Conceito
ensina a desenvolver uma atitude ativa e responsável em relação à própria
qualidade de vida e bem-estar
O autocuidado, conceito estabelecido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), trata da forma como a população estabelece e mantém a própria
saúde, e como previne e lida com as doenças. O conceito é amplo e envolve
questões fundamentais como higiene (geral e pessoal), nutrição (variedade e
qualidade dos alimentos ingeridos), estilo de vida (atividades esportivas, lazer
etc.), fatores ambientais (condições de moradia, hábitos sociais etc.) e
socioeconômicos (nível de renda, crenças culturais etc.), além do uso responsável de medicamentos isentos
de prescrição médica (MIPs).
Educar a população sobre o
autocuidado e os benefícios dele para a saúde é um dos principais pilares de
atuação da ABIMIP (Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos
de Prescrição) de desde sua fundação, em 1994. Autocuidado significa
desenvolver uma atitude ativa e responsável em relação à própria qualidade de
vida, ao próprio bem-estar.
Para que o autocuidado seja pleno e o consumo de medicamentos
sem prescrição, consciente e seguro, a ABIMIP acredita que o consumidor deve estar bem informado para que exerça plenamente
seu direito de decisão. Para tanto, a associação desenvolveu quatro regras de ouro para o uso responsável dos MIPs:
1.
Cuidar sozinho apenas de pequenos males ou sintomas
menores, já diagnosticados ou conhecidos.
2.
Escolher somente medicamentos isentos de prescrição médica, de preferência com
a ajuda de um farmacêutico.
3.
Ler sempre as informações da embalagem do produto antes
de tomá-lo.
4.
Parar de tomar o medicamento se os sintomas persistirem.
Neste caso, o médico
deverá ser consultado.
Sobre os MIPs
Internacionalmente
conhecidos como a sigla em inglês OTC (Over-The-Counter, em tradução livre
“sobre o balcão”), os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) são aprovados
pelas autoridades sanitárias para tratar males e doenças menores, como dores de
cabeça e resfriados. Para ser considerado MIP, o medicamento deve ter reações
adversas com causalidades conhecidas e reversíveis após a sua suspensão, baixo
potencial de toxicidade, baixo potencial de interações (medicamentosa e
alimentar), período de utilização e facilidade de uso pelo paciente, baixo
potencial de risco ao paciente (mau uso/abuso/intoxicação).
A ABIMIP acredita e defende que o uso dos
MIPs, um dos pilares do autocuidado, é parte essencial da saúde, pois permitem que os indivíduos possam fazer
uso de medicamentos com segurança, qualidade e eficácia comprovadas, para
tratar sintomas e males menores já diagnosticados ou conhecidos.
Entre os benefícios desse uso responsável, estão a diminuição substancial dos custos para o
sistema de saúde e para os usuários. Segundo dados da associação americana CHPA
– Consumer Healthcare Products Association – de 2012, para cada US$ 1 gasto com
medicamentos sem prescrição nos Estados Unidos, o sistema de saúde economiza de
US$ 6 a US$ 7 em custos evitados. Além desse, outros benefícios são conforto do
usuário – já que não há necessidade de ir a um serviço de saúde para tratar de
um sintoma conhecido –, melhoria da qualidade de vida (visto que os MIPs também
englobam produtos de caráter preventivo como vitaminas e antioxidantes, entre
outros) e o direito assegurado ao usuário de atuar sobre a própria saúde.
O uso dos MIPs deve ser
interrompido e o paciente deve procurar o médico, se:
·
os sintomas persistirem;
·
os sintomas piorarem ou se o paciente tiver uma recaída;
·
o paciente tiver dores agudas;
·
o paciente tiver tentado um ou mais remédios sem sucesso;
·
surgirem efeitos não desejados;
·
o paciente estiver convencido da gravidade dos seus sintomas;
·
o paciente tiver problemas psicológicos, tais como ansiedade,
inquietação, depressão, letargia, agitação ou hiperexcitabilidade.
Atualmente, os MIPs
representam cerca de 30% do mercado farmacêutico. O segmento cresceu 11% em
novembro de 2015 em faturamento, em comparação a 9% no mesmo período do ano
passado. Também teve um crescimento de 9% em unidades em novembro do ano
passado, contra 7% no mesmo mês de 2014. As cinco classes terapêuticas mais
vendidas em unidade em novembro foram analgésicos, miorrelaxantes tópicos,
produtos para gripes e resfriados, produtos para problemas gástricos e
antitussígenos.
Fonte: IMS Health –
Novembro/2015