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sexta-feira, 4 de março de 2016
Cibercriminosos brasilieros dão primeiro passo para trojan bancário multiplataforma, alerta Kaspersky Lab
ABHH alerta: sangue de cordão umbilical não é seguro de saúde
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Em nota, ABHH
manifesta sua preocupação quanto ao armazenamento do sangue de cordão umbilical
para uso autólogo em bancos privados
A Associação Brasileira de Hematologia,
Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), entidade sem fins lucrativos cuja missão
é representar a comunidade de profissionais da área de Hematologia, Hemoterapia
e Terapia Celular, manifesta por meio de nota oficial sua preocupação quanto ao
armazenamento do sangue de cordão umbilical para uso autólogo (células-tronco
do sangue de cordão do próprio indivíduo transfundido para ele mesmo), em casos
que não haja indicação médica.
Não existe justificativa para armazenar o
sangue de cordão umbilical para uso autólogo. No Brasil, os bancos privados de
sangue de cordão têm alimentado um comércio baseado em propaganda enganosa, uma
vez que vendem a ideia de que com esse ato é possível garantir qualidade de
vida e salvamento em casos de doenças no futuro. Sangue de cordão não é
seguro de vida.
A leucemia, por exemplo, principal causa de
câncer em crianças, é a mais citada como argumentação dos bancos privados junto
aos pais, como forma de prevenção à saúde. Mas a utilização do próprio sangue
de cordão para o transplante desta criança será inútil. Trabalhos na
literatura médica demonstram que a carga genética para a leucemia já se
encontra presente desde o nascimento.
Portanto, em vez de a família pagar a taxa para
coletar as células durante o parto, seu congelamento e manutenção, ela pode, se
precisar no futuro, acionar a rede pública para realizar o transplante com
células de outro doador – já que a compatibilidade necessária para o
transplante de células-tronco do sangue de cordão umbilical é menor do que
a requerida pelo transplante de medula óssea.
No Brasil não há regulamentação para o uso do
sangue de cordão umbilical e placentário para fins terapêuticos. A Comunidade
Europeia é contra o armazenamento privado, sendo a prática
proibida em muitos de seus países. Enquanto isso, os bancos privados de
sangue de cordão umbilical brasileiros mudaram a estratégia. Agora querem
convencer que o congelamento é necessário porque, no futuro, este sangue pode
se utilizado em Medicina Regenerativa.
A utilização de sangue de cordão, apesar de ser
uma excelente fonte de obtenção de células-tronco, neste tipo de terapia
celular ainda se encontra em fase experimental e não deve ser realizada
cobrança para estas coletas, já que não há respaldo científico, nem indicações
clínicas precisas que deem suporte para este tipo de procedimento. Para se ter
uma ideia, o sangue ainda conserva suas propriedades até 20 anos após a coleta,
após esse período a “qualidade” desse sangue é reduzida.
O país já possui bancos de armazenamento de
sangue de cordão umbilical e placentário públicos, como a Rede BrasilCord,
lançada pelo Ministério da Saúde em 2004, para o atendimento de
pacientes que necessitam de células-tronco e que aguardam transplante de medula
óssea.
O material é coletado por equipes treinadas, em
maternidades conveniadas aos bancos públicos, sob rígidos
critérios de seleção de gestantes. As mães assinam um termo de consentimento
informado para efetivar a doação aos bancos públicos. Além disso, para ser
aceita como doadora de sangue de cordão a mãe passa por uma anamnese semelhante
ao doador de sangue, além de uma investigação sobre doenças familiares e
maternas, que possam inviabilizar a utilização da bolsa.
Perinatal realizará o “Fórum Conscientização Zika Vírus”, no Rio
Encontro entre médicos e os
principais especialistas à frente do controle da epidemia no país
discutirá sobre novos diagnósticos,
testes e aborto em casos de microcefalia
Desde que o Zika vírus se
alastrou pelo mundo, a população tem mais perguntas que respostas. A falta de
informação tem causado insegurança e até pânico no caso das grávidas, visto que
estudos iniciais apontam ligação entre a doença e a microcefalia em fetos.
Pensando em esmiuçar o tema e buscar respostas, o Grupo Perinatal vai realizar no
dia 18 de março, das 8h às 13h, o “Fórum Conscientização Zika Vírus”, no
Colégio Brasileiro de Cirurgiões, em Botafogo.
O objetivo do encontro é orientar
obstetras e neonatologistas de todo país a respeito da epidemia, além de
atualizá-los sobre as novas possibilidades de diagnóstico e de testes. O “Fórum
Conscientização Zika Vírus” contará com a expertise de renomados profissionais
da área de saúde que estarão presentes para trocar conhecimento e experiências
particulares de atuação contra o vírus.
Confirmaram presença o Dr.
Alexandre Chieepe, subsecretário de Vigilância Epidemiológica do Rio de
Janeiro; Dr. Celso Granato, professor da Universidade Federal de São Paulo; Dr.
Manoel Sarno, da Universidade Federal Bahia (o primeiro a associar o vírus com
a microcefalia); e Dra. Maria Elizabeth Lopes, da Fiocruz.
“Será uma discussão em que
poderemos chamar especialistas para falar sobre um tema delicado. Todos estão
muito alarmados, tanto os médicos quanto as gestantes, porque associam Zika à
microcefalia”, explica Dr. Renato Sá, diretor do Centro de Diagnósticos da
Perinatal.
Entre seus assuntos debatidos, o
fórum também abordará os perfis da Síndrome da Zika Congênita e a questão do
aborto para as gestantes que recebem a notícia de que seu filho tem
microcefalia. “Espero que consigamos dar uma tranquilidade para os médicos para
que eles tenham uma forma mais adequada para lidar com esses casos”, afirma Dr.
Renato.
Alguns dados importantes
(fonte: Secretária de Estado de Saúde)
Desde novembro de 2015, quando se
tornou obrigatório no estado a notificação de gestantes com manchas vermelhas
na pele, já foram registrados 2.516 casos. Até o momento, 113 já foram
diagnosticados com o Zika vírus, mas ainda não há confirmação se os fetos
apresentam microcefalia. Há um ano foram registrados 166 casos de microcefalia
no estado do Rio de Janeiro. Destes, 133 são de bebês já nascidos e os outros
33 são referentes ao período intrauterino. Os números são consolidados após
cruzamento de informações extraídas do Sistema de Informações sobre Nascidos
Vivos (SINASC) e do Relatório de Emergência em Saúde Pública (Resp), ambos do
Ministério da Saúde.
“Fórum Conscientização Zika Vírus”
Data: 18 de março de 2016
Horário: das 8h às 13h
Local: Colégio Brasileiro
de Cirurgiões (Edifício CBC Renato Pacheco Filho: Rua Visconde de Silva, 52,
Sala 1001 e 1002, Botafogo, RJ)
Público-alvo: Médicos,
enfermeiros e agentes de saúde
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