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segunda-feira, 24 de abril de 2023

Mês da Conscientização do Autismo abre alerta sobre a influência da alimentação saudável nos portadores do transtorno

 

possivelmente causadores de TEA, e incentivar o consumo de alimentos naturais, eficazes na prevenção e tratamento do autismo. Pensando nisso, a Bio Mundo situada no Assaí SIA promove promoção vitalícia para todos os autistas

Em abril, em homenagem ao mês da conscientização do autismo, a Bio Mundo destaca a unidade do franqueado Eduardo Simões, situada dentro do Assaí SIA, ao lado do Ceasa em Brasília para proporcionar 10% de desconto a todos os portadores do Transtorno do Espectro Autista, a fim de promover ainda mais a conscientização e a busca por uma alimentação saudável.

No mundo, segundo a ONU, acredita-se haver mais de 70 milhões de pessoas com autismo. Já no Brasil, de acordo com a OMS, estima-se que dentre 200 milhões de habitantes, há cerca de 2 milhões de autistas.

Assim como a alimentação saudável é algo fundamental para todos os humanos, essa parcela de 2% da população precisa ainda mais de uma atenção nutricional. A relação entre o autismo e a alimentação tem muito a ver com escolhas inteligentes para que a comida não potencialize efeitos negativos da síndrome.

Não é à toa que o intestino é chamado de “segundo cérebro”. A constante comunicação entre cérebro e intestino através de sinais podem modificar a movimentação, o funcionamento e a sensação de bem-estar do sistema digestivo, assim como, afetar o comportamento, as emoções, o estresse e a dor.  Isso se torna algo determinante quando o assunto são pessoas, jovens ou crianças autistas.

Alimentos à base de glúten, leite e soja são altamente alergênicos, já os processados, ultraprocessados, com alto teor de carboidratos e gorduras são pobres em nutrientes e maléficos para o organismo, os dois em evidências foram classificados como altamente prejudiciais para os portadores do espectro autista. Estudos demonstraram que esses alimentos estimulam a hiperatividade, facilita os casos de diarréia, constipação, refluxo e gastrite, além de serem altamente inflamatórios para o corpo como um todo. 

Especialistas recomendam uma atenção redobrada nesses casos. O incentivo e acessibilidade a produtos mais saudáveis, além de suplementação e uso de probióticos, auxilia na melhora de estereotipias, assim como na saúde e bem-estar. 

Pessoas com TEA, possuem em sua maioria, deficiências de vitaminas e minerais, por isso, a suplementação de micronutrientes também tem sido indicada como uma estratégia promissora. Em pesquisas anteriores, notou-se que a suplementação de ácido fólico, por exemplo, resultou em uma melhora na comunicação verbal de pacientes autistas, enquanto o aumento dos níveis de vitamina C gerou uma redução significativa do estresse oxidativo. 

Pensando em todos esses pontos, Eduardo Silva Simões, natural de Brasília, há aproximadamente 13 anos recebeu o diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista) do seu filho mais novo, João Daniel. 

Ainda despreparado para o desafio, se viu diante das estereotipias e processos que o transtorno apresenta e, para isso, precisou de um acompanhamento médico e nutricional muito direcionado. Seja pela seletividade alimentar de seu filho, ainda que de forma leve, a preocupação em proporcionar saúde, bem-estar e uma alimentação saudável ao seu filho se tornou mais importante. "Sempre fui um pai muito responsável e cuidadoso, me ver em uma situação como essa, apenas me fez intensificar isso," conta o pai.

Nesse meio tempo, se via cliente da Bio Mundo, que foi fundamental nesse processo, tanto por oferecer produtos saudáveis e diversos para compor o prato do seu filho, quanto no quesito suplementação, seja de Vitamina C, D, ômega 3 e muitos outros. A Bio Mundo começou a fazer parte do dia a dia da família e colaborar positivamente com a evolução do João.

Em contrapartida, Eduardo já estava em busca de mudar o rumo de seus investimentos e apostar em um negócio próprio que pudesse trazer maior estabilidade financeira, e por consequência, colaborar com o desenvolvimento do seu filho. 

Influenciado pela família e diante dos resultados positivos, Eduardo decidiu abrir uma unidade da Bio Mundo, mais conhecida por ser uma rede de lojas de produtos naturais e nutrição esportiva, natural de Brasília, com franquias já espalhadas pelo Brasil, possuindo uma vasta gama de produtos, assim como uma preocupação especial por quem possui restrição alimentar, com um vasto portfólio que inclui itens à granel, diet, light, integrais, veganos, sem glúten, sem lactose, funcionais, vegetarianos, que somam em média 3.000 produtos em prateleira e mais de 300 opções de produtos à granel, além das marcas próprias. 

"Conheço a Bio Mundo de Brasília e tive a oportunidade de ver o crescimento da rede de perto. As peças foram se encaixando, aconteceu e hoje tenho a convicção de ter sido uma das mais desafiadoras, mas a melhor escolha que eu poderia tomar, pelo meu filho e pela minha família. Eu vi meu filho evoluindo diante desse processo e isso não tem preço", avalia.

É fato que para funcionar corretamente, o cérebro precisa do melhor combustível disponível no mercado, ou seja, uma dieta saudável e balanceada. Comer alimentos de alta qualidade, que contenham vitaminas, minerais e antioxidantes, nutre o cérebro e o protege do estresse oxidativo - os famosos radicais livres produzidos quando o corpo usa oxigênio. 

Para Edmar Mothé, CEO da Bio Mundo, levar alimentos saudáveis de maneira democrática é um dos principais objetivos da rede. "A Bio Mundo consegue abraçar o cliente e quem precisa de seus produtos. A diversidade, qualidade e democratização de cada item permite alcançar todos os públicos, e ainda, trazer saúde, bem-estar e qualidade de vida para quem os consome. Neste mês, em especial, a Bio Mundo se alegra em poder proporcionar produtos que podem e colaboram com o desenvolvimento positivo dessas pessoas ", destaca Mothé.

Eduardo escolheu transformar a promoção em um critério vitalício da unidade. "Eu sei o quanto esse incentivo é importante, eu também vi o quanto foi necessário eu aprender mais sobre os alimentos e passar isso para o meu filho. Por esse motivo quero proporcionar o mesmo para todos os meus clientes, que assim como meu filho, possuem essa magia de transformar a vida de todos ao seu redor", finaliza Eduardo.

 

Bio Mundo

 

Taxar produtos chineses não resolve o real problema da indústria de moda brasileira

É comum o sentimento entre os profissionais da moda brasileira de que se trabalha demais e se ganha de menos. E isso não é algo recente. Desde que me aventurei pela primeira vez na indústria, com os meus 18 anos, em uma pequena marca do Bom Retiro, na capital paulista, já ganhava um salário bem inferior ao dos meus colegas de faculdade de Administração, que optaram por iniciar suas carreiras em outras áreas, muito mais lucrativas.

Mas o que mais me incomoda não é o passado e sim o presente, pois nestes 17 anos de profissão nada mudou. Pode até ter piorado, e alguns fatores corroboram para esse sentimento. Vale citar, por exemplo, a chegada ao Brasil de grande marcas chinesas, que desestabilizaram empresas já estabelecidas no País, e o recrudescimento da inflação nos últimos anos, que prejudicou um setor cujas margens nunca foram muito altas. Em resumo, ficou mais caro produzir e a concorrência de fora ficou mais desleal.

Mas por mais que o setor têxtil possa ter ganhado um fôlego com o controle paulatino da marcha inflacionária e com o recente anúncio de tributação dos produtos chineses (a maioria deles itens de vestuário), o problema interno da precarização ainda persiste. 

Vê-se, por exemplo, cada vez mais profissionais estafados e trabalhando para empresas cujo único recurso de sobrevivência, diante de um cenário de selvageria competitiva, é pagar pouco e demandar muito dos funcionários. Pelo menos esta é a mentalidade reinante, pois, diga-se a verdade, em um País onde a comida é escassa para dezenas de milhões, não é possível se dar ao luxo de pagar um pouco mais caro em uma blusa apenas porque ela não foi feita com mão de obra escrava ou análoga. 

Hoje, o sonho da geração millenial que trabalha na indústria da moda brasileira é pedir demissão. Não é criar uma marca global, oferecer boas experiências aos clientes, desenvolver estampas criativas ou designs inovadores. O sonho é desistir. 

Mas a questão é: quem pode jogar tudo para cima em uma conjuntura em que quase não se vê vagas abertas e, ao mesmo tempo, existe tanta gente procurando emprego? Não é uma opção válida para o trabalhador comum. 

O resultado disso é que os casos de burnout têm explodido. Uma pesquisa feita pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em 2022, concluiu que um em cada cinco brasileiros sofre desse problema. Não é, obviamente, uma exclusividade do mercado da moda: a doença tem se alastrado em todos os segmentos, reflexo de transformações tectônicas que têm ocorrido na relação das pessoas com o trabalho. Na indústria fashion, porém, o problema é antigo, reflexo de uma tradição de precariedade e baixa valorização da mão de obra. A queima de estoque, expressão tão comum em nosso meio, dá espaço para a queima de mentes. 

Quando olhamos para o impacto disso sobre equidade de gênero, o problema é ainda mais grave, pois em uma indústria onde grande parcela da força de trabalho é composta por mulheres e cujo maior percentual de clientela também é mulher, explora-se o feminino de ponta a ponta. Segundo um estudo recente da Organização das Nações Unidas (ONU), a cadeia produtiva da moda é uma das mais fortes da economia nacional e “utiliza fortemente a mão de obra de mulheres, que participam de todas as etapas do processo de produção, mas principalmente do cultivo e colheita de matéria-prima, da confecção e das atividades de varejo”.

A indústria da moda, envelopada em uma imagem de magia, iconicidade e criatividade, seduz recém-formados para um sonho de carreira glamourosa que só existe para poucos, normalmente os herdeiros das grandes empresas já estabelecidas. Enquanto isso, muitos são explorados, desde fábricas até aos escritórios, e alimentam uma cadeia que ainda não sabe o que é governança e tampouco o que é justo.

 

Marcela Butros - Founder na Zili


Rodovias concedidas do Estado receberam mais de 1,7 milhão de veículos no feriado de Tiradente

Fonte: Divulgação ARTESP
Movimento foi mais intenso no sentido do interior do Estado


A ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo registrou tráfego de mais de 1,7 milhão veículos nas principais rodovias concedidas de acesso e saída da capital paulista durante o fim de semana prolongado do feriado de Tiradentes.  

O monitoramento de toda a operação nas rodovias sob concessão foi realizado a partir do Centro de Controle de Informações (CCI) da Agência, de onde é possível acompanhar o tráfego em tempo real.  

Com o objetivo de proporcionar uma viagem segura aos usuários, todas as rodovias concedidas do Estado receberam reforço operacional, principalmente nos atendimentos de socorro médico e mecânico. As operações com equipamentos que auxiliam na gestão do tráfego como PMVs e câmeras de monitoramento e contadores veiculares (SATs), também foram intensificadas para trazer mais segurança aos motoristas. 

“Estivemos presentes durante todo o feriado para garantir uma viagem segura com atendimento ágil e assertivo quando necessário”, comenta Milton Persoli, diretor-geral da ARTESP. 

 

MOVIMENTAÇÃO NAS PRINCIPAIS RODOVIAS CONCEDIDAS

Capital e Interior

Na interligação da Capital com o Interior, circularam pelo Corredor Ayrton Senna – Carvalho Pinto, administrado pela Ecopistas, mais de 476 mil veículos, de 20 a 23 de abril. Já no Sistema Castello-Raposo, operado pela concessionária CCR ViaOeste, foram registrados mais de 391 mil veículos. O Sistema Anhanguera-Bandeirantes, administrado pela CCR AutoBAn, foi utilizado por 494 mil veículos no período.  

 

Ida para o Litoral

Mais de  261 mil veículos utilizaram as rodovias Anchieta (SP 150) e Imigrantes (SP 160), considerando as viagens sentido Litoral de quinta-feira (20) a domingo (23). Já na Rodovia dos Tamoios, importante ligação entre o Vale do Paraíba e o Litoral Norte, circularam 61 mil veículos sentido litoral e 59 mil sentido São José dos Campos  entre quinta-feira (20) e domingo (23).

 

Rodoanel

Pelo trecho Oeste do Rodoanel, sob gestão da CCR RodoAnel, passaram mais de 578 mil veículos. Nos trechos Sul e Leste do Rodoanel, operados pela concessionária SPMar, circularam  318 mil veículos neste feriado. 

 

ATENDIMENTOS  AOS USUÁRIOS 

Nos 11,1 mil quilômetros de rodovias concedidas do Estado de São Paulo foram registrados 519 atendimentos pré-hospitalares (APH), 3.057 atendimentos  com utilização de guinchos e 2.899 socorros mecânicos, de 21 a 23 de abril.

 

Sobre a ARTESP

A ARTESP – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo – regula o Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo há mais de 20 anos. Sob sua gerência, estão 20 concessionárias, que atuam em 11,1 mil quilômetros de rodovias, o que representa quase 41,1% da malha estadual, abrangendo 335 municípios. 

A Agência também fiscaliza o Transporte Intermunicipal de Passageiros, exceto nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, de Campinas, da Baixada Santista, do Vale do Paraíba/Litoral Norte e Sorocaba. Dentre as ações, realiza auditoria de frota, garagem e instalações, ações fiscais na operação das linhas regulares, nos terminais rodoviários e nas rodovias. Além disso, a ARTESP é responsável pela regulação da concessão de 27 aeroportos regionais.

 

Poupatempo mantém diretrizes de atendimento para pessoas surdas

Na data em que se comemora Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras), o Poupatempo contabiliza 10 mil colaboradores treinados para oferecer atendimento inclusivo 

 

Reconhecido pelo atendimento humanizado a todos, sem distinção, o Poupatempo segue atento às necessidades dos cidadãos, sobretudo no que se refere a pessoas com deficiência. 

Há 21 anos, em 24 de abril de 2002, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida pela Lei 10.436 como meio legal de comunicação e expressão. Antes disso, o Poupatempo já investia em treinamento para seus funcionários, visando acolher àqueles com necessidades especiais. Já são 10 mil colaboradores formados em atendimento inclusivo. 

Hoje, como parte do processo de capacitação, os colaboradores dos postos realizam curso de Libras, disponibilizado via EAD, pela plataforma de ensino à distância. As unidades de atendimento, em todas as regiões do estado, contam atualmente com funcionários habilitados para o atender em Libras. 

No ano passado, o Poupatempo firmou parceria com o Instituto Lucy Montoro, que oferece oficinas de vivência voltadas para as abordagens a cadeirantes, cegos, deficientes intelectuais, além de surdos. 

Até o momento, 4 mil funcionários já realizaram o curso de Libras e cerca de 300 participaram das oficinas do Instituto Lucy Montoro, que também são obrigatórias. 

Além do atendimento direcionado à pessoa surda, vale lembrar que se houver interesse, o cidadão pode incluir o número da CID (Classificação Internacional de Doenças) no RG, o que facilita a identificação da pessoa com deficiência e suas eventuais necessidades. 

Para ser atendido presencialmente no Poupatempo, é obrigatório agendamento prévio de data e hora, sem nenhum custo pelo portal www.poupatempo.sp.gov.br, aplicativo Poupatempo Digital, totens de autoatendimento ou ainda pelo Assistente Virtual chamado "P", que atende no portal e também via WhatsApp, pelo número (11) 95220-2974. Já de forma digital, o programa disponibiliza 260 serviços online. 

Mais informações sobre serviços, endereço e horário de atendimento de cada unidade, acesse o site ou o app do programa.

 

Cápsulas de café usadas podem ser aproveitadas na produção de filamentos para impressão 3

Cápsulas usadas e algumas peças produzidas por meio
 de impressão 3 D (
foto: Bruno Campos 
Janegitz/UFSCar)

Artigo publicado na revista ACS Sustainable Chemistry & Engineering traz uma boa notícia para os apreciadores de café: cápsulas de matéria plástica descartadas já podem ser utilizadas como matéria-prima para a fabricação de filamentos destinados, por exemplo, à impressão 3D, minimizando impactos ambientais.

Essa alternativa foi testada com êxito por grupos das universidades Federal de São Carlos (UFSCar), Estadual de Campinas (Unicamp) e Manchester Metropolitan (Reino Unido).

“Produzimos novos filamentos, condutores e não condutores, utilizando o polímero ácido polilático [PLA] proveniente das cápsulas de café. Esses filamentos podem ser utilizados para as mais diversas aplicações, incluindo peças condutoras para máquinas e sensores”, diz à Agência FAPESP Bruno Campos Janegitz, coordenador do Laboratório de Sensores, Nanomedicina e Materiais Nanoestruturados (LSNano) da UFSCar, em Araras, e coautor do artigo.

O Brasil é o maior produtor, o maior exportador e, depois dos Estados Unidos, o segundo maior consumidor de café do mundo. Embora no mercado brasileiro predomine amplamente o café de baixa qualidade – com grãos da espécie robusta (Coffea canephora) e alta incidência de defeitos e impurezas, que os fabricantes disfarçam por meio da torra excessiva e os consumidores escondem acrescentando grandes quantidades de açúcar ou adoçantes –, tem crescido de forma consistente o segmento dos chamados cafés gourmets e especiais.

Produzida com grãos selecionados da espécie arábica (Coffea arabica) e menor tempo de torra, de modo a preservar o açúcar natural e as qualidades olfativas e gustativas do café, a versão “gourmet” pontua de 75 a 80 na escala de zero a cem da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O “especial”, para alcançar essa classificação, precisa ter também certificado socioambiental e pontuar no mínimo 80 na escala da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Além do produto, a qualidade final da bebida depende também do modo de preparo. Por isso, tem-se difundido o uso doméstico de equipamentos como a prensa francesa, a cafeteira italiana e, em um patamar de preço mais elevado, a cafeteira abastecida com pó encapsulado. O problema, neste último caso, é o que fazer com a cápsula após o uso.

Apesar de existirem cápsulas reutilizáveis e de alguns fabricantes também promoverem a reciclagem das versões feitas em alumínio, o descarte puro e simples predomina, principalmente no caso das cápsulas de matéria plástica. Considerando todos os fatores envolvidos, uma conta feita no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) mostrou que “tomar um cafezinho de cápsula pode ser até 14 vezes mais prejudicial ao meio ambiente do que ‘passá-lo’ no coador de papel”.

Novo destino

Com o objetivo de encontrar novas destinações para esses resíduos, os pesquisadores produziram células eletroquímicas com filamentos do PLA não condutor e sensores eletroquímicos com os filamentos condutores, que foram preparados por meio da agregação de negro de fumo ao PLA. O negro de fumo é uma forma de carbono paracristalino resultante da combustão incompleta de hidrocarbonetos. “Os sensores eletroquímicos foram usados para a determinação do percentual de cafeína em chá verde e café arábica”, informa Janegitz.

O pesquisador conta que a produção dos filamentos é relativamente simples. “A obtenção de material não condutor consiste simplesmente na lavagem e secagem das cápsulas de PLA, seguidas por extrusão em sistema a quente. Para a obtenção de material condutor, é preciso agregar o negro de fumo antes do aquecimento e da extrusão. O material extrusado é então resfriado e enrolado, dando origem aos filamentos de interesse”, detalha.

O processo todo é um bom exemplo da chamada “economia circular”, na qual os resíduos gerados em uma atividade econômica, em vez de serem tratados como problemas, impactando o meio ambiente, são convertidos em recursos para implementar outra atividade. “A base polimérica obtida das cápsulas usadas pode gerar dispositivos com alto valor agregado”, comenta Janegitz.

Ele e a doutora Cristiane Kalinke, da Unicamp, participaram do estudo durante estágio de pesquisa no exterior, sob a supervisão do professor Craig Banks, da Manchester Metropolitan University (Reino Unido). Janegitz recebeu apoio da FAPESP por meio de um Projeto Temático e de Bolsa de Pesquisa no Exterior. Kalinke foi apoiada com Bolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior. Além deles, o trabalho contou também com a participação do professor Juliano Alves Bonacin, da Unicamp.

O artigo Circular Economy Electrochemistry: Creating Additive Manufacturing Feedstocks for Caffeine Detection from Post-Industrial Coffee Pod Waste pode ser acessado em: https://pubs.acs.org/doi/10.1021/acssuschemeng.2c06514.

 

José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/capsulas-de-cafe-usadas-podem-ser-aproveitadas-na-producao-de-filamentos-para-impressao-3d/41197/


Do direito à literatura: Renata Baglioli realiza sonho de infância e escreve para todas as idades

Autora do recém-lançado "De Salto Alto", Renata Barrozo Baglioli investe há três anos no mercado literário e já publicou cinco obras

 

Renata Barrozo Baglioli decidiu dar uma guinada na sua vida profissional depois de mais de duas décadas advogando em direito corporativo. Com uma carreira estabelecida no mercado, decidiu escutar sua criança interior para seguir um sonho que estava adormecido há anos. Foi assim que iniciou sua trajetória na literatura, ainda na pandemia, e agora já tem cinco livros no currículo.

Escritora em tempo integral, ela escreve para todas as idades. As primeiras publicações foram focadas no público infantil, inclusive, ela também se tornou contadora de histórias. “Tenho um cuidado muito especial com a temática, gosto de trazer leveza e sensibilidade, afinal, as crianças estão em formação e acho essencial cuidarmos da linguagem e da abordagem”, afirma.

Mas agora a autora está voltada para os adultos com o título De Salto Alto, um conjunto de crônicas que analisa as contradições presentes nas relações humanas. “Na temática dos adultos, a linguagem é mais direta, ainda que fluida, e apresento os retratos de cenas que tanto caracterizam o gênero contos, de forma nua e crua, sem rodeios e sem adjetivos”, explica.

Leia abaixo a entrevista completa com Renata, que detalha a produção mais recente, explica sua relação com o universo infantil e aborda como trocou a advocacia pela literatura:


1 - “De Salto Alto” tem mais de 40 contos que abordam sentimentos universais e questões cotidianas das relações humanas. De que forma você acha que esses textos podem impactar outras mulheres?

Renata Barrozo Baglioli: Gosto de escrever sobre sentimentos e relações cotidianas para que todos os leitores possam se conectar, de uma forma individual, com o texto. Acredito que meus contos no livro De Salto Alto não se limitam apenas ao universo feminino, mas, sem dúvida, minha linguagem é mais próxima deste público, o que pode gerar uma identificação maior das mulheres com a obra, já que a voz dos contos é feminina, essa é a perspectiva em foco. Meu propósito com a escrita é despertar o “eu” mais profundo do leitor. Quando meu texto consegue mexer com o leitor, entendo que atingi uma camada mais profunda, em que ele se confronta com seus preconceitos, julgamentos, sentimentos, e que, a partir de um outro ângulo, pode sair da leitura modificado, impactado. Assim, me deleito com este poder transformador da literatura e tenho isto como norte.


2 - “De Salto Alto” também é o nome de um dos contos do livro, que trata da relação entre um filho e a mãe. Por que dentre tantos, você decidiu colocar esse conto como título do livro? O que ele representa?

R.B.B.: O conto que escolhi busca abordar, de forma sucinta, muitos sentimentos conflitantes na dinâmica da relação entre mãe e filho. No caso do retrato da cena que pincei para reproduzir no conto, a temática aborda o fim de um casamento, a superproteção da mãe em relação ao filho, o abandono, a rejeição, e como tudo isso tem um reflexo direto e que dialoga com os relacionamentos do filho com seus futuros parceiros(as).

Entrando um pouco no mundo das dinâmicas familiares, que é um tema que eu gosto muito de abordar, sabemos que os pais têm muita responsabilidade na criação dos filhos e minha predileção por este conto, que dá nome ao livro, é justamente para trazer a importância deste papel (dos pais) e da necessidade de nos perguntarmos como estamos criando nossos filhos para superar a validação e projeção de nossas próprias expectativas neles.


3 – A obra destaca os breves instantes que podem passar despercebidos pelas pessoas e lança um olhar para aquilo que costuma ser esquecido na nossa memória. Qual a importância de falar sobre esses momentos tão humanos e tão comuns no cotidiano?

R.B.B.: Na correria do dia a dia acabamos ignorando as lições diárias que a vida nos proporciona em todos os sentidos: compaixão, liberdade de escolhas, diversidade, sentimentos positivos, e mesmo aquelas ligadas a perdas, como, morte, doença, tristeza, desamor. Nosso imediatismo, aliado a um mundo cada vez mais virtual, acaba por nos afastar das pessoas que amamos e nos desconectar de nossa essência. Assim, acabamos vivendo as coisas pela metade, de forma superficial e pouco empática. Falar sobre os sentimentos, nominá-los, estimular o autoconhecimento e atitudes empáticas são formas de acessar nossa conexão com o mundo interior e com a humanidade, e a literatura é uma importante linguagem de conexão.


4 - Você era advogada e, desde 2021, decidiu mudar e focar na produção literária. O que a levou a optar por esse caminho? O que você aprendeu nesses últimos dois anos?

R.B.B.: Atuar na advocacia foi uma bela escolha e fui muito feliz nessa profissão. Contudo, com a sensação de finitude que a pandemia nos trouxe, entendi que era o momento certo de tomar outros rumos e apostar em um sonho de infância. Escrevo poesias desde pequena e sempre vi a literatura e o processo de escrita como uma forma de atingir o autoconhecimento e a cura (e evolução). Revisitei meu propósito ao longo dos últimos anos e me assenhorei da profissão de escritora com a qual eu sempre sonhei.

Na advocacia, me sentia muito presa a conceitos e julgamentos, e isso estava me tornando uma pessoa mais “quadrada”. No meu entendimento, a vida é para ser vivida plenamente; não podemos nos levar tão a sério, mas, ao mesmo tempo, somos responsáveis pelo que semeamos. Vi na escrita uma possibilidade de trazer equilíbrio para esta equação e deixar um legado para as crianças de todas as idades (tenho leitores infantis e adultos). O que aprendi nos últimos dois anos? Muita coisa que não está nas leis...


5 - Você também é autora de livros infantis e faz contação de histórias em escolas. Qual sua relação com o universo infantil? O que a aproxima dessas narrativas para o público infantil?

R.B.B.: Meu primeiro livro publicado foi Diogo e a menina-sem-nome (2021), ainda que eu tivesse em mente escrever apenas para o público adulto quando decidi adotar exclusivamente a carreira literária. Foi com essa obra que eu desabrochei como escritora e me descobri como “contadora” das histórias de minhas obras nas escolas. Esse acabou sendo um processo muito natural e espontâneo, e, quando me vi falando com as crianças, eu estava sorrindo e realizada.

Acompanhei muito de perto as aulas escolares durante a pandemia – no formato remoto, quando meu filho estava com seis anos e em processo de alfabetização. Isso me fez perceber que eu poderia somar no processo de aprendizado das crianças. Os temas que trabalho nas obras infantis têm muito a ver com o universo que meu filho Bernardo me proporciona. Busco inspiração no que ele está vivendo (dilemas, experiências, aprendizados, medos) e quero ajudar outras crianças a superarem desafios por meio da imaginação, de forma lúdica, mas sem se afastar do mundo real.


6 – Que paralelos podem ser traçados entre sua produção literária para o público infantil e para o público adulto? E quais são as principais diferenças?

R.B.B.: Como eu gosto de dizer: minhas obras são para as crianças de todas as idades, mas as perspectivas são muito diferentes, embora os assuntos sejam muito parecidos (com diferentes graus de complexidade). Nas obras infantis, tenho um cuidado muito especial com a temática, gosto de trazer leveza e sensibilidade, afinal, as crianças estão em formação e acho essencial cuidarmos da linguagem e da abordagem. Já na temática dos adultos, a linguagem é mais direta, ainda que fluida, e apresento os retratos de cenas que tanto caracterizam o gênero contos, de forma nua e crua, sem rodeios e sem adjetivos. A imaginação e entonação cabem ao leitor!


Renata Barrozo Baglioli - Formada em Direito, com pós-graduação em Direito Societário e MBA em Administração, a paranaense Renata Barrozo Baglioli percorreu uma extensa trajetória na advocacia empresarial. Mas, em busca de se reconectar com suas paixões, decidiu mudar de carreira e se tornar escritora em tempo integral. Em 2021, começou a estudar sobre produção literária e iniciou um projeto voluntário de contação de histórias nas escolas públicas e particulares de Curitiba. Publicou cinco livros: “Diogo e a menina sem nome”, “Diogo e a menina colorida” e “Diogo e o irmão do meio” são de uma série voltada para o público infantil, enquanto “A Última Camada” e “De Salto Alto” são duas obras de contos para adultos. Para saber mais sobre o livro “De Salto Alto”, clique aqui!

 

Dificuldade na interação social não impede autista de trabalhar com atendimento ao público


Ingressar no mercado de trabalho é fundamental
para que o indivíduo autista consiga ser independente 
 
Divulgação/Grupo Marista

Diagnosticado tardiamente, Esau Henrique Goes mostra que é possível exercer funções que pareciam inacessíveis e avalia positivamente as empresas que lutam contra o preconceito e abrem espaço para a inclusão


“Direito ao diagnóstico precoce e tratamento; ao acesso à educação e proteção social; e ao trabalho e à igualdade de oportunidades.” São esses os direitos que a Lei da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista garante desde 2012, no Brasil. Mas, infelizmente, ainda não é o que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) vivenciam diariamente. Celebrado no mês de abril, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi criado justamente para dar voz aos indivíduos com TEA na busca por respeito, igualdade e inclusão. Neste ano, a campanha traz o tema: “Mais informação, menos preconceito”.

No entanto, mesmo sendo mundialmente conhecida e cada vez mais diagnosticada precocemente, a condição ainda é pouco debatida na sociedade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são mais de 70 milhões de autistas diagnosticados em todo o mundo e, somente no Brasil, esse número é de aproximadamente 2 milhões de pessoas. “Ainda falta a compreensão do que é o autismo, principalmente aqui no nosso país, onde o assunto ainda é um tabu. Poucos sabem sobre o autismo e muito menos como agir diante de um autista”, avalia Esau Henrique Goes.

Henrique, como prefere ser chamado, tem 28 anos e foi diagnosticado com TEA recentemente, aos 26. Funcionário do Grupo Marista, ele exerce o cargo de operador de teleatendimento, na PUCPR, o qual foi conquistado por meio de um mutirão de vagas PcD, realizado em 2022. Hoje, ele tem bons amigos e colegas de trabalho, mas nem sempre foi assim. Por ter recebido o laudo tardio, Henrique sofreu com o preconceito em seus antigos trabalhos e também na escola, fatos que faziam com que ele mesmo não conseguisse se entender.

“Por que eu sou assim?”, era a pergunta que se fazia cada vez que sofria algum ataque. “Não entendia o motivo de ser vítima de bullying apenas por ser diferente. Depois do meu diagnóstico, consegui me entender melhor. Hoje, não tenho vergonha de ser autista e assumo com orgulho a minha condição. Tenho que matar dois leões por dia, tanto na vida pessoal quanto na profissional, e essa é a mesma luta  da comunidade autista. Por isso, quanto mais pessoas souberem e mais informações forem distribuídas sobre a nossa condição, é melhor, não só para a sociedade entender a gente, como pra gente conseguir se enturmar na sociedade”, ressalta.

Para ele, os debates deveriam, inclusive, estar na pauta de colégios e faculdades. Segundo a mestre em psicologia e coordenadora do curso de pós-graduação em Autismo, na PUCPR, Thaise Löhr Tacla, é uma tendência global a adoção de políticas públicas para facilitar o ingresso do autista no mercado de trabalho. “As empresas que enfatizam a importância de empregar pessoas com TEA, realizam treinamento de capacitação para acolhimento. Por isso, é importante salientar que o preparo do candidato para atuação profissional é fundamental, bem como o da empresa com incentivo a contratações”, avalia.



Falta de interação social não é barreira  

O caso de Henrique não é raro e reforça ainda mais a importância de identificar precocemente o autismo. Para Thaise, o atraso nesse diagnóstico dificulta o desenvolvimento das habilidades sociais e de comunicação, sinais mais comuns da condição, além de atrapalhar a inserção desses indivíduos na sociedade. “Os sinais do autismo começam cedo e, quando presentes ocorrem, principalmente, com o prejuízo persistente na comunicação social recíproca, na interação social e nos padrões restritos e repetidos de comportamento, interesse ou atividade”, explica a psicóloga.

Na visão da especialista, a inclusão dessas pessoas na sociedade se mostra ainda mais essencial quando há exemplos de pessoas com TEA que cumprem tarefas que, aos olhos da sociedade, não seriam possíveis. Ela destaca ainda que ingressar no mercado de trabalho é fundamental para que o indivíduo autista consiga ser independente, tenha autonomia e liberdade para atingir seus objetivos.

A supervisora de atendimento da PUCPR e gestora de Henrique, Sandra Hanemann, pode falar com propriedade sobre a questão. Ela vê e analisa o trabalho do operador de teleatendimento sendo executado diariamente sem grandes impedimentos. “Quando o Henrique chegou à minha equipe, busquei conhecê-lo primeiro e ganhar a sua confiança. Ficamos um mês de adaptação juntos para que depois ele pudesse assumir sozinho suas tarefas”, conta Sandra.

Henrique presta atendimento aos alunos da PUCPR por meio do chat, whatsapp e telefone, e, segundo Sandra, consegue atender muito bem às expectativas do cargo. “Pessoas com TEA têm, por vezes, um entendimento e uma interpretação diferentes e, quando isso acontece, contamos com o suporte do nosso RH. Quando erra, damos o feedback para ele, assim como para seus colegas. Mas o Henrique é muito inteligente. Além de trabalhar conosco, ele faz faculdade de biologia e estágio. Temos aqui no setor uma troca muito rica. Em grande parte dos momentos, ele conversa com todos, é alegre, mas quando tem seus momentos mais introvertidos, ele é respeitado”, conta. 

 

Quatro livros para começar e manter uma vida financeira saudável

Especialista de fintech indica leituras recomendáveis para aqueles que querem aprender sobre dinheiro e manter o equilíbrio das contas


Apesar de muito discutida, são poucas as pessoas que conseguem organizar a vida financeira de forma que se mantenha equilibrada. Só em fevereiro deste ano, mais de 65 milhões de brasileiros estavam negativados, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Acredita-se que o aumento dos juros e a instabilidade econômica como um todo tenham contribuído para a inadimplência da população.  

Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal 100% online, acredita que ainda falta consciência sobre os gastos, e sobretudo, um aprendizado aprofundado de como lidar com as finanças. “Entender o universo financeiro realmente não é uma tarefa fácil, mas existem diversas formas de aprender sobre o assunto e pôr em prática hábitos saudáveis sem ter medo de ficar sem dinheiro ou acumular dívidas. Acompanhar tutoriais ou ler livros, por exemplo, podem ser o primeiro passo para se educar e aprender a equilibrar as contas”, explica. 

Por isso, em comemoração ao Dia Mundial do Livro, celebrado dia 23 de abril, a executiva aponta quatro edições para brasileiros lerem e iniciarem uma vida financeira saudável. Confira:

 

“Como Organizar sua Vida Financeira”, de Gustavo Cerbasi

Planejamento é um dos primeiros passos para ter uma saúde financeira e esse é o ponto central do livro de Gustavo Cerbasi. O autor aborda os temas-chave e ajuda o leitor a realizar um diagnóstico da sua situação atual e a aprender a analisar seu orçamento doméstico, identificando os pontos que podem ser aperfeiçoados. 

 

“Educação Financeira ao Alcance de Todos”, de José Pio Martins 

Neste livro, o autor se dedica a ensinar como resolver as principais questões do dia a dia envolvendo dinheiro. Com linguagem clara e agradável, Martins explica de forma democrática termos e temas complexos, como geração de renda, passivo circulante ou patrimônio líquido. 

 

“Saiba mais para gastar menos: Aprenda a desenvolver sua inteligência financeira”, de Elaine Toledo

“Você ganha pouco ou está gastando demais?” é a pergunta respondida por Elaine Toledo em seu livro. A partir de uma escrita clara e explicativa, a autora apresenta uma ferramenta que ajudará o leitor a melhorar o balanço das contas e a “sair do buraco” por meio de exemplos práticos que abordam a poupança e a sustentabilidade financeira.

 

“A psicologia financeira: lições atemporais sobre fortuna, ganância e felicidade”, de Morgan Housel

A autora apresenta casos de sucessos e fracassos de investidores que demonstram a importância do fator mental na condução das finanças. Ela ensina formas de administrar e fazer o dinheiro render, e aponta a percepção de que cuidar da vida financeira não se trata apenas de métodos matemáticos, mas sim da convivência com a família e reuniões com os colegas de trabalho.

 

Vai e vem do dinheiro: entenda a importância de organizar o fluxo de caixa pessoa


Especialista da fintech sergipana iCred elenca as vantagens e explica como fazer a organização de entrada e saída das finanças pessoais

 


No mais recente estudo do Serasa Experian, os dados indicaram que o Brasil alcançou o recorde de crescimento de pessoas em situação de inadimplência desde 2018, atingindo a marca de 70,1 milhões somente em janeiro de 2023. Na maioria das vezes, as entradas e saídas do dinheiro pessoal são vistas como algo corriqueiro, que não exige um planejamento contínuo. Porém, ter todas as movimentações documentadas pode influenciar na saúde financeira pessoal em diversos aspectos, tanto para entender os gastos quanto para não acabar caindo em dívidas.

Túlio Matos, sócio fundador da iCred, fintech sergipana que facilita o empréstimo pessoal e consignado, ressalta que o controle das despesas e receitas não demandam experiências em finanças, basta que a construção do planejamento do fluxo financeiro do caixa pessoal seja feito de acordo com a realidade de cada pessoa. “Todo mundo entende que a organização financeira é importante quando falamos de empresas, mas muitas pessoas não enxergam que a não supervisão do fluxo de dinheiro no âmbito pessoal também está rodeada de riscos. Além do mais, os registros tornam possível planejar e conquistar determinados objetivos mais rapidamente através da visualização das movimentações financeiras”, afirma Matos.

O especialista explica que existem dois tipos de fluxos de caixa mais utilizados pelas pessoas: o fluxo de caixa projetado, que basicamente analisa os ganhos e gastos futuros, no intuito de prevenir situações de risco; e o fluxo de caixa focado em investimentos, que analisa quais serão os gastos obrigatórios mensais e qual o valor será possível destinar para investimentos.

“O fluxo de caixa nada mais é do que uma análise dos dados financeiros que contribui para que a pessoa tenha uma visão ampla do presente e do futuro. O principal intuito é documentar o dinheiro que entra e sai. Porém, muitas pessoas confundem essa prática como algo exclusivamente empresarial e, a partir disso, têm a ideia equivocada de que é necessário uma grande renda e movimentação mensal para começar a investir no cuidado com a saúde financeira”, aponta Túlio Matos.

O especialista separou o passo a passo que mostra como é possível controlar esse “vai e vem" do dinheiro através do método da organização. Confira:



1 - Defina o método que será utilizado para os registros

Escolher qual será a ferramenta em que serão registradas as entradas e saídas do dinheiro pessoal é o primeiro passo. É importante ser um local de fácil acesso e visualização, como planilhas mensais, aplicativos de finanças pessoais, cadernos, entre outros. “O ideal é que seja uma plataforma que permita a anotação instantânea, no momento que os gastos e entradas de dinheiro foram realizadas, a fim de não deixar nenhum valor de fora do balanço mensal”, ressalta o especialista da fintech.



2 - Separe as categorias que fazem parte da sua rotina

A realidade de cada pessoa demanda gastos e rendas diferentes, portanto é importante categorizar quais serão os setores de movimentações financeiras durante o mês — mesmo que em alguma dessas categorias não aconteça nenhuma movimentação naquele período específico. Por exemplo, contas da casa, escola, pagamento do cartão de crédito, pagamento de dívidas, cuidados pessoais, transporte, alimentação etc.



3 - Calcule a média dos valores e comece a se planejar

A partir do momento que o fluxo de caixa pessoal se tornar visível, será possível avaliar uma média de valores gastos em cada uma das categorias. Com isso, chegou o momento de fazer uma média mensal de gastos e rendas, estipulando limites e objetivos. Observe as contas e reflita sobre possíveis despesas desnecessárias, que possam ser utilizadas para outros fins, como montar uma reserva de dinheiro para emergências ou investimentos.

 

iCred


Foco na experiência e inteligência artificial: relatório aponta as tendências do RH para 2023

Elaborado pela startup nw2, estudo traz insights para os profissionais da área em um momento de transformação cultural e econômica

 

Escassez de mão de obra, novos modelos de trabalho e um cenário cada vez mais tecnológico são alguns dos desafios que a área de RH enfrenta em 2023. Com isso, Design de pessoas, inteligência artificial e tomada de decisão baseada em dados são apenas algumas das sete tendências para a área de Recursos Humanos no Brasil em 2023, segundo apontou um relatório elaborado pela startup nw2 – especializada em conectar pessoas e negócios, preparando-as para novas relações de trabalho por meio do desenvolvimento de soluções inovadoras que buscam aumentar o engajamento dos colaboradores nas experiências corporativas e retenção dos funcionários nas empresas.

De acordo com o estudo – produzido com base em informações geradas através de uma extensa pesquisa, incluindo fontes internacionais e em análises de especialistas da nw2 –, a principal tendência para o RH neste ano é a expansão do people design. Trata-se de um conceito que ganhou força nos últimos anos e que posiciona o departamento de Recursos Humanos no coração da gestão, focado em criar boas experiências para os colaboradores. 

“People Design é utilizar a mentalidade do design para desenvolver soluções inovadoras que conectem as necessidades das pessoas e do negócio, objetivando a retenção de talentos, a maximização do desempenho e a expansão dos horizontes de atuação e influência da empresa no mercado”, explica a executiva de RH e cofundadora da nw2, Cristina Leal.

Para que isso aconteça, diz o relatório, é preciso que os RHs ajam de maneira colaborativa, trazendo os funcionários para a tomada de decisões. “A resolução de um problema e o desenho de uma solução não podem ficar concentradas apenas no RH. Quando fazemos isso, deixamos de lado experiências e pontos de vista diferentes. A colaboração é um dos três princípios do design”, diz o documento. 

Em razão disso, o relatório aponta outras duas tendências que se desdobram a partir de uma cultura centrada no usuário: modelos de trabalho flexíveis e saúde mental. 

De acordo com a nw2, as novas gerações não se interessam mais apenas por grandes remunerações, mas sobretudo pelo alcance de realizações na vida pessoal. Consequentemente, a importância que o trabalho tem em suas vidas é diferente do que era antes. 

“Modelos flexíveis de trabalho e saúde mental estão diretamente conectados. A equação de balanço entre vida pessoal e profissional se alterou nos últimos anos, com os funcionários priorizando seu bem-estar. Era um processo que já vinha sendo identificado na última década, mas que acelerou inesperadamente com a pandemia”, analisa Cristina.


Novas tecnologias 

Duas das tendências levantadas pelo relatório da nw2 estão ligadas à tecnologia: people analytics e Web3. Enquanto a primeira refere-se à ciência de dados aplicada ao RH, a segunda diz respeito à utilização de tecnologias emergentes como metaverso, NFTs e blockchain em processos de Recursos Humanos.

Empresas podem, por exemplo, utilizar chatbots (assistentes virtuais) baseados em inteligência artificial para gerar arquivos e informações aos colaboradores, assim como fazer treinamentos em ambientes de realidade virtual. 

Toda essa interação das pessoas com plataformas tecnológicas vai gerar uma grande quantidade de informações, que por sua vez será objeto da ciência de dados: o people analytics

Um estudo recente do Insight222, software de análise de dados para RHs, descobriu que apenas 49% das empresas têm uma cultura orientada para dados. “2023 é o ano para fechar essa lacuna”, aposta o estudo da nw2. 

Por fim, as duas últimas tendências apontadas pela startup brasileira são a busca por eficiência, motivada por uma possível recessão econômica global, e a constante requalificação do profissional de RH.

“Com tantas novidades se avizinhando, o RH precisa assumir uma postura de aprendizado contínuo e desenvolvimento constante, especialmente no que tange a experiência do colaborador, o crescimento do negócio e o poder dos dados”, pontua Cristina.


As 7 tendências do RH para 2023

  1. People Design
  2. Saúde Mental e Bem-Estar
  3. Modelos de Trabalho e o Paradoxo da Produtividade
  4. People Analytics
  5. Web3 e IA no RH
  6. Recessão Global e Cenários de Crise
  7. Requalificação do Profissional de RH

O relatório pode ser acessado na íntegra no site da nw2.


Qual a importância da transformação digital para o setor de energia renovável?

Divulgação


Considerado um dos setores mais estratégicos para o crescimento do Brasil, o setor de energia tem apresentado um volume significativo de obras nos últimos anos, as quais se concentram na ascensão das energias renováveis, bem como em obras de ampliação da capacidade de distribuição. 

Neste aspecto, segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o mercado de energia solar trouxe mais de R $125,3 bilhões em investimentos ao Brasil desde 2012. Além disso, o setor gerou 750,2 mil postos de trabalho. Para 2023, a expectativa é de que a soma chegue a 1 milhão de postos de trabalho, de acordo com o presidente da entidade, Rodrigo Sauaia. 

No contexto atual, os projetos têm sido desenvolvidos com prazos cada vez mais desafiadores. Soma-se a este quesito outro fator importante, pesquisa recente realizada pela Climb Consulting Group apontou que o segmento de Energia é um dos que têm menor agregação de valor ou, em outras palavras, tem apresentado mais desperdícios no campo. Isso se deve, muitas vezes, às dificuldades de planejamento logístico e, sobretudo, aos entraves relacionados à gestão das equipes em obras que se caracterizam por longas distâncias.  

Para conseguir atender as metas dos projetos, empresas que atuam neste segmento estão buscando trazer as melhores práticas em termos de gestão, bem como a implantação de novas tecnologias para mitigar riscos e alcançar ganhos de produtividade.  

Oriundo da indústria automobilística, o Lean passou a ser incorporado como alavanca para refinar o modelo de gestão de produção das obras, atribuindo rotinas de antecipação para garantir a liberação dos pré-requisitos necessários para um serviço ser realizado assim como o aperfeiçoamento de rotinas operacionais, as quais têm o foco em garantir ganhos de produtividade diário.  

Ao se iniciar um processo de implantação do Lean, diversos membros da empresa são convidados a mergulhar em novos conceitos e a refletir diariamente sobre desperdícios do dia a dia. Com problemas e gargalos mapeados, eventos de Kaizen são conduzidos com a equipe para desenvolver melhorias e alcançar, assim, ganhos de produtividade.  

Normalmente, após a implantação do Lean, as empresas têm voltado seu foco para digitalização do canteiro de obras. No atual cenário é possível identificar três vetores que conduzem as empresas na digitalização com a finalidade de otimizar a gestão da informação e apoiar a automatização de processos. 

 

  • BIM e pela modelagem da informação - Em obras de energia, o uso do BIM pode favorecer clientes que buscam integrar informações de diversos stakeholders em uma única plataforma. Com ele, é possível prever problemas de compatibilização de projetos, acelerar processos de orçamentação, bem como monitorar status de fabricação de itens pré-engenheirados. Neste mesmo vetor, é possível identificar duas outras funcionalidades. Para começar, a aplicação de planejamento 4D para análise de layout e simulação logística tem crescido em obras de energia solar, onde o desafio diário de movimentar e montar peças e placas têm sido minimizados com a capacidade de antecipar cenários com o uso aplicado do BIM. A segunda funcionalidade é o uso de plataformas de realidade aumentada que utilizam o modelo 3D e trazem uma experiência imersiva para equipes de campo, principalmente em espaços mais densos de quantidade de serviços, como é o caso das subestações. 

 

  • Aplicação de Drones - Esses dispositivos têm se tornado cada vez mais populares, seja para utilização durante o lançamento de cabos em linhas de transmissão que cortam grandes áreas de mata nativa, bem como para a aplicação integrada à IA (Inteligência Artificial) a fim de mapear áreas de riscos de acidente, bem como acompanhar o progresso das atividades. 

 

  • Automatização de coleta de dados - Ferramentas que simplificam processos de coleta e análise de dados. Como plataformas de gestão da qualidade, plataformas de gestão de equipamentos e plataforma de controle de produtividade. Em qualquer um destes três tipos de plataformas, o foco é reduzir o tempo despendido coletando informações no tradicional papel e prancheta, bem como reduzir a necessidade de gerar gráficos de análise. Seja com input humano ou por telemetria, este vetor tem se consolidado em obras de eólica, solar e linhas de transmissão onde a distância do ponto de coleta e o canteiro é muito alta, gastando mais energia para ter dados atualizados.

 

Fora do Brasil, algumas iniciativas também merecem destaque, como plataformas que conectam proprietários de jazidas e áreas de bota-fora com empresas que necessitam das mesmas para execução da fase de terraplanagem e pavimentação. Outro destaque vai para o uso de robôs como alternativas aos drones, onde estes caminham por obras com foco em monitorar o status dos serviços.  

Cada vez mais, as inovações tecnológicas têm contribuído para a revolução de diversos setores, e com o mercado de energia não é diferente. Como vimos, a transformação digital é essencial para o setor de energias renováveis. Nesse panorama, é necessário escolher: a sua empresa vai abraçar as novas possibilidades e continuar crescendo no mercado nacional, ou irá se apegar ao passado?

 

Marcus Fireman - Engenheiro Civil graduado pela UFAL (Universidade Federal de Alagoas); Mestre em Gestão da Construção com ênfase em Lean pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Doutorado em andamento em Gestão da Construção com ênfase em Lean Construction pela UFRGS. Co-fundador da empresa Climb Consulting, foi um dos idealizadores do Fórum de Inovação da Construção; Palestrante em congressos e workshops nacionais sobre a aplicação do Lean Construction.


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