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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade



 Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade é representante da especialidade que atua no cuidado integral e tem capacidade de resolver 90% dos problemas de saúde do paciente

Hoje, dia 5 de dezembro, é datado o Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade (MFC). A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica, assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O MFC é o especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da atenção primária à saúde. Ele acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos pacientes antes mesmo do surgimento de uma doença, realizando diagnósticos precoces e os poupando de intervenções excessivas ou desnecessárias. Nessa data, também é comemorado os 35 anos da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), entidade que representa todos os especialistas.

“A SBMFC comemora 35 anos, neste Dia do Médico de Família e Comunidade no Brasil, dia para celebrar conquistas e nossa história. É um orgulho para a Sociedade representar todos os médicos que atuam na Atenção Primária à Saúde e com trabalho atendendo as pessoas da melhor forma, da melhor qualidade. E que sigamos crescendo, construindo nosso trabalho a cada dia, nos fortalecendo quanto especialidade, e celebrando as conquistas da nossa história”, ressalta Thiago Trindade, presidente da SBMFC.
O médico de família é um clínico e comunicador habilidoso, pois utiliza abordagem centrada na pessoa e é capaz de resolver pelo menos 90% dos problemas de saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar ações preventivas. É um coordenador do cuidado, trabalha em equipe e em rede, advoga em prol da saúde dos seus pacientes e da comunidade. Atualmente há no Brasil mais de 3.200 médicos com título de especialista em medicina de família e comunidade.


Atenção Primária à Saúde
Imagine um sistema de saúde organizado a partir de serviços localizados perto da sua casa, com profissionais que conhecem todo o seu histórico de saúde (e da sua família) e capazes de resolver mais de 80% dos seus problemas de saúde sem precisar encaminhar você a outro serviço de saúde? Essa é a Atenção Primária à Saúde (APS), também conhecida no Brasil como Atenção Básica, que no SUS se materializa nas Unidades de Saúde da Família (USF).
Nas USF são oferecidas ações de promoção da saúde e prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, sempre organizadas conforme características de cada região e da população que utiliza os serviços. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) ressalta que o papel do profissional que atua na APS é cuidar das pessoas de acordo com estas especificidades.

A cobertura da APS nas cidades brasileiras varia bastante, e pesquisas mostram que quanto maior esta cobertura é, melhores os resultados de saúde da população, e maior a qualidade de vida. Na APS as pessoas que recebem atendimento não são vistas apenas como pacientes, mas como seres humanos inseridos em uma comunidade, com hábitos de vida próprios, e todo esse contexto é considerado ao se abordar os problemas de saúde. Assim, podemos ver situações como a de uma senhora que reclama de dor nas costas constantemente e já fez vários tratamentos orientados por vários especialistas, até se perceber que a causa do problema é o fato de ela cuidar de um neto de dois anos de idade e mantê-lo no colo com frequência, ou de uma pessoa com hipertensão que já teve seu tratamento ajustado diversas vezes, mas nunca recebeu uma orientação adequada sobre as formas de preparar seus alimentos em casa.

“Numa boa conversa durante a consulta muitos problemas são solucionados, sempre orientando com base nas melhores evidências, o que além de resolver os problemas protege as pessoas de intervenções desnecessárias que costumam ocorrer com frequência em serviços de emergência, onde as pessoas não são bem conhecidas e não há tempo hábil para se conhecê-las. E abordando os problemas adequadamente, evitamos problemas mais graves como infartos, úlceras, derrames, entre outros. Além disso, há uma continuidade do trabalho, um acompanhamento periódico dessa pessoa para que ela lide cada vez melhor com os seus problemas e assim tenha uma vida melhor”, explica Rodrigo Lima, diretor de comunicação da SBMFC. 

Caso a doença detectada pelo médico de família e comunidade (MFC), especialidade médica atuante nas Unidades de Saúde da Família (USF), necessite de acompanhamento por um outro especialista, as pessoas são encaminhadas a outros serviços onde receberão o cuidado mais adequado, sempre sob a coordenação do MFC, que é capaz de integrar os conhecimentos das diversas especialidades em favor da pessoa como um todo.






6 mitos e verdades que você precisa saber sobre azia




A azia é o sintoma de origem gastrointestinal mais sentido pelos brasileiros. É o que aponta levantamento nacional encomendado por ENO e Sonrisal ao instituto de pesquisa IPSOS Brasil. Segundo o estudo, 24,4% dos entrevistados citaram a azia como o sintoma gastrointestinal mais frequente experimentado nos últimos três meses[1]. O sintoma, que aparece em primeiro lugar no ranking que lista outros 15 desconfortos estomacais, é seguido por cólicas menstruais e dores de barriga. Conheça abaixo seis mitos e verdades sobre azia e má digestão listados pela Dra. Ana Santoro (CRM: 5247120-3), Gerente Médica da GSK Brasil.

1.   Tomar leite combate azia e queimação no estômago  MITO
O leite contém grande quantidade do ácido secretado pelo nosso organismo. Porém, depois que o estômago esvazia, o ácido gástrico que ainda é produzido não é capaz de ser reduzido. Isso faz com que o pH do estômago diminua, contribuindo para a ocorrência de azia e queimação. [2]

2.   Fumar afeta o estômago e agrava o quadro de azia VERDADE
O hábito de fumar compromete a capacidade do estômago de neutralizar ácidos após uma refeição, o que acaba permitindo que o ácido produzido pelo organismo e proveniente dos alimentos ingeridos ataque o revestimento estomacal de forma mais agressiva.[3]

3.   Corrigir a postura pode evitar azia antes de dormir VERDADE
O refluxo ocorre quando o ácido gástrico ultrapassa o esfíncter esofágico e reflui para o esôfago, provocando sensação de dor e/ou desconforto, conhecido como azia. Caso a pessoa esteja com esse sintoma, além de evitar comidas pesadas à noite, elevar a cabeceira da cama cerca de 15cm pode ajudar a contê-lo. [4]

4.   Praticar exercícios combate má digestão MITO
Embora não haja comprovação científica sobre este fato, sabemos que exercícios de longa duração podem provocar sintomas no trato intestinal, entre eles azia. O ideal é ingerir, com moderação, gorduras e proteínas e privilegiar uma dieta rica em fibras e soluções hipertônicas de carboidratos antes da prática de exercícios, reduzindo assim os sintomas gastrointestinais.[5]

5.   Jejum estimula vasoconstrição e gera azia VERDADE
A literatura sobre o assunto sugere que a redução do número de refeições e a perda das reservas hepáticas de glicogênio - substância utilizada pelo organismo como fonte energética - resultam na liberação de serotonina e epinefrina (adrenalina), o que pode causar alterações vasculares e gerar azia e dor de cabeça. Liberação de hormônios do estresse e hipoglicemia também estão envolvidos nesse processo.[6]

6.   O sintoma da azia desaparece sozinho MITO
A pesquisa encomendada por ENO e Sonrisal também apontou que 30% dos brasileiros preferem esperar os sintomas de azia e má digestão desaparecem sozinhos a buscar um tratamento adequado[7]. Esse hábito prejudicial à saúde pode acarretar dor torácica não cardíaca, tosse noturna crônica e dor de garganta. Uma das indicações é o uso de medicamentos antiácidos de rápida ação. Hoje há medicamentos com bom custo benefício e que não precisam de prescrição médica, como o Sal de Fruta ENO, que começa a agir a partir de seis segundos[8]




[1] U&A IPSOS Brasil.
[2] Relationships Between the Acidity and Osmolality of Popular Beverages and Reported Postprandial Heartburn.
[3] Consequências do tabagismo para a saúde. Fábio de Barros Correia Gomes – Saúde Pública, Sanitarismo. Agosto 2003.
[4] Doença do refluxo gastroesofágico: uma afecção crônica. Ethel Zimberg Chehter. ARQ. MED. ABC 29 (1), 2004 12.
[5] Efeitos do Exercício Físico Sobre o Trato Gastrointestinal. Ver Bras Med Esporte – Vol.14, nº 1- Jan/Fev, 2008.
[6] Martins LB, Azevedo JF, Lima DC, Costa AB, Teixeira AL, Oliveira DR, Ferreira AV. Migrânea e os fatores alimentares desencadeantes. Headache Medicine. 2013; 4(2):63-9.
[7] U&A Ipsos Brasil.
[8] Em referência ao seu mecanismo de ação, Referência bibliográfica Johnson, S.M. e Suralik, J., Pratical Gastroenterology, 2009; 33(2): 28-32.   



A vida pós-AVC: desdobramentos e cuidados



 
Perdas de funções motoras, cognitivas e psicossociais são algumas das consequências de um acidente vascular cerebral (AVC). Elas podem ser agravadas se não tratadas devidamente. O Dr. Rubens Gagliardi, diretor científico da Academia Brasileira de Neurologia, assegurou que é possível ter uma boa qualidade de vida após sofrer esta emergência médica.

“Geralmente, o AVC é mais comum em indivíduos com histórico familiar da doença, uma vez que a maioria dos fatores de risco, como hipertensão, obesidade, diabetes, distúrbio do colesterol, dentre outros, é de cunho
genético. Aspectos ambientais e culturais ligados às características familiares também podem induzir ao seu desenvolvimento. Somadas, estas duasvertentes respondem por uma alta prevalência”, afirma o neurologista.

Gagliardi ressalta que é fundamental conhecer os sintomas, pois o quanto antes iniciar o tratamento, melhores as chances de sobrevida e da redução de sequelas. Paralisia de um lado do corpo e fraqueza são alguns dos sinais. “O paciente não consegue levantar o braço, a perna, e nem mesmo andar. Pode, também, ocorrer um desvio na boca, perda de visão completa ou parcial, dores de cabeça, tontura forte e dificuldades para elaborar palavras e se expressar”, explica.

Sobre o socorro ao paciente, é fundamental prestar socorro em até quatro horas, para que as funções vitais tenham uma recuperação absoluta. Quando o doente chega tardiamente ao hospital, as possíveis alternativas de tratamento são antiagregação, anticoagulação e antidematoso cerebral. No entanto, nenhuma delas tem o mesmo grau de eficácia do que um atendimento imediato.


 
Reabilitação
A chance de um AVC se repetir é grande, por isso se o indivíduo não fez controles antes da instalação do quadro, deve ser encaminhado para rígidos cuidados de prevenção. “Não existe um tempo estipulado para reabilitação, pois isso varia de acordo com o paciente. O ideal é começar uma reabilitação profissional ainda no período de internação hospitalar até o paciente se recuperar completamente – o que normalmente ocorre em 30% dos casos”, ressalta Dr. Rubens.

O neurologista esclarece que é preciso seguir um acompanhamento neurológico, que estipule as suas condições clínicas e risco cerebrovascular, recomendando então, sono de boa qualidade, não fumar e prática de atividade física. Nos casos em que o paciente apresente dificuldades de ingestão, alimentos líquidos ou consistentes cedem lugar às texturas mais pastosas; eventualmente, é necessário passar uma sonda enteral ou fazer gastrostomia. Quando há perda da capacidade de comunicação, a fonoterapia possibilita a reabilitação da linguagem.

“Quem sofreu um AVC pode ter de conviver com sequelas, mas isso não defasa totalmente a qualidade de vida, uma vez que é possível ter reabilitação, reestruturação física e recuperação de contato social. Um tratamento multidisciplinar é essencial para se atingir resultados mais efetivos. O apoio da família é fundamental neste processo, assim como é fundamental a prevenção”, conclui.





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