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terça-feira, 3 de abril de 2018

Pessoas com Parkinson precisam de apoio familiar e psicológico


Amanhã (4 de abril), comemora-se o Dia Nacional do Parkinsoniano e a psicóloga do Hospital Santa Casa de Mauá, Valéria Xavier faz alguns alertas sobre os cuidados que se deve ter com os portadores da Doença de Parkinson


Segundo Valéria Xavier, essa doença é neurodegenerativa com maior índice entre os indivíduos da terceira idade, provocando tremor, rigidez e instabilidade postural. Não existe etiologia que defina a ocorrência da degeneração, no entanto, sabe-se que ocorre uma diminuição na produção da dopamina.

Sintomas como tremor, lentidão de movimentos, fala sussurrada e baixa, perda de expressão facial, dificuldades para andar, entre outros podem causar um grande impacto psicológico em um indivíduo com Parkinson. Quando o tremor é o sintoma predominante, esconder é a tendência usual dos parkinsonianos, possivelmente devido aos olhares curiosos das outras pessoas. Dificuldades no movimento também é um agravante. Por causa disso, muitos se excluem e se isolam da convivência de outras pessoas. 

Se a fala está comprometida, o paciente tende a ficar mais calado, passando a impressão de ignorar ou de não entender a conversa e a fala dos outros. Quando há perda de expressão facial, as pessoas acreditam que o portador da doença não tem emoção. Outro grande causador de problemas psicológicos é a dificuldade na marcha. Esse sintoma compromete e muito a interação do parkinsoniano com o mundo, pois tende a se isolar e se recusar a sair de casa. Cerca de 40% dos portadores da doença apresentam depressão antes do diagnóstico, devido ao impacto na vida (pessoal, profissional e social) causados por esses e outros sintomas. Após o diagnóstico, a tendência é que o estado psicológico do paciente fique mais comprometido.

Geralmente, o comportamento inicial da pessoa que descobre que é portadora de Parkinson é de negar a doença. Às vezes, nem a própria família sabe que a pessoa tem a doença. Já outros pacientes não tentam encobrir os sintomas da doença, mas apenas aceitam a doença sem dar muita importância ao tratamento, o que a médio e longo prazo poderá ser crítico e prejudicial para sua saúde e qualidade de vida.


Importância do apoio familiar e psicológico 

Ninguém está preparado para adoecer e a possibilidade de adoecimento de um familiar gera grande expectativa, sobretudo quando se trata de uma doença crônica e incapacitante. A repercussão da doença envolve aspectos biopsicossociais, sendo necessário elaborar as mudanças e as consequências do processo de adoecer, principalmente no que diz respeito à forma como a família, o trabalho e as relações sociais são afetados. 

A família é a fonte mais importante de apoio social, exercendo grande influência na saúde e na doença, uma vez que o suporte social compreende a forma de relacionamento interpessoal que dá ao indivíduo um sentimento de proteção e apoio capaz de propiciar redução de estresse e bem-estar psicológico. Um sistema de apoio social deve envolver o aspecto emocional, onde a pessoa se sinta amada, protegida e cuidada, o aspecto valorativo, que implica um sentimento de autoestima, consideração e respeito e ainda um aspecto não menos importante que é a comunicação, que gera o sentimento de pertencer a uma rede onde o acesso às informações são compartilhadas por todos.

Desta forma, a família, como apoio social, deve favorecer trocas afetivas, cuidados mútuos e uma comunicação franca e precisa entre familiares, paciente e equipe médica. Esta dinâmica favorece no indivíduo a sensação de acolhimento e apoio que lhe dá força para enfrentar o estresse e elevar a autoestima.

A participação da família no processo de adoecimento do indivíduo acontece desde a percepção dos primeiros sintomas como em todo o processo de aceitação e convivência com a doença. É preciso que a família se coloque no lugar daquele que necessita de cuidados. Compreender que a frustração pela incapacidade e redução de autonomia de um familiar é um sentimento comum entre os membros da família, embora cada um possa reagir de uma forma. Vale sempre lembrar que a afetividade, o respeito e a comunicação clara e eficaz devem sempre ser a base para um bom sistema de suporte social, onde não só o aquele que está doente precisa de apoio, mas todos os membros da família. Viver com a doença de Parkinson pode ser menos complicado quando pacientes e familiares compreendem o que está acontecendo. 

Oacompanhamento psicológico é fundamental e importante para melhorar a qualidade de vida. Autoconhecimento e reconhecimento da necessidade de ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim de coragem para enfrentar um problema, seja qual for. Além da psicoterapia, a intervenção farmacológica com medicamentos ansiolíticos e/ou antidepressivos pode ser um grande auxilio para melhorar o estado emocional do paciente.

Sentimentos como raiva e frustração podem ser indicativos da importância de entendimento e cooperação para ajudar os pacientes e familiares a se adaptarem às mudanças necessárias. Relatar para seu médico e/ou terapeuta para obter informações sobre qualquer sintoma que seja confuso, frustrante e, até mesmo, assustador, permitirá que os pacientes e seus familiares tenham melhores condições de entendê-los e conhecer as perspectivas, trazendo maior confiança para lidar com eles.

O tratamento psicológico é de longa duração, envolve não só o paciente, mas os que com ele convivem. Todos, em conjunto, devem oferecer recursos físicos e, principalmente, afetivos através dos anos, para que o tratamento seja conduzido com tolerância, cautela e compreensão e muita autoestima. É comum pacientes relatarem ter medo, depressão, estresse, ansiedade, às vezes, decorrentes da medicação utilizada para suprir a escassez da dopamina no cérebro, como também, decorrente dos sintomas e sua evolução.

O papel do psicólogo no acompanhamento de pessoas com Doença de Parkinson é de grande eficácia, pois o seu papel neste processo de intervenção pode garantir um controle no uso da medicação e promover melhoria no cotidiano tanto do portador da doença como nos seus cuidadores, mas é preciso que haja um trabalho interdisciplinar com auxílio de profissionais como fisioterapeutas, nutricionistas, médicos, enfermeiros e outros, para que juntos possam proporcionar uma melhora significativa na vida do paciente.


Conjuntivite: temperaturas elevadas favorecem propagação do vírus


Surtos da doença foram relatados pelas Secretarias de Saúde de pelo menos oito estados


 Os primeiros dias do outono têm sido de chuva e temperaturas elevadas, uma combinação perfeita para o surgimento de doenças típicas dessa mudança de estação. O ar quente favorece, por exemplo, a propagação do vírus da conjuntivite que é caracterizada pela inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina do globo ocular, a parte branca dos olhos, e o interior da pálpebra.

"A conjuntivite pode ser viral, bacteriana e alérgica. Os sintomas para todas elas são: vermelhidão, coceira, pálpebras inchadas, olhos lacrimejantes e secreções. É importante interromper imediatamente o uso de lentes de contato caso esses sintomas se manifestem", afirma o Presidente da Sociedade Brasileira de Ceratocone, o oftalmologista Renato Neves.

Em todos os casos, é recomendado que um oftalmologista seja consultado tão logo surjam os sintomas para o diagnóstico exato da doença.


Conjuntivite Viral

A infecção viral é causada pelo adenovírus, normalmente a transmissão é feita por interação com secreções oculares e com tosses e espirros da pessoa infectada. Os sintomas desse tipo de conjuntivite se manifestam depois de 48h de contato com o vírus, duram de 7 a 15 dias e o tratamento é feito com o uso de colírios.


Conjuntivite bacteriana

O contágio da conjuntivite bacteriana acontece por meio do contato direto com a bactéria. A duração da infecção varia de 10 a 14 dias e o tratamento é feito por meio de colírio antibióticos.


Conjuntivite alérgica

Há quatro tipos de conjuntivite alérgica: associado à rinite e asma, ceratoconjuntivite atópica, que é associado à dermatite atópica; primaveril, causado pelo pólen, e desencadeado pelo uso de lentes de contato. Esse tipo de conjuntivite não é contagioso e pode ser tratado com anti-histamínico.
"Para evitar a conjuntivite é preciso seguir algumas recomendações básicas como evitar aglomerações, lavar bem as mãos e o rosto, trocar com frequência toalhas de uso comum ou usar toalhas de papel e não compartilhar produtos como esponjas e maquiagens", aconselha o Dr. Renato Neves.





Dr. Renato Neves -Presidente da Sociedade Brasileira de Ceratocone e foi um dos primeiros cirurgiões a realizar no Brasil a cirurgia de catarata com facoemulsificação em 1993. É graduado e fez residência médica na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. Tem pós-doutorado em Imunologia, Córnea e Catarata na Harvard Medical School - Massachusetts Eye and Ear Infirmary - e no MIT – Massachusetts Institute of Technology. Dr. Renato Neves é sócio fundador do Instituto da Visão da UNIFESP e da Sociedade Brasileira de Cirurgia a LASER e membro da American Academy of Ophthalmology, onde recebeu, em 2005, o Achievement Award. É também membro da International Society of Refractive Surgery e European Society of Cataract and Refractive Surgery. Ele é Diretor da Aging Eye Institute e fundador-presidente da Fundação Eye Care que deu assistência oftalmológica gratuita a mais de 50 mil brasileiros carentes nos últimos anos.


Dia Mundial da Saúde: a importância dos hormônios para o bem estar


  Entenda as áreas de atuação da Endocrinologia
#sbemsp


O sistema endócrino é responsável pela produção de substâncias químicas denominadas hormônios, que são secretados no sangue, e vão regular diferentes células e tecidos do organismo. As células especializadas responsáveis pela produção dos hormônios são conhecidas como células endócrinas. Os distúrbios endócrinos podem apresentar diversos sintomas que variam de intensidade e de frequência. “ Nossas glândulas endócrinas principais são hipófise, tireoide, paratireoide, pâncreas, suprarrenal, ovários e testículos, e a disfunção de uma delas pode comprometer toda nossa saúde”, explica a Dra. Larissa Garcia Gomes, diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

Conheça os campos de atuação da Endocrinologia e fique alerta para conversar com seu médico sobre seus níveis hormonais.



Andropausa: Cansaço, diminuição da força muscular e disfunção sexual, podem ser decorrentes da diminuição dos hormônios masculinos em razão do envelhecimento. A reposição hormonal prescrita por um endocrinologista é uma opção de tratamento.



Colesterol e Triglicerídeos: São esses tipos de gordura do nosso organismo que estão diretamente ligados à saúde do coração. O risco de complicações cardiovasculares é atenuado com alimentação correta e exercícios físicos regulares.



Crescimento: Criança que cresce demais ou que cresce de menos pode estar com alterações hormonais, nutricionais ou genéticas. Só um endócrino poderá avaliar com cautela os tratamentos necessários.



Diabetes: Excesso de peso, pressão mal controlada, colesterol e histórico familiar podem indicar propensão ao diabetes. Sede excessiva, muita urina e perda peso estão entre os sintomas. Só no Brasil há 13 milhões de diabéticos. Quando mal controlada, a doença que é crônica e não tem cura, pode elevar a sérias complicações nos olhos, pés e rins.



Distúrbios da Menstruação: Alterações do ciclo menstrual (falta de menstruação ou menstruação mais de uma vez ao mês) podem significar problemas hormonais. A investigação clinica é o que vai determinar o tratamento adequado.



Distúrbios da Puberdade: Desenvolvimento de pelos pubianos e mamas antes da idade adequada podem indicar distúrbios hormonais na criança. Adolescentes que ainda não apresentam as características da puberdade também devem ser avaliados.



Doenças da Suprarrenal: Aumento de peso, estrias avermelhadas, pelos excessivos, pressão alta ou baixa, puberdade precoce, além do escurecimento da pele podem significar problemas na glândula suprarrenal, que é responsável por vários hormônios, entre eles, o cortisol (hormônio do estresse).



Doenças da Hipófise: Conhecida também como pituitária, a hipófise é uma glândula localizada na base do cérebro que tem as funções de regular o trabalho das glândulas suprarrenal, tireoide, testículos e ovários, produzir o hormônio importante para a lactação (prolactina),o hormônio do crescimento, o hormônio antidiurético e o hormônio chamado oxitocina, importante para o trabalho de parto. Entre as principais doenças da hipófise, temos: adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes, acromegalia, doença de Cushing, prolactinoma, diabetes insípidus (diferente do diabetes mellitus) e hipopituitarismo.



Excesso de Pelos: Mulheres com excesso de pelos com padrão de distribuição masculino (hirsutismo), acne ou amento da musculatura, podem estar com produção excessiva de hormônios masculinos.



Menopausa: Decorrente da falência da produção dos hormônios estrógenos e da atividade reprodutiva pelos ovários, geralmente ocorre entre 45 e 55 anos. Quando acontece antes dos 40 anos, é denominada menopausa precoce, o que pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares (infarto e derrame) e osteoporose. O tratamento deve ser individualizado e a terapia hormonal pode ser prescrita por um endocrinologista.

 

Obesidade: A obesidade é uma epidemia mundial e risco para a saúde de crianças e adultos. Quando não tratada, a obesidade está relacionada a doenças cardíacas, diabetes, doenças hepáticas e muitos tipos de câncer. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estarão com sobrepeso, e mais de 700 milhões, obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo poderá chegar a 75 milhões.

 

Osteoporose: É uma doença endócrina caracterizada por enfraquecimento nos ossos. Sem apresentar sintomas, a osteoporose causa mais de 8,9 milhões de fraturas por ano em todo o mundo, resultando em fratura osteoporótica a cada 3 segundos, de acordo com a Federação Internacional da Osteoporose (IOF).



Tireoide: A principal função da tireoide é a produção de dois hormônios, denominados T3 e T4, que agem em praticamente todas as funções orgânicas, como controle dos batimentos cardíacos; transmissões cerebrais, com influência sobre o humor, memória, atenção, concentração, raciocínio e inteligência; força muscular e metabolismo do tecido adiposo (gordura); controle da produção e consumo de energia, manutenção da temperatura corpórea e mecanismos de adaptação ao frio; formação e renovação do osso; movimentos das alças intestinais (peristaltismo); crescimento; ciclo menstrual e fertilidade, entre outras.

O check-up anual, com acompanhamento de um endocrinologista, é fundamental para a boa qualidade da saúde.


SBEM-SP- Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo
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