O
mercado não se recuperou ainda. Depois da crise mundial de 2008, do subprime, onde havia muitos
créditos podres, sem fundos no mercado norte americano, o incentivo à compra de
imóveis era muito grande nos Estados Unidos, sem a exigência de muitos
compromissos para comprovar renda. A aquisição de bens imóveis ficou fácil e
desenvolveu-se uma bolha.
Naquele
ano, uma parte da pirâmide de consumo passou a ter problemas de pagamento.
Houve um efeito cascata até chegar aos grandes bancos, que afetou posteriormente
afetou os países europeus e chegou até o Brasil. Os mercados não se
recuperaram 100%. Uma das estratégias foi imprimir mais dinheiro. Muitos países
desenvolvidos, ainda, trabalharam com juros quase a zero para o crédito, o que
fomentou ainda mais o consumo.
Na
verdade, alguns deveres de casa não foram realizados no sentido de buscar a
sustentabilidade do mercado financeiro. Ou seja, de trabalho e distribuição de
renda de forma igualitária e qualitativa.
Hoje,
no Brasil, estamos vivendo uma nova onda de otimismo no mercado financeiro.
Recentemente a nossa bolsa de valores rompeu um pico de alta de muitos anos,
fazendo com que muitas ações se recuperassem e voltassem a crescer.
Porém,
quando olhamos o nosso dia a dia, conversamos com amigos e familiares, percebemos
que o desemprego é muito grande. Muitas pessoas estão fora do mercado de
trabalho e não conseguiram se recolocar. Nos supermercados não vemos os
alimentos mais baratos.
Para
agregar, a legislação tributária no Brasil ainda é muito arcaica. Estamos vivendo
uma das piores crises políticas de todos os tempos em nosso País. E não vemos
sinais de melhora. O que vemos são políticos, independente de bandeira
partidária, acusarem uns aos outros para tentarem manter-se em seus cargos.
Estados quebrados, endividados, crises na saúde, crise na segurança pública, e
aí eu me pergunto: por que a bolsa de valores está subindo? Por que o mercado
financeiro está em euforia se o nosso dia a ainda, na vida real, o que vemos
não condiz?
Isso
tudo vai estourar lá na frente. Por isso que eu indico a mesma estratégia que
os ricos ao redor do mundo estão desenvolvendo: que é comprar ouro aos poucos
(você pode comprar moedas de ouro para guardar em casa) e, entre 2 a 3% da sua
poupança, comprar moedas como os bitcoins e deixar guardado ao longo prazo.
Não
sabemos quando, qual dia, mês ou ano essa bolha vai estourar. Será a futura
crise financeira mundial. Mas, quando estourar, será pior do que qualquer outra
crise que já existiu. Espero que eu esteja errado e que outros analistas ao
redor do mundo e empresários também estejam errados.
Desejo
que esta crise financeira nunca aconteça, mas que, se acontecer, eu, você,
nossos amigos e familiares estejam preparados. Por isso a indicação sobre o
ouro e os bitcoins, pois se essa crise estourar, o dinheiro de papel que nós
conhecemos terá pouco valor ou valor algum.
Rodrigo
Miranda - Coach NeuroFinanceiro.