De nome estranho e causas ainda desconhecidas, o
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é difícil de ser prevenido. O que a medicina
sabe é que a doença inflamatória crônica é multissistêmica (afeta todos os
sistemas do corpo), de natureza autoimune (quando o sistema imunológico ataca e
destrói tecidos saudáveis do corpo) e não contagiosa. Acredita-se que pode ser
desencadeado por um processo multifatorial, isto é, um conjunto de fatores
genéticos, ambientais, hormonais e infecciosos, mas ainda não confirmados por
estudos.
“Não é uma doença infectocontagiosa, traumática ou
degenerativa, em que um esquema de prevenção possa ser implantado em nível de
saúde pública, visando evitar possíveis causas e/ou diminuir riscos para se
adquirir a doença. No entanto, apesar de não existir uma cura definida, há
tratamentos para evitar exacerbações e possíveis complicações da doença. Por
isso, o conhecimento cada vez maior do Lúpus pelos profissionais da área e
pelos agentes de saúde possibilita um diagnóstico o mais precoce possível”,
afirma a reumatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Elisa
Terezinha Hacbarth Freire.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia,
existem cerca de 65 mil pessoas com lúpus no Brasil, sendo a maioria mulheres
em idade reprodutiva (entre 20 e 30 anos). Ou seja, a cada 1.700 mulheres, uma
tem a doença. “Não podemos mais dizer que se trata de uma doença rara, mas,
sim, subdiagnosticada”, explica a especialista.
Apenas exames laboratoriais podem ajudar no
diagnóstico do LES, feitos a partir de critérios clínicos e imunológicos
específicos. E, assim como qualquer outra doença, quanto mais cedo o paciente
for diagnosticado e tratado, maior a chance, ao longo dos anos, de se evitar
acúmulo de lesões em órgãos, resultantes dos picos de atividade da doença.
“O mais correto a se fazer é orientar os pacientes
portadores de lúpus a prevenirem uma reativação da doença, mantendo um controle
periódico assertivo, com uso de medicação de forma adequada e estilo de vida
apropriado”, afirma a reumatologista. “A falta de tratamento desencadeia a
atividade da doença que leva a quadros graves, envolvendo múltiplos sistemas,
como disfunções renais, vasculares, cardíacas, pulmonares, gastrointestinais,
danos hematológicos e até a morte”, completa.
Os sintomas do lúpus são variados: artrite, a
redução parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada área de pele,
erupções cutâneas, sensibilidade extrema da pele à luz solar, úlceras orais,
febre, alterações neuropsiquiátricas, renais, cardíacas e pulmonares.
O tratamento consiste tanto no uso de medicamentos,
quanto na adoção de em um estilo de vida diferente, como: dieta rica em cálcio,
atividade física regular, tratamento de dislipidemias e hipertensão e cuidados
especiais em relação à gestação. Também é importante minimizar a exposição à
luz solar, pois a luz UV desencadeia apoptose celular, ou seja, morte de
células na pele, gerando um quadro inflamatório com formação de auto-anticorpos
e desencadeando crises e quadros cutâneos. “Se tratada corretamente, pessoas
com LES podem ter uma vida normal, porém, sempre tomando certos cuidados, e
buscando orientação médica em caso de dúvidas ou aparecimento de quaisquer
sintomas”, finaliza a especialista.
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul
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Tel. (11) 5080-4000
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