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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

E se você exigisse mais dos seus candidatos?


A importância de deixar de se basear-se nas antigas perguntas prontas, exigindo mais dos candidatos.
 
Entrevistas de emprego são, quase sempre, parecidas. O candidato chega, fica esperando em uma sala, nervoso geralmente, aguarda até ser chamado e o "interrogatório" começa. Claro, fazer perguntas para saber as qualidades e o que o candidato pensa de si mesmo é importante, mas será que isso é tudo?

As velhas perguntas referentes às falhas, qualidades e aspirações não são mais o suficiente para diferenciar as pessoas em processos seletivos, com o alto nível de competição que pode-se perceber atualmente. Muitos vídeos, matérias e tutoriais na Internet já possuem essas respostas prontas, para que o candidato possa ver o que é, comumente, perguntado em processos seletivos. Como, então, diferenciar as pessoas e identificar o melhor profissional para sua empresa? Segundo Madalena Feliciano, diretora de projetos da empresa Outliers Careers, é preciso que os entrevistadores criem maneiras diferentes de testar as habilidades e qualidades dos candidatos. "Colocar a capacidade de alguém à prova, forçando-o a revelar sua verdadeira identidade, é uma forma de descobrir quem aquela pessoa sentada à sua frente realmente é", afirma.

Ela lembra de um caso muito comentado, de um processo seletivo inovador feito pela marca de cervejas Heineken. Ao longo do vídeo feito sobre essa ação, é possível perceber que todos os candidatos respondiam coisas parecidas, ao afirmar que combinavam bem com a vaga por gostarem muito de futebol (a empresa é patrocinadora de diversas competições do esporte) ou que seu estilo de gerenciamento era "apaixonado", por exemplo.

Madalena afirma que a marca procurava uma pessoa entre 1734 candidatos para ser trainee para seu departamento de patrocínios e eventos, e isso é como procurar uma agulha num palheiro. "Dessa forma, eles fizeram três provas diferentes para ver como eles se saíram, tudo sem avisar os candidatos: andar de mãos dadas com o entrevistador, prestar primeiros socorros e ajudar os bombeiros a segurarem uma cama-elástica para que uma pessoa pulasse do prédio. Com isso, puderam identificar quem teria o perfil comportamental desejado para a posição", explica.

Apesar de que nem todas as marcas e empresas possam fazer esse tipo de testes, por não serem tão grandes quanto a Heineken, a gestora afirma que é possível, sim, que, em empresas de qualquer tamanho, testes práticos sejam feitos para testar as habilidades e o perfil comportamental dos candidatos. "Muitas vezes, a pessoa já está acostumada às respostas que os entrevistadores querem ouvir, e acaba por responder de forma automática. Com esses processos seletivos diferenciados, é possível perceber quem é adequado, de verdade, para o cargo, elevando o nível do corpo de funcionários de uma empresa", pontua.

A gestora finaliza, afirmando que é necessário sair do lugar comum, para entregar resultados cada vez melhores, e contratar pessoas que realmente são aptas para exercer determinada função, agregando valor e ajudando a empresa a crescer.

 Saiba mais pelo vídeo:






Outliers Careers
Madalena Feliciano - Gestora de Carreira
Rua Professor Aprígio Gonzaga, 78 - Térreo - São Judas,  São Paulo - SP.
madalena@outlierscareers.com.br
www.outlierscareers.com.br


Preparando as Redes da América Latina para o Futuro: Planeje o 5G enquanto constrói o 4G

Com a chegada da Internet das Coisas (IoT), as operadoras estão focadas na atualização de suas redes para assegurar que empresas, governos e organizações funcionem da melhor forma possível. A corrida rumo ao 5G já está em curso, com fornecedores e operadoras disputando a liderança da próxima geração de redes móveis. Enquanto o 4G LTE na América Latina oferece velocidades típicas de 5Mbps a 25Mbps para download de dados, o 5G visa alcançar velocidades de até 10Gbps e suportar até 100 vezes mais dispositivos conectados - principalmente máquinas ou, no contexto da IoT, “coisas” . Sua televisão já está conectada, mas em breve o seu forno e até as suas roupas também se tornarão “coisas” conectadas.

Esse enorme salto em conectividade proporcionará um novo mundo de benefícios aos consumidores, assim como grandes oportunidades de crescimento para as empresas e órgãos governamentais que dependem de tecnologias sem fio. No entanto, os benefícios do 5G não podem ser conquistados se a infraestrutura de rede fixa que interconecta rádios e data centers entre si não estiver pronta. Na América Latina, onde o foco atual continua sendo a mudança do 3G para o 4G, a rede fixa existente não suporta a migração para o 5G.

Como a América Latina pode ficar atualizada

Existe, certamente, uma necessidade real e imediata de construir e otimizar as redes 4G na América Latina, com o alcance do 4G na região ainda pairando em torno de 25%. Nesse contexto, só faz sentido que as operadoras continuem a focar na mudança do 2G e 3G para o 4G para oferecer melhores velocidades e conectividade, resolvendo o congestionamento de rede que ainda incomoda os usuários.

A América Latina ainda tem vários anos pela frente antes da chegada do 5G, com a maioria das previsões apontando o lançamento de uma ampla disponibilidade de cobertura 5G para 2025. Por outro lado, países como EUA, Japão e Coréia do Sul já estão realizando testes com o 5G, com planos para amplas implementações até 2020.

No Brasil, as operadoras de rede locais estão se tornando as primeiras da América Latina a caminharem em direção ao 5G, oferecendo um produto intermediário informalmente chamado de “4.5G”. Esta é uma ponte entre o presente e o futuro. Enquanto o 4G só funciona em uma banda (2.5GHz), o 4.5G pode utilizar múltiplas bandas para transmitir dados simultaneamente. Simplificando, isso se assemelha a acrescentar mais faixas a uma rodovia, diluindo o tráfego e permitindo maior velocidade.

Entretanto, aqueles que se beneficiam do 4.5G não estão experimentando todos os benefícios do 5G. O primeiro só muda a forma de navegarmos na internet em smartphones, enquanto o segundo aumenta a maneira como interagimos com o mundo. Para chegarem ao futuro, as operadoras brasileiras precisam começar a preparar as suas redes desde já.

Os obstáculos no caminho do 5G

Para evoluir suas redes e alcançar esses benefícios, as operadoras precisarão enfrentar alguns desafios importantes. O custo, por exemplo, é sempre uma preocupação para as operadoras, que precisam dimensionar a capacidade da rede sem aumentar os custos. Haverá também novos requisitos de orquestração em torno do 5G, já que uma ampla gama de bilhões de dispositivos IoT conectados - de sensores a veículos autônomos a máquinas de venda automática - dependerá de uma nova geração de redes para permanecer conectada. E, por fim, as operadoras precisarão lidar com mudanças radicais na arquitetura da rede, mudando de um sistema centralizado para uma arquitetura mais dispersa tipo nuvem.

Mas não há qualquer motivo para as operadoras se sentirem dissuadidas. Graças às novas soluções de rede, as operadoras podem equilibrar as necessidades de curto e de longo prazo. Elas podem continuar a afinar as redes 4G enquanto investem simultaneamente em 5G. Para começar, as operadoras precisam lançar mais fibras, e muitas delas - algo que começamos a ver com projetos de instalação de mais de 35.000 km de fibra pela Telecomm no México e a ArSat na Argentina, que hoje conta com o maior backbone de fibra operacional da região. Alguns anos atrás, as operadoras investiram em fibras expressas para vencer longas distâncias. Mas, para suportar o 5G, precisamos de fibra que suporte alto volume de tráfego e esteja aberta em todos os lugares para coletar toneladas de dados perto dos rádios e antenas das redes sem fio.

A expansão da infraestrutura de fibra oferece o benefício duplo de suportar velocidades 4G mais altas, enquanto a rede é preparada para o 5G. A fibra também tem a capacidade única de oferecer largura de banda e segurança essencialmente ilimitadas a preços atraentes, o que é uma melhoria notável em relação às redes de retorno de cobre e microondas.

A rede definida por software (SDN) e a virtualização de funções de rede (NFV) também terão um papel fundamental na chegada do 5G. O SDN e o NFV permitem uma alocação mais flexível e automática de recursos ao aproveitarem novas soluções de software, dando às operadoras a capacidade de aumentar a capacidade de maneira econômica, aproveitando as economias de escala baseadas em nuvem.

Essas tecnologias de virtualização, juntamente com o fatiamento e a orquestração da rede, formarão o backbone do futuro 5G e ajudarão a rede inteira a funcionar sem problemas, mesmo quando ela se tornar mais complexa. As operadoras podem começar a integrar hoje as tecnologias de virtualização em seus planos para obter mais eficiência das redes 4G, enquanto otimizam suas capacidades para o que está por vir. Ainda temos vários anos pela frente, mas mudar para o 4.5G ajudará a reduzir a latência no Brasil, ao mesmo tempo em que lançará as bases para uma transição bem-sucedida para o 5G.

Enquanto há ainda muito trabalho a ser feito, são claros os benefícios de se preparar proativamente para o 5G mudando, por enquanto, para o 4.5G. Fazer melhorias incrementais na infraestrutura hoje existente ajudará a estabelecer as bases que serão necessárias amanhã e a preparar o caminho para uma transição suave para o 5G.




Hector Silva - CTO e Líder Estratégico de Vendas para CALA da Ciena

Ciena
Twitter @Ciena, LinkedIn, blog Ciena Insights - http://www.ciena.com

FecomercioSP desaprova medida provisória que institui política de preços mínimos para fretes rodoviários


Segundo a Entidade, medida configura intervenção do governo na economia; alta dos preços pode aumentar custos para os consumidores

A Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por meio de seu Conselho de Comércio Eletrônico, desaprova a Medida Provisória n.º 832, que instituiu a política de preços mínimos para fretes rodoviários. A medida, de 11 de julho deste ano, ainda aguarda a sanção do presidente da República, Michel Temer, para entrar em vigor, mas pode ser aprovada sem nenhum veto.

A MP 832 determina, entre outros pontos, que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) elabore uma tabela de preços mínimos. Entretanto, em 2015, a ANTT, por meio de notas técnicas, havia afirmado que em decorrência da multiplicidade de situações, seria algo de difícil formulação. Ou seja, o governo obriga a ANTT assumir um papel contrário ao que ela acredita, por força de uma medida provisória.

Para a FecomercioSP, essa é uma medida arcaica e configura intervenção do Estado na economia. É uma afronta ao que prevê a Constituição Federal no artigo 170, IV, que estabelece a livre concorrência como um dos princípios da ordem econômica.

Segundo a Federação, instituições como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Ministério da Fazenda determinam que a intervenção do Estado no domínio econômico só se justifica quando há concentração de mercado, o que não é o caso do segmento de fretes rodoviários de carga, no qual existem milhares de contratantes e ofertantes, em um ambiente de livre concorrência.

Um ajuste, neste momento, pode ser distorcido pela mão pesada do governo, cujos os impactos já sentimos nos preços dos produtos refletidos na inflação e na queda do produto interno bruto (PIB), divulgados recentemente.

A FecomercioSP acredita ainda que os consumidores brasileiros irão pagar o custo dessa decisão, uma vez que os valores dos fretes serão repassados aos clientes. De acordo com a Entidade, os operadores logísticos, por exemplo, que atendem às principais empresas de comércio eletrônico no Brasil, estimam um acréscimo nos preços de fretes das cargas expressas na ordem de 18% a 20%, em média.

“Por qualquer ângulo que se olhe, a desastrosa MP 832 tem a capacidade de gerar despesas para toda a sociedade e muita pouca chance de beneficiar os seus principais reclamantes”, afirma o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP e diretor de relações institucionais da Ebit, Pedro Guasti.

Apesar da MP 832 ter sido aprovada sob pressão dos caminhoneiros, a Federação, após ter ingressado com medida judicial anulatória contra a MP 832, espera que a Suprema Corte se manifeste sobre sua constitucionalidade ou que o próprio governo recue, tornando a tabela de fretes mínimos um referencial, e não uma determinação imposta pelo Estado no mercado econômico, fixando, de forma superficial, os valores dos fretes
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