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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

4 dicas para que dinheiro não seja motivo de briga no seu casamento


Um assunto muito importante, e que deve ser tratado com disciplina em qualquer casamento, é a administração conjunta das finanças. Desde o início, é fundamental criar um planejamento orçamentário para que a situação financeira não saia do controle. Isso evita um dos maiores motivos de brigas entre os casais ao longo dos anos.

Viver a dois significa construir objetivos em comum, como viajar, ter filhos, aumentar o patrimônio, entre outros. Para isso, é preciso estabelecer metas bem definidas e segui-las à risca, com o total engajamento do casal.

Muito mais do que dividir as contas da casa, esse engajamento deve incluir transparência total entre o casal quantos às despesas e os rendimentos, de modo que não haja surpresas negativas ao final do mês. Quer que funcione no seu casamento? Veja as dicas:


1- Muitos casais preferem não ter conta conjunta, e cada um lida com seu rendimento da forma que achar melhor. De qualquer modo, há uma série de despesas que são de responsabilidade de ambos, como contas da casa (luz, água, condomínio, IPTU). Com filhos, a situação é a mesma: as despesas são dos dois. A forma mais correta de organizar o orçamento doméstico é tratar as receitas e despesas de forma consolidada, independentemente de um cônjuge ganhar mais do que o outro. É importante fazer o somatório do total de rendimentos do casal e dividir os gastos de modo proporcional, para que cada um fique responsável pelo pagamento de um grupo de despesas, visando o atingimento da meta orçamentária mensal e anual.


2- Se uma pessoa acabar gastando mais do que o previsto, é preciso que ela sinalize isso ao outro, para que uma compensação possa ser feita sem comprometer o resultado orçamentário esperado. O casal deve ter parceria para enfrentar casos como este, mesmo se não tiverem conta conjunta. Afinal, quem nunca teve imprevistos? Mas tome cuidado com gastos supérfluos. Uma coisa é ultrapassar o limite do orçamento com algo importante. Outra, é saber que não pode gastar e comprar o que não precisa no momento.


3- Independentemente de ter conta conjunta, façam um acompanhamento rotineiro e efetivo do extrato bancário, do fluxo de caixa, da fatura do cartão e dos investimentos. Dessa forma, o casal terá controle do que entra e sai, evitando surpresas desagradáveis e tornando mais fácil a tomada de decisões em situações de emergência, como o corte de custos por qualquer motivo que seja.


4- O assunto “finanças” deve ser tratado com a mesma normalidade que os temas triviais. Se falar em dinheiro resulta em aborrecimento, significa que o casal não está em sintonia com a forma como o dinheiro está sendo lidado. Sendo assim, é hora de parar e rever o que está errado, ou o que está incomodando um ou outro. O planejamento orçamentário deve ser de comum acordo. Caso contrário, as divergências serão inevitáveis. Todo casal que quebra o tabu de falar sobre finanças dentro de casa e segue os princípios da educação financeira terá muito mais chance de ter um casamento feliz e tranquilo.






Sérgio Tavares - Diretor da STavares Consultoria Financeira, com MBA em Gestão Econômica e Financeira de Empresas pela FGV (RJ)



O que não entra em férias...


A aproximação do final do ano gera grande expectativa nas crianças e adolescentes, que começam a planejar suas férias e a pensar numa nova rotina. Entre os assuntos e temas prediletos, muitas vezes estão a companhia dos amigos da escola e a própria escola. Mais ou menos o que os pais fazem quando estão longe dos filhos e passam uma boa parte do tempo, ou quase todo ele, falando dos filhos.

É comum encontrarmos mães e pais que, no último dia de aula, voltam o olhar para a professora e lançam as seguintes questões: “A colônia de férias aqui da escola começará quando?” Considerando que estamos diante de um intervalo escolar longo, o que colocar no lugar? Como preencher esse tempo? Há pais preocupados com a ociosidade de seus filhos e já pensam na "ginástica" que deverão fazer para ocupar esse período livre. Férias para quem? Recesso do quê?

As perguntas que fazemos sobre como ocupar esse período podem estar arraigadas a uma cultura de produção, que tem como foco a quantidade e a velocidade recorde com que tudo acontece. O tempo em que não se "produz" preocupa, incomoda, gera ainda mais angpustias. Mesmo criticando esse contexto, muitas vezes olhamos para nossos filhos e sugerimos que aproveitem o mês de férias para colocar tudo em dia, como fazemos com o nosso tempo livre, nos preparando para outro tempo e não vivendo o tempo que nos é presenteado. Preparar-se? Antecipar? Colocar em dia?

Precisamos orientar nossas crianças sobre como desfrutar o tempo livre. O sociólogo Domenico de Masi, que designou esse tempo de "ócio criativo", nos alerta para o fato de que hoje as máquinas podem realizar grande parte dos trabalhos que, até há bem pouco tempo, necessitavam da força física do homem. Assim sendo, restaram ao homem as atividades criativas. O mundo precisa de pessoas que dêem férias para tudo que funciona com o piloto automático, dando espaço para as manifestações criativas. Pessoas com habilidades de investigação, que busquem a construção de novos significados, em que o investimento do tempo esteja a serviço de um pensamento crítico, criativo e cuidadoso. Crítico no conhecimento, criativo na atuação e cuidadoso com a humanidade.

À escola cabe dar subsídios às crianças e adolescentes para o desenvolvimento dessas habilidades, mostrando que as relações que estabelecemos com o conhecimento partilhado no colégio estão em sintonia com esse mundo e nos mobilizam ainda mais, quando estamos fora dele, a exercitar um olhar que interroga, investiga, opina, pensa em contrapontos, o tempo todo, sem tirar férias!

A nós, adultos, cabe lembrar que estas habilidades são desenvolvidas, também, por meio da literatura, da música, do teatro, do cinema, de encontros sem cronômetro, de olhares suspensos, de orelhas que não se cansam de escutar, do bolo saboreado, do almoço mais demorado, do computador desligado, da televisão assistida a dois, de um mundo de injustiças também conversado.
Interrogar, opinar, pensar em contrapontos, criar novas possibilidades de relações com as pessoas e com o mundo, colocam de férias permanentes a passividade, a repetição e o desencontro e convocam para ação sujeitos ativos, marcados pelos valores do encontro, da solidariedade, do compromisso ético, que saem de férias conosco!






Antoniella Cavassin - coordenadora do Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio Marista Santa Maria e Danielle Barriquello - coordenadora do Ensino Fundamental Anos Iniciais da Rede Marista de Colégios.


O que acontece quando a inteligência artificial encontra a Geotecnologia

Quando se fala em Inteligência Artificial, logo nos vem à cabeça imagens como a do robô Hal do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, do menino-robô que só queria uma mãe no filme AI, de Steven Spielberg, ou ainda dos mais recentes Ela (Her) e Ex-Machina, disponíveis na Netflix.

Mas a inteligência artificial está muito mais presente no seu dia-a-dia do que você imagina, através de sugestões de buscas que você recebe no Google, reconhecimento de rostos no Facebook, dicas de novos filmes para assistir no YouTube…

E no setor de Geotecnologia não seria diferente.

Na verdade, mesmo não sendo um tema tão trivial, a Inteligência Artificial já é algo até mesmo “antigo” no setor, como por exemplo no uso de dados obtidos por satélites e redes neurais para classificação de imagens, na utilização de drones em voo automático para mapeamento de propriedades rurais e urbanas, dentre outras aplicações onde algumas decisões são tomadas por máquinas e/ou equipamentos, aprendendo e melhorando a cada interação.

Indo além da Inteligência Artificial, temos o Machine Learning e o Deep Learning, mas antes de avançarmos neste assunto, é preciso entender como se dá a evolução de uma nova tecnologia e em que momento ela se torna uma inovação disruptiva.


Lei de Moore e Inovação Disruptiva

A Lei de Moore surgiu em 1965 através de um conceito estabelecido por Gordon Moore, presidente da Intel na época. Tal lei dizia que o poder de processamento dos computadores – e aqui podemos estender para a informática em geral – dobraria a cada 18 meses.

Até hoje a Lei de Moore tem correspondido à realidade, com alguns ajustes, e isto pode ser extrapolado também para outras tecnologias, que no início eram caras e disponíveis para um pequeno grupo, mas à medida em que sua performance aumentou e seus custos diminuíram, passaram a ser acessíveis a mais profissionais e empresas.

Os drones – com sua inteligência artificial embarcada – são um bom exemplo de evolução exponencial, pois antes de sua popularização tinham altos preços e hoje têm uma relação custo x benefício muito vantajosa se levarmos em conta toda a tecnologia envolvida.

Quando falamos em inovação disruptiva, estamos falando em abandonar um processo antigo e, mais do que isso, torná-lo obsoleto. E não apenas o processo, mas todo o modelo de negócios que o usava, afetando toda uma indústria, como por exemplo como ocorreu com o surgimento do Uber, AirBnb e WhatsApp.

Em suma, inovação disruptiva é a inserção de um produto ou serviço que cria um novo mercado e desestabiliza os concorrentes que antes o dominavam. Geralmente é algo mais simples, mais barato e automatizado ou algo capaz de atender um público que antes não tinha acesso ao mercado. E a inteligência artificial é um dos maiores vetores para ocorrer a inovação disruptiva em um setor…


Machine Learning e Deep Learning

Inteligência Artificial, Machine Learning e Deep Learning são vistos como ameaças para algumas profissões, por trazerem automação de tarefas e gerarem mudanças radicais em formas tradicionais de trabalho. Por outro lado, podem e devem ser vistas por empreendedores como oportunidades justamente para gerar cortes de custos e aumento de produtividade.

O uso de drones com tecnologia RTK – por minimizar e em alguns casos até mesmo eliminar a necessidade de pontos de apoio em campo – é um exemplo de tecnologia que possui um alto grau de robotização e que pode eliminar postos de trabalho, mas por outro lado traz maior eficácia e pode abrir novas frentes.

Em relação aos conceitos, indo do conceito mais abrangente e antigo até o mais específico e recente, temos:

• Inteligência Artificial é a capacidade das máquinas de simular o pensamento humano, podendo aprender e evoluir com o tempo. Tecnologias que podem executar tarefas tão bem – ou até melhor – que humanos são chamadas de IA Limitadas;

• Já o Machine Learning – ou Aprendizado de Máquina – é a possibilidade de coletar dados, aprender com eles e enfim encontrar padrões escondidos nos dados, sem ser especificamente programado pra isto. Desta forma, ao invés do programador ter que implementar rotinas de software e instruções para completar uma tarefa específica, a máquina é “treinada” e aprende como executar esta tarefa a partir de uma grande quantidade de dados;

• Por sua vez, Deep Learning é uma evolução da inteligência artificial e do machine learning através de redes neurais com várias camadas – daí a origem da palavra “deep” – e treinamento através de imensas quantidades de dados e de interações. É a habilidade de encontrar padrões escondidos nos dados, simulando o pensamento humano. Hoje, por exemplo, o reconhecimento de imagens por máquinas treinadas através de Deep Learning, em alguns cenários, possui taxa de acerto maior que a de humanos.

Nos últimos anos a aplicação de inteligência artificial, machine learning e deep learning avançou muito, especialmente após 2015, devido à imensa disponibilidade de dados e ao avanço das unidades de processamento. A Inteligência Artificial está em constante desenvolvimento e, hoje, fala-se das IA Superinteligentes, uma tecnologia considerada melhor que os cérebros humanos em praticamente todos os campos.

Nos setores de Geotecnologia e Drones, o avanço da inteligência artificial, machine learning e deep learning poderá gerar a inovação disruptiva que trará redução de custos e aumento de produtividade. O que pode ser preocupante para profissionais que trabalham em atividades repetitivas pode também ser uma oportunidade de negócios para os empreendedores do setor.







Eduardo Freitas - coordenador da programação técnica dos eventos MundoGEO Connect e DroneShow. Engenheiro Cartógrafo, Técnico em Edificações, Especializando em Drones, com mais de 20 anos de experiência no setor de Geotecnologia e Obras Civis




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