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sábado, 3 de junho de 2023

Pesquisa do CEUB investiga o impacto das cores no comportamento do consumidor em compras online

Estudo baseado no Modelo de Perspectiva Comportamental aponta a influência da cor na forma como o consumidor avalia produtos eletrônicos em contexto on-line


Quando entramos em uma loja, somos imediatamente envolvidos por uma série de estímulos sensoriais que influenciam nossa experiência e decisões de compra. Entre esses estímulos, a cor do ambiente desempenha um papel significativo. No caso das compras online, não é diferente, as cores também influenciam o ato de comprar. Analisando o universo online e o comportamento do consumidor, a estudante de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Lorena Gonçalves, realizou uma pesquisa sobre o efeito das cores durante a avaliação de produtos vendidos pela Internet.

Intitulada "Variáveis de Atmosfera: Efeito da Cor do Ambiente em Padrões de Comportamento do Consumidor na Avaliação de Produtos", o estudo, além de destacar a importância dos aspectos ambientais na tomada de decisão do consumidor, trouxe evidências de como a pandemia transformou o consumo, com um aumento expressivo das compras online. "O objetivo da pesquisa foi analisar como as cores influenciam na avaliação de produtos e como a cor da loja afeta a forma como as pessoas julgam o status social e a utilidade do produto", revela Lorena Gonçalves.

O orientador da pesquisa, Paulo Cavalcanti, professor de Psicologia do CEUB, afirma que as variáveis estudadas se referem aos elementos presentes no contexto de consumo que podem influenciar o comportamento dos clientes, indo além das consequências diretas da compra, como benefícios e custos. "Esses fatores muitas vezes atuam de forma inconsciente, influenciando a decisão de escolha de um produto. Alguns exemplos dessas variáveis incluem música, cheiro, cores, posição dos objetos e lotação do ambiente", explica.

Ao aplicar o BPM (Behavioral Perspective Model - Modelo de Perspectiva Comportamental), a metodologia adotada pela estudante consistiu em um teste com três grupos de 30 pessoas, cada um avaliando produtos em um formulário com cores de fundo distintas: laranja, azul e branco. Para avaliar os produtos, foi criado um site onde os participantes podiam visualizá-los e ler suas descrições, sendo direcionados ao formulário para responder às questões. Foram selecionados produtos de tecnologia, uma vez que foram bastante consumidos durante a pandemia. "A intenção era verificar como as cores presentes nos sites influenciavam a percepção e a avaliação das características informativas e utilitárias dos produtos", afirma Lorena.

Os resultados indicaram que o grupo exposto à cor azul apresentou as maiores médias em termos de informações e utilidade, e houve uma correlação significativa entre esses aspectos e a intenção de compra. Isso sugere que os padrões de resposta são consistentes entre os indivíduos. Condições relacionadas ao status social de um produto foram diretamente ligadas aos benefícios econômicos e funcionais que ele oferece, bem como à motivação para comprar nesse grupo. Já o grupo da cor laranja enfrentou mais dificuldade, levando mais tempo para completar a avaliação em comparação aos outros grupos. Isso indica que a avaliação dos produtos se tornou aversiva para esses participantes. O grupo exposto à cor branca ficou em segundo lugar entre o perfil dos consumidores.

Para Lorena Gonçalves, a pesquisa oferece insights importantes para profissionais de Marketing, Psicologia e para a indústria do e-commerce, fornecendo evidências sobre os efeitos da atmosfera na tomada de decisão do consumidor. A estudante acredita que o estudo pode promover o consumo consciente e equilibrado, levando os indivíduos a refletir sobre a razão de consumir e suas consequências.

A estudante de psicologia do CEUB acredita que seu estudo pode auxiliar também na criação de um órgão regulador do consumo, responsável por mediar conflitos e fiscalizar o ambiente de compra, garantindo que os elementos atmosféricos utilizados não prejudiquem os consumidores. Essas descobertas podem orientar intervenções planejadas nessas áreas.

Para o orientador, o professor Paulo Cavalcanti, resultados como estes destacam a importância das variáveis de atmosfera, como as cores dos sites, na percepção e avaliação dos produtos pelos consumidores. "Essa pesquisa contribui para a compreensão do comportamento do consumidor em um contexto digital e fornece insights relevantes para a área de marketing e design de websites", conclui.


Aumento das compras on-line

De acordo com levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as vendas totais registradas no e-commerce brasileiro atingiram a marca de R$ 169,6 bilhões em 2022. Foram cerca de 368,7 milhões de pedidos e um ticket médio de R$ 460 por cliente no ano passado. O relatório ainda aponta que as compras online seguem crescendo e, hoje, representam mais de 10% de todo o segmento do varejo nacional.


Ônibus elétrico no Brasil: moda ou futuro?

Prefeituras têm anunciado nos anos de 2022 e 2023 testes de ônibus elétricos com o objetivo de reduzir emissões de gases que causam mudanças climáticas. A São Paulo Transportes, empresa que gere a rede de transporte urbano em São Paulo, proibiu, a partir do dia 17 de novembro de 2022, que as empresas de transporte que operam na capital de SP adquiram ônibus que não funcionem com energia limpa. Por energia limpa, entende-se a energia elétrica que, na ponta do consumo, ou seja, no próprio ônibus, não emite os gases que causam mudanças climáticas. Isso vai resultar na compra de mais de mil ônibus até 2024 somente em São Paulo.

Em Curitiba, a prefeitura tem realizado testes com ônibus desde abril de 2023, com a mesma disposição de São Paulo, ou seja, eletrificar a frota. Os testes têm sido conduzidos com um modelo de ônibus que possui autonomia de aproximadamente 250 km e uma carga de bateria que leva cerca de quatro horas para ser recarregada durante a noite. Considerando que o itinerário da linha de testes, Inter 2, tem 38 km, cada ônibus poderia fazer esse percurso por aproximadamente 6 vezes, totalizando 12h de trabalho diário. Diversas empresas de vários países estão dispostas a entrar na batalha para a produção e comercialização desses ônibus e os departamentos de engenharia devem estar trabalhando arduamente para viabilizar esses projetos, que têm um grande potencial lucrativo. 

Até o momento, só se enxergam vantagens ambientais e financeiras nesses projetos. Isso é ainda mais relevante em um país como o Brasil, que possui uma matriz energética com mais de 70% de fontes renováveis, sendo a energia hidráulica proveniente de hidrelétricas, a principal fonte, mas com um crescimento também na energia eólica e na biomassa. Porém, é importante considerar que, anualmente, devido à alta demanda de energia e aos investimentos insuficientes no setor, as usinas termelétricas são acionadas periodicamente, consumindo principalmente gás natural, mas também carvão mineral e óleo combustível. Essas formas de energia geram milhões de toneladas de dióxido de carbono anualmente. Portanto, um questionamento que essas prefeituras e outras cidades que planejam eletrificar suas frotas de transporte urbano não parecem fazer é: de onde vem a energia elétrica que alimenta as baterias dos ônibus elétricos? Se a energia provém de fontes renováveis, tudo bem, mas esse não é necessariamente o caso, pelo menos não em sua totalidade.

Alguém poderia insistir: "Ah, mas a eficiência do motor elétrico é melhor do que a do motor a combustão". Essa afirmação é verdadeira apenas até certo ponto, pois a energia elétrica que é usada nas residências, comércios, indústrias e órgãos públicos passa por um longo percurso antes de ser utilizada nos veículos. Nesse trajeto, várias perdas são acumuladas, independentemente de ser energia limpa ou não. Dessa forma, um veículo 100% elétrico carregado em tomadas residenciais ou de shopping centers também sofre essas perdas, e o rendimento final não difere muito dos motores a combustão convencionais, mesmo levando em consideração o transporte e refino do petróleo. Além disso, não estamos abordando os graves problemas ambientais relacionados à produção e descarte das baterias.

Diante disso, qual seria a alternativa? Em termos de engenharia, a melhor opção provavelmente seria utilizar veículos híbridos para o transporte coletivo e o etanol de cana-de-açúcar para o transporte individual. O combustível utilizado na década de 80 possui um balanço de emissões neutro e é renovável. No entanto, tanto no Brasil quanto no mundo atual, a abordagem técnica tem sido cada vez menos utilizada e, por vezes, nem considerada. A decisão política e politicamente correta se sobrepõe a ela. Pelo bem da humanidade, sigamos em direção ao transporte coletivo elétrico, independentemente da origem da energia elétrica!?


Alysson Nunes Diógenes  engenheiro eletricista, doutor em Engenharia Mecânica (UFSC), é professor do Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP).


El Niño já afeta clima nas áreas produtoras de milho, aponta EarthDaily Agr


No Paraná, o impacto do fenômeno climático pode afetar a produtividade das regiões leste e central do estado


A EarthDaily Agro, empresa que realiza o monitoramento das lavouras de safra por satélite por meio de sensoriamento remoto, identificou que o fenômeno climático El Niño já está atuando nas áreas de produção de milho segunda safra. Os dados dos modelos climáticos europeu (ECMWF) e americano (GFS) indicam temperaturas acima da média para toda a região Sul do país e boa parte do Centro-Oeste, nos próximos 10 dias.“Para o Brasil, durante os meses de junho a agosto, o El Niño normalmente resulta em temperaturas acima da média, diminuindo a chance de geadas, uma vez que ocasiona um inverno mais quente”, explica Felippe Reis, analista de cultura da EarthDaily Agro. 

Nas áreas que semearam mais tardiamente, como Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, as temperaturas mais altas diminuem a chance de geadas, que seria prejudicial para as lavouras, mas podem aumentar a evapotranspiração provocando a redução da umidade do solo. Especialmente no Paraná, se houver baixo volume de chuvas, a produtividade das lavouras pode ficar comprometida principalmente nas regiões onde já há registros de queda da umidade do solo. 

No Paraná, o índice de vegetação (NDVI) apresentou evolução muito ruim no ciclo atual, indicando comprometimento de produtividade em áreas das regiões leste e central do estado. A seca registrada em março teve pouco impacto sobre as lavouras, uma vez que as plantações do estado foram semeadas mais tarde nesta temporada, mas a seca ocorrida em maio parece ter limitado o potencial produtivo do milho. A deterioração do índice de vegetação nas últimas semanas reforça essa teoria. No entanto, o NDVI permanece melhor, se comparado às temporadas 2021 e 2020,  quando houve forte quebra de safra nas duas regiões.

Já o Oeste do Paraná ainda não tem motivo para preocupação. O NDVI está elevado, indicando que as lavouras estão em boas condições. No entanto, a seca esperada para os próximos dias poderá limitar o potencial produtivo das lavouras.

O Sudeste e parte do Centro-Oeste receberam bons volumes de chuva nos últimos dias de maio, mas a seca predomina nos próximos dias, indicando chuva apenas em parte do Mato Grosso nestas. 

 

Processos de fiscalização em andamento na ANPD - Autoridade Nacional de Proteção de Dados - expõe as marcas

   Processos de fiscalização em andamento na ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) expõe as marcas como se todas tivessem cometido o mesmo tipo de violação

 

A ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) precisa estar junto do mercado para ajudar na jornada de conformidade. Os efeitos negativos reputacionais podem prejudicar a Marca em casos que são de baixa gravidade colocados junto dos de alta violação. Exemplo: uma pessoa que tem sua foto tirada num depoimento que foi dar em uma delegacia e essa foto é colocada ao lado de um assassino. O que causa na imagem pública?

Os primeiros casos no site da ANPD não apresentam critérios claros de escolha da Autoridade para definir a ordem de prioridade da fiscalização. Das mais de 7 mil denúncias recebidas na ouvidoria, mais de 1.200 viraram processos fiscalizatórios e agora mais de 20 instituições estão respondendo ainda em fase inicial de fiscalizações investigativas. Mas isso traz ainda mais impacto. Pois nem é Processo Sancionador.

Diferente de outras autoridades de outros países, a ANPD classificou os casos de forma genérica como verificação de conformidade do tratamento de dados pessoais. Mas isso além de não atender ao princípio da transparência, coloca a todos no mesmo nível de enquadramento perante os olhares da opinião pública.

O site Law GDPR Enforcement Tracker traz uma visão geral das multas e penalidades que as autoridades de proteção de dados na União Européia (UE) impuseram sob o Regulamento Geral de Proteção de Dados da UE (GDPR, DSGVO). Ela apresenta pelo menos um tipo de análise de conformidade para quem lê e consiga discernir os níveis de problema, com a finalidade de não expor as marcas como se todas tivessem cometido a mesma violação.

Não se pode comparar um caso de análise de tratamento de base legal para uso de CPF dentro de um modelo de negócio de indústria, com um caso de mega vazamento por violação de segurança que traz consequências danosas para todos com efeitos colaterais de aumento de fraude e riscos e danos relevantes para os indivíduos. Não se pode colocar na mesma página e medida de prioridade a análise de um caso sobre aviso de política de privacidade ou prazo de atendimento de direito de titular a um caso em que há perda de dados com prejuízo incalculável devido a sequestro de dados e inexistência de medidas protetivas de segurança. Ou ainda um caso em que haja falta completa de atendimento de solicitações da Autoridade, inexistência de Encarregado, que são requisitos da lei formal, como do artigo 41. Pois senão o DPO (Data Protection Officer) que foi nomeado imagina o que mais não está em conformidade. Então, neste quesito, a ANPD poderia melhorar imediatamente e seguir as referências internacionais, conforme foi apresentado pelo CNPD (Comissão Nacional de Proteção de Dados) na pesquisa de Benchmakring entregue pelo GT2 conduzida em 2022 sob a minha coordenação como Conselheira Titular.

Há poucas informações. Só as partes habilitadas podem saber mais. Isso é oposto do que os DPA (Diretoria de Polícia Administrativa) estrangeiros fazem que pelo menos mencionam os artigos que se refere a instauração da investigação e do processo sancionador: refere art. 6 (princípios), artigos 8 e 9 (políticas e consentimento), artigos 7 e 11 (bases legais), artigo 10 (legítimo interesse), artigo 14 (criança e adolescente), artigos 18 e 19 (direitos titulares), artigo 41 (Encarregado), artigo 46 (medidas técnicas segurança). Teriam que citar isso. Alguns dos mais de 20 casos envolvem todas estas violações de artigos. O que significa que teremos muito provavelmente a possibilidade de aplicação da multa máxima por gravidade alta.

 

Patricia Peck - professora de Direito Digital da ESPM, sócia do Peck Advogados e Conselheira do CNPD - Comissão Nacional de Proteção de Dados.

 

Brasileiros descrentes do Brasil

Há muita gente descrente com o Brasil. Cidadãos de bem, trabalhadores, brasileiros que amam a pátria, cumprem as leis, pagam impostos e contribuem para o desenvolvimento do país. Homens e mulheres que não são pessimistas, mas que se mostram preocupados com a situação nacional.

Mais que isso: são brasileiros que já não conseguem esconder sua decepção com a classe política, com a elite pensante e com a grande mídia, atribuindo a esses segmentos da sociedade grande parte do fracasso nacional.

Não faltam razões para essas pessoas se sentirem dessa forma. Uma delas é o recorrente discurso de governantes e de setores da classe dominante, com eco na grande imprensa, que lhes dedicam amplo espaço e reverberam suas ideias.

Falam sempre e muito sobre estado democrático de direito, democracia, governança ambiental, constituição cidadã e outros lemas que embelezam discursos pomposos porque, de fato, são fundamentais a toda e qualquer nação livre.

Entretanto, tudo soa como cinismo porque o discurso não é acompanhado das ações práticas que o brasileiro espera há tanto tempo, em vão. O que se vê, amiúde no Brasil, é a repetição da retórica da preocupação com a população mais pobre sem a adoção de medidas efetivas para mudar essa realidade. Muito pelo contrário. Assistimos à sistemática reiteração de atos destinados aos mais ricos e poderosos, aqueles que já gozam de muitos privilégios.

O que não se vê é o efetivo enfrentamento das elites dominantes da economia nacional, sempre em defesa dos seus próprios interesses e com inesgotável apetite para os lucros fáceis, mesmo que sabidamente às custas das classes menos favorecidas.

É isso o que alimenta, há décadas, a grande máquina nacional das desigualdades sociais, perpetuando a triste situação em que poucos ganham muito e muitos ganham pouco, ou quase nada.

A Educação, pilar para o desenvolvimento de qualquer país, aqui é tratada como questão menor. Parece que basta a aplicação do percentual mínimo do Orçamento prevista na Constituição. Não é verdade. O Brasil tem baixíssimo número de alunos das últimas séries do ensino fundamental e médio em escolas de tempo integral.

A remuneração dos professores é baixíssima, muito inferior à de várias outras carreiras do funcionalismo público e dos milhares de cargos comissionados nos três entes federativos.  A classe dos mestres sofre com a falta de prestígio e respeito por parte do governo. Ignora-se que, sem a dedicação dos professores, não é possível formar médicos, dentistas, advogados, engenheiros, economistas, nem juízes, nem promotores, nem procuradores que compõem o Judiciário e gozam de polpudas remunerações.

“Sem educação não há salvação”, alardeia antigo chavão, sempre repetido porém jamais levado a sério no país, onde educação nunca foi, de fato, uma prioridade nem de Estado nem de governos. Em recente matéria publicada na imprensa, a educadora Priscila Cruz, cofundadora da organização não governamental Todos pela Educação, questionou: o que falta? O país tem censo, tem avaliação, tem Enem, Ideb, mas há um descompasso entre discurso e atitude. E continuou afirmando que educação não pode mais ser considerada como uma área a mais a ser tocada pelos governos: ela é essencial para que todas as outras funcionem, inclusive para geração de empregos e crescimento.

Em vez de dar o exemplo, a classe política cria mais privilégios para si e se apressa em aprovar anistia aos partidos políticos punidos pelos tribunais em razão de irregularidades cometidos durante suas campanhas eleitorais.

Não se cortam despesas milionárias que custeiam o conforto e as benesses de quem está no poder, em todas as esferas da República. Ninguém toca no manto de impunidade em que se transformou o instituto do foro privilegiado. A corrupção – que custa tão caro ao país – não é combatida com a efetividade que se espera, alimentando a sensação de impunidade na sociedade e o falso sentimento de que o crime compensa.

Vivemos num país com soluções de mentira para problemas reais: fome, miséria, violência, falta de saneamento, saúde precária e educação capenga.

Esse retrato é o berço da descrença e a principal causa da perda de entusiasmo de quem tem muito a contribuir, mas não encontra mais estímulo para isso.

O Brasil precisa de mais verdades e atitudes e menos de promessas e fantasias que ficam bonitas nos discursos, porém não mudam a realidade dos cidadãos.

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br


Pequenos negócios estão otimistas com as vendas para o Dia dos Namorados

Sebrae oferece dicas para os empreendedores ampliarem a procura pelos consumidores nessa data


O mês de junho começou e com ele os donos de pequenos negócios dos setores de Comércio e Serviços têm a oportunidade de aproveitar uma das melhores ocasiões do mercado em todo o ano: o Dia dos Namorados. A data só perde para o Natal e o Dia das Mães em termos de vendas. Este ano, a expectativa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas é de um crescimento de 8% em comparação com 2022.

De acordo com o levantamento da CNDL, entre os consumidores brasileiros que pretendem comprar presentes na data, a expectativa é de um gasto médio de R$ 232. Seguindo a tendência de anos anteriores, os itens mais procurados são roupas, que representaram 38% das compras no ano passado; seguido de perfumes, cosméticos e maquiagem, responsáveis por 24% da procura em 2022. Com a soma de todas as compras, estima-se que o Dia dos Namorados deve movimentar mais de R$ 23 bilhões entre presentes e celebrações, que incluem jantares, passeios e festas.

A analista de Competitividade do Sebrae Mayra Viana lembra que cada cliente tem um perfil único, que precisa ser atendido de forma personalizada. Para aumentar a procura dos clientes e as possíveis vendas, a analista alerta para a importância de mobilizar as redes sociais da empresa. “O empreendedor precisa caprichar nas postagens, criar mensagens atrativas e com descrições claras. O uso das hashtags também ajuda a promover o engajamento. É papel deles lembrar os clientes que a data está chegando. Essa divulgação pode, inclusive, despertar a vontade de presentear”, comenta. 

Outra dica da especialista é a criação de parcerias com diferentes empresas, proporcionando uma experiência única para os consumidores. “Uma floricultura, uma fábrica de chocolates e uma empresa de bebidas, por exemplo, podem se unir e montar um kit regional. Se as empresas trabalham com serviços, podem oferecer jantares românticos, pacotes de viagem, aulas de culinária ou dança. O importante é ser criativo”, acrescenta Mayra.

Confira outras dicas do Sebrae para aumentar as vendas no Dia dos Namorados


Ressalte os benefícios dos seus produtos

  • A briga por preços não é boa ação nos negócios, mas pode ser amenizada quando a empresa mostra que os seus produtos têm valor além do que o cliente está pagando financeiramente. Inove, use a criatividade e mostre como a sua marca pode servi-lo e resolver as dores e desejos dele, por meio dos benefícios que oferece.

 

Ofereça vantagens!

  • Aproveite esta estratégia para gerar contato e estimular vendas adicionais futuras. Afinal de contas, sempre é bom dar aquele empurrãozinho para o cliente retornar ao seu negócio e tornar-se um consumidor fiel.
  • Que tal usar um cupom de desconto para a próxima compra? Além de gerar um estímulo para a volta ao ponto de venda, ele é um excelente gancho para a sua equipe trabalhar o pós-venda e novas compras adicionais.
  • Quando for relembrar ao seu cliente sobre o cupom de desconto, faça isso da forma mais criativa.
  • Que tal enviar sugestões de compras que estejam em sintonia com o produto que foi adquirido?
  • Associe frete grátis a partir de valores mínimos de compra, se for o caso.
  • Use promoções progressivas para vender mais.
  • Sabe aqueles seus clientes que não têm namorado? Que tal fazer uma ação “presenteie você mesmo” para quem ainda não foi flechado pelo cupido?

Aumente a venda média por cliente durante o Dia dos Namorados

Ofereça opções complementares ao produto ou serviço principal. Embora esses produtos tenham um preço menor, eles podem contribuir para aumentar o tíquete médio e o número de itens por venda.

Ao oferecer opções adicionais, você cria oportunidades para um aumento nas vendas totais. Certifique-se de escolher produtos complementares que tenham uma margem de lucro apropriada para a sua empresa, garantindo que você mantenha uma rentabilidade saudável.

Essa estratégia pode ajudar a impulsionar suas vendas e maximizar os lucros durante o período do Dia dos Namorados.


Open Finance é prioridade para bancos neste ano, afirma pesquisa da Febraban

 ●       Bancos pretendem aumentar em 29% os investimentos em tecnologia

 

De acordo com a Pesquisa de Tecnologia Bancária de 2023 da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o avanço na personalização do relacionamento com o cliente e a consequente exploração de seus dados são as metas dos bancos para este ano. E um caminho para alcançar este objetivo é o Open Finance, pois a plataforma facilita o acesso aos dados e ao histórico dos correntistas, possibilitando, assim, melhor relacionamento.

 

O estudo aponta que o Open Finance está virando tendência e tornando o ambiente bancário mais competitivo, porém ainda falta um longo caminho para que o recurso se torne um novo padrão. Atualmente, 80% dos bancos participantes da pesquisa afirmam que até 10% da sua base de clientes aderiu à plataforma, proporção ainda tímida, mas suficiente para gerar os primeiros casos de uso reais. Porém, para 2023, a maior parte das instituições espera que a adesão aumente, o que indica que o movimento está apenas começando e levará alguns anos para, de fato, se disseminar e amadurecer no mercado brasileiro. 

 

A pesquisa revelou ainda as principais formas de geração de valor para os bancos com o Open Finance. O levantamento mostrou que 75% acreditam que a modalidade vai proporcionar uma maior oferta de produtos financeiros. Para 69%, ela vai funcionar para conhecer melhor o contexto do cliente. Já 44% acreditam que o Open Finance vai oferecer o serviço da Iniciação de Transação de Pagamentos (ITP). Apenas 19% vêem o OF como uma maneira de expandir os negócios não financeiros.

 

Especializada em conectar empresas ao mundo Open Finance, a Finansystech desenvolve soluções de tecnologia completas para que organizações de qualquer tamanho possam explorar as oportunidades desta plataforma. Segundo o CEO da marca, Danillo Branco, os benefícios da utilização da plataforma são inúmeras tanto para os bancos, quanto para os clientes. “Com o Open Finance, as instituições têm uma visão completa dos ganhos e gastos dos clientes. Consequentemente, podemos atender melhor às suas necessidades e expectativas, além de propor créditos e carteiras de investimentos condizentes com a realidade de cada um.”, conta o executivo.

 

Os benefícios da plataforma - tais como comparação de produtos e serviços, facilitação de crédito, interoperabilidade nas transações e experiência de compra diferenciada - poderão ser experimentados pelos clientes, à medida que se expanda a adesão e os players do mercado evoluam nas jornadas digitais.

 

Acerca da segurança, Danilo lembra que o mercado é regulado pelo Banco Central, que proporciona garantias aos consumidores. “O open finance regulado obedece rigorosamente a parâmetros internacionais de proteção de dados, o vazamento de informação é quase impossível. Com o investimento em conhecimento sobre o funcionamento da plataforma a confiança e a adesão virão.”

 

Para que o Open Finance se torne uma realidade, os bancos nacionais devem destinar à tecnologia cerca de R$45,1 bilhões ainda este ano. A cifra representa um avanço de 29% em relação ao ano passado, que teve R$34,9 bilhões investidos, segundo o estudo da Febraban. 



Hard e Soft Skills: entenda as habilidades promissoras no mercado de trabalho

Me. Anderson Barros da Silva, coordenador do curso de Gestão de Recursos Humanos da Cruzeiro do Sul Virtual, explica as principais competências que os profissionais devem se atentar e preparar

 

Por muito tempo o mercado de trabalho valorizou profissionais com habilidades ligadas a cargo ou função que o profissional ocupava e desejava. Contudo, com as constantes mudanças e novas tecnologias, as empresas passaram a falar em competências profissionais, sendo este um fator essencial na hora da escolha de um candidato.  

E neste cenário de novas necessidades do mercado, as companhias e recrutadores passaram a ver com diferencial as habilidades, competências e comportamentos profissionais, que podem ser desenvolvidas, mobilizadas e consolidadas, além de cursos e certificados.  

De acordo com o Me. Anderson Barros da Silva, coordenador do curso de Gestão de Recursos Humanos da Cruzeiro do Sul Virtual, atualmente tem dois conceitos destaques no mercado de trabalho que estão sendo considerados com grande diferencial competitivo: Hard Skills e Soft Skills. “Estes são um conjunto de diferentes habilidades, que conhecemos como competências, que as pessoas podem possuir”.  


Mas o que são Hard e Soft Skills?  

As hard skills referem-se ao conjunto de habilidades técnicas, isso é, às competências específicas e tangíveis, seja de uma área ou campo específico. “Estas são geralmente adquiridas por meio de treinamento de educação formal e experiência prática, como as de um curso técnico, tecnológico, bacharelado e licenciatura. Assim como podem ser avaliadas por uma aptidão em relação ao domínio e operação das novas tecnologias e software, conhecimento de idiomas estrangeiros, entre outros,” explica Anderson.  

Já as soft skils, o professor destaca que estão relacionadas a competências de comportamento, ou seja, são habilidades comportamentais e sociais que não estão necessariamente relacionadas a conhecimentos técnicos específicos, justamente por esse motivo, estas são mais difíceis de serem quantificadas, avaliadas e ensinadas formalmente, pois estão relacionadas aos traços de personalidade, atitudes e desenvolturas interpessoais. “Essas representam as desejadas competências socioemocionais, que incluem as habilidades de comunicação, liderança, pensamento crítico, colaboração, empatia, resolução de problemas, criatividade, adaptabilidade e inteligência emocional. O grande diferencial é que essas competências são transferíveis e podem ser aplicadas em várias situações e contextos”. 

“Ambas são importantes no mercado de trabalho, e, muitas vezes, uma combinação equilibrada das duas tem sido a grande procura dos empregadores, pois, enquanto as hard skills são essenciais para realizar tarefas técnicas e específicas do trabalho, as soft skills são fundamentais para aprimorar a comunicação, colaboração, liderança e adaptabilidade, tornando-se valiosas em qualquer ambiente de trabalho”, diz o professor de Gestão de Recursos Humanos. 

Pensando no cenário de soft e hard skills valorizadas no mercado de trabalho, que está em transformação, o que acaba por exigir profissionais capacitados agir de forma inovadora e empreendedora, Anderson Barros elencou as habilidades e competências promissoras para os profissionais considerarem em sua trajetória. 

Entre as soft skills mais solicitadas encontramos: Comunicação Efetiva, Inteligência Emocional, Pensamento Crítico-reflexivo e Solução de Problemas, Trabalho em Equipe e Colaboração, Adaptabilidade e Flexibilidade, Liderança e Pensamento Criativo.  

Já as hard skills mais procuradas no mercado de trabalho atualmente são: Ciência de Dados e Análise, Desenvolvimento de Software e Programação, Inteligência Artificial (IA) e Aprendizado de Máquina, Cibersegurança, Cloud Computing, Análise de Negócios, Design Gráfico e UX/UI Design e Marketing Digital.  

Barros aponta que os profissionais devem se atentar ao fato de que a demanda dessas competências pode variar de acordo com o setor, a função e a cultura organizacional, bem como em decorrência das tendências de mercado, que estão em transformação. Assim sendo, é essencial acompanhar as últimas tendências e requisitos do setor, assim como pesquisar e entender as necessidades específicas do mercado, que se tem interesse. 

Para desenvolver as softs e hard skills promissoras, o professor recomenda sempre se manter atualizado sobre as tendências de mercado e mudar. É importante mudar o mindset, de fixo, para crescimento, buscando adotar e manter uma postura de aprendizado ao longo da vida, mais conhecido como “lifelong learning”, com especializações específicas e contínua. Outro ponto fundamental é o autoconhecimento e autoconsciência, em que as pessoas devem conhecer suas próprias habilidades, pontos fortes e áreas de melhoria, pois isso permitirá que seja trabalhado o desenvolvimento de habilidades comportamentais relevantes para o mercado de trabalho atual”. 

Por fim, o coordenador de Gestão de Recursos Humanos da Cruzeiro do Sul Virtual, ressalta que além dos profissionais se atentarem no investimento de especializações específicas, é necessário profissionais capazes de atuar de forma eficiente e eficaz com habilidades comportamentais socioemocionais. “Portanto, investir em Hard e Soft Skills pode ajudar a construir uma carreira sólida e bem-sucedida. É importante avaliar as necessidades do campo de atuação, que se tem interesse, e buscar oportunidades de aprendizado e desenvolvimento, tanto nas habilidades técnicas específicas da área, quanto nas habilidades comportamentais”. 


Brand safety é prioridade para a publicidade digital

O projeto de lei que impõe regras de moderação de conteúdo às plataformas digitais o PL 2630/2020, também conhecido como PL das Fake News, vem sendo amplamente difundido nas redes nos últimos dias. Entre as principais falas do texto, na prática, as empresas podem ser punidas por conteúdos de usuários que incitem ou configurem crimes como os de terrorismo, racismo e violência contra crianças e adolescentes. Mas, para além da discussão de polarização que o tema apresenta, vamos trazer para a realidade da publicidade digital um tema relevante: a segurança das marcas nos anúncios da internet.  

Na rede encontramos  desde sites que nos mostram temas relevantes e ótimos conteúdos, até outros que só existem para violar a segurança dos dados pessoais dos usuários. São também infindáveis assuntos impróprios num contexto de volatilidade social; com questões como sexualidade explícita, crise econômica, polarização social e política, além de outros temas sensíveis. São necessários anos e um grande investimento, para que as marcas construam uma reputação de acordo com a sua filosofia. Porém, um pequeno descuido na hora de programar uma campanha digital, nesses espaços, pode destruir todo o esforço em questão de minutos. 

Tudo isso tem sido preocupação das empresas que convivem regularmente com seus usuários, clientes ou comunidades na web. Seus estrategistas sabem que, na internet, uma boa imagem não é apenas sinônimo de confiança e credibilidade do usuário, mas, também, de muito trabalho na criação, manutenção e blindagem da marca como tal. 

O termo “Brand Safety” ganhou força em 2017 quando algumas empresas decidiram reduzir o investimento em publicidade na plataforma de vídeos YouTube, após alguns dos anúncios criados para ela terem sido inseridos em vídeos com conteúdo impróprio; ou seja, com mensagens carregadas de ódio, racismo, violência, dentre outros. De acordo com o estudo “The New Brand Safety Crisis”, da empresa de inteligência artificial GumGum, 75% das marcas relataram pelo menos uma exposição insegura no passado e 70% dos entrevistados consideraram uma decisão estratégica tomar medidas de segurança. 

Por conta disto - e após uma série de medidas seletivas por parte da plataforma e aperfeiçoamento de algumas ferramentas tecnológicas de IA como a análise contextual do DynAdmic -  foram delineadas estratégias de publicidade digital, cujo objetivo não era apenas centrar-se na geração de tráfego para um site, mas privilegiar que a presença da marca coexista apenas em inventários alinhados com seus valores ou que não contivessem conteúdo impróprio. 

De acordo com o famoso Edelman Barometer, 81% das pessoas em todas as regiões geográficas, idades, gêneros e níveis de renda, consideram a confiança um fator decisivo na hora de fazer uma compra. Com base nisso, marcas, agências e estrategistas em geral, devem enfatizar seu posicionamento no ambiente digital. 

Um exemplo claro disso é o caso das duas Poppys: ambas dançam, cantam, são rosas e são desenhos animados, além de terem milhares de vídeos na internet. Porém, há uma grande diferença entre essas duas personagens, uma faz parte do universo infantil, do filme  Trolls. A outra  pertence ao jogo de terror adulto Poppy Playtime. Em que contexto você acha que uma marca familiar gostaria de anunciar?


A blindagem da marca 

Segundo a Forrester Consulting, 47% dos entrevistados em um estudo sobre reputação de marca acham que falhar no Brand Suitability, conceito mais amplo de Brand Safety - que se refere ao alinhamento entre os valores da marca e o contexto publicitário - gera uma perda de confiança por parte do consumidor final e, consequentemente, perda de negócios. 

Em decorrência desses dados, a vulnerabilidade nos sites deve ser considerada pelas agências, editoras e anunciantes como falhas na segurança, tendo, então, um controle de onde são feitas as inserções publicitárias.  

Para trazer a marca para um nível mais seguro, no universo digital, todo o método pode se referir à capacidade de escolher o perfil de risco certo: baixo, médio ou alto risco. Posteriormente, cabe-lhe a si definir a estratégia da campanha de acordo com os objetivos e tolerância ao risco.

 

Brand safety é o ponto extra da jogada 

Para evitar problemas que levam as marcas a aparecer em sites com conteúdo nocivo, podemos listar algumas dicas. A primeira delas é a segmentação contextual, que tem se tornado uma grande aliada para anunciantes e publishers. Com ela é possível transformar áudio e vídeo em texto, de forma que a tecnologia de inserção publicitária possa identificar palavras-chave e posicionar o anúncio de forma adequada dentro do ambiente. 

Na Equativ, observamos que essa ferramenta também otimiza o desempenho em pelo menos 80%, o que evita o desperdício de orçamento de anúncio e garante melhores espaços para impactar os usuários desejados. 

Outra solução é a transparência entre ambas as partes. Os anunciantes devem sempre ter acesso ao estoque que estão comprando, em contrapartida, os publishers precisam ser claros para que os anunciantes possam construir uma campanha segura e de confiança. 

Os estoques também precisam ser categorizados, com isso evitam-se investimentos em conteúdos de risco. Da mesma forma, a automação tem um limite e verificações adicionais úteis para detectar qualquer inventário questionável. É necessária uma estratégia segura para as marcas, caso contrário, os danos à reputação de uma empresa acarretam custos muito elevados e podem até ser irreparáveis. 

Embora a Inteligência Artificial (IA) seja uma grande aliada para a inserção publicitária, a segurança das marcas precisa ser mais garantida, por nós, que estamos dentro da indústria adtech. As empresas estão entregando sua confiança e imagem em nossas mãos; por isso, precisamos ser um suporte e não o contrário.


Especialista dá dicas para aumentar seu networking e fala da importância de ter conexções

Criador do maior evento brasileiro de network do mundo, Bruno Avelar dá dicas para aumentar o networking e fala sobre a importância das conexões

 

O network é a base do sucesso de qualquer negócio. A arte do networking é poder construir uma rede de contatos que possa potencializar oportunidades através de relacionamentos. Segundo o empresário Bruno Avelar, especialista no assunto, a troca de conhecimentos e experiências é fundamental, seja para fortalecer laços, estreitar negociações ou se destacar no mercado. 

Para ele, existem alguns passos que precisam ser seguidos para conseguir construir uma eficiente rede de networking: 

“Conviver com pessoas de diferentes segmentos e que possam influenciar nas suas conexões é uma forma de aprimorar o crescimento interpessoal e se aproximar dos seus objetivos profissionais. Independentemente do segmento, o networking traz inúmeros benefícios e um grande reconhecimento. Já é de conhecimento comum que ser bem sucedido na área escolhida está diretamente ligado aos relacionamentos cultivados dentro e fora do ambiente de trabalho. Ter uma boa rede de contatos não é uma opção, é indispensável. Sem relacionamentos, não existe negócio”, disse Avelar, que complementou: 

“Com as conexões certas você vai alavancar seu empreendimento e caminhar lado a lado com quem pode te ajudar a impulsionar sua carreira para o futuro”. 

Avelar afirma que um bom network é feito de forma orgânica e muda a maneira como você é visto, fazendo com que se torne uma referência, já que as pessoas estarão cientes de quem você é e o que você faz.  

“Essa visibilidade é fundamental e te transforma em uma pessoa confiável, com uma boa reputação. A reputação aqui é a chave para uma rede de relacionamentos de sucesso”, falou. 

Bruno é um empreendedor, mentor e escritor brasileiro, CVO (Chief Visionary Officer) de diversas empresas e criador do ‘O Poder do Network’. O encontro é o maior evento brasileiro de network do mundo e já impactou há mais de 14 mil empresários nos Estados Unidos.  

“Falando por experiência própria, o network foi a base das minhas conquistas. Não fazemos nada sozinhos e precisamos de pessoas em todas as áreas da vida. Como estratégia, sempre tentei fazer com que outras pessoas me apresentassem, ao invés de me apresentar, o que já gera confiança, credibilidade e autoridade. Mas lembre-se: devemos ser intencionais na construção de um novo relacionamento, mas nunca interesseiros”, disse.

 

COMO SER UM MESTRE NA ARTE DO NETWORKING? 

1- Pague o preço para estar onde os melhores estão. São nos ambientes mais restritos que você fará as melhores conexões e neste momento sua postura e comportamento serão fundamentais para que isso aconteça. Você já deve ter percebido que muitas pessoas conseguem empregos e oportunidades porque fizeram um bom trabalho e foram reconhecidas. 

A famosa "indicação" é algo comum quando se tem uma rede de contatos sólida, com uma base que é nutrida constantemente, sempre atrelado a um bom trabalho, claro.

 

2- Para seu networking ser um sucesso, é preciso saber que existem modos de tratar suas conexões que podem alavancar sua rede de contatos ou prejudicar sua reputação. Pessoas que buscam apenas se relacionar a qualquer custo, priorizando a quantidade em detrimento à qualidade, acabam agindo da forma oposta ao que é recomendado. Network é um dom que precisa ser moldado.

 

3- É muito comum, também, se sentir inseguro demais para criar vínculos com outros profissionais. É preciso deixar a vergonha de lado e inspirar confiança. Se você não confia em si mesmo, como outros irão? Descubra o que a pessoa que você quer se conectar gosta, com quem ela convive.

 

4- Estude e melhore seu storytelling e aprenda a se comunicar melhor.

Assim você conseguirá avançar.

Inicialmente, a criação de laços deve ser feita de forma espontânea. Não se deve se aproximar de alguém apenas esperando receber algo em troca. O ideal é que você crie e mantenha seus relacionamentos de forma natural e que tenha interações constantes, não apenas quando tiver necessidade de algo que possam fornecer. 

Relacionamento é sobre dar, e não pedir. O retorno vem automaticamente. A sabedoria do network está na paciência de esperar a maturação do relacionamento. Você não planta uma árvore hoje e colhe frutos no dia seguinte, você precisa entender que em algum momento Deus irá usar pessoas para te levar para o próximo nível. Jesus foi o maior estrategista que já passou pela terra, e seguir alguns princípios básicos, como servir e presentear, irá te levar ao ápice do relacionamento. 

A probabilidade de que a pessoa se lembre de você, e, mais importante, do que você faz, é muito grande se você puder inspirar confiança e amizades recíprocas.

 

5- Procure estar no lugar certo, na hora certa. Você precisa saber porquê, como e o que. Onde estar, quando estar e com quem estar. Manter um bom relacionamento com a rede de contatos que você construiu é uma ação que deve ser priorizada todos os dias. Com a internet e as redes sociais se tornou ainda mais simples fortalecer seus laços e sua marca pessoal. 

Parece ingênuo, de início, atrelar o segredo do sucesso às pessoas que convivemos. Mas é uma realidade fortíssima. Como já bem diz o famoso versículo de Provérbios: “diga-me com quem tu andas, que te direi assim quem tu és”. Valorize os contatos em que pode confiar, e o seu sucesso será sem limites. Assim, alcançar seus objetivos pessoais e profissionais será apenas uma questão de tempo. 

Existem erros básicos na construção de um network. Bruno listou os mais comuns: 

* Abordagem no momento errado e de forma errada;

* Acessar pedindo, e não servindo;

* Não investir no social;

* Não pagar o preço achando que não é necessário;

* Não deixar pessoas que são âncoras para trás;

* Não acreditar no seu potencial por não estar preparado;

* Ter problemas de autoestima por gatilhos do passado;

* Não se comportar e vestir da forma correta;

* Não frequentar os ambientes adequados;

* Não ser um solucionador de problemas;

* Desistir achando que já fez demais pelo outro e ainda não teve retorno;

* Não entender que relacionamentos não devem ser quebrados, pois não têm prazo de validade.


Reflexões Sobre Empreendedorismo e Metodologias Ativas

Fazer uma graduação pode desenvolver competências que preparam jovens para empreender. Recentemente, uma reportagem questionava a capacidade das instituições de ensino superior de desenvolverem conhecimentos e habilidades suficientes para incentivar o empreendedorismo. A reportagem se baseava em uma pesquisa realizada pela ABMES – Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior - em parceria com a Educa Insights e relatava que somente 32% dos jovens pesquisados acham que a faculdade oferece cursos que estimulem os alunos a colocarem a mão na massa para desenvolver soluções inovadoras para velhos problemas. Assim, para reverterem essa percepção e serem capazes de prepararem os jovens para empreender, as próprias instituições de ensino precisam inovar no seu processo pedagógico.

Para entendermos tal possibilidade, precisamos revisitar o que é empreendedorismo, suas abordagens acadêmicas e as práticas pedagógicas que podem ser usadas para atingir o objetivo de uma formação empreendedora.

Empreender é essencialmente o processo de identificar oportunidades e criar soluções inovadoras para aproveitar essas oportunidades. Tradicionalmente, as instituições de ensino costumam preparar seus estudantes para descobrir uma oportunidade, buscar recursos para o projeto e desenhar um plano para sua implantação. A partir dessa abordagem, as decisões são tomadas de forma racional com base em informações relevantes disponíveis e no cálculo da expectativa de retorno oferecida por cada opção identificada e analisada. Como produto dessa análise, os estudantes produzem um plano de negócios. Essa abordagem é conhecida como Abordagem Causal.

Contudo, na vida real, empreendedores não agem de forma tão racional. Em condições de incerteza, empreendedores adotam uma lógica de decisão diferente do modelo tradicional e racional. A lógica que prevalece é baseada no processo experimental e no aprendizado interativo, onde o empreendedor busca encontrar a melhor combinação dos meios que ele tem disponíveis. Eles partem do que conhecem e de quem conhecem, interagindo com as pessoas que elas conhecem. Nesse processo, o empreendedor experimenta, considera quais são as perdas aceitáveis, é mais flexível e trabalha com pré-acordos com quem conhece. Ou seja, não é um processo nem racional, muito menos linear. Essa abordagem é chamada de Abordagem Effectual.

Embora as duas abordagens sejam complementares, a abordagem effectual é muito mais próxima da dinâmica real de empreendedorismo que a abordagem causal. O problema é que tipicamente, as instituições de ensino preparam seus estudantes somente para a abordagem causal.

Para desenvolver a abordagem effectual em seus cursos, as instituições de ensino não podem se basear em práticas pedagógicas que privilegiem somente a dimensão cognitiva. As aulas tradicionais, que a reportagem em questão diz serem baseadas em um saber enciclopédico, são conteudistas.

É então que se faz urgente e necessário o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras, as metodologias ativas. Para formar empreendedores, as instituições de ensino precisam se preocupar em desenvolver competências e não somente conhecimentos. Quando o foco muda para a competência, as estruturas curriculares passam a considerar não somente os conhecimentos necessários, mas precisam também desenvolver habilidades e atitudes. Algumas das metodologias ativas mais indicadas para desenvolver as competências empreendedoras no ensino superior são a Aprendizagem Baseada em Projetos e a Aprendizagem Baseada em Problemas.

Nas duas metodologias, os estudantes são confrontados com dilemas e precisam em grupo criar soluções. Para tanto, desenvolvem habilidades e atitudes. Os estudantes exercitam a autonomia porque se tornam protagonistas do seu processo de aprendizagem e dos caminhos que seus projetos desenvolvem. Os estudantes precisam negociar com outros atores os recursos necessários e, como os projetos são desenvolvidos em grupo, precisam saber influenciar e mobilizar as pessoas. Praticam assim também a capacidade de trabalharem em grupo. Precisam ser flexíveis e tomar decisões com base em perdas aceitáveis. As atividades não privilegiam somente as análises racionais, mas também o processo experimental. Por exemplo, como os estudantes podem calcular a demanda de um negócio que ainda não existe? Ou como calcular o preço considerando custos que ainda não se compreendem? 

São fartos os estudos que reforçam a importância da Hélice Tríplice para o fomento da inovação e do empreendedorismo. A interação entre universidades, empresas e governo é a chave para a inovação e o empreendedorismo, isso porque a universidade é a geradora do conhecimento. Nesse sentido, desempenha papel fundamental na transferência de tecnologia e na incubação de novas empresas. Contudo, ela precisa assumir seu protagonismo na formação das mentes que impulsionarão o empreendedorismo e para isso, a sala de aula precisa mudar com a adoção de metodologias ativas que privilegiem o desenvolvimento de competências empreendedoras. Não será somente com uma disciplina de empreendedorismo, em uma sala de aula expositiva, que se forma um empreendedor.


Flávia Freitas -Coordenadora da Graduação em Administração e em Marketing da FACHA


Dia dos Namorados: três canais para alavancar as vendas em 2023

As datas comemorativas sempre são excelentes épocas para alavancar as vendas das empresas, especialmente, o Dia dos Namorados. Considerada como a terceira data mais importante para o comércio brasileiro, uma boa estratégia de marketing é capaz de trazer excelentes resultados para os lojistas, seja qual for o seu segmento. Mas, é preciso se preparar desde já para sua chegada, identificando os desejos de seu público-alvo e, acima de tudo, quais os melhores canais para atender essa demanda.

Em um relatório divulgado pela All In, o faturamento registrado nessa época em 2022 ultrapassou a marca dos R$ 6,5 bilhões para o varejo. Fora a quantia surpreendente, outros insights valiosos observados neste estudo dizem respeito ao comportamento do consumidor, que prezou pela praticidade e simplicidade. Os canais digitais ganharam imenso destaque na jornada de compras, valorizando soluções mais conectadas, inteligentes e eficientes que tornem sua experiência mais rica e memorável.

Com o crescimento do e-commerce, mudaram-se as estratégias utilizadas para se conectar com o seu público, que agora é, em sua maioria, bem mais digital. E, para atender essa necessidade evidente, confira os três canais que mais trarão benefícios para alavancar as vendas no Dia dos Namorados:

#1 WhatsApp: este é o meio de maior alcance em todo o mercado brasileiro, sendo a ferramenta mais utilizada pela equipe de vendas de 86% das empresas do país para contatar leads, segundo a pesquisa Panorama de Vendas. Do lado do consumidor, a preferência também se destaca, com 83% dos usuários que preferem ser atendidos por este aplicativo de mensageria, de acordo com o relatório da All In. Em épocas comemorativas como o Dia dos Namorados, as empresas podem investir na criação de comunidades de clientes, onde podem compartilhar informações sobre produtos, realizar promoções exclusivas, enviar links diretos para páginas de produtos ou catálogos virtuais e fornecer suporte pós-venda. E, para agilizar este atendimento, a plataforma também permite a automação de respostas por meio de chatbots, garantindo uma experiência satisfatória para o cliente e permitindo-lhes alcançar um público mais amplo para aumentar suas conversões de maneira eficaz.

#2 Instagram: entre todas as redes sociais, o Brasil é o 2º país em número de usuários de Instagram, na qual, segundo uma pesquisa da Opinion Box, 82% seguem alguma marca ou empresa. Em meio a tantos acessos diários, essa é uma plataforma que não pode deixar de ser explorada no Dia dos Namorados. Além de poderem enviar vídeos curtos, fotos e imagens em carrossel para ajudar na educação de uso de produtos e serviços, essa plataforma permite que as empresas patrocinem anúncios, gerem cliques, conversões, visualizações de vídeos e conversas em direct através do Instagram Ads ou, diretamente na loja da marca. A possibilidade de realizar essas estratégias de forma segmentada direcionando para um público específico com base em interesses, localização e demografia, eleva ainda mais a conversão dos clientes, que podem adquirir os produtos diretamente no aplicativo, sem a necessidade de redirecionamento para outros sites.

#3 RCS: criado pelo Google, é conhecido como a “evolução do SMS”, e considerado como um dos mais novos e promissores canais de comunicação do mercado. Seus recursos avançados o tornam um canal estratégico para o Dia dos Namorados, oferecendo uma experiência mais rica e interativa em comparação com as mensagens de texto tradicionais. Isso acontece pois, nele, as empresas podem envolver seus clientes de forma personalizada, utilizando elementos como imagens, vídeos, botões interativos e carrosséis de produtos no envio de mensagens, junto com uma confirmação de leitura e a possibilidade de rastrear a entrega, o que é especialmente útil para o e-commerce. Para ajudá-las no alto volume de vendas da data, o RCS permite ainda a automatização das mensagens por meio de lembretes de carrinho abandonado ou atualizações de pedidos, aumentando a eficiência e a conveniência para os clientes.

Cada um desses canais permitirá que as empresas intensifiquem o relacionamento com seus clientes de forma mais envolvente e personalizada, melhorando a experiência de compra e impulsionando as vendas. Mas, para isso, precisam planejar todas as ações com antecedência, estudando as necessidades de seu público-alvo para criar estratégias assertivas e, ainda, alocar adequadamente seus recursos, evitando situações de escassez de produtos, atrasos na entrega e problemas de atendimento.

A experiência do cliente deve ser o foco principal das ações desta data comemorativa, o que envolve desde a criação de uma jornada de compra fluida e conveniente, até o fornecimento de um atendimento personalizado e eficiente. Quanto maior for este cuidado, melhor será a capacidade de inovação e aprimoramento contínuo dos produtos e serviços e, assim, a criação de relacionamentos duradouros que promovam a fidelidade do consumidor à marca.

 

Thiago Gomes - Diretor de Customer Success da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.


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