Em algumas entrevistas de emprego, o recrutador perguntar para o candidato qual o legado que ele espera deixar na empresa onde pretende trabalhar. A resposta pode direcionar bem o que o profissional espera com aquela vaga, mas falará ainda mais sobre ele, seu grau de autoconhecimento e maturidade, além da sua visão do mundo.
Portanto, preocupar-se com o legado é um item importante para a carreira. Você já parou para pensar no legado que já deixou nas empresas pelas quais passou ao longo da sua trajetória profissional?
Avaliar as conquistas e lições de empregos passados é um exercício interessante e pode ajudar a definir que tipo de profissional você é, quais os aspectos e habilidades mais positivas você tem e quais os pontos que talvez você precise melhorar para continuar sua caminhada profissional.
Até uns anos atrás, falar sobre legado era mais frequente para referir apenas às empresas e nem tanto ao profissional, como se as corporações escrevessem suas histórias sem as pessoas. Em uma visão mais moderna de carreira é importante destacar a jornada, reconhecer o papel dos profissionais dentro das corporações, em especial os que fizeram (fazem) diferença em todo o ecossistema corporativo.
O legado de um profissional é moldado com a soma de alguns sucessos, muitas lições, experiências e transformações que ele deixou na empresa e na sua equipe, seja pelo conjunto da obra, como também pode ser em uma boa execução de um projeto específico.
Se você está em dúvidas sobre os legados que deixou, se pergunte em qual momento você fez a diferença na empresa em que trabalhou, qual o resultado mais incrível que entregou, a inovação que aplicou ou qualquer outra contribuição que você se orgulha.
As empresas também têm um papel importante sobre o investimento no capital humano, sim porque elas também precisam estarem abertas para a inovação de seus profissionais. Uma companhia que trabalhe com a cultura do medo ou a falta de respeito será menos adequada para que seus colaboradores se sintam à vontade para fazer a diferença, caso contrário, muitos só vão ficar pensando em como sair daquele lugar. Por isso, cabe a nós gestores, incentivar também um ambiente positivo e propício para que novas histórias e legados possam ser escritos.
Bem, a pergunta final que faço é como você gostaria de ser lembrado pelas empresas que passou?
Braulio Lalau de Carvalho é CEO da Orbitall,
empresa do Grupo Stefanini