Investimentos
em profissionais e equipamentos não são suficientes quando os moradores não
assumem a responsabilidade de fazer dos condomínios, lugares seguros
Mesmo
com os altos custos com segurança em condomínios, os números de roubos e furtos
cresceram 172% de 2016 para 2017, segundo dados da Secretaria de Segurança
Pública do Estado de São Paulo. Os assaltantes estão cada vez mais criativos,
mas na maioria das vezes usam as “velhas táticas” de se passar por moradores ou
amigos de condôminos. Por isso, vale ressaltar que somente os aparelhos
tecnológicos e a equipe da portaria e de garagem não são suficientes, quando os
moradores ignoram as atitudes que promovem a segurança preventiva.
Os
condôminos são peças-chave que envolvem toda a movimentação do conjunto
residencial de casas ou apartamentos. Por isso, precisam ter: responsabilidade
ao se identificar corretamente na entrada e saída, anunciarem o recebimento de
encomendas e fast-food, avisarem antecipadamente a vinda de visitantes e o
cadastramento de diaristas, prestadores de serviço, entre outros. Para evitar
invasões e assaltos são necessários atenção, precaução e cumprimento das regras
condominiais.
Avisar
a portaria sobre possíveis movimentações de entradas e saídas pessoais (de
interesse próprio) é o mínimo que se pode fazer. Algumas regras são básicas,
como não autorizar a subida de entregadores, sempre indo até a portaria para
pegar os seus pedidos; não autorizar a subida de nenhum prestador de serviço
que não tenha sido requisitado previamente, bem como pessoas estranhas,
vendedores e funcionários de instituições de caridade.
Mesmo
que alguns destes passos exijam um certo “trabalho” aos condôminos, como a
identificação com documentos de babás e diaristas, elas são medidas essenciais
para verificar a autenticidade e a veracidade das informações, não colocando
seus moradores em risco. Ao entrar na garagem, sempre estar atento se não há
nenhum suspeito observando; e trancar o veículo sem objetos dentro. Os que
residem no 1.º e 2.º andares de prédios, geralmente é recomendado um cuidado
especial nas varandas e áreas de acesso.
Com o
auxílio dos moradores, a ação dos porteiros - que já é fundamental - poderá
ficar ainda mais eficiente. Mas, sempre é bom salientar que um condomínio não
pode contratar qualquer tipo de funcionário para funções de segurança preventiva. O porteiro
precisa ser treinado, pois apesar de não poder utilizar artefato de fogo, ele
tem a importante tarefa de inibir furtos e assaltos.
Na maioria dos casos, a
falha está justamente no momento da averiguação ou liberação de visitantes e
prestadores de serviços. Por isso, alertar condôminos quanto às atitudes
irresponsáveis e investir em treinamento e tecnologia vale a pena. Há empresas
de serviços terceirizados com experiência na gestão e na preparação de
profissionais capacitados para agir e evitar situações desagradáveis.
Assim,
o condomínio não precisa se preocupar com a ausência de funcionários. Com a
terceirizada, outro deverá cobrir o plantão e com a mesma qualidade de serviço.
O prédio não precisa fazer o processo de seleção e treinamento dos
funcionários, e deixa esses encargos ao cuidado e supervisão da empresa que vai
aplicar rotinas próprias para tanto, gerando mais segurança e trabalho de
melhor qualidade.
No
entanto, a ação da portaria se deve juntamente à disciplina e às regras que
devem ser seguidas e respeitadas pelos condôminos. A colaboração deles é
primordial e fundamental para a segurança do condomínio e a vida tranquila em
um ambiente familiar.
Amilton
Saraiva - especialista em condomínios da GS Terceirização www.gsterceirizacao.com.br