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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Nutricionista lista 10 alimentos que combatem a ressaca pós Carnaval





Hidratação e alimentação adequada antes da ingestão de bebidas alcoólicas amenizam dores de cabeça após a folia

Após a ingestão exagerada de bebidas alcoólicas, o fígado – órgão responsável pela metabolização do álcool – se intoxica e provoca um mal-estar no dia seguinte, popularmente conhecido como ressaca. Como o carnaval é uma época onde os foliões costumam ingerir maior quantidade de álcool e a nutricionista funcional Regina Moraes Teixeira afirma que é necessário um cuidado especial para estes dias. “Se a pessoa tiver um boa alimentação e estiver sempre se hidratando, não terá problemas com a ressaca. Agora se não houver cuidados antes e pós folia, os sintomas serão pertinentes”, diz.
Os sintomas clássicos da ressaca são náuseas, dores de cabeça, sensação de queimação no estômago e corpo fraco. Não há milagre quando se tratam de remédios que dizem combater estes sintomas e o que poucos sabem é que estes medicamentos não são necessários se a pessoa se alimentar bem e estiver sempre hidratada. “Com os alimentos corretos e a adequada quantidade de água seria possível conseguir os mesmos alívios dos remédios e de uma maneira muito mais natural e saudável, por isso nunca beba de estômago vazio. O álcool agride muito as paredes do estômago, sobrecarrega o fígado, afeta o sistema nervoso e ainda causa desidratação”, explica Regina.
Há alimentos que ajudam a amenizar a ressaca sem ser necessário o uso de medicações. A especialista lista 10 e comenta a ação de cada um em nosso corpo.

1- Gengibre: Possui ação antiemética, antiinflamatória, desintoxicante, ajudando a melhorar o desempenho do sistema digestivo.

2- Água de coco: Ela hidrata e repõe os nutrientes perdidos com o excesso de álcool.

3- Hortelã: Auxilia na melhora da digestão e no alivio de dores estomacais, além de melhorar o mau hálito, que é muito comum depois do excesso de álcool.

4- Melão: Grande parte da sua composição é agua, o que ajudaria muito na hidratação e no processo de eliminação de toxinas, além de ser fonte de diversas vitaminas e minerais importantes para o bom funcionamento do organismo, como o potássio e o fósforo.

5- Banana: A banana ajuda a diminuir a azia, pois possui um antiácido natural na sua composição, acalmando o estômago, além de possuir potássio que regula o equilíbrio de agua no corpo e vitamina B6 que regula os níveis de glicose no sangue.

6- Laranja: Auxilia na melhora das dores de cabeça e no apetite. 

7- Acerola: rica em vitamina C, possui ação antioxidante, além de possuir compostos que ajudam a melhorar a perda de apetite, palidez, sonolência e etc.

8- Quiabo:
boa fonte de fibra solúvel que estabiliza os níveis de açúcares no sangue. Contém também psyllium que age como um probiótico no intestino, ajudando também na recuperação do sistema digestório.

9- Abóbora: Ajuda no bom funcionamento do sistema digestório. Por ser boa fonte de carboidratos, possui altos teores de magnésio e potássio, que ajudam a manter uma produção eficiente de energia. A falta de um destes minerais, pode levar a fadiga, câimbras, sintomas muito comuns na ressaca.

10- Canela: Ajuda a melhorar transtornos digestivos, já que possui ação anti-inflamatória e antiespasmódico, além de também controlar a glicose no sangue.
Abaixo, segue a receita de um chá indicado pela nutricionista Regina Moraes para melhorar os sintomas da ressaca.

Chá de gengibre com canela e mel
Coloque água em uma chaleira, acrescente canela em pau, gengibre do tamanho de uma moeda e deixe ferver por 10 minutos. Coe e, se quiser, adoce com mel ou açúcar mascavo. Vá bebendo durante o dia.

A relação entre o Zika vírus e a Microcefalia





Estudo comprova pela primeira vez a relação entre o vírus e o aumento dos casos de microcefalia no país

Segundo estimativa divulgada no último dia 28 de janeiro pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas, entre três e quatro milhões de pessoas devem contrair o Zika vírus, conhecido no mundo científico pela sigla ZIKV, em 2016 no continente americano. Desses, 1,5 milhão de casos devem ser registrados no Brasil, onde as autoridades de saúde já investigam a relação do Zika com o aumento da ocorrência de microcefalia, anomalia que implica na redução da circunferência craniana do bebê, entre outras complicações.
Apesar de sua primeira aparição registrada em seres humanos ter sido em 1954, na Nigéria, e de alguns casos registrados entre os anos de 2007 e 2013 na Oceania e na França, respectivamente, no Brasil, a doença teve início no ano passado e desde então causado pânico em toda a população, principalmente entre as mulheres, já que a contaminação no período de gravidez pode causar a microcefalia.
Até o momento, o Ministério da Saúde confirma 270 casos de bebês que nasceram com microcefalia por infecções congênitas, que podem ou não terem sido causadas por algum agente infeccioso como o vírus Zika, e 49 mortes. Outros 3.448 casos suspeitos de microcefalia no país permanecem sob investigação.
O aumento da rara condição neurológica associada à infecção pelo ZIKV motivou uma pesquisa realizada pelo Instituto Carlos Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Paraná em conjunto com a PUC-PR. O estudo confirmou pela primeira vez a capacidade do vírus de atravessar a placenta durante a gestação, fato que foi constatado pela patologista pediátrica associada da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) e professora de Medicina da PUC-PR, Lúcia de Noronha.
“Essa pesquisa teve início quando a Fiocruz começou a receber amostras de abortos causados pela infecção do ZIKV e eu fui convidada para fazer a análise anatomopatológica das amostras na tentativa de identificar o vírus”, conta.
Lúcia explica que foi possível identificar a presença de placentite, um tipo de inflamação na placenta, em uma das amostras estudadas. “A análise feita a partir da amostra de uma paciente que sofreu aborto no Nordeste, mostra claramente que o vírus rompeu a barreira da placenta”, explica a patologista, confirmando a suspeita inicial.
Ela conta que o estudo representa um grande passo no combate à epidemia, já que mostra a potência do vírus. “É só conhecendo o vírus que poderemos combatê-lo. Com o estudo descobrimos que o ZIKV é capaz de afetar os bebês através da placenta, isto é, estamos compreendendo a fisiopatologia da doença, mas ainda temos muito o que aprender sobre esse vírus”, ressalta.
A investigação dos mecanismos de infecção do ZIKV continua agora com uma pesquisa nos fetos que foram abortados por conta da transmissão. A vacina contra a doença está em fase experimental e só deve ficar pronta em três a cinco anos. Por isso, a população precisa tomar providências contra o agente causador da doença. Eliminar focos de água parada, evitar viagens para os lugares com maior incidência do mosquito (Pernambuco, Paraíba e Bahia), usar repelente e roupas que cubram melhor o corpo, são alguns dos cuidados essenciais contra a propagação do mosquito e consequentemente, da microcefalia.

Quando a mulher deve parar de fazer mamografia?





Vários estudos buscam definir se a mamografia anual traz mais benefícios ou prejuízos às pacientes acima dos 75 anos. Alguns pesquisadores defendem que mulheres com idade entre 40 e 50 anos, bem como aquelas com mais de 75 anos, devem conversar com seus médicos sobre a necessidade de fazer o exame com base nos fatores de risco individuais.  Afinal, a grande maioria dos tumores malignos surge entre 50 e 60 anos. Mas um novo estudo prova que vale a pena a paciente idosa continuar o rastreamento anual – indicando que o debate em torno desse tema ainda terá muitos desdobramentos.

Na opinião da doutora Sarah Cate, cirurgiã da mama no centro médico Mount Sinai Beth Israel, em Nova York (Estados Unidos), como muitas mulheres de 75 anos ou mais têm boa saúde, praticam exercícios e têm uma vida social ativa, o rastreamento anual traz benefícios. De acordo com a médica, a taxa mínima de detecção de câncer de mama que justifique a realização da mamografia é de 2,5 casos a cada mil pacientes examinadas. Mas vários centros relatam taxas de quase cinco casos a cada grupo de mil. Ou seja, há evidências para continuar submetendo essas senhoras à mamografia.

Já na opinião de Vivian Schivartche, médica radiologista especialista no diagnóstico de câncer de mama do CDB Premium, em São Paulo, a rotina anual de mamografia deve começar aos 40 anos – ou antes, caso a paciente tenha histórico da doença na família – e não tem data para acabar. “Obviamente, dependendo do estado geral de saúde da paciente e de doenças que ela esteja tratando, deixar de fazer mamografia é considerado um mal menor, já que o importante, no caso, é o tratamento e o controle da doença mais grave. Mas quando a paciente idosa tem a saúde sob controle, pratica atividades físicas, de lazer e sociais, é muito importante garantir o rastreamento mamográfico. Afinal, hoje em dia, quando o câncer é descoberto em fase inicial tem grandes chances de cura. Quem pode afirmar que essa paciente não vá viver mais 10 ou 15 anos? Então, é melhor que viva com saúde”.

A especialista explica que a mamografia costuma apresentar sensibilidade em torno de 80%. Mas a introdução da tomossíntese mamária, há alguns anos, refinou o diagnóstico. “A tomossíntese, também chamada de mamografia 3D, costuma aumentar sensivelmente a detecção do câncer de mama, já que permite enxergar o tumor numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas. Porém, em pacientes de alto risco ou quando persistirem dúvidas, outros exames devem ser realizados de forma complementar, como a ultrassonografia e a ressonância magnética”.

De acordo com Vivian Schivartche, na imagem mamográfica, o tecido denso aparece em branco, enquanto a gordura é caracterizada pelas áreas escuras. Como os tumores também aparecem em branco nessas imagens, é mais difícil diferenciar o que é tecido altamente denso de um tumor. Muitas vezes, a mulher é chamada novamente para que façam novas imagens e esclareçam essas dúvidas. Os avanços da mamografia nos últimos anos, quando passou de um simples exame em filme para um exame digital e depois para a tomossíntese, caminham na direção de aumentar a detecção de tumores cada vez menores e reduzir a necessidade de imagens extras. “Num país em que estão previstos quase 58 mil novos casos de câncer de mama este ano, é fundamental ter acesso à mamografia a partir dos 40 anos, independentemente do debate que ainda persiste com relação à idade em que a paciente deve parar de se preocupar com o rastreamento”.  

Dra. Vivian Schivartche - médica radiologista, especialista em Diagnóstico da Mama no CDB Premium e Centro de Diagnósticos Brasilwww.cdb.com.br


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