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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Burnout: profissionais devem ficar atentos à sobrecarga de trabalho



A síndrome de Burnout é uma disfunção caracterizada pelo esgotamento psicológico em virtude de atividades profissionais. É um nível elevado de estresse, provocado pela sensação de exaustão, diretamente ligado à sobrecarga de trabalho. Segundo pesquisa realizada pelo International Stress Management Association do Brasil (Isma-BR), no país, cerca de 30% das pessoas sofrem com o problema.

"Para um diagnóstico diferencial, podemos dizer que o estresse é uma resposta natural do organismo frente a uma situação nova. É consequência de uma demanda ambiental de adaptação do corpo a uma nova situação. É algo que não caracteriza doença. O estresse ocupacional é aquela resposta frente a atividades cotidianas de trabalho de um modo geral, relacionada a agentes estressores no exercício de qualquer profissão. E a síndrome de Burnout é a alteração psicológica mais intensa provocada pela exposição prolongada, contínua, direta, intensa, a um tipo específico de estresse ocupacional: o contato com outras pessoas em situação de ajuda, presente nos serviços de saúde que lidam o tempo todo com a prestação de ajuda por meio de inter-relações pessoais", explica a psicóloga Wilze Laura Bruscato, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

"Ela acomete, em sua maioria, profissionais de saúde, bombeiros, professores e policiais, ou seja, pessoas que lidam com a tarefa de auxiliar outros indivíduos", afirma."Está diretamente ligada à "interação" dos profissionais de ajuda, assim, tem relação com o tipo de pessoa receptora do trabalho como crianças, idosos, pacientes terminais".

Com apresentação em níveis de leve a extremo, a síndrome de Burnout provoca sintomas físicos, psíquicos, e comportamentais, que denotam um estado particular de estar "exausto". "O paciente pode apresentar fortes dores de cabeça, impaciência, falta de motivação, falta de atenção, distúrbio de sono, dores musculares, entre outros, podendo recorrer ao consumo de substâncias", comenta a professora.

A doutora alerta que a síndrome compartilha sinais e sintomas com a depressão, mas que se reúnem e se expressam de forma diversa, o que permite um diagnóstico diferencial. É possível avaliar a síndrome por meio de testes psicológicos capazes de resultar no diagnóstico mais preciso.

Em casos em que os sintomas passam a interferir na rotina da pessoa, o ideal é procurar pelo profissional, que indicará tratamento psicoterápico e medicamentoso.




Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo -  www.fcmsantacasasp.edu.br



Ações da indústria para reduzir teor de sódio dos alimentos minimizará mortes por doenças cardíacas



A Sadia, marca da BRF, anunciou a redução de 30% dos níveis de sódio em mais de 40 produtos da linha, o que representa cerca de 70% da sua carteira

Além de prevenir outras doenças, menos sódio em alimentos processados contribuirá para o diminuição da população hipertensa no Brasil, que atualmente é de 17 milhões, segundo o Ministério da Saúde.

Muitos brasileiros são vitimas de doenças cardíacas desencadeadas por conta da hipertensão, e o consumo de sódio tem contribuído, não apenas para essa patologia, mas para outras doenças graves, como problemas renais e obesidade, explica a  nutricionista e Diretora do Departamento Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), Cibele Gonsalves. “Essa é uma boa iniciativa para reverter esse cenário. Contudo, são importantes outras medidas, tais como trabalhar para reduzir a quantidade de gorduras saturadas e trans, açúcar, conservantes e acidulantes”, explica a nutricionista.

A especialista ressalta que é um trabalho árduo, pois, além da cooperação das Indústrias para tornarem seus produtos mais saudáveis e nutritivos do ponto de vista do sódio, tem-se, ao mesmo tempo, a necessidade de conscientizar os consumidores para a aquisição de alimentos mais saudáveis e que contenham naturalmente menos sódio. “A conscientização é fundamental. Temos visto que mesmo com as ações já realizadas por parte do Ministério da Saúde e a Abia para melhorar a qualidade dos alimentos, o número de brasileiros hipertensos ainda é alto”.

Além disso, existem diversos fatores que contribuem para o aumento do número de pacientes hipertensos, por exemplo, hábitos alimentares e estilo de vida, frisa, Cibele Gonsalves. “O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para manter está doença sob controle”.

Uma das melhores estratégias para o combate aos problemas da hipertensão são os hábitos alimentares. Por conta de uma rotina complicada, na qual as pessoa não dispõem de muito tempo para consumir produtos in natura, porque seu preparo é mais demorado e trabalhoso, acabam optando por alimentos altamente processados, ricos em sódio, açúcar e gorduras nocivas à saúde cardiovascular.

Diante disso, a nutricionista da SOCESP recomenda que, antes de comprar produtos para consumo, é importante ler o rótulo. “Quanto mais próximo do natural for o alimento, melhor para o processo de digestão e absorção de seus nutrientes”.

A nutricionista lista   alguns alimentos processados que prejudicam a saúde do coração.
Enlatados – milho, ervilha, seleta.

Refeições instantâneas – macarrão e sopas.

Comidas prontas  – feijão, molhos, lanches e pizzas.

Biscoitos industrializados – doces e salgados.

Proteínas processadas  –  presunto, mortadela, salsicha e linguiça.


Entenda porque sentimos mais dores de cabeça no inverno




Dores de cabeça no inverno podem estar relacionadas com a alimentação e com infecções ou alergias respiratórias




Com o Inverno intenso, o frio pode chegar acompanhado de outros incômodos, como dor de ouvido, de garganta ou de cabeça. Nessa época do ano, o corpo entra em vasoconstrição, ou seja, os vasos sanguíneos da superfície da pele se contraem para inibir a perda do calor corporal.

A dor de cabeça é um sintoma comum para muitas doenças diferentes. A  Profa Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela USP e Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez, lista algumas possibilidades para explicar porque podemos ter mais dores de cabeça no inverno; elas envolvem as vias respiratórias e as mudanças alimentares.

As inflamações e infecções respiratórias mais comuns no inverno são: as rinites, sinusites, amigdalites e faringites. Em geral, elas provocam dor ou desconforto no nariz ou na garganta, febre baixa ou alta e, muitas vezes, dor de cabeça pelo próprio estado inflamatório ou infeccioso.

 Doenças relacionadas as vias respiratórias:

- Rinites -Trata-se de uma inflamação crônica ou aguda da mucosa que reveste internamente o nariz e pode ocorrer por vírus ou bactérias.

- Sinusites - A inflamação, no caso da Sinusite, ocorre nos seios da face, que são regiões ósseas ao redor do nariz e dos olhos.

- Amigdalites - A inflamação e o inchaço ocorrem nas amígdalas, sendo mais frequente em crianças e adolescentes.

- Faringites -Uma inflamação que costuma causar dor ou desconforto na faringe, que é a região do fundo da boca.

“Nesses casos, fazer o o diagnóstico e começar o tratamento medicamentoso da infecção pode melhorar a dor de cabeça rapidamente”, complementa Tanit Ganz Sanchez, que éespecialista em Zumbido no ouvido e presidente do Instituto Ganz Sanchez.

Dores de cabeça relacionadas à alimentação: Com as temperaturas mais baixas, o corpo exige o consumo de alimentos que liberam energia para mantê-lo aquecido. “Dessa forma, aumenta muito a ingestão de carboidratos -  pães, sopas e massas em geral -, e alimentos com alto teor de gordura como os queijos, os fondues, dentre outros, que alteram o nosso metabolismo diretamente”, complementa a especialista.

Sem contar com os achocolatados, os cafés, cappuccinos e chás, que são ricos em cafeína. Quando consumidos em excesso, podem aumentar a chance de provocar dor de cabeça, além de zumbido, ouvido tampado e até tonturas. “Para evitar esses problemas, é necessário manter cautela na ingestão desses alimentos, principalmente no inverno. Como a relação da dor de cabeça com os erros alimentares é menos conhecida, nem sempre se faz o diagnóstico correto. Com isso, as pessoas tentam controlá-la usando analgésicos várias vezes ao dia, quando deveriam apenas readequar a alimentação. Por isso, ao surgir qualquer sintoma frequente, é indicado procurar um médico para que o problema não se torne crônico e de difícil tratamento”, finaliza Tanit Ganz Sanchez.



Profa  Dra. Tanit Ganz Sanchez -  Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela USP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez, criadora da Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido (Novembro Laranja) e do Grupo de Apoio Nacional a pessoas com Zumbido (GANZ). Assumiu a missão de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias. É especialista em Zumbido, Hiperacusia, Misofonia e Distúrbios do Sono.



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