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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Setembro amarelo: o diálogo que salva milhares de vidas


Psicóloga da Cia. da Consulta ressalta a importância de prestar atenção nos sinais que podem levar uma pessoa ao suicídio


De alguns anos para cá, o suicídio passou a ser considerado um problema de saúde pública. Com relevante número de casos no país e no mundo, a Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, criou, em 2014, o Setembro Amarelo. A campanha tem como objetivo prevenir o suicídio, ao adotar medidas que promovam o diálogo sobre o tema e consequente redução no número de casos.

Segundo o Centro de Valorização da Vida (CVV), a cada 45 minutos um brasileiro tira a própria vida, uma taxa de mortalidade que supera muitos tipos de câncer. Do total, 96,8% dos casos de morte por suicídio estão relacionados a transtornos mentais, como depressão e o transtorno bipolar, um cenário que nos alerta sobre a importância de constantes diálogos com pessoas que, por quaisquer motivos, desenvolveram tais transtornos.

Abordar e divulgar os fatores de risco possibilita que os profissionais de saúde e toda a população de modo geral estejam mais atentos e informados com relação a esse problema. A conscientização aumenta as chances de que as pessoas mais vulneráveis sejam direcionadas ou busquem um tratamento de saúde mental mais apropriado. Diferente do que pode parecer, falar sobre suicídio de maneira cuidadosa e adequada não gera aumento no número de casos, pelo contrário, trazer o assunto para diálogos saudáveis contribui – e muito - para a promoção da saúde mental.

“Trabalhadores de setores como a saúde, familiares e pessoas próximas devem levar em consideração a fala de uma pessoa que diz pensar em suicídio e encaminhá-lo para um profissional de saúde mental. O tratamento envolve não somente ele próprio, mas se estende também àqueles que fazem parte do seu dia-a-dia, pois devem obter informações e orientações de como proceder em situações anormais”, aconselha Clara Kislanov, psicóloga da Cia. da Consulta. 

O Setembro Amarelo nada mais é do que um lembrete sobre a importância de dialogar. “O diálogo é uma maneira clara de mostrar que a pessoa não está sozinha e oferecer apoio e estar à disposição de quem precisa faz toda a diferença e pode salvar uma vida”, alerta a psicóloga. 

Vale destacar que o Centro de Valorização da Vida (CVV) presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional, para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. O centro realiza mais de 2 milhões de atendimentos anuais, graças ao apoio de 2.400 voluntários em 90 postos de atendimento pelo telefone 188 (sem custo de ligação), ou pelo www.cvv.org.br via chat, e-mail ou carta. Converse, você pode salvar uma vida!

 
Para saber mais www.ciadaconsulta.com.br




Fertilidade e o câncer: saiba mais sobre essa relação


Você sabe qual é a relação entre a fertilidade e o câncer? Se a resposta for não, saiba que você não é o único. 

Os casos de câncer têm alcançado números alarmantes no Brasil, e seu crescimento está associado diretamente aos maus hábitos alimentares, uso de cigarros, álcool, sedentarismo e pré-disposições genéticas, práticas nocivas ao organismo humano que são cada vez mais comuns e que tem cobrado um alto preço. 

Os tipos de câncer com maior incidência são os de pulmão, mama, pele e o de estômago que acometem pacientes de todas as idades e gêneros. 

E, independentemente do tipo de câncer apresentado, essa condição pode afetar diretamente a fertilidade de indivíduos em idade reprodutora. 


Pacientes com Câncer podem gerar filhos? 

Os tratamentos para essa patologia são em geral muito agressivos, envolvendo quimioterapia, radioterapia e até mesmo procedimentos cirúrgicos. 

Tais recursos geram um impacto negativo no organismo dos pacientes, e no geral os órgãos reprodutores (ovários / testículos) são muito sensíveis aos métodos utilizados para o tratamento do câncer. 

A Fertilidade e o câncer precisam ser cuidadosamente observadas pelo profissional oncologista que cuida desses pacientes. 

Em pessoas jovens que desejam conceber filhos no futuro já existem alternativas disponíveis, que poderão proporcionar uma gestação segura mesmo em pacientes submetidos aos mais agressivos tratamentos. 


Fertilidade e o Câncer: Quais as alternativas para pacientes com essa condição? 

Mediante análise do quadro geral desse paciente pelo médico oncologista responsável, o mesmo poderá orientar qual o melhor procedimento para proporcionar condições de fertilidade no futuro. 

A Fertilidade e o câncer são tratados de forma conjunta e para mulheres na maioria dos casos é realizado o congelamento dos óvulos, que futuramente poderão ser fecundados e implantados de volta em seu útero. 
Para os homens pode ser realizado o congelamento de sêmen, que se trata de um procedimento bem simples. 

Quando a doença acomete crianças que ainda não chegaram a maturidade dos órgãos reprodutores já existem técnicas que permitem o congelamento de fragmentos ovarianos, que posteriormente serão utilizados no organismo da mulher. 


Qualquer paciente pode efetuar o congelamento de material reprodutivo? 

O ideal é que homens e mulheres com diagnóstico de câncer e que desejam no futuro gerar filhos conversem com seus médicos, pois a fertilidade e o câncer caminham juntos e avaliar os impactos do tratamento no organismo e as opções disponíveis para cada caso, pode ser determinante para evitar frustrações futuras a pacientes que possam vir a ter problemas para engravidar. 

Muitas vezes ao ser diagnosticado, o câncer precisa de rápidas intervenções para conter o quadro e evitar sua evolução, com isso nem sempre há tempo hábil para avaliar todas as particularidades de cada caso. 

Muitos pacientes são encaminhados de imediato para o congelamento de material reprodutivo para assegurar possibilidades futuras de concepção antes mesmo que se possa ter uma melhor visão do quadro geral da doença. 

Principalmente em pacientes homens cujo o procedimento é fácil e rápido. 

Porém a fertilidade e o câncer são diretamente afetados pelo prognóstico de cura. O paciente necessita de boas perspectivas de cura para obter alguma garantia de fertilidade futura. 






Dr. Alfonso Araújo Massaguer - CRM 97.335 - www.mae.med.br    -  Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas eEspecialista em Reprodução Humana pelo Instituto Universitário Dexeus – Barcelona. Dr. Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. É professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU e membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida e autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina.   


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