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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Lúpus é controlado com medicação e estilo de vida adequado



De nome estranho e causas ainda desconhecidas, o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é difícil de ser prevenido. O que a medicina sabe é que a doença inflamatória crônica é multissistêmica (afeta todos os sistemas do corpo), de natureza autoimune (quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo) e não contagiosa. Acredita-se que pode ser desencadeado por um processo multifatorial, isto é, um conjunto de fatores genéticos, ambientais, hormonais e infecciosos, mas ainda não confirmados por estudos. 

“Não é uma doença infectocontagiosa, traumática ou degenerativa, em que um esquema de prevenção possa ser implantado em nível de saúde pública, visando evitar possíveis causas e/ou diminuir riscos para se adquirir a doença. No entanto, apesar de não existir uma cura definida, há tratamentos para evitar exacerbações e possíveis complicações da doença. Por isso, o conhecimento cada vez maior do Lúpus pelos profissionais da área e pelos agentes de saúde possibilita um diagnóstico o mais precoce possível”, afirma a reumatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Elisa Terezinha Hacbarth Freire. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, existem cerca de 65 mil pessoas com lúpus no Brasil, sendo a maioria mulheres em idade reprodutiva (entre 20 e 30 anos). Ou seja, a cada 1.700 mulheres, uma tem a doença. “Não podemos mais dizer que se trata de uma doença rara, mas, sim, subdiagnosticada”, explica a especialista. 

Apenas exames laboratoriais podem ajudar no diagnóstico do LES, feitos a partir de critérios clínicos e imunológicos específicos. E, assim como qualquer outra doença, quanto mais cedo o paciente for diagnosticado e tratado, maior a chance, ao longo dos anos, de se evitar acúmulo de lesões em órgãos, resultantes dos picos de atividade da doença. 

“O mais correto a se fazer é orientar os pacientes portadores de lúpus a prevenirem uma reativação da doença, mantendo um controle periódico assertivo, com uso de medicação de forma adequada e estilo de vida apropriado”, afirma a reumatologista. “A falta de tratamento desencadeia a atividade da doença que leva a quadros graves, envolvendo múltiplos sistemas, como disfunções renais, vasculares, cardíacas, pulmonares, gastrointestinais, danos hematológicos e até a morte”, completa. 

Os sintomas do lúpus são variados: artrite, a redução parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada área de pele, erupções cutâneas, sensibilidade extrema da pele à luz solar, úlceras orais, febre, alterações neuropsiquiátricas, renais, cardíacas e pulmonares. 

O tratamento consiste tanto no uso de medicamentos, quanto na adoção de em um estilo de vida diferente, como: dieta rica em cálcio, atividade física regular, tratamento de dislipidemias e hipertensão e cuidados especiais em relação à gestação. Também é importante minimizar a exposição à luz solar, pois a luz UV desencadeia apoptose celular, ou seja, morte de células na pele, gerando um quadro inflamatório com formação de auto-anticorpos e desencadeando crises e quadros cutâneos. “Se tratada corretamente, pessoas com LES podem ter uma vida normal, porém, sempre tomando certos cuidados, e buscando orientação médica em caso de dúvidas ou aparecimento de quaisquer sintomas”, finaliza a especialista.




Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
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Sociedade de Pediatria de São Paulo pede aprovação do PL 4841/1994



Projeto de Lei determina a utilização de embalagem especial de proteção à criança em medicamentos e produtos químicos de uso doméstico


O ambiente doméstico lidera os fatores de acidentes por intoxicação em crianças. O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) registrou em 2013 6.411 casos de intoxicação por medicamentos e agrotóxicos em menores até 14 anos.

Os dados são preocupantes, por isso a Sociedade de Pediatria de São Paulo
(SPSP) vem a público apoiar a aprovação do projeto de lei 4841/1994, criado
pelo então deputado Fábio Feldman, que visa implantar uma embalagem
especial de proteção à criança (EEPC) em itens que tenham potencial risco à saúde.

O prof. dr. Claudio Schvartsman, chefe do pronto socorro do Instituto da Criança
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e membro da SPSP,
foi orientador na elaboração do importante Projeto, trazendo subsídios baseados
na literatura médica mundial e em sua vasta experiência clínica no diagnóstico
e condução de casos de intoxicação com medicamentos.

“O PL está em discussão há 23 anos. Agora, após aprovação em quatro comissões,
está no aguardo do plenário para votação. Precisamos divulgar e reforçar
a importância de incentivar a segurança às crianças no que se refere
às embalagens, para que elas não ingiram inadvertidamente conteúdos
impróprios”, reforça dr. Claudio Barsanti, presidente da SPSP.

Ao longo dos últimos anos, a matéria recebeu diversas emendas. No início de abril, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) aprovou o texto, sem alterações, e já está em plenário para votação do texto consolidado com a redação final e posterior encaminhamento ao Senado Federal.


Texto
 
O projeto define a EEPC como “a embalagem projetada ou confeccionada de tal modo que seja significativamente difícil para uma criança com menos de cinco anos de idade abri-la ou retirar uma quantidade tóxica ou perigosa do produto nela contida, em um período razoável de tempo, e que não seja difícil sua abertura por um adulto normal”.

Determina-se, então, que a embalagem deva obedecer aos critérios a partir de definições dos seguintes conceitos: produtos químicos de uso doméstico, embalagens em geral, e embalagem especial de proteção à criança. Padrões como percentual de eficácia de resistência à abertura, procedimentos detalhados para realização dos testes dos invólucros e os produtos que devem ser distribuídos em EEPC são outros itens contemplados pelo PL.




Hoje é o Dia Nacional de Luta Contra a Endometriose!



 A doença que assusta as mulheres pode ser tratada ainda na adolescência e evitar a infertilidade


Hoje é comemorado o Dia Nacional de Luta Contra a Endometriose. Conhecida como a doença da mulher moderna, e uma das principais causas da infertilidade feminina, a endometriose acomete cerca de 7 milhões de brasileiras em idade reprodutiva (15-49 anos). Desse total, de 30% a 50% dessas mulheres correm sérios riscos de perder a capacidade reprodutiva por causa dessa doença que não tem cura, mas tem tratamento. O diagnóstico precoce é fundamental, e ainda hoje, é a melhor alternativa de prevenção.

“A endometriose é uma doença inflamatória que ocorre quando o tecido que reveste o útero (endométrio) se expande para fora dele chegando a lugares onde não deveria crescer. Como, por exemplo, nos ovários e na cavidade abdominal. Esse distúrbio pode surgir a partir da primeira menstruação, e por isso, recomenda-se atenção também às adolescentes”, alerta a ginecologista e obstetra, Dra. Maria Cecília Erthal, diretora da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana Assistida e diretora-médica do Vida – Centro de Fertilidade, uma das mais importantes clínicas de fertilização do País.

Ainda não se conhece exatamente o que causa a endometriose, mas já se sabe que fatores imunológicos, genéticos e hormonais estão associados ao surgimento da doença. Quase metade das mulheres diagnosticadas levam cerca de cinco anos até chegar ao diagnóstico definitivo. Os sintomas mais comuns são dores pélvicas muito intensas, menstruações de fluxo intenso e alterações no hábito intestinal (diarreia ou obstipação) e urinário.

“A partir do diagnóstico precoce, elas têm opções de tratamento que minimizam os impactos no bem-estar diário e possibilitam a programação de uma futura gravidez com tranquilidade. Em caso de diagnóstico tardio, as trompas, que são responsáveis por conduzir o óvulo ao útero, podem ser comprometidas. Além disso, há alteração nos hormônios e no sistema imunológico dificultando uma gravidez”, afirma o ginecologista e obstetra Paulo Gallo de Sá, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana e também diretor-médico do Vida – Centro de Fertilidade.

Para o especialista, mulheres que estão tentando engravidar há mais de um ano sem sucesso, e que tenham sintomas como os descritos, podem ter endometriose. Por isso,  devem procurar um especialista o mais rápido possível para pesquisar a causa da demora e a possível infertilidade. “A endometriose pode levar a infertilidade por causar alteração nas trompas (obstrução), disfunção na ovulação, piora na qualidade dos óvulos e presença de agentes inflamatórios que dificultam implantação do embrião no endométrio ou que danificam  os espermatozoides, entre outras complicações”, explica o Dr. Paulo.

Exames, como ultrassom, ressonância ou ecocolonoscopia ajudam a comprovar o diagnóstico. O tratamento  da endometriose pode ser cirúrgico (vídeo-laparoscopia) ou por meio de medicações. O uso de pílulas contraceptivas orais podem reduzir a cólica menstrual e a dor pélvica.  Existem casos nos quais a indicação de fertilização in vitro é a melhor opção para que a gravidez aconteça o mais rápido possível. Já é comprovada uma melhora significativa da doença em pacientes que engravidam e mantêm aleitamento materno prolongado.

Nos  casos em que a cirurgia se faz necessária, o congelamento de óvulos ou de embriões podem ser feitos antes da cirurgia com o objetivo de preservar a fertilidade. “Assim como a maioria das questões relacionadas à saúde da mulher, a melhor forma de prevenir o agravamento da endometriose é com a conscientização para que se chegue ao diagnóstico precoce. Embora ainda não exista a cura da doença, o tratamento disponível possibilita uma rotina com qualidade de vida, bem-estar e planejamento familiar para a realização da maternidade”, conclui a Dra. Maria Cecília. 




Vida - Centro de Fertilidade | www.vidafertil.com.br




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