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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Você não sabe resolver com palavras?



 "A não violência nunca deve ser usada como um escudo para a covardia. É uma arma para os bravos." (Ghandi)


Recebemos numa ocasião a visita de um casal muito especial em nossa casa, os amigos Carla e Rubens, e eles nos contaram uma história interessante de sua filha única, Manu.

Ela estava brincando com outras duas meninas quando a disputa por uma boneca causou um estranhamento no grupo. Uma delas começou a chorar e disse que ia embora para a casa dela.

Foi quando a Manuela a interrogou: “Vai embora por que? Você não sabe resolver com palavras? Achei fantástica a proatividade e atitude da pequena Manu. Foi então que os pais dela nos contaram que a Manu (hoje com 8 anos) quando cursava a educação infantil estudou em São Paulo numa escola que ensinava e primava desde a tenra infância pelo diálogo entre as pessoas. O objetivo era que as pessoas encontrassem as respostas e resolvessem o que as incomodavam com uma boa e produtiva conversa.

E após algumas diferenças de ideias ou ações, o que é comum em todos nós seres humanos, especialmente nas crianças, um ato e uma pergunta deveriam nortear as decisões, os quais impediriam os desentendimentos, conflitos físicos e até as agressões. São eles: o olho no olho e questionar se a pessoa não consegue resolver com palavras. Isso vai de encontro a um provérbio chinês: “O grande homem é aquele que não perdeu a conduta de sua infância”.

Parece algo tão fácil e simples, mas, a gente não percebe essa reflexão em muitos atos de nossos filhos nem mesmo nas nossas atitudes como adultos e profissionais.

Agora, reflita se você tem conseguido lidar com ideias contrárias e resolver as situações conflitantes com palavras ou geralmente já solta um grito, age de forma imperativa ou agressiva ou prefere a vingança.

E o que dizer sobre agressão de um casal com uma agente de trânsito em São Bernardo do Campo-SP, por causa de um cartão de estacionamento preenchido incorretamente? Não conseguiram resolver com uma conversa.

Em muitos casos, a violência parece sobrepor o diálogo. Curiosamente, a história mostra que Gandhi pregava a não violência e morreu em 30 de janeiro de 1948, assassinado por um hindu. Jesus Cristo pregou o amor, o diálogo e a não violência e foi crucificado. De fato, Herodes não conseguiu resolver com palavras.

Nós não devemos temer quem tem uma ideia diferente da nossa, mas, sim, aqueles que não sabem conversar, desejam incessantemente impor o que devemos fazer ou pensar literalmente igual a eles.

Vale a pena persistir em dialogar, respeitar as diferenças e resolver com palavras. E se for para dizer não, que seja para dizer não para a discriminação e a violência.





Erik Penna - palestrante, especialista em vendas e motivação, autor de 5 livros e mais de 1.000 palestras realizadas. Saiba mais sobre motivação e vendas em: www.erikpenna.com.br.

A criminalização é o remédio para uma prática social doente?


No último dia 12 de março foi aprovado na Câmara dos Deputados o projeto de lei que visa tipificar a prática de assédio moral no ambiente de trabalho como crime.

Segundo o projeto, quando alguém ofender reiteradamente a dignidade de outro, causando-lhe dano ou sofrimento físico ou mental no exercício de emprego, cargo ou função, poderá ser punido com pena de detenção de um a dois anos e multa.

Diante de tal aprovação, fica o questionamento: seria esse o melhor remédio?
Para chegarmos a uma resposta coerente, torna-se necessário analisarmos o contexto do ato que estamos tentando coibir e o resultado prático da proposta de meio a ser utilizado para tal coibição.

Quando falamos em contexto da prática do assédio moral, precisamos considerar que vivemos em uma sociedade capitalista, que visa o lucro, de modo que a competitividade é inerente a este modelo econômico-social. Por essa razão, no ambiente de trabalho, se prestigia a alta produtividade, o alcance de metas inatingíveis, a obrigatoriedade de inovação constante, a assiduidade e a devoção ao trabalho.

Então, quando o funcionário não de adapta a esse "padrão lucrativo", surgem as cobranças em ordem decrescente dos níveis hierárquicos, até que chegue à pessoa responsável por fazer com que aquele funcionário atenda às expectativas da empresa. Eis que surge a questão, qual prática utilizar para adequar o funcionário a este "padrão lucrativo"?

E é neste momento que pessoas despreparadas ao invés de aplicarem práticas motivacionais, passam a ridicularizar aquele que não atinge a meta, desmoralizar perante os colegas aquele que falta com certa frequência, expor as falhas daquele profissional perante a sua equipe ou fomentar a discriminação daquele funcionário que prejudicou o rendimento de seu grupo de trabalho, atitudes estas que praticadas de forma reiterada são caracterizadas como assédio moral.

Diante desta contextualização é que passamos a questionar: punir o assediador, que nada mais é do que uma pessoa despreparada para cumprir essa tarefa de "padronizar" o funcionário, resolverá o problema da pratica do assédio moral no ambiente de trabalho? Parece que não, pois a estrutura empresarial da forma como se encontra, sempre produzirá novos assediadores.

Sendo assim, resta claro que a mudança tem de ocorrer nessa estrutura empresarial e para isso a Justiça do Trabalho já possui ferramentas, as quais precisam ser mais bem utilizadas e os órgãos melhor aparelhados. Pois no Direito do Trabalho existe a teoria da Culpa in Vigilando, a qual responsabiliza a empresa pelos danos que forem causados em razão de sua ausência de fiscalização, pois cabe a empresa a obrigação de vigiar os atos de seus funcionários.

Desta forma, se está ocorrendo uma situação de assédio moral dentro de uma empresa, de quem é a responsabilidade de tomar conhecimento de que isto está ocorrendo e punir o assediador? De quem é a obrigação de criar meios de prevenção à ocorrência do assédio e de combate a tal prática? Se está ocorrendo, quem está faltando como seu dever de vigilância? A resposta para todas essas perguntas é a mesma, a empresa.

Sendo assim, qual o resultado prático de criminalizar o ato do assediador se o fato gerador do assédio moral é estrutural? E quando pensamos em resultado prático e olhamos para o projeto de lei que prevê pena de detenção de até dois anos, que pode ser transacionada por uma pena alternativa como prestação de serviços à comunidade ou pagamento de determinado valor para instituição de caridade, concluímos que não há resultado prático algum, pois nem mesmo "amedrontadora" na tentativa de coibir efetivamente tal ato, esta tipificação criminal não será.

De modo que a resposta é não, certamente este projeto de lei não é o remédio adequado para curar esta prática doente, pois tal prática não será sanada com uma providência pontual, é necessário um tratamento mais abrangente que busque através das ferramentas já disponíveis no próprio Direito do Trabalho a sua solução.

Aumentando a atuação do Ministério Público do Trabalho e dos Sindicatos das categorias, no sentido de conscientizar e exigir das empresas um comprometimento maior com a saúde e dignidade de seus funcionários, fiscalizando e prevenindo de forma eficaz a prática de assédio moral dentro de suas organizações, visto que este é um dever do empregador previsto no art.157 da CLT desde 1977. 






Debora Regina Ferreira da Silva - A advogada é sócia do escritório Akiyama Advogados Associados. Possui pós-graduação em Processo Civil e do Trabalho na Escola Paulista de Direito – EPD. concluída em 2016. Para mais informações sobre a atuação da especialista ou sobre o escritório, acesse http://www.akiyamaadvogadosemsaopaulo.com.br/ ou ligue para (11) 3675-8600. E-mail akyama@akiyama.adv.br


Uma Via de Mão Dupla



Fertilizantes e o potássio caminham juntos em prol da saúde humana


Todos já ouviram a recomendação para alguém comer banana para evitar câimbras. Um dos minerais responsáveis que auxilia na prevenção dessa sensação dolorida é o potássio, nutriente presente em muitos alimentos e um dos principais componentes da célula humana.

Entretanto, o que pouca gente sabe é que as plantas também necessitam desse mineral e quem a fornece é o solo. Este, por sua vez, é potencializado através da utilização de adubos, os chamados fertilizantes, sendo capazes de prover os nutrientes necessários para a planta e, consequentemente, fornecer um alimento saudável e de qualidade. Não adianta o fruto ser aparentemente vistoso e desprovido de nutrientes. É necessário que haja um trabalho em equipe.

Os fertilizantes são largamente utilizados na agricultura, mas muitas pessoas desconhecem seus benefícios e até os associam a certos riscos. Porém, o uso de adubos é fundamental para a produção de plantas e para a saúde do solo. Os nutrientes absorvidos pela planta variam de acordo com a exigência de cada uma. Após a colheita, se os nutrientes não forem repostos à terra, o solo acaba tornando-se pobre e até mesmo infértil. Os fertilizantes ajudam no aumento da produtividade repondo essas substâncias e permitindo a contínua produção de alimentos.

Estudos indicam que em 2050, a população mundial pode chegar a 9 bilhões de pessoas, o que irá requerer altas produtividades para atender a demanda de alimentos, se não quisermos desmatar novas áreas florestais para a prática da agricultura. Douglas Guelfi, professor doutor do Departamento de Ciências do Solo da Universidade Federal de Lavras (UFLA), enfatiza a importância de usarmos conhecimento na agricultura “Sem a presença de fertilizantes é impossível manter uma área produtiva”.

O potássio exerce uma função fundamental para a sobrevivência da planta. Ele participa da produção do amido, do açúcar e das proteínas, aumenta a resistência a doenças e proporciona o vigor, além de ser o responsável por transportar carboidratos das folhas para os frutos. A carência de potássio acarreta frutos malformados e sem valor comercial. A adubação do potássio é feita via solo e deve ocorrer de maneira criteriosa, aplicando-se a dose correta na época e local adequado.

Importante na agricultura, o potássio também é indispensável para a saúde humana. Entre os benefícios estão a ajuda na manutenção do ritmo cardíaco, no equilíbrio da quantidade de água no organismo, na regulação da pressão arterial, na prevenção de acidente vascular cerebral (AVC), sem contar com a característica de ser um aliado dos músculos. Por outro lado, os sintomas que indicam uma deficiência nesse quesito são a fraqueza muscular, fadiga, câimbras, alterações cardíacas, anorexia e apatia mental.

“Além de benefícios gerais para toda a população, pessoas da terceira idade, que fazem uso frequente de diuréticos, têm como efeito colateral a eliminação de potássio. Por isso, esse grupo é extremamente beneficiado com o consumo de alimentos ricos em potássio e outros minerais”, afirma o cardiologista Daniel Magnoni.

Existem muitos alimentos que são fonte de potássio e auxiliam na manutenção da quantidade ideal desse nutriente no corpo. Os principais protagonistas são os vegetais e as frutas frescas tais como tomate, laranja, abacate, amêndoa, espinafre, banana, beterraba, brócolis, entre tantos outros. Recomenda-se ingerir de 2,5 a 3,5 gramas por dia.

O desperdício de alimentos é também uma das grandes preocupações atuais. Nesse cenário, o trabalho em conjunto entre fertilizantes e potássio pode amenizar as consequências do problema. A adubação intensifica a capacidade do solo de fornecer nutrientes, entre eles o potássio, que ajuda a melhorar o aspecto visual e a resistência ao manuseio e estocagem, aumentando o tempo de preservação dos frutos e atrasando seu apodrecimento.

O engenheiro agrônomo e florestal Dr. Valter Casarin, coordenador científico do Nutrientes para a Vida (NPV), acredita que a utilização de fertilizantes contendo potássio, juntamente com a melhor informação para os consumidores, pode levar a um melhor aproveitamento dos alimentos e, consequentemente, diminuir o desperdício: “Precisamos pensar em comprar o necessário e para isso é fundamental o planejamento no momento da compra. Saber reaproveitar os alimentos, ou mesmo partes deles, como a casca, por exemplo, e também como armazenar os alimentos para que eles permaneçam mais tempo saudáveis, são formas eficientes de reduzir o desperdício.  É nesse momento que nutrientes como o potássio fazem a diferença.”, finaliza.




  
Nutrientes Para Vida (NPV)


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