais e ambientais, tais como: luz solar, infecções e alguns medicamentos.5,6
  • A doença pode ser classificada de 3 formas. O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), no qual um ou mais órgãos internos são acometidos, o Lúpus Cutâneo, que é restrito à pele e o Lúpus Induzido por Drogas, que surge após a administração de medicamentos, podendo haver comprometimento cutâneo e de outros órgãos – há melhora com a retirada do medicamento que desencadeou o quadro.5,7
  • O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é a forma mais séria da doença e também a mais comum afetando aproximadamente 70% dos pacientes com lúpus.8
  • Ele afeta principalmente as mulheres, sendo 9 em 10 pacientes, com risco mais elevado de início de LES durante a idade fértil.9
  • Sintomas desencadeados pela doença, como dores nas articulações, podem impedir atividades simples, como a prática de atividades físicas, e também a rotina de trabalho, com isso, mais de 50% dos pacientes param de trabalhar em até 15 anos após o diagnóstico de Lúpus.6,10,11
  • Não há cura para a doença, mas é possível controlar e conviver com ela com o acompanhamento médico regular.5,12

Incidência e Prevalência:
  • Globalmente o Lúpus afeta aproximadamente 40 pessoas a cada 100.000 habitantes.13
  • No Brasil, estima-se uma prevalência de 98 casos para cada 100.000 brasileiros, sendo aproximadamente 200 mil casos de Lúpus no país.1


Sintomas mais frequentes do LES:

O LES pode afetar qualquer órgão do corpo e os sintomas podem variar muito em termos de gravidade e de intensidade. Alguns dos sintomas mais comuns incluem: Fadiga debilitante, febre baixa, perda de apetite, queda de cabelo, inflamação nas articulações - sendo esta observada em mais de 90% dos pacientes. As lesões de pele mais características são manchas avermelhadas no rosto, conhecidas como “lesões em asa de borboleta”. Podem ocorrer ainda manifestações em outros órgãos como rins, pulmão, coração e cérebro.2,14


Diagnóstico:

O Lúpus é diagnosticado através da presença de um conjunto de sinais e sintomas e alterações em exames. O diagnóstico prematuro de LES é difícil devido aos sintomas não-específicos, como mal-estar, dor nas articulações ou fadiga. Os sinais externos da doença podem ser poucos.2,6

Tratamento:

Deve ser individualizado para cada paciente, dependendo das manifestações apresentadas. O médico reumatologista determinará o tratamento mais adequado, sendo que os objetivos incluem: reduzir a atividade da doença, tratar os sintomas e crises, reduzir os danos a órgãos. Um dos grandes desafios dos médicos é fazer um equilíbrio entre o tratamento dos sintomas e a minimização dos eventos adversos causados pelas medicações comumente utilizadas.6,11


 GSK

Mês de maio é dedicado a prevenção do câncer cerebral, décimo tipo mais frequente entre os brasileiros


 Shutterstock
Médica oncologista fala sobre a doença, causas, diagnóstico e possíveis tratamentos

Maio é o mês da prevenção e combate ao câncer de cérebro, tipo, que segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), deve atingir mais de 11 mil pessoas só neste ano. Ainda de acordo com a entidade, o câncer cerebral é o décimo mais comum entre os brasileiros, de ambos os sexos. Mas, a mortalidade entre as mulheres é maior, representando 4,5% dos óbitos por câncer (sétima posição). Enquanto os homens somam 4,3%.

Francis de Oliveira, médica oncologista clínica da Aliança Instituto de Oncologia explica que a enfermidade apresenta sintomas muito comuns, como a dor de cabeça. De acordo com ela, os indícios aparecem de acordo com o crescimento do tumor, que pode comprimir e/ou infiltrar as estruturas ao redor. A médica pontua os mais específicos: convulsões, náuseas ou vômitos, alterações visuais, alterações cognitivas (compreensão e entendimento), alterações na fala, fraqueza ou dormência em algum membro, como o braço ou a perna, e ainda alterações no nível de consciência.

"É importante saber que a presença desses sintomas também pode estar associada à outra doença. Uma avaliação mais precisa do seu médico e da condição clínica do paciente irá determinar o diagnóstico bem como a análise sistemática dos exames", pondera.


Tipos da doença

A especialista acrescenta que o câncer de cérebro pode ser primário ou secundário. "Quando o câncer é originado das células do cérebro, o tumor é primário. Quando é originado de células tumorais de outro órgão que acomete o cérebro por disseminação hematogênica, o tumor é secundário", ressalta.
Segundo a médica este é o tipo mais comum, mais conhecido como metástase cerebral. "Os cânceres que mais metastizam são mama, pulmão, melanoma e rim", aponta.


Causas, diagnóstico e tratamento

Dra. Francis pontua que as causas do aparecimento do câncer de cérebro ainda são pouco conhecidas, porém, há alguns fatores de risco já reconhecidos e que não podem ser descartados. "A exposição à radioterapia local prolongada, exposições de categorias ocupacionais como trabalho em indústrias petroquímicas e lavradores, traumatismos, infecções virais (EBV) e síndromes hereditárias específicas (neurofibromatoses, Síndrome de Li-Fraumeni, Síndrome de Von Hippel-Lindau)", cita a médica.

De acordo com ela, existem estudos inconclusivos sobre a exposição à radiofrequência como telefonia móvel e outros meios de telecomunicações que podem contribuir para o risco de desenvolvimento de câncer cerebral. "O Câncer cerebral tem um tempo de crescimento variável, podendo ser avaliado em dias e até anos. E o diagnóstico precoce ajuda muito no tratamento", comenta.

A médica destaca que esse tipo de câncer é descoberto através da avaliação clínica/neurológica, realização de exames de imagem como tomografia computadorizada do crânio e ressonância magnética do crânio. "O diagnóstico definitivo é confirmado pelo patologista através do exame histopatológico (exame do material do tumor coletado pelo neurocirurgião) e exame de imuno-histoquímico", diz a Dra Francis.

Já o tratamento do câncer de cérebro pode ser realizado com cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A recuperação pode variar de acordo de cada paciente e da situação em específico. O prognóstico varia consideravelmente de acordo com o tipo do tumor e da disseminação (infiltração local) no momento do diagnóstico e a sobrevida em cinco anos depende principalmente do tipo histológico.

"Sabe-se que o câncer em geral modifica muito a vida do paciente, principalmente quando acomete o cérebro, porque esta alteração com o físico na maioria das vezes o paciente fica dependente da família, além do emocional e social", finaliza.

Saiba quais são os sintomas e as cinco principais causas do lúpus



 O dia 10 de maio é lembrado como o Dia Mundial do Lúpus para alertar sobre a doença



Mais comum nas mulheres, lúpus é uma doença inflamatória autoimune que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro. Em casos mais graves, se não tratada adequadamente, pode até causar a morte.  E para lembrar da importância de estar alerta para os sintomas e do tratamento adequado, é que o próximo dia 10 de maio é considerado o Dia Mundial do Lúpus. Conforme a reumatologista e presidente da Sociedade Catarinense de Reumatologia (SCR), Mara Suzana Cerentini Loreto, a doença tem um nítido predomínio em mulheres.  “A incidência em mulheres é mais alta entre os 20 e 40 anos de idade, quando a proporção é 10 mulheres para 1 homem. Nas demais faixas etárias de idade, o lúpus predomina em média em cada 3 mulheres para 1 homem”, explica Mara.

A reumatologista e vice-presidente da SCR, Adriana Fontes Zimmermann, que atua em Florianópolis, diz que em resumo, no paciente com lúpus o sistema imunológico produz anticorpos contra seus próprios constituintes, que passam a atacar os diversos tecidos do organismo. “Assim como nas demais condições reumatológicas, no lúpus também é fundamental o diagnóstico precoce e o tratamento correto. Este visa controlar a atividade da doença e seus sintomas, reduzindo o risco de progressão e de dano permanente à saúde do paciente”, complementa a reumatologista Adriana Zimmermann.

 
Fique atento aos sintomas:

- Dores nas articulações

- Febre

- Fadiga

- Aftas na boca e nariz

- Lesões na pele quando exposta ao sol, mesmo que por pouco tempo

- Queda de cabelo excessiva

- Manchas avermelhadas, especialmente no rosto (formato de asa de borboleta) que pioram com exposição solar

- Ínguas

- Anemia grave


Conheça os cinco principais fatores de risco que podem desencadear lúpus em pessoas geneticamente predispostas:

- Tabagismo

- Exposição à luz ultravioleta (luz do sol nos horários de maior radiação UVA/UVB)

- Infecções virais como Epstein-Barr (mononucleose) e Citomegalovírus

- Uso de alguns medicamentos como hidralazina, procainamida, isoniazida

- Estresse emocional contínuo e/ou muito intenso

A reumatologista Mara Suzana Cerenti Loreto ainda destaca que o tratamento é feito com medicamentos aliados à prática de hábitos saudáveis. O número no Brasil é de 9 casos a cada 100 mil habitantes. “É sempre bom ficar de olho nos sinais e procurar um profissional o mais rápido possível para que os sintomas não prejudiquem e comprometam a qualidade de vida”. 


Plano Nacional de Demências em fase de desenvolvimento


Demência é a perda progressiva das capacidades cognitivas, como memória, atenção e aprendizagem. Na prática, é um conjunto de sintomas que afetam diretamente a qualidade de vida da pessoa, levando à perda da independência na realização das atividades diárias.  

Mais recorrente em idosos, essa condição de perda da função cerebral tem repercussões profundas sobre o indivíduo doente, seus familiares, cuidadores e sociedade. Com prejuízos de ordem física, psicológica e financeira, sua conscientização deve ser encarada como prioridade de saúde pública. 

Atualmente, o número de pessoas vivendo com demências no mundo é de aproximadamente 35,6 milhões, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, à medida em que a população mundial envelhece, espera-se que esse número dobre até 2030 e mais do que triplique em 2050.

Estima-se que, hoje, o custo anual destinado à demência seja de US$ 818 bilhões, o equivalente a mais de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Tal valor inclui custos médicos diretos, assistência social e cuidados informais. Entretanto, com as taxas de natalidade decadentes e os índices de longevidade atingindo níveis cada vez mais altos, esse valor tende a ser cada vez mais significativo. 

Dessa forma, países de sociedade mais envelhecida, como Portugal, Reino Unido, França, Alemanha e Noruega, já possuem um Plano Nacional de Demências, que visa ao desenvolvimento, por parte do governo, de estratégias para conter o impacto provocado por elas, bem como ao aumento da conscientização da população.  

Para Paulo Bertolucci, chefe do setor de Neurologia do Comportamento e professor titular da disciplina de Neurologia da Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), o Brasil já se encontra atrasado nesse processo. 

“Organizar um Plano Nacional de Demências para o Brasil trata-se de uma necessidade imediata. Precisamos encarar essa problemática. Caso contrário, iremos vivenciar a falência do sistema público de saúde, pois estamos falando de patologias de longa duração”, afirma Bertolucci. 

E acrescenta: “Essas doenças implicam um cuidador, seja um profissional contratado ou um parente que precisou parar de trabalhar. Alguém vai ter que arcar com esses custos”.  

No momento, o Plano brasileiro, que teve suas discussões iniciadas em outubro de 2015, durante o 8o Congresso Pan-americano de Alzheimer, no Rio de Janeiro (RJ), ainda está sendo redigido. Leonardo Cruz de Souza, neurologista e coordenador do DC de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da ABN, afirma tratar-se de um debate extenso e complexo que envolve representantes da Academia, da área da saúde, além de outros órgãos de classe, e da sociedade civil.

 “A intenção é que seja desenvolvido da maneira mais democrática possível para todos”, explica o neurologista. “Para um Plano Nacional de sucesso, deve ser debatida a formação de recursos humanos e financeiros. Precisamos prever diagnóstico, tratamento, questões jurídicas e adaptação da cidade, entre outros fatores. Além disso, o ideal é que estudantes e residentes de Medicina tenham aulas que contemplem essas pautas desde cedo”, pondera. 

Quanto à importância dessa discussão, Cruz de Souza acrescenta: “O número de idosos tem crescido exponencialmente. É primordial que nos preparemos em questões de saúde pública e também financeiras para isso. Temos de aprender a sustentar essa nova economia”. 



Jerusa Smid - vice-coordenadora do DC de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da ABN, tem papel fundamental nessa conversa. “Defendemos e esperamos que o Plano Nacional de Demências seja finalizado e implementado no Brasil em breve. Dessa forma, participamos das discussões que envolvem o assunto e promovemos o debate durante congressos e encontros da Academia”, pondera Jerusa. E conclui: “Traçar estratégias de prevenção primária e de atendimento dos casos desde o nível básico até o nível terciário do sistema de saúde é primordial para resultados efetivos do Plano. Assim como medidas de convivência social, acesso facilitado ao tratamento e criação de instituições de longa permanência para pacientes que não têm onde ficar”.  

Síndrome do esgotamento profissional acomete 26% dos médicos no Brasil


Ronaldo Gismondi, Doutor em Medicina pela UERJ e médico conteudista da startup de saúde PEBMED, comenta pesquisa norte-americana que apurou o quanto Burnout e Depressão são cada vez mais comuns na classe médica


Altas demandas de trabalho, estresse, ansiedade, dificuldades para dormir e exaustão, são alguns dos sintomas de uma enfermidade que está cada vez mais presente na vida dos brasileiros: a síndrome de Burnout. Diagnosticada por meio de um esgotamento físico e mental, a doença acomete profissionais, em sua maioria com uma rotina muito intensa de trabalho. Entre professores, psicólogos, assistentes sociais e policiais, os mais afetados pela síndrome são os médicos.

De acordo com o mais recente relatório do Medscape sobre Burnout no Brasil, cerca de 26% dos médicos afirmam sofrer da doença e outros 11% relatam ter tanto burnout como depressão. O levantamento foi realizado de forma online e anônima com 1.838 profissionais de medicina, de 38 especialidades diferentes em 2018.

O efeito da síndrome na rotina de trabalho destes médicos é um ponto relevante e que levanta preocupação - uma vez que - são responsáveis pela tomada de decisão clínica em diagnósticos e circunstâncias complexas. A pesquisa aponta que 34% dos profissionais admitem ser menos cuidadosos com as anotações dos pacientes, já 33% afirmam ser menos engajados em escutar e responder de maneira atenta.

A pesquisa, entretanto, revela que 49% dos médicos entrevistados não procuram ajuda, por considerar que os sintomas não são suficientemente graves.

Dicas de como identificar e lidar com a síndrome

·         Não deixe para lá: a pessoa começa a apresentar os sintomas, mas acredita que seja temporário, até que o esgotamento chega;

·         A exaustão emocional traz adversidades ao dia-a-dia: queda de produtividade e problemas com memória, além da perda de motivação e falta da sensação de "realização";

·         Separe um tempo para 'recarregar as baterias': não será um tempo perdido, mas sim um investimento para que o seu rendimento melhore;

·         Mexa-se: procure atividades que você goste muito ou uma terapia profissional, isso ajuda a melhorar o estresse.

O médico ainda reforça que caso os sintomas permaneçam, o ideal é procurar ajuda profissional, pois pode ser necessário fazer uso de medicações até que o quadro se estabilize. O relatório registrou que dentre os motivos pelos quais o número de casos de Burnout aumentou, estão: baixa remuneração, carga horária excessiva e desrespeito por parte de chefes e empregados.





Ronaldo Gismondi - Doutor em Medicina pela UERJ e médico conteudista da startup de saúde PEBMED

QUATRO MENTIRAS E UMA VERDADE SOBRE A INSULINA



1. A aplicação de insulina causa dependência ou pode ser viciante.

MENTIRA.

A aplicação da insulina não causa nenhum tipo de dependência química ou psíquica. Todos nós precisamos do hormônio insulina, produzido naturalmente pelo pâncreas para metabolizar o açúcar no sangue, tornando-o fonte de energia. Quando há disfunção nessa produção, o paciente é diagnosticado com diabetes e, em determinados casos, há necessidade de reposição com aplicações diárias injetáveis do hormônio.

Aqueles que são diagnosticados com diabetes tipo 1 são insulino-dependentes, mas não pela aplicação causar dependência, e sim pelo fato de produzirem pouca ou nenhuma insulina.  


2. Passar a ter que aplicar a insulina é culpa do paciente, que falhou no controle da glicemia. 

MENTIRA.

O paciente diagnosticado com diabetes tipo 1 faz uso da insulina diariamente. Já o paciente com diabetes tipo 2 passa a fazer uso das injeções quando os ajustes na alimentação e os medicamentos antidiabéticos passar a não ser suficientes para controlar o nível de açúcar no sangue. A doença é progressiva e o paciente não deve se sentir culpado por ter a necessidade de utilizar a insulina.    


3. As injeções para aplicação de insulina são muito dolorosas.

MENTIRA.

O paciente não precisa ter medo de aplicar as injeções de insulina. As agulhas são muito pequenas e finas e, por isso, a aplicação não é dolorosa, causando apenas um incômodo.


4. Quem está aplicando insulina não deve consumir bebidas alcoólicas.

MENTIRA.

O consumo de bebidas alcóolicas é permitido para pacientes diagnosticados com diabetes, sejam aqueles em uso de insulina ou não, de maneira moderada e junto a uma refeição, para que não haja desequilíbrio na taxa de glicose no sangue e evitando a possibilidade de uma hipoglicemia. É importante que o paciente esteja atento também ao tipo de bebida que está consumindo. As destiladas, por não serem feitas à base de carboidratos, tem baixo índice glicêmico. Já as bebidas fermentadas, à base de glicose ou muito doces, possuem alto teor glicêmico.


5. Existe a hora certa para aplicar a insulina.   

VERDADE.

Existem quatro tipos de insulina que se diferenciam pelo seu tempo de ação e justamente pelo momento em que devem ser aplicadas.

As de ação lenta ou prolongada mantém sua quantidade constante no sangue durante cerca de 24 horas e por isso devem ser tomadas apenas uma vez ao dia. Entre elas estão as do tipo Glargina, que são semelhantes a insulina humana e produzidas a partir de DNA recombinante, durando mais de 30 horas.
As de ação intermediária agem por cerca de metade do dia, entre 12 e 18 horas, e devem ser usadas de duas a três vezes diariamente. Aquelas que possuem ação rápida devem ser aplicadas 30 minutos antes das refeições, três vezes ao dia, auxiliando na manutenção dos níveis de glicose logo após a alimentação. Já as de ação ultrarrápida têm efeito imediato e precisam ser tomadas imediatamente antes de comer ou logo após, a depender do caso.  

Câncer: consumo de cigarro light, eletrônico ou narguilé também são responsáveis pela doença


 Consumo de tabaco pode ampliar cerca de 20 vezes o risco do surgimento do câncer de pulmão e de quatro a dez vezes mais chances de desenvolver ao menos 12 tipos de câncer


Com mais de 21 milhões de fumantes no Brasil, o tabagismo é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar de muitas pesquisas levantarem os maleficios causados pelos cigarros tradicionais, as alternativas como os cigarros light, eletrônico ou narguiles também poddem ser prejudiciais à saúde.


Cigarro light

Cientistas da Ohio State University, nos Estados Unidos, apontaram que o cigarro do tipo light pode ser a razão do aumento de um câncer chamado adenocarcinoma pulmonar, muito comum entre fumantes, bastante agressivo e de difícil remoção cirúrgica. Durante o estudo, os pesquisadores perceberam que o consumo excessivo desses cigarros pode estar diretamente ligado ao aumento dos casos nos últimos 50 anos.

Isso porque os cigarros do tipo light foram desenvolvidos com filtros minúsculos. Os furos de ventilação do filtro permitem que os fumantes inalem mais fumaça, responsável por aumentar os níveis de produtos químicos e outras toxinas no organismo. Considerada uma opção menos agressiva que os demais cigarros comercializados no mercado, hoje essa ideia já é contestada por toda a comunidade médica.

Segundo a oncologista Dra. Mariana Laloni, do Centro Paulista de Oncologia (CPO), unidade paulista do Grupo Oncoclínicas, existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. "O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes", comenta.


Cigarro eletrônico


Um estudo publicado esta semana na revista científica Thorax, realizado pela Universidade de Birmingham, revelou que o vapor inalado através do cigarro eletrônico pode debilitar as células que protegem os tecidos pulmonares. Os macrófagos alveolares – importantes células que promovem o controle de elementos estranhos no corpo – que foram expostos ao vapor apresentaram danos maiores em relação à exposição apenas ao líquido do dispositivo.

Essa não foi a primeira pesquisa que evidenciou os perigos do cigarro eletrônico. Outro estudo elaborado por pesquisadores da faculdade de medicina da Universidade de Nova York relacionou o uso do o cigarro eletrônico ao aumento do risco de câncer e doenças cardíacas.

A Dra. Mariana Laloni conta que, apesar de conter menos substâncias cancerígenas que os cigarros convencionais, o cigarro eletrônico, principalmente após o uso prolongado, ainda apresenta riscos e não deve ser considerado uma opção segura.


Narguilé

O Narguilé é um cachimbo que traz um fumo feito de tabaco, melaço e frutas ou aromatizantes. Por conter água e um mecanismo de filtragem, difundiu-se a ideia de que o seu consumo pode ser menos prejudicial à saúde, mas na realidade, ele pode ser tão ruim quanto os cigarros tradicionais.

De acordo com uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma sessão de narguilé, que dura em média de 20 a 80 minutos, equivale a fumar cerca de cem cigarros.

A oncologista ainda afirma que as outras formas de consumo de tabaco (como narguilé, charuto, cachimbo e cigarros eletrônicos) são responsáveis por ampliarem em cerca de 20 vezes o risco de surgimento do câncer de pulmão e de quatro a dez vezes mais chances de desenvolver ao menos 13 outros tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia.





Grupo Oncoclínicas

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