Pesquisar no Blog

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Por que algumas dores são maiores do que outras?


  
 Duas pessoas podem ter o mesmo tipo de dor, mas uma efetivamente "doer" mais do que a outra. Sabe por que? Porque nossas dores estão conectadas com situações e memórias que trazem mais ou menos apego e conexão!


Segundo a fisioterapeuta Fresia Sá, que realiza um trabalho com foco em saúde integrativa, algumas dores podem ser maiores do que as outras, mesmo que sejam mais simples e até mais amenas, se olharmos pelo lado clínico. Mas por que isso acontece? “Nossas dores estão conectadas com situações e memórias que trazem mais ou menos apego e conexão. Enquanto uma dor de cabeça pode ser suportável e passar facilmente para algumas pessoas, para outras pode ser um tormento e remeter a tempos mais difíceis, mesmo que de forma inconsciente”, explica ela.

Frésia lembra: “tudo que vivemos deixa marcas no nosso corpo, seja nas memórias conscientes, seja nas células de determinados tecidos. Algumas técnicas que usamos conseguem detectar essas memórias e descobrir se há informações que envolvem aquela dor ou doença que teima em não ir embora, e que podem estar nos afetando silenciosamente”.

Pelo fato de nossas dores e doenças estarem, normalmente, conectadas a emoções vividas, é quase impossível comparar situações: “duas pessoas diferentes podem ter reações à dor totalmente opostas. Em uma, será apenas a dor em si, em outra, um universo inteiro de sensações, medos, angústias. Por isso o tratamento de dores crônicas precisa levar em consideração o histórico, o sistema familiar, a complexidade de cada pessoa”, enfatiza a fisioterapeuta.


Algumas dores, mesmo iguais, realmente são maiores do que as outras

“Quando algo nos dói mais do que esperamos, é preciso investigar: algo a mais existe aí, pode ter certeza”, explica Fresia: “talvez algum fato que aconteceu na infância, talvez algum sentimento reprimido, algo que nos faz sentir mais do que simplesmente a dor, mas todo o histórico de conexões que ela traz à tona. Da mesma forma que para alguém que teve um trauma com água é muito mais difícil aprender a nadar, para alguém que teve um evento traumático que resultou na dor será mais difícil encontrar a cura. Porque ela está conectada não apenas às reações químicas e físicas do organismo, mas ao conjunto de reações emocionais ligadas ao fato em si”.

Portanto, se você tem alguma dor de “estimação”, aquela que nunca vai embora ou, se vai, volta rapidinho, que não tem causa aparente e que te impede de viver um dia a dia saudável, investigue! Descubra se ela não está conectada a alguma memória traumática ou a alguma crença que você gerou, e que a mantém na sua vida como se fosse necessária. A dor nunca é! Ela é um alerta, se não de um fator físico, de um processo emocional ou psíquico que precisa ser tratado. Buscar ajuda para ter uma vida melhor é possível. Muito mais do que isso, é fundamental.






Fonte: Biointegral Saúde


06 de Outubro - Dia Mundial da Paralisia Cerebral

 Dois a cada mil bebês podem nascer com paralisia cerebral – entenda os sinais

Conhecer os marcos do desenvolvimento infantil ajuda no diagnóstico precoce da doença


O dia seis de outubro é marcado pelo Dia Mundial da Paralisia Cerebral (PC), uma data que promove o conhecimento sobre a doença e coloca em destaque os problemas decorrentes da doença, que afetam mais de 17 milhões[1] de pessoas no mundo. Coordenada pela World Cerebral Palsy Initative – um grupo sem fins lucrativos que visa promover mudanças reais para as pessoas que tem ou convivem indiretamente com a paralisia – a data promove a necessidade do diagnóstico precoce, ações educativas e conscientização social sobre os sintomas, tratamentos e convivência com a PC.  

A paralisia cerebral é a deficiência física mais comum na infância1 e trata-se de uma desordem motora que ocorre durante o desenvolvimento do cérebro do bebê ainda dentro do útero ou até os dois anos de vida da criança. “A paralisia cerebral pode ser causada por diversos motivos, como por exemplo: hemorragias, falta de oxigênio no cérebro, traumatismo e até mesmo nascimento prematuro. Muitas vezes, não sabemos como e nem o motivo de algumas crianças nascerem ou desenvolverem a condição, mas geralmente não tem a ver com deficiência nos pais ou hereditariedade”, explica Dra. Andrea Thomaz Viana, Fisiatra e Gerente Médica da Ipsen.

De acordo com a Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), a doença não se trata de um défice intelectual e não impede o desenvolvimento de inteligência normal ou acima da média. Mesmo assim, pode ter associação com atrasos nessa área dependendo da lesão e da localização, assim como pode gerar problemas de cognição, comunicação, percepção, atenção, concentração e/ou epilepsia[2].

A paralisia pode ainda se manifestar por meio de distúrbios motores que podem afetar os braços e as pernas. Existem três tipos de definições para esse distúrbio, são elas:

·         Espástico – tipo mais comum que atinge cerca de 80% a 90% dos casos. Os músculos ficam rígidos e existe dificuldade em se movimentar;

·         Discinético – cerca de 6% dos casos. Os movimentos acontecem de forma involuntária e de forma exagerada;

·         Atáxico – cerca de 5% dos casos, sendo o mais raro. Esse tipo apresenta tremores e falta de coordenação nos braços e nas pernas.

É possível também que o paciente apresente dois tipos de distúrbios simultaneamente - por exemplo, a espasticidade e a distonia[3].

A rápida identificação dos sinais que indicam a paralisia cerebral é uma forma de garantir uma melhor performance dos tratamentos de reabilitação. Para isso, entender os marcos para cada idade é uma forma de ficar atento a qualquer desordem que possa levar ao diagnóstico. “Por exemplo, se aos três meses seu bebê ainda não consegue sustentar a cabeça ou então não consegue se manter sentado sem apoio aos seis meses, o desenvolvimento dele pode estar atrasado. O importante é procurar um profissional e garantir um diagnóstico correto. No caso da paralisia cerebral, a identificação precoce colabora para maiores ganhos durante o tratamento”, comenta dra. Andrea.

O tratamento para a paralisia é multidisciplinar, envolvendo profissionais de saúde como médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos. Também, em casos de espasticidade, onde os músculos acabam gerando contrações fortes e involuntárias, causando dores ao paciente, o tratamento pode recorrer à aplicação da toxina botulínica: “A aplicação é feita nos músculos que apresentam rigidez. A toxina consegue relaxar o tecido de forma temporária, facilitando a reabilitação e contribuindo com o bem estar da criança”, completa a especialista.

Dois a cada mil bebês podem ser afetados pela paralisia cerebral[4] e os distúrbios associados à essa doença são variáveis. Algumas crianças podem apresentar incapacidade de andar, falar, controlar a urina, a saliva, sentir dor, apresentar distúrbios no comportamento ou apresentar algum prejuízo visual ou intelectual. A data, muito mais do que gerar consciência sobre os sintomas, vêm também reivindicar uma maior abertura na sociedade para falar sobre o assunto e integrar crianças, jovens e adultos com PC de forma igualitária e com qualidade de vida.




 
Ipsen



Referências
1-   World Cerebral Palsy Day, disponível em < https://worldcpday.org/about-us/> acesso em 16/ago.
2-   Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, disponível em < http://www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=65> acesso em 17/ago
4-   Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, disponível em < http://www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=65> acesso em 17/ago

 
 

Obesidade Infantil: Especialistas explicam como tratar a doença


Em 1999, o Governo Federal instituiu a data de 11 de outubro como o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. Uma das grandes preocupações do país é a obesidade infantil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente uma em cada três crianças no Brasil está acima do peso ideal para a idade e altura. “Existem diversas causas que levam ao sobrepeso infantil, como maus hábitos alimentares, sedentarismo, influências de familiares e colegas de escola, além de alimentos industrializados que são de fácil preparo e os fast foods”, alerta a nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Carolina da Cruz Marques.

Conforme a profissional, a obesidade infantil é causada pela combinação de fatores genéticos, má alimentação e sedentarismo. Também doenças hormonais e uso de medicamentos com corticoide podem aumentar o peso da criança. “Para reverter essa condição, é importante o incentivo dos pais que também devem ter uma alimentação saudável. Os pais são os exemplos que as crianças geralmente seguem, por isso precisam deixar de lado os alimentos industrializados e consumir mais alimentos naturais, com menos sal, gordura e açúcares”, aconselha. Outros hábitos que podem ser influenciados pelos pais são as atividades físicas. O ideal é que se evite passar muitas horas na frente da TV e computador, optando por brincadeiras que gastem calorias, como pular corda, pega-pega, entre outras. 

A nutricionista explica ainda que as crianças tem o paladar diferente dos adultos, tendo normalmente preferência por doces. No entanto, alguns estudos mostram que o paladar é formado de acordo com o hábito alimentar da família, da região em que vivem e condições financeiras. “Não é tarefa fácil introduzir novos alimentos na dieta habitual, porém com insistência e criatividade é possível. Não precisa proibir os doces, mas fazer com que a criança entenda que deve ser consumido moderadamente e numa dieta equilibrada”.

A obesidade tem cura, mas precisa ser tratada. “Alguns casos mais radicais, se não tratados na infância com dieta e exercício físico, poderá na fase adulta ser necessário procedimentos cirúrgicos em que se diminui o tamanho do estômago para perder peso”, adverte.



Obesidade Infantil x Bullying

http://ib.adnxs.com/px?id=834729&t=2http://ib.adnxs.com/seg?add=8276222&t=2http://ib.adnxs.com/px?id=834729&t=2http://ib.adnxs.com/seg?add=8276222&t=2http://ib.adnxs.com/seg?add=2491894:22&t=2http://ib.adnxs.com/seg?add=8276223&t=2http://ib.adnxs.com/px?id=834730&t=2A obesidade infantil pode estar associada a distúrbios psicológicos, como a ansiedade, depressão, estresse, situações de traumas significativos, entre outros. “Quando a criança apresenta obesidade, situações de discriminação podem ocorrer, fazendo com que se sintam cobradas por elas mesmas ou pelos pais, afetando sua maneira de se relacionar e sociabilizar. Esse possível isolamento pode ser uma via para que a criança projete suas angústias ainda mais na alimentação incorreta, gerando dificuldades com o peso e contribuindo para o surgimento de patologias no âmbito emocional”, explica a psicóloga do Grupo São Cristóvão Saúde, Aline Melo.
A especialista ressalta que os pais precisam ter sensibilidade para perceber alterações emocionais na criança acima do peso, que podem ser consequência de bullying. “Os principais sinais são tristeza, evitar frequentar locais em que passa por essa situação, auto cobrança, auto depreciação, entre outros sintomas. Ao identifica-los, os pais e a escola precisam trabalhar juntos no fortalecimento dessa criança para enfrentar o problema, bem como orientar os outros alunos sobre respeitar as diferenças”. Também a criança que provoca o bullying pode estar fragilizada de certa maneira e um acolhimento emocional pode ser necessário.
Portanto, para tratar a obesidade infantil, além de acompanhamento médico e nutricional, é necessário cuidar da mente. “Devemos tentar compreender se há algum transtorno emocional presente na vida dessa criança e contribuindo para a obesidade, o que pode ser feito por meio da psicoterapia, do autoconhecimento e das reflexões geradas”, finaliza a psicóloga.




Posts mais acessados