A
chegada das altas temperaturas e do período de férias escolares são um prato
cheio para as intoxicações alimentares. Diferente do que se imagina, esse é um
dos principais causadores da desidratação infantil nesta época e não as
infecções por rotavírus, que costumam ter maior incidência no inverno.
Alimentos mal acondicionados ou em estado ruim de
conservação podem ser os grandes vilões em praias, festas e até mesmo em
restaurantes, por conterem germes que podem se multiplicar e causar sintomas
como vômitos e diarreia. Os mais comuns são as bactérias coli e salmonela.
Além disso, outro fator de atenção é a exposição excessiva ao sol que pode levar à insolação.
Além disso, outro fator de atenção é a exposição excessiva ao sol que pode levar à insolação.
Por
isso, todo cuidado é pouco com as crianças. Ao identificar sinais de
desidratação ou outros sinais de alerta, os pais devem procurar o serviço
médico.
Dr.
Felipe Lora, pediatra e coordenador do Pronto-socorro do Hospital Infantil
Sabará, dá as dicas para identificar o problema.
O que é?
Desidratação
é um conjunto de alterações decorrente da perda de água do organismo, que pode
ocorrer por via cutânea, digestiva, renal e respiratória.
Como prevenir?
·
A melhor prevenção é a hidratação – água, água de coco, chás e sucos
naturais são as melhores alternativas;
·
Os adultos devem oferecer líquidos às crianças várias vezes ao dia;
·
Não consumir alimentos de procedência desconhecida ou altamente
perecíveis, evitando intoxicações ou infecções alimentares;
·
Não deixar as crianças expostas ao sol sem proteção e em horários de
maior incidência de raios UVA e UVB entre a as 10h e 16h.
Sinais de desidratação
• Choro sem lágrima;
• Saliva muito espessa;
• Boca seca;
• Hipoatividade da criança;
• Temperatura do corpo mais elevada;
• Urina muito concentrada e em menor quantidade.
Quando procurar serviço médico
•
Vômitos incoercíveis (seguidos e sem pausa);
•
Criança não consegue se hidratar via oral devido ao mal-estar;
•
Diarreia com sangue nas fezes.
Como
saber se é insolação?
•
Vermelhidão na pele;
•
Hipertemia (temperatura elevada);
•
Mal-estar com vômitos.
E é importante lembrar: “quanto menor a criança, maior o risco de desidratação por insolação, pois crianças mais novas tem superfície corpórea proporcionalmente maior que os adultos”, afirma o pediatra.
Tratamento
O
tratamento, tanto para as infecções alimentares como para os casos de
insolação, é basicamente a hidratação da criança e a dieta leve para não forçar
o organismo que já está debilitado.
O
soro caseiro não deve ser utilizado rotineiramente. “Existem soros prontos que
são a melhor opção por conta de proporção correta dos sais. Às vezes o excesso
de sal pode dificultar a correção da desidratação da criança e agravar o caso,
aumentando o risco de complicações”, completa o médico.