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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Chegada da primavera podem prejudicar a saúde respiratória


Ar seco, poluição e até a chegada da primavera podem prejudicar a saúde respiratória

Saiba como defender o nariz de adultos e crianças desses fatores durante o ano todo


A entrada da primavera traz mais cor às paisagens das grandes cidades, mas também o aumento das alergias respiratórias, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do país. “Isso acontece porque, nesse período do ano, o tempo fica mais seco e a polinização do ar aumenta”, explica a otorrinolaringologista Maura Neves, do Hospital Universitário da USP. Como o pólen é alérgeno para algumas pessoas, sintomas como coriza, coceira no nariz e espirros podem aumentar nesse período do ano.

Além disso, o ar mais seco, típico da primavera, prejudica os batimentos ciliares, que são o mecanismo de defesa do nariz. “A mucosa nasal é dotada de milhões de cílios, que compõem uma espécie de tapete protetor, capaz de eliminar as impurezas que respiramos”, explica. No entanto, o ressecamento do muco nasal – devido a condições climáticas, poluição e até exposição ao ar-condicionado – dificulta os movimentos dos cílios e a remoção de alérgenos e microrganismos causadores de alergias, gripes e resfriados. 


Como respirar bem o ano todo?

Para proteger o nariz desses vilões em todas as estações do ano, recomenda-se a limpeza nasal diária com soluções salinas a 0,9% pela manhã e à noite. “A limpeza deve tornar-se hábito, assim como escovar os dentes. É um cuidado necessário para a vida moderna, principalmente para quem vive nas grandes cidades, onde a poluição é maior”, diz Dra. Maura. De acordo com a especialista, a lavagem nasal é capaz não só de acelerar a recuperação nos períodos de crise, mas também reduzir em até 40% a incidência de gripes e resfriados.

Para completar os cuidados preventivos, também vale usar soluções em gel para hidratar o nariz quando houver sensação de ressecamento, muito comum em períodos de estiagem ou quando passamos muito tempo em ambientes climatizados. “A hidratação fecha o ciclo de cuidados, pois garante o bom funcionamento da mucosa e dos cílios nasais”, afirma Dra. Maura. Outra dica para driblar a secura e melhorar a umidade relativa do ambiente é o uso de umidificadores elétricos, principalmente na hora de dormir.



Cuidados com os pequenos

Estudos mostram que crianças entre 1 e 3 anos de idade podem apresentar de 5 a 11 infecções virais respiratórias ao ano. Por isso, não dá para deixar de lado os cuidados diários com o nariz dos pequenos. Para fazer a limpeza nasal, o importante é atentar-se aos jatos indicados para cada idade. “Para os bebês, indica-se os sprays mais delicados e que possam ser aplicados em qualquer posição. A partir de 1 ano, já é possível fazer a lavagem nasal com soluções salinas em jato, com anatomia apropriada para o nariz infantil”, orienta a otorrinolaringologista.

“Caso haja aumento de secreção, as lavagens nasais podem ser intensificadas. Também é importante que a criança tome bastante água ao longo do dia. Nebulizações e inalações podem ajudar em momentos de crise” recomenda a pediatra Ana Escobar, do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP. A especialista ainda ressalta que é importante saber reconhecer o momento de procurar o médico. “Presença de febre com indisposição e dificuldade para respirar são sinais de alerta nas crianças em todas as idades”, finaliza a pediatra. 

Confira as dicas da Dra. Ana Escobar para o cuidado com as crianças:

Boa alimentação e bom sono, além da prática de atividades físicas, fortalecem o sistema imunológico contra doenças respiratórias e outros males.

Evite ambientes fechados e com grandes aglomerações. Sempre que possível, mantenha os ambientes domésticos ventilados.

A formação de crostas nas narinas é sinal de ressecamento. A limpeza e hidratação devem ser feitas sempre que o desconforto surgir.

Para garantir a qualidade do sono e o conforto dos bebês durante as mamadas, faça a limpeza nasal da criança nesses horários.

Higienize o nariz de bebês e crianças diariamente, até duas vezes ao dia, principalmente nas épocas mais secas do ano.






Fonte: Família Respira

Libbs Farmacêutica


Beber chá quente todos os dias está associado a um menor risco de glaucoma


Consumidores de chá quente são menos propensos a ter glaucoma do que aqueles que não consomem chá quente. Não foram encontradas associações significativas entre o consumo de café, chá gelado, chá descafeinado e refrigerantes e um menor risco de glaucoma


Beber uma xícara de chá quente, pelo menos uma vez por dia, pode estar ligado a um risco significativamente menor de desenvolver uma doença ocular grave, o glaucoma, segundo um estudo publicado no British Journal of Ophthalmology.

Mas beber café descafeinado e com cafeína, chá descafeinado, chá gelado e refrigerantes não parece fazer nenhuma diferença para o risco de glaucoma, mostram os resultados.

“O glaucoma faz com que o fluido ocular se acumule dentro do olho o que eleva a pressão intraocular e danifica o nervo óptico. É uma das principais causas de cegueira em todo o mundo e afeta atualmente 57,5 milhões de pessoas, e deve aumentar para 65,5 milhões até 2020”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Pesquisas anteriores sugeriam que a cafeína pode alterar a pressão intraocular, mas nenhum estudo comparou o impacto potencial de bebidas descafeinadas e cafeinadas no risco de glaucoma.

Agora, os pesquisadores analisaram dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (NHANES) de 2005-2006, nos EUA. Esta é uma pesquisa anual, representativa, nacional de cerca de 10.000 pessoas que inclui entrevistas, exames físicos e amostras de sangue, destinadas a avaliar a saúde e o estado nutricional de adultos e crianças nos EUA.

Nesta edição, em particular, também incluiu testes oftalmológicos para o glaucoma. Entre os 1.678 participantes que tiveram resultados de exames oftalmológicos completos, incluindo fotos, 84 (5%) adultos desenvolveram a condição.

Os autores do estudo perguntaram aos participantes com que frequência e quanto de bebidas cafeinadas e descafeinadas eles ingeriram, incluindo refrigerantes e chá gelado, nos últimos 12 meses, utilizando um questionário validado (Frequência Alimentar).

“Em comparação com aqueles que não tomavam chá quente, todos os dias, aqueles que bebiam chá quente diariamente, tinham um risco menor de glaucoma. Depois de levar em conta fatores potencialmente influentes, como diabetes e tabagismo, os apreciadores de chá quente tinham 74% menos chances de ter glaucoma”, explica a especialista em glaucoma do IMO, a oftalmologista Márcia Lucia Marques.

Mas tais associações não foram encontradas para café - cafeinado ou descafeinado - chá descafeinado, chá gelado ou refrigerantes.

Este é um estudo observacional, portanto, nenhuma conclusão definitiva pode ser tirada sobre causa e efeito, e os números absolutos daqueles com glaucoma eram pequenos. Informações sobre quando o glaucoma foi diagnosticado também não estavam disponíveis.

A pesquisa também não perguntou sobre fatores como o tamanho da xícara, o tipo de chá ou a duração do tempo de preparação, os quais poderiam ter sido influentes.

O chá contém antioxidantes e produtos químicos anti-inflamatórios e neuroprotetores, que têm sido associados a um menor risco de doenças graves, incluindo doenças cardíacas, câncer e diabetes, dizem os pesquisadores. “Pesquisas anteriores sugeriram que a oxidação e a neurodegeneração podem estar envolvidas no desenvolvimento do glaucoma. Mais pesquisas são necessárias para estabelecer a importância dessas descobertas e se o consumo de chá quente pode desempenhar um papel relevante na prevenção do glaucoma”, destaca explica a especialista em glaucoma do IMO.





IMO, Instituto de Moléstias Oculares



Transplante de córnea recua no país

 Pesquisa mostra que maior acesso ao crosslink explica recuo. 


O transplante de córnea no Brasil está em queda segundo o Ministério da Saúde. A pasta prevê encerrar este ano com 15.026 cirurgias, cerca de 8% a menos que os 16.417 procedimentos realizados em 2017.  A diminuição da fila de espera é ainda maior. Em junho deste ano 10.256 brasileiros aguardavam por uma doação, contra 13.920 no ano passado.

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier apesar do recuo  a espera  pelo transplante é longa, compromete as atividades diárias e pode causar transtornos como ansiedade e depressão.

Para ele a principal causa da menor busca pelo transplante de córnea neste ano é a inclusão do crosslink no rol 2018 dos planos de saúde pela ANS (Agencia Nacional de Saúde). Isso porque, uma pesquisa realizada por Queiroz Neto com 920 portadores de ceratocone, mostra que 52% dos que tinham indicação para realizar a cirurgia afirmaram não ter condições de pagar pelo procedimento.  

 Dos que passaram pelo crosslink 86,9% tiveram estabilidade do ceratocone e 45% uma melhora da visão.


A cirurgia 

O médico explica que o crosslink é o único tratamento que inibe a progressão do ceratocone, doença degenerativa que afina a córnea e responde por 70% dos transplantes no Brasil. O procedimento, observa, também é indicado no combate de infecções resistentes causadas pelo uso de lente de contato vencida, mal higienizada ou durante o sono.  

A cirurgia é ambulatorial, feita sob anestesia local e aumenta em até três vezes a resistência da córnea através da aplicação de radiação ultravioleta (UV) associada à vitamina B12 (riboflavina). “É a maior resistência das fibras de colágeno da córnea que faz a cirurgia prevenir o transplante” , afirma.


Como identificar

Queiroz Neto afirma que um dos maiores desafios do ceratocone é o diagnóstico logo no início da doença. Isso porque, observa, frequentemente é confundido com astigmatismo associado à miopia e a progressão é mais agressiva durante a infância e juventude e os resultados do tratamento também são mais efetivos. 

Alérgicos e portadores da síndrome de Down formam os principais grupos de risco  

Os sinais de alerta que podem indicar aos pais a doença em crianças são:

·         Troca frequente do grau dos óculos

·         Dificuldade de permanecer em locais bem iluminados

·         Hábito de coçar ou esfregar os olhos 

·         Queda repentina no desempenho escolar

·         Olhos irritados.

Estes sintomas devem ser relatados ao oftalmologista para que seja feita uma tomografia exame que detecta inclusive anomalias na face posterior da córnea. “Quanto antes é feito o diagnóstico, maiores são as chances de preservar a visão”, pondera.


Contraindicações

Adiar o tratamento do ceratocone pode inviabilizar o melhor tratamento, alerta Queiroz Neto. Isso porque, o crosslink não pode ser aplicado em córneas muito finas, com cicatrizes e olhos com glaucoma.

Para proteger a córnea as dicas são: usar [óculos com filtro UV (ultravioleta) nas atividades externas, evitar o contato com produtos químicos e corpos estranhos usando equipamento de proteção individual, EPI, adequada para cada atividade.




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