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terça-feira, 7 de maio de 2019

Outono piora doença na córnea


 Agravamento é causado por doenças respiratórias que atingem metade dos portadores e pelo ressecamento da lágrima. Saiba como prevenir.


O acúmulo de poluentes e a baixa umidade do ar aumentam em 30% as doenças respiratórias no outono e inverno segundo a OMS  (Organização Mundial da Saúde). De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier a primeira reação ocular provocada por estas alterações climáticas é o ressecamento da lágrima que atinge 12% da população. Quem tem ceratocone sofre mais. Um levantamento feito por Queiroz Neto com 315 portadores mostra que 24% têm olho seco, ou seja, o dobro do restante dos brasileiros.  “No País, são cerca de 100 mil pessoas com esta doença que faz a córnea tomar o formato de um cone e responde por 70% dos transplantes”, comenta. Os problemas para os ceratocônicos não param por aí. O levantamento do especialista também revela que metade deles têm asma, bronquite ou rinite, importantes gatilhos para a conjuntivite alérgica.


Grupos de risco

O ceratocone geralmente aparece na adolescência, mas pode surgir na infância especialmente entre crianças com alergia atópica, síndrome de Down ou asma. De todas as doenças respiratórias a asma é a mais frequente no Brasil com uma prevalência de 20% entre nossas crianças, segundo o relatório do Global Asthma Report que reúne pesquisadores do mundo todo que acompanham a evolução da  doença.


Sintomas

Queiroz Neto afirma que tanto o olho seco como a conjuntivite alérgica provocam embaçamento da visão, vermelhidão e coceira nos olhos. A conjuntivite alérgica se diferencia pelo inchaço das pálpebras e secreção viscosa. “Ninguém deve coçar os olhos. Isso porque, a córnea é uma lente frontal do olho composta principalmente por colágeno. Esfregar os olhos enfraquece estas fibras e deforma o formato da córnea, levando ao astigmatismo ou ao agravamento do ceratocone”, explica.

Os sintomas do ceratocone são a visão desfocada para perto e longe que pode ser confundido com astigmatismo,  a troca frequente do grau dos óculos ou lentes de contato, enxergar halos noturnos, fotofobia, aumento da fadiga ocular e olhos frequentemente irritados.

A dica do oftalmologista é ao primeiro sinal de coceira aplicar nos olhos compressas frias. Podem ser feitas com gaze embebida em água filtrada.  Se o desconforto não desaparecer em até dois dias é necessário consultar um oftalmologista.


Tratamentos – Olho seco

O tratamento do olho seco depende do diagnóstico preciso de qual camada da lágrima entrou em desequilíbrio, afirma. Hoje existe uma tecnologia que permite visualizar as camadas da lágrima para indicar um colírio lubrificante com substâncias ativas para diferentes disfunções.  “Severa redução da camada oleosa da lágrima, comum em algumas mulheres após a menopausa, pode demandar a suplementação com ômega 3. Por isso, correr até a farmácia para comprar um colírio lubrificante pode até piorar o desconforto do olho seco, principalmente nas fórmulas com conservantes que irritam a mucosa ocular”, esclarece.


Conjuntivite alérgica

Já a terapia para conjuntivite alérgica depende da gravidade. “Colírios anti-histamínicos são indicados para alergias mais leves. Nos casos mais severos o ideal são os colírios com corticóide que por terem ação mais potente fazem muitos alérgicos acreditar que são a melhor solução. Ledo engano. “Usar corticóide indiscriminadamente causa glaucoma, doença que impõe o uso contínuo de colírio antiglaucomatoso por toda a vida”, argumenta.


Ceratocone

A única terapia que interrompe a progressão do ceratocone é o crosslink, uma cirurgia que associa riboflavina (vitamina B2 ) e radiação UV (ultravioleta) para aumentar a resistência da córnea, explica. Nas córneas muito finas o crosslink é contraindicada, adverte. Neste caso, as  alternativas para evitar o transplante são o implante de um anel que aplana a córnea ou o uso de lentes esclerais que se apoiarem na esclera.


Prevenção

As dicas de Queiroz Neto para proteger seus olhos no outono são:


Evite plantas, flores e animais com pelo dentro de casa.
Mantenha os ambientes arejados e livres de pó.
Livre-se dos travesseiros de pena e objetos de decoração que acumulam pó.
Substitua a vassoura por aspirador de pó e o espanador por panos úmidos.
Não esfregue ou coçar os olhos.
Forre almofadas e colchões com capas impermeáveis.
Atenção ao consumo de água para hidratar o corpo todo, inclusive os olhos.
Usar óculos com proteção UV nas atividades externas


Misofonia??!!


Será que você tem ou conhece alguém que sofre com isso?



Para comemorar a  Semana Estadual de Conscientização sobre Misofonia,  Dra. Tanit Ganz Sanches - Otorrinolaringologista - dá dicas e  informações úteis para  auxiliar  e divulgar este tema que é muito pouco conhecido e divulgado.

O que é Misofonia e o que ela provoca?

A Misofonia, ou Síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons, é a aversão a sons bem específicos, de volume baixo e repetitivos. Ela representa um problema novo, que só recebeu nome no ano 2000. Os sintomas começam na infância ou na adolescência. Como os pais não entendem, esses jovens são considerados anti-sociais, chatos e ranzinzas. Isso parece frescura, mas não é!


Misofonia provoca nas pessoas:

1)  uma reação emocional negativa (raiva, ódio, irritabilidade, nojo) que é forte, rápida, incontrolável e desproporcional quando esses sons estão presentes. Ex: sons feitos com a boca (mastigar e deglutir alimentos, mascar chiclete, tossir, pigarrear, estalar lábios, assoviar, tomar sopa), com o nariz (respiração ruidosa ou ofegante, soar o nariz, roncar), e com as mãos e os pés (digitar, clicar caneta, usar talheres, tamborilar, mexer chaves, abrir papel de bala/pipoca, arrastar chinelo, andar de salto alto). Algumas vezes, latidos, miados e pios também incomodam bastante.

2) dificuldade de relacionamento familiar, profissional e social, que resultam em isolamento da pessoa.


A Misofonia faz parte da quadrilha do ouvido!



Um lado interessante da Misofonia, que é a aversão a sons baixos e repetitivos, é que ela faz parte da QUADRILHA do ouvido, ou seja, ela raramente aparece sozinha. Conheça esses acompanhantes:

- hiperacusia: é o incômodo com o VOLUME dos sons (ex: TV, música, vozes etc). 

- fonofobia: é o MEDO de se expor a sons porque se podem prejudicar os ouvidos.
- zumbido: é o som do SILÊNCIO, que algumas pessoas percebem antes de dormir ou 
o dia todo.

Nossa pesquisa de 2016 mostrou que as pessoas com Misofonia também apresentaram, na opinião delas, os seguintes problemas (em ordem decrescente): ansiedade, zumbido, transtorno obsessivo compulsivo, hiperacusia e perda auditiva.

Existe uma tendência de rotular a Misofonia como um problema psiquiatrico, mas nós discordamos por causa da QUADRILHA DO OUVIDO.


A Misofonia é genética?

Conhecemos uma família interessantíssima para pensar sobre a hereditariedade da Misofonia!

Durante a consulta médica, uma paciente com misofonia me contou que as 3 irmãs tinham o mesmo incômodo com sons. Para nossa surpresa, quando as contatamos para nossa pesquisa de 2015, elas também indicaram outros familiares. No total, obtivemos informações de 15 pessoas dessa família, distribuídos em 3 gerações,  que tinham sintomas parecidos de aversão a sons!
Vejam a árvore genealógica da família nas 3 gerações (quadrados = homens, círculos = mulheres, pretos = com msofonia, brancos = sem misofonia)



A idade atual dos familiares com Misofonia varia de 9 a 73 anos (média 38.3) e 10 são mulheres (66.6%).  Quase todos começaram os sintomas na infância ou na adolescência.

Então, ela é ou não é hereditária? Conhecer essa família nos ajudou muito a entender que a misofonia pode ser genética, sim, mas novas pesquisa são necessárias porque ainda não dá para descartar que ela pode ser “aprendida” pela convivência dos filhos com os pais afetados.

Portanto, precisamos prestar mais atenção aos jovens de nossas vidas, sejam eles nossos filhos, netos, sobrinhos ou alunos!


A Misofonia “rouba” a atenção seletiva!

Já falamos que a Misofonia é a aversão a determinados sons de volume baixo e repetitivos.

Há anos nós nos perguntamos POR QUE esses sons baixos incomodam, e não os altos, como as músicas de shows e baladas, as buzinas do trânsito ou as vozes nas praças de alimentação?

Vários pacientes responderam que esses sons:

- parecem FALTA DE EDUCAÇÃO, por isso eles nunca fariam isso: esse pensamento combina com a RAIVA sentida ao ouvir os sons de mastigar de boca aberta, de fazer barulho quando toma sopa, de vizinha andando de salto alto etc

- provocam NOJO: isso combina especialmente com os sons de soar o nariz, tossir e pigarrear

- roubam a atenção quando eles precisam se concentrar: para checar isso, pesquisamos alguns voluntários em 2016/2017 para avaliar a ATENÇÃO SELETIVA deles em silêncio e durante o som de mastigação de maçã. 

Participaram 40 pessoas (10 com Misofonia, 10 com Zumbido e 20 sem misofonia e sem zumbido). No teste de atenção feito no silêncio, os 3 grupos tiveram resultados semelhantes. No teste feito com a adição do som da mastigação, as pessoas com misofonia tiveram uma porcentagem de acertos BEM MENOR do que as dos outros 2 grupos. Algumas delas até se sentiram mal, com taquicardia e sudorese ao ouvir o som.

Assim, concluímos que os motivos da seletividade dos sons que incomodam são variados e que existe um prejuízo importante da atenção em pessoas com misofonia quando esses sons aparecem.

Por isso, precisamos ter mais empatia com essas pessoas e monitorar os sons desnecessários que nós mesmos fazemos!


O que acontece nos ouvidos e no cérebro de quem tem Misofonia?

Todos os sons que nós ouvimos são conduzidos até o cérebro para serem analisados e entendidos. Eles passam por várias estações até chegarem no córtex auditivo, que é a região final desse caminho.

Como a Misofonia é um problema descoberto recentemente, várias pesquisas estão sendo feitas para mais descobertas. Por enquanto, sabe-se que nas pessoas com Misofonia, duas áreas cerebrais estão mais ativadas durante a passagem dos sons que são feitos com a boca, nariz, mãos e pés (listados no Post 1 desta série). São elas:

1)  o sistema límbido, que é o centro das emoções e fica entre o meio e a lateral do cérebro

2)  o córtex pré-frontal, que é o centro da atenção e fica na parte da frente do cérebro

Assim, essas conexões cerebrais SUPER ATIVADAS podem provocar o reflexo imediato da reação negativa forte e desproporcional com esses sons, além de fazer com que eles não consigam se concentrar naquilo que precisam fazer porque prestam mais atenção aos sons que são irrelevantes e não conseguem ignorá-los como as outras pessoas conseguem.


A Misofonia e as principais linhas de tratamento

Como já reforçamos, a Misofonia é um problema descoberto recentemente e muitas pesquisas ainda precisam ser feitas. Até o momento, as principais linhas de tratamento realizadas são:
1) estimulação sonora, em geral c
om sons baixos, leves e estáveis que podem mudar aquela super ativação do centro das emoções (sistema límbico) e do centro da atenção (córtex pré-frontal), como explicado no Post 5/7.

2) medicamentos: como a Misofonia faz parte da quadrilha do ouvido, nós, otorrinolaringologistas, estamos observando o efeito de alguns medicamentos que são usados para zumbido e hiperacusia, que são dois outros sintomas concomitantes que envolvem ouvidos e cérebro. Alguns psiquiatras usam medicamentos para os sintomas coadjuvantes como ansiedade, fobia e transtorno obsessivo-compulsivo.

3) mudanças comportamentais: podem ser feitas por meio de terapia cognitiva comportamental, aliada ou não ao neurofeedback (técnica de treinamento e monitoração da atenção) e à meditação.

A Ciência e a prática clínica estão sempre avançando, por isso precisamos adotar as técnicas de tratamento que já estão disponíveis atualmente, mesmo que elas ainda não sejam capazes de melhorar 100% das pessoas. Tentar sempre vale a pena e é melhor do que não fazer nada, certo?! 

O que há de esperança para quem tem Misofonia?

Há anos nós estudamos pessoas com sintomas pouco valorizados pela Medicina, como Misofonia, Zumbido e Hiperacusia. Ver pessoas que sofrem e não sabem o que fazer nem onde procurar ajuda mexe com a gente! Por isso criamos algumas medidas que podem ser feitas por todos, independente de morar perto ou longe de um centro avançado.

Uma de nossas iniciativas foi o SOS MISOFONIA, que é uma maneira anônima, simples e elegante de avisar as pessoas ao seu redor que os sons que elas produzem podem ser irritantes. Quem envia o email fica anônimo, escolhe os sons que o incomodam e que gostaria que as pessoas soubessem. Quem recebe o email vai ler várias informações sobre misofonia, incluindo os sons que foram escolhidos por quem enviou. Veja o link http://misofonia.com.br/misofonia-2/ e use à vontade para ajudar as pessoas a entenderem melhor esse problema.

Também criamos o Novembro Laranja em 2006, que é uma campanha inicialmente direcionada apenas para o zumbido, mas que abraçou a Misofonia em 2017 para ajudar a divulgar essa quadrilha do ouvido!

Outras ações louváveis foram realizadas por pessoas que sofrem com Misofonia e estão ajudando milhares de pessoas. São elas: 

1) o grupo Misofonia em Português que já conta com mais de 4000 pessoas (
https://www.facebook.com/groups/misofoniapt/

2) a recém criada Associação Virtual Brasileira de Misofonia, que também está empenhadíssima em divulgar o assunto e buscar soluções.

3) o Instituto Ganz Sanches criou o canal TV Misofonia: https://www.youtube.com/channel/UCfiMR1TpWHBrnoMnY5AjKYg

Com o passar do tempo, temos CERTEZA de que a Misofonia será um problema mais conhecido, mais investigado e tratado com mais sucesso. Que venha o futuro!
  

Profa  Dra. Tanit Ganz Sanchez - Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela USP, Fundadora e Diretora do Instituto Ganz Sanchez, criadora da Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido (Novembro Laranja), do Grupo de Apoio Nacional a pessoas com Zumbido, da TV Zumbido e do curso online ABC...z do Zumbido. Assumiu a missão de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias. É especialista em Zumbido, Hiperacusia, Misofonia e Distúrbios do Sono.

Dia Mundial da Asma tem como tema principal desse ano STOP for Asthma


Campanha aborda os principais procedimentos para um tratamento correto e mais eficiente


Na primeira semana de maio, mais precisamente dia 07, o calendário marca o Dia Mundial da Asma, uma ação feita pela organização Iniciativa Global Contra a Asma (GINA) e que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a doença. Todos os anos, eles escolhem um tema específico e preparam materiais para serem distribuídos na primeira terça-feira do mês.

Este ano, o tema definido é STOP for Ashtma – Symptom Evaluation (Avaliação de Sintomas), Test Response (Resultados de teste), Observe and assess (Observar e Avaliar) e Proceed to adjustment treatment (Prossiga para o ajuste de tratamento). A asma é uma das doenças respiratórias mais comuns do mundo e suas principais características e sintomas são dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito e respiração curta e rápida.

Em 2017, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ela atingiu 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos. O pneumologista Osmar Moretto, médico referência do dr.consulta, revela algumas atitudes que melhoram a qualidade de vida de pessoas asmáticas. “Apesar de o exercício ser um gatilho para crises de asma, o paciente com a doença bem controlada não deve ter problemas ao realizar atividades físicas e tendo ainda benefícios a longo prazo sobre a sensação de falta de ar e sobre o controle das comorbidades e do sobrepeso”.

Os sintomas podem piorar à noite por vários fatores, entre os quais os níveis mais baixos de corticoesteróides endógenos e exposições ambientais. As crises graves têm como causa mais comum infecções virais ou bacterianas. Em geral, pacientes asmáticos precisam de um tratamento feito com corticoesteróides inalatórios, isoladamente ou associados a broncodilatadores de longa ação.

As pessoas asmáticas devem estar atentas ao uso das medicações, pois se feito de maneira incorreta, pode prejudicar bastante o organismo. “Muito raramente o paciente que usa as medicações de controle adequadamente e trata as doenças associadas à asma não atingem um bom nível de qualidade de vida. Outro fator que deve ser definitivamente evitado é o tabagismo. Deve-se também evitar a exposição a alérgenos, ressaltando-se o mofo”, finaliza o médico.




Maio roxo alerta para cuidados com as doenças inflamatórias intestinais




Campanhas conscientizam sobre problema que pode ser diagnosticado em qualquer idade e afeta a qualidade de vida e convivo social




Maio chegou e veio acompanhado da cor roxa para alertar a sociedade sobre as doenças inflamatórias intestinais (DII’s). Ainda que pouco conhecidas, elas afetam a qualidade de vida e interferem também na convivência familiar e social.

Para reforçar a atenção ao tema, foi criada uma campanha idealizada pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), para conscientizar sobre o problema que pode ser diagnosticado em qualquer idade.

A retocolite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC) são as principais enfermidades do intestino. Apesar de não terem cura, o tratamento adequado pode impactar positivamente  na qualidade de vida dos pacientes, diminuindo o índice de complicações. Além do intestino, as inflamações também podem afetar outros órgãos, causando problemas oculares, articulares, de pele, aftas orais, de vias biliares e fígado.

A massoterapeuta Mara Munhoz descobriu uma doença inflamatória intestinal em 1990 e fez uso da alopatia (tratamento com uso de medicamentos), passando para a medicina alternativa como forma de tratamento. “Lembro que precisava importar um remédio dos Estados Unidos. Como era muito trabalhoso, acabei indo atrás de outras alternativas, como acupuntura, fitoterapia, homeopatia e massagem”, conta. E foi durante o tratamento que ela se entendeu a importância das terapias alternativas. “Vi o quanto são importantes estes profissionais e também busquei me qualificar. Hoje, sou estudante de um curso de terapias integrativas e complementares e também proprietária de uma escola de massoterapia”.

Segundo a coordenadora dos cursos de bem-estar da Educação a Distância da Unicesumar, Lilian Rosana dos Santos Moraes, a busca por tratamentos alternativos aumenta quando os remédios tradicionais falham no socorro ao intestino. “As terapias integrativas são uma alternativa para aliviar alguns sintomas da DII, propondo um olhar cuidadoso e personalizado, fundamental para o tratamento desses pacientes”, explica, reforçando que é sempre importante conversar com o especialista e, se necessário, associar medicações ao tratamento.

Hábitos e uma alimentação saudável também ajudam no tratamento.  “Reduzir a quantidade de gordura ingerida, refeições balanceadas e frequentes, comer devagar, ingerir bastante liquido no intervalo das refeições e optar por alimentos cozidos são boas alternativas”, lembra Lilian.

Vale lembrar que o maio roxo é dedicado ao cuidado e a atenção aos sinais que o corpo dá é um dos pontos cruciais. Perda de peso, dores abdominais, sangramento, febre, dores abdominais, anemias são comuns no caso da retocolite ulcerativa. Acreditava-se até pouco tempo que a alimentação era um dos fatores determinantes para as doenças inflamatórias intestinais. Contudo, pesquisas recentes apontam que um distúrbio do sistema imunológico pode ser uma das principais causas da doença. Ou seja, uma resposta imunológica anormal faz com que o sistema ataque as células do próprio organismo -  caso as células da mucosa do cólon e do reto, no caso da RCU.

Já no caso da doença de Crohn, ela acomete a parte inferior do intestino delgado e grosso, sendo provocada pela desregulação do sistema imunológico, ou seja, do sistema de defesa do organismo. A doença de Crohn inicia-se mais frequentemente na segunda e terceira décadas de vida, mas pode afetar qualquer faixa etária. 



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