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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

País poupa mais de 2 milhões de árvores com a emissão de notas fiscais eletrônicas


A nota fiscal eletrônica (NF-e) foi implementada no Brasil em 2006 e produziu uma transformação digital nas empresas, com ganhos sem precedentes para o meio ambiente. Desde que passou a vigorar, já foram emitidas 20,853 bilhões de notas fiscais eletrônicas, o que representa uma economia de mais de 83 bilhões de folhas de papel, já que a versão impressa, em média, era feita em quatro vias. A NF-e passou a existir graças ao certificado digital, que é imprescindível para sua emissão.
“Esse é sem dúvida um dos maiores benefícios que a certificação digital trouxe. Além desse lado sustentável, houve queda acentuada de fraudes na emissão, a arrecadação, por consequência, aumentou e as empresas não precisaram mais manter a guarda física de notas, ganhando espaço, reduzindo custos e ampliando a segurança dos sistemas”, comenta Maurício Balassiano, diretor de Certificação Digital da Serasa Experian. Um dado bastante curioso é que uma árvore padrão permite a produção de 20 resmas de papel, ou 10 mil folhas. Desde 2006, portanto, na média foram poupadas 2,076 milhões de árvores.
Segundo Balassiano, o Certificado Digital garante a autenticidade das informações e permite que se identifique de forma inquestionável as transações realizadas por meio dele, dando maior segurança e transparência aos processos". No caso da NF-e, além da economia de papel, é preciso lembrar que havia as vias carbonadas que eram usadas para a emissão do documento. Ou seja, levando-se em conta também esse insumo, mais a água e eletricidade que são usadas no processo de produção de papel, a economia é muito maior.
De acordo com Balassiano, hoje também muitas empresas estão aproveitando outras aplicações que a certificação digital permite e eliminando o papel no dia a dia de suas atividades. “Essa é uma tendência. Temos vários cases nesse sentido, de empresas que passam a adotar, por exemplo, a assinatura digital e a realizar suas operações apenas no universo virtual, com toda a segurança e garantia quanto à validade jurídica, a partir da tecnologia do Certificado Digital e com a chancela de uma empresa com a reputação da Serasa Experian. Há os ganhos tangíveis e os intangíveis, relacionados à sustentabilidade e imagem da empresa na sociedade”.




Experian


Tudo o que você precisa saber sobre o Coaching no Brasil


A ABRACEM (Associação Brasileira de Coaching Executivo e Empresarial) listou uma série de assuntos acerca do coaching. 


Confira:

Cenário Nacional e Internacional   


- Crescimento de coaches
 
Segundo Rosa Krausz, Coach Executiva e Empresarial, Fundadora e atual Diretora Científica e de Formação da ABRACEM, a primeira consideração a ser feita é que coaching é um campo de atividades aberto, não legalizado, nem controlado por nenhuma entidade oficial ou oficiosa, nem nacional, nem internacional.

“Por esta razão, não há como considerar que existe um grupo minimamente homogêneo de pessoas que caibam sob um único guarda-chuva. Com o tempo, foram criadas várias ramificações como coaching de vida, coaching de casais, coaching para adolescentes ou coaching para estudantes”, diz Rosa.

Embora exista demanda para este tipo de serviço, o único segmento que apresenta algumas características em comum é o Coaching Executivo e Empresarial. “Trata-se de uma especialidade que tem hoje um lugar conquistado na academia e conta, inclusive, com cursos de pós-graduação na Inglaterra e na Austrália”, explica a executiva.


- O mercado

Há coaches de vida que cobram R$ 50,00 por hora, enquanto outros, que atendem empresas e executivos, chegam a cobrar R$ 2.000,00 por sessão de 50 minutos. Os preços variam também segundo a região.

Observa-se um crescimento quantitativo, porém, com relativa perda de qualidade em virtude da banalização e da distorção promovida por certos meios de comunicação a respeito do real significado do que seja coaching

Um levantamento realizado em 2017 pelo Sherpa Coaching Survey, nos Estados Unidos, indica que o índice de confiança em processos de coaching nos últimos 4 anos decresceu de 104 para 72, provavelmente em virtude destas distorções.

“Outro ponto que também sinaliza esta falta de confiança vigente no mercado é o fato de as pessoas recorrerem à sua rede de relacionamento para encontrar um coach, como indica o Sherpa Coaching Survey, reforça Rosa.

Em 2016, um levantamento realizado pela ICF, com aproximadamente 15 mil pessoas relacionadas ao coaching, colheu dados sobre os futuros obstáculos previstos. O maior obstáculo foi justamente a falta de formação dos que se autodenominam coaches, com 44% de indicações, seguido da confusão do mercado com 28% e a saturação do mercado com 10%. Estes dados se aplicam também à realidade brasileira atual



Diferenças da Psicologia

- Coaching x transtornos de comportamento

Liana Gus Gomes, Coach Executiva e Empresarial, Psicóloga e Presidente da ABRACEM, acredita ser importante diferenciar processos de coaching de processos de psicoterapia. “O coaching não é uma profissão regulamentada e nem de exclusividade dos profissionais de saúde mental, como o psicólogo ou psiquiatra, por exemplo. Sendo assim, problemas de ansiedade ou depressão, se assim diagnosticados, devem ser tratados por profissionais capacitados e habilitados para tal, como os citados acima”.

No entanto, de acordo com Liana, os processos de coaching podem aliviar sintomas nesta área, se estes estiverem, de alguma forma, vinculados aos temas que o processo de coaching está abordando. “Dizemos que processos de coaching podem ter efeitos terapêuticos, mas não são processos de psicoterapia”, afirma.


- Psicologia comportamental

O coaching é um campo de ação transdisciplinar e influenciado por várias áreas do conhecimento, como a sociologia, a administração, a andragogia e a psicologia. Neste sentido, segundo Liana, as linhas teóricas da psicologia são uma base teórica bastante importante para a atuação do coach. “Cabe ressaltar que, de acordo com a formação do coach, este irá basear e sustentar sua atuação a partir da linha teórica com a qual se identifica e domina”.

Entre as linhas, há diversas: Psicologia Positiva, humanista, psicodinâmica, entre outras. Liana conta que a Teoria Cognitivo Comportamental é uma das abordagens teóricas que mais se utiliza. Sob esta perspectiva, o coach pode gerar maior reflexão, contribuindo para que o coachee (seu cliente) tenha maior autoconsciência de seus pensamentos e, como consequência, a forma como se sente e se comporta.

“Neste sentido, ambos os processos buscam maior autoconsciência e autonomia, mas com focos diferentes que podem se potencializar mutuamente, desde que respeitados os limites de cada um deles”.



Counseling e Mentoring

- O que é o counseling

Segundo Yara Leal de Carvalho, Coach Executiva e Empresarial, Psicóloga e Diretora da ABRACEM, o counseling é um processo de interação entre o counselor e uma pessoa que está passando por uma crise, cujo objetivo é apoiar o cliente a tomar decisões de caráter pessoal ou profissional. O objetivo é analisar possibilidades de ação, ajudando o cliente por meio de aconselhamento, encorajamento e apoio emocional.


- O que é o mentoring
 
Mentoring envolve uma pessoa experiente que ajuda outra em um momento de carreira anterior. “O mentor é um guia que possui vasta experiência no campo de atuação do mentee. Atualmente, ainda temos a mentoria reversa, onde um jovem que, por exemplo, domine tecnologia ofereça mentoring para um executivo mais maduro e experiente”, conta Yara.


- O que é tutoring

A tutoria e o mentoring podem ser considerados sinônimos em algumas situações, sendo que o termo tutor é mais usado na área pedagógica, onde determinado número de alunos pode ter um tutor que vai acompanhar o seu desenvolvimento acadêmico. A tutoria é realizada com base na experiência do tutor e em benefício do desenvolvimento dos tutorados.


- Como essas especializações se diferenciam do coaching

De acordo com Yara, coaching é um processo estruturado, não diretivo, que se orienta do presente para o futuro (do estado atual para o estado desejado), no qual o coach estabelece uma parceria com o cliente a fim de ajudá-lo a atingir seus sonhos e objetivos. “Por meio de perguntas e reflexões, o profissional incentiva a mudança, a ação e o aprendizado, para que o cliente obtenha respostas novas e eficazes na realização daquilo que deseja”, finaliza Yara.


Aceitar um salário menor é sinônimo de desaceleração na carreira?


Aceitar um salário menor do que o atual pode ser inadmissível ou visto como um retrocesso na carreira, na opinião de algumas pessoas. No entanto, de acordo com Rodrigo Vianna, CEO da Mappit – consultoria de recrutamento especializada no recrutamento para vagas em início de carreira, algumas vezes o salário menor pode fazer parte de uma estratégia profissional para chegar ao cargo ou empresa almejada, portanto, basear a decisão da escolha do trabalho somente pelo salário, pode ser a opção errada.

“O salário é uma das variáveis que se pondera na decisão por uma posição, talvez a mais importante para muitos candidatos”, afirma Vianna. Entretanto, o especialista lembra que outras questões devem ser avaliadas, como os benefícios da vaga, a vontade de atuar em determinada organização, e/ ou o status da vaga para o currículo, para o networking, a oportunidade de trabalhar com determinado gestor que pode ser um expert ou um grande nome da área, e ainda, a possibilidade de uma mudança de área  para uma que seja mais atraente para o profissional.

De acordo com Vianna, em todas as situações citadas, a aceitação do salário menor é calculada e representa uma aposta de médio a longo prazo para atingir um patamar mais promissor na carreira. “Por outro lado, a realidade atual do País nos apresenta um número altíssimo de desempregados e muitas das vagas disponíveis tiveram suas remunerações reduzidas se comparadas aos anos anteriores”, comenta. Por isso, ele reforça ser importante se adaptar a este contexto econômico ao negociar o salário de um novo emprego e também ao avaliar novas oportunidades na carreira.

O especialista afirma que um ponto negativo de aceitar um salário menor é quando o profissional faz um movimento de downgrade, ou seja, interrompe ou tem a carreira interrompida e precisa se recolocar rapidamente sem muito planejamento ou busca por novas qualificações. “Nesses casos, é comum que ele acabe optando por um emprego em que seu potencial não é exigido e que pode ser exercido por outros profissionais menos qualificados”, comenta.

Por fim, em todo caso, antes de aceitar uma remuneração mais baixa, espera-se que o profissional faça uma avaliação da vaga e do seu plano de carreira. “Estes aspectos apontam uma direção a ser seguida de maneira racional”, pontua Vianna. No entanto, ele reforça: “existem as questões pessoais que contribuem muito para a tomada de uma decisão como essa, como a possibilidade de estar mais tempo com a família ou exercer atividades que melhorem a qualidade de vida, e nessa circunstância não há certo ou errado, apenas causas e consequências”, pontua.



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