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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Uma nação pode dormir?



Não deve, porém dorme, em momentos históricos críticos. O fenômeno se dá hoje com o Brasil. Conhece-se a história recente. O importante é despertar. Para valer, não viver anos ou décadas sob sonolência. 

O capitalismo é cíclico, a sociedade é cíclica, as crises são previsíveis. A economia é a mais paradoxal das ciências. Desenvolvimento e inflação, abstenção e intervenção estatal podem estar juntos em seus efeitos. As crises são previsíveis. Não é previsível sua intensidade. 

O risco está em condutas levianas e pródigas no momento das vacas gordas. O exemplo é simples, de um ganhador de sorteio que dissipa a fazenda vinda do céu. Esse filme já foi exaustivamente exibido. As vacas magras preenchem a pradaria sob a tempestade perfeita. 

Nesse clima assustador, poucos homens não encontrarão a solução do problema. Governos de medidas tópicas e/ou protecionistas nada resolverão. A falta de produção, renda e emprego dizima a nação. É imperativo que se façam cessar, o quanto antes, os raios e trovões. 

Não vemos o Brasil trilhar o caminho da bonança. Perdidos no eixo da intempérie, os últimos governos, com a inclusão do atual, adormecem e acordam desorientados. Fala-se em "reformas", que pressupõem a mantença de todo o mal que aí se encontra. 

Crise intensa como a brasileira impõe uma revolução. "Mutatis mutandis", transposta para o século XXI e a grande evolução do direito, impõe uma nova Constituição. Isso porque não há Estado que se ordene fora de uma Constituição, um conjunto de princípios consensuais reveladores da vontade suprema, a vontade do povo. 

Se o povo está filosoficamente cindido - e está - ele deve reunir-se no foro, para dirimir suas diferenças, total ou parcialmente. Cremos firmemente que o povo brasileiro pode se aproximar de um entendimento parcial, em torno do binômio democracia radical e economia de livre iniciativa. 

O foro é o da Assembleia Nacional Constituinte, originária, independente e transitória. Os atuais políticos, duramente criticados pelo povo, estão descredenciados para dela participar. Ficaria conspurcado o constituinte criador pela mesmice de sempre. 

Logo, o poder primário deve ser exercido por um grupo independente de cidadãos, capazes de refletir as diversas tendências e desenhar um novo corpo de leis fundamentais. Nele estarão definidos os princípios das reformas, que não serão bem reformas, mas paradigmas de como a sociedade deve ser regida por normas oriundas de nova vontade popular. Cremos, neste tempo civilizatório, que as ideologias do século passado podem ser superadas, no momento em que a maioria dos grupos percebam que política se faz com o cérebro, não com o fígado. 

Temos insistido em que o Brasil não tem outra trilha. Suas instituições estão destroçadas. Devem ser soerguidas novas, que contemplarão a média dos interesses. Como já se disse, sem medo, mas também sem ódio. 






Amadeu Roberto Garrido de Paula - Advogado e sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados




Pesquisa revela opinião dos jovens sobre racismo!



Para mais de 50%, há preconceito velado e dificuldade em tratar sobre o assunto

O racismo é um dos tópicos mais discutidos na atualidade, principalmente, por questões envolvendo a exclusão social e conflitos étnicos ao redor do mundo. Contudo, o tema está sendo debatido de forma correta ou essa abordagem já não é mais necessária? Para entender a visão dos jovens sobre o assunto, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios realizou uma pesquisa com o seguinte enfoque: “Qual sua opinião sobre a discussão entre raças na sociedade?”. O resultado apontou uma postura consciente e preocupada por parte dos respondentes, com faixa etária entre 15 e 26 anos.

O estudo foi realizado em todo o Brasil, entre 3 e 14 de abril de 2017 e contou com a participação de 19.990 pessoas. Dentre as respostas, uma se manteve no topo desde o início e finalizou com 52,91% ou 10.576 votos. Assim, para a grande maioria, o debate é “importante, pois há muito preconceito velado”. Segundo Eva Buscoff, gerente de treinamento do Nube, apesar de todo um movimento contrário à intolerância, ela ainda é muito presente. “A premissa de sermos todos iguais é uma idealização, infelizmente, ainda pouco praticada”, avalia. Por isso, é de extrema importância o combate a todo tipo de prejulgamento. “Há avanços, mas o caminho é árduo e longo para a igualdade se estabelecer em oportunidades para todos”, explica.

Diante de uma questão tão complexa, 15,72% (3.143) apontaram ser “um grande desafio, pois sempre existirão problemas e decisões difíceis sobre isso”. Se fizermos uma relação com a história do Brasil, é possível ver nosso nascimento de um encontro de raças. “Nossas raízes são oriundas da mestiçagem. Então, qual o real sentido de segregar, no país da diversidade?”, questiona a especialista. Para ela, o melhor é estabelecer uma relação de igualdade com o outro e dialogar. “Não há certo ou errado, mas sim a possibilidade de se falar sobre algo incômodo. Todos nós precisamos exercitar esse direito e praticar esse dever o tempo todo”, enfatiza.

Contudo, para 24,31% (4.859), a conversa é “desnecessária, pois somos todos iguais”. Para quem tem esse pensamento, é preciso deixar clara a necessidade de trazer em voga o problema, afinal a aplicação de direitos igualitários não ocorre na proporção desejada. “Não temos de nos apoiar em leis para a justiça prevalecer. O percurso ideal é a discussão começar em sala de aula, para formarmos adultos conscientes e disseminadores da semelhança na sociedade”, enaltece.

Por fim, 7,06% (1.412) desabafaram já estar saturados e disseram: “está se tornando um exagero e pode trazer consequências negativas no futuro”. Por isso, a devida tratativa deve ser séria e coerente. “Não há excessos, mas sim estatísticas e fatos. Segundo dados do IBGE (2014), os negros (pretos e pardos) representam 53,6 % da população, mas somente 17% dos mais ricos”, comenta.

Portanto, o racismo, como previsto na lei 7716/89, é crime e ninguém deve distorcer a questão e culpar a vítima. “Temos de ficar alertas, não podemos alimentar a intolerância, negando a existência do preconceito!”, instrui Eva. Na dúvida, o respeito deve sempre prevalecer. “Ele é fundamental e significa a base para todas as relações”, finaliza a gerente.
 

Serviço: Pesquisa com 19.990 jovens revela opinião sobre racismo


Fonte: Eva Buscoff, gerente de treinamento do Nube




“Dia Mundial da Internet”: Brasil luta para diminuir a exclusão digital. Aplicativo auxilia a reverter o quadro



Com 75,6 milhões de pessoas[1] (42,5% da população) sem acesso à Internet segundo o IBGE, o País é o principal mercado de Instabridge – maior comunidade mundial de compartilhamento de conexões WiFi via app 


Em 17 de maio, é comemorado o “Dia Mundial da Internet”. Assim é conhecido popularmente o “Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação”, data criada pela Organização das Nações Unidas, em 2005,para promover a conscientização pública sobre os benefícios trazidos pela Internet e outras “Tecnologias de Comunicação e Informação” para a inovação, desenvolvimento social, compartilhamento de ideias e de informações sem restrições. No Brasil, apesar dos avanços nos últimos anos, uma grande parcela da população brasileira ainda vive às margens do processo de inclusão digital.
Nesse contexto, o aplicativo Instabridge, da startup sueca de mesmo nome, encontrou no País seu principal mercado. O app, que permite o compartilhamento de conexões WiFi de forma colaborativa, já contabiliza 5,1 milhões de downloads apenas no Brasil e 400 mil pontos de WiFi públicos cadastrados – mais do que um terço de todos os pontos compartilhados por usuários do Instabridge em todo mundo.

“Nossa ideia é trazer a Internet para todos, ajudando as pessoas a navegar de forma mais barata e mais rápida. O acesso à Internet de qualidade deveria ser uma prioridade. A rede encurta distâncias, fortalece laços, facilita burocracias. Mas, ainda temos uma grande parcela dos brasileiros excluída do mundo digital e dos avanços que traz para a sociedade”, comenta Nathan Ethur, gerente de Marketing & Comunidade da Instabridge no Brasil. 

De acordo com a TIC Domicílios 2015[2], no que diz respeito ao tipo de conexão utilizada pelos usuários de Internet no celular, o acesso via WiFi (87%) ultrapassou o acesso via redes 3G e 4G (72%). “Dados do 5ª edição do estudo GfK Connected Consumer Index[3], divulgado em 2016, colocam o Brasil no 42º lugar no ranking mundial de conectividade. Essa posição não condiz com a magnitude da economia de nosso país. É preciso fazer algo para mudar esse cenário de exclusão digital e esperamos que nosso trabalho esteja contribuindo nesse sentido”, completa o executivo.


A exclusão digital

Segundo o suplemento da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) "Acesso à Internet e à Televisão e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal 2015", do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, o número de internautas superou a marca dos 100 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade pela primeira vez no Brasil. Apesar dos avanços, 42,5% da população não teve acesso à rede (cerca de 75,6 milhões de pessoas). A exclusão digital era mais presente entre os mais pobres – 88,2% dos que não usaram a Internet pertenciam a classe de rendimento domiciliar de até dois salários mínimos per capita (66,5 milhões de pessoas) – e também entre as pessoas com menor grau de escolaridade – a proporção daqueles que utilizaram a Internet ficou abaixo dos 50,0% entre aqueles com até sete anos de estudo.


O uso do telefone celular

Ainda de acordo com dados da PNAD 2015, em 92,1% (36,2 milhões) das casas, o telefone celular era o principal equipamento utilizado para acessar a web em seus domicílios. A última pesquisa TIC Domicílios 2015, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br)[4], também mostra o uso do celular como principal dispositivo de acesso à web no Brasil e que a exclusão digital era maior entre as famílias de baixa renda. Entre os usuários da rede – que correspondiam a 58% da população com 10 anos ou mais –, 89% acessavam a Internet pelo telefone celular, enquanto 65% o faziam por meio de um computador de mesa, portátil ou tablet.

Vale ressaltar que, segundo a TIC Domicílios 2015, 35% dos usuários de Internet acessaram a rede apenas pelo telefone celular. Em 2014, essa proporção era de 19%. Entre os indivíduos de classes DE, 28% utilizavam Internet, e, dentre esses, 65% usavam a rede apenas pelo telefone celular. Nas áreas rurais brasileiras, 34% da população era usuária de Internet e a maioria dessas pessoas – 56% – a utilizava apenas pelo celular.

“Analisando esses dados, conseguimos vislumbrar o papel do acesso à Internet via celular para a população menos favorecida e que sofre com a menor oferta e mesmo ausência de provedores. É preciso dar a essa população opções de acesso à Internet. Um aplicativo gratuito e colaborativo como Instabridge, que permite conexão automática com milhares de pontos WiFi, é uma ferramenta valiosa”, afirma Ethur.





[1] Suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) "Acesso à Internet e à Televisão e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal 2015". Disponível em: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias.html?view=noticia&id=1&idnoticia=3347&busca=1&t=pnad-2015-19-7-domicilios-tv-necessitam-adequacao-receber-sinal-digital-2013. Acesso em: 9 mar. 2017.
[2] Pesquisa TIC Domicílios 2015 do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br -, realizada anualmente pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação - Cetic.br - do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br. Disponível em: http://www.cetic.br/noticia/celular-torna-se-o-principal-dispositivo-de-acesso-a-internet-aponta-cetic-br/. Acesso em: 9 mar. 2017.
[3] 5ª edição do estudo GfK Connected Consumer Index . Disponível em: http://www.gfk.com/pt-br/insights/press-release/gfk-divulga-ranking-dos-paises-mais-conectados-do-mundo/. Acesso em: 9 mar. 2017.
[4] Pesquisa TIC Domicílios 2015 do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br -, realizada anualmente pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação - Cetic.br - do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br. Disponível em: http://www.cetic.br/noticia/celular-torna-se-o-principal-dispositivo-de-acesso-a-internet-aponta-cetic-br/. Acesso em: 9 mar. 2017.



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