Pesquisar no Blog

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Apesar de rotinas desgastantes, setor tech evidencia potencial de carreira com aumento de média salarial no país

 

Nos últimos anos, a rotina de profissionais de diversas áreas foi transformada de maneira significativa, incluindo trabalhadores do setor de tecnologia, que passaram a usufruir da possibilidade de trabalhar em casa ou em regime híbrido, com idas esporádicas ao escritório. Além disso, novos estudos sobre produtividade têm levantado os benefícios que semanas mais curtas de trabalho podem trazer para o foco dos colaboradores, durante o período em que estão exercendo suas funções.

É inegável que o dia a dia de um profissional de tecnologia pode ser muito desgastante. Um estudo realizado pela plataforma Blind, em 2022, indicou que 73% dos 6.789 profissionais de tecnologia entrevistados consideravam-se esgotados por inúmeros motivos e, deste percentual, cerca de 26,7% afirmam que não conseguem se dividir entre a vida pessoal e o trabalho.

Por outro lado, segundo a 3ª edição do Panorama de Product Management, a média salarial dos profissionais de tecnologia no país cresceu 29% no mesmo ano, evidenciando a importância  que estes profissionais ganharam para as empresas. 

Ainda segundo a pesquisa, em torno de 43,4% dos entrevistados estão contentes com as bases salariais atuais. Com um mercado tão aquecido e que precisa de quase 800 mil profissionais até 2025 para suprir a demanda que virá, o setor tech, mesmo com as recentes demissões ao redor do mundo, pode tornar-se o preferido de jovens que pretendem iniciar uma graduação em breve.


Condições de trabalho são positivas na maioria das empresas de tecnologia

Apesar de hoje existir um movimento de volta aos escritórios, diminuindo alguns benefícios que os profissionais de tecnologia possam usufruir com o home-office, a área tech apresenta em geral boas condições de trabalho, salário e benefícios, pois as empresas querem contar com os melhores talentos e estão dispostas a oferecer boas condições, evitando a rotatividade de profissionais naquela posição. 

Outro fator que tem feito as empresas nacionais elevarem os patamares oferecidos nas vagas é a procura de companhias internacionais pelos talentos de tecnologia do Brasil, que atrai muitas pessoas pela possibilidade de ganhar em euro ou dólar.

A tendência que se apresenta para os próximos anos é de que com cada vez mais demanda, consolidação e chegada de novas tecnologias, as empresas nacionais invistam mais recursos na construção de times que contemplem os mais diversos talentos e que exerçam funções essenciais nos projetos.


“Pejotização” pode ganhar ainda mais espaço nas empresas

As recentes demissões de gigantes do setor tech apresentaram um cenário que pode se tornar usual nos próximos anos, com as empresas buscando construir o mesmo nível de trabalho com um número menor de profissionais ou oferecendo modalidades diferentes de contratação do tradicional contrato de trabalho assinado em carteira.

O crescimento no número de profissionais cadastrados como PJ(Pessoa Jurídica), que fornece trabalho para empresas como MEI (microempreendedor individual) ou de outras maneiras, é muitas vezes interessante para as empresas, que podem assim contratar mais profissionais, gastando menos e com menos obrigações legais com o time.

O setor de tecnologia já se apresenta como um catalisador de mudanças, possibilitando que muitas pessoas mudem suas vidas por meio da profissão. Porém, assim como a maioria das coisas na vida, ele não é perfeito, e apesar de mostrar-se em um estado maduro de consolidação como mercado de oportunidades, as empresas devem seguir procurando maneiras de potencializar e oferecer as melhores condições possíveis aos profissionais atuais e futuros.

 

João Gabriel - fundador da Compass Tech
O Matuto Programador

Por que cargos de liderança estão deixando de ser o sonho de muitos?

Não existe um time vitorioso sem um bom capitão por trás. Gerir equipes com êxito é uma tarefa extremamente complexa e traz consigo uma responsabilidade imensa, mas nem todos possuem habilidades ou vontade para tal. Esse é um cargo que, assim como todos, traz seus prós e contras em sua rotina, que precisam ser analisados cuidadosamente por aqueles que cogitam ocupá-los para que se tornem líderes excepcionais e consigam conduzir seus times rumo ao sucesso.

Apesar de desempenhar um papel extremamente importante para alavancar o desempenho dos profissionais, nem sempre as companhias contavam com líderes realmente eficazes em suas funções. Esse era um cenário frequentemente visto há alguns anos, quando a liderança era um plano de carreira mais impositivo do que opcional em muitos negócios – o que fazia com que muitos fossem “promovidos” a essa posição sem que, de fato, quisessem ocupá-la ou tivessem o perfil ideal para realizar suas atribuições.

Com o passar dos anos, felizmente, uma dose importante de consciência foi tomada pelo mercado, compreendendo que nem todos conseguirão conduzir uma gestão de pessoas assertiva. Seja trabalhando presencialmente ou à distância, um bom líder não é aquele que impõe tarefas aos seus times, mas sim que os inspira a darem o melhor de si, se tornando um ponto de convergência entre as expectativas do negócio e a construção de um olhar de cuidado, desenvolvimento, construção e engajamento entre todos.

Esse é um papel de extrema importância para o sucesso das empresas e, ao mesmo tempo, bem solitário. Afinal, o peso da responsabilidade desta prosperidade recai consideravelmente sobre suas costas, assim como a “culpa” de metas não atingidas pela baixa performance individual ou coletiva das equipes. Todos esses pontos vêm sendo fortemente balanceados pelos profissionais, fazendo com que muitos não tenham fortes ambições em ocupar esses cargos.

Segundo um levantamento recente feito pela Harvard Business Review, apenas 34% dos profissionais dos mais de 3.600 buscam conquistar posições de liderança, junto com somente 7% que possuem como objetivo de carreira ocupar a cadeira de c-level. Dentre os motivos justificados para esses dados, muitos se questionam sobre o quão preparados deverão estar para assumir essa posição.

Por mais preocupantes que esses dados aparentem, eles na verdade reforçam o grau de autoconhecimento que os profissionais estão desempenhando atualmente, em uma reflexão importante para compreenderem se querem ou possuem as habilidades necessárias para se tornarem líderes. Essa não é mais uma promoção obrigatória, mas uma possibilidade que deverá ser analisada com base nas expectativas profissionais de cada um.

Existem diversas questões que devem ser levadas em consideração ao analisar se é válido ou não ocupar um cargo de liderança. Deles, um dos mais essenciais é sempre se lembrar do grau de importância de suas tarefas para engajar e motivar os times, assim como a responsabilidade que cairá neste profissional tanto no sucesso de suas tarefas quanto nos problemas que possam aparecer ao longo do caminho.

Por isso, é extremamente positivo buscar conversar com outros líderes para compreender melhor suas rotinas, ônus e bônus vivenciados diariamente, trazendo esses insights para a sua própria realidade. Cada um terá sua própria experiência e opiniões, o que ressalta a importância de buscar conhecer ao máximo essa rotina e refletir até onde ela se encaixa e está aderente ao seu perfil e desejos de carreira.

É apenas com uma alta dose de autoconhecimento, dados e fatos que será possível optar ou não por seguir esse caminho, para que se tornem líderes excepcionais que realmente façam a diferença para a felicidade, produtividade e crescimento das equipes e, consequentemente, de toda a empresa.



Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.
Widehttps://wide.works/


Robótica nos campos de petróleo impulsiona mercado de trabalho

Diversos fatores têm feito com novas vagas sejam abertas no setor, mas é preciso se especializar para atender aos requisitos


A cada bilhão de reais investido na indústria de petróleo e gás são geradas 25 mil novas vagas no setor, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro). Diversos fatores, como a guerra na Ucrânia, têm influenciado este mercado que só cresce. Para se ter uma ideia, de acordo com a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), em 2023 a demanda de petróleo irá aumentar 2,34 milhões de barris por dia. 

Além da demanda por profissionais com expertises diretamente ligadas aos processos de produção e exploração, como engenheiros de poços, de processos, saúde e segurança, assim como posições ligadas à ESG (environmental, social, and corporate governance -  governança ambiental, social e corporativa), como energias renováveis e aspectos ambientais, estão cada vez mais surgindo. Mecanismos robóticos capazes de acelerar e atender ao mercado de petróleo e minérios, automação e indústria 4.0, são conhecimentos que fazem a diferença e destacam o profissional da área.

Elaboração de projetos de robôs – veículos inteligentes guiados por sensores e mapas de estradas) por meio de conceitos e ferramentas para exploração do minério e petróleo e mais uma infinita gama de espectros intelectuais estão entre as novas atribuições para um novo perfil de profissional. Conhecimento de mercado de bolsa de valores do petróleo, mineração e indústrias com objetivos governamentais (licitações) ou privados também estão no rol das competências.

Podem se especializar na área de petróleo e gás quem tem interesse e sobretudo profissionais de tecnologia da informação; engenheiros mecatrônicos; engenheiros de mineração; engenheiros do petróleo; engenheiros químicos; geólogos; geógrafos; professores de geografia; professores de química, professores de matemática; engenheiros de materiais; profissionais da automação industrial; administradores ou donos de empresas e empreiteiros da área do petróleo e mineração.

A Unyleya oferece curso de pós-graduação EAD em robótica para mineração e extração de petróleo. Para saber mais, acesse: https://unyleya.edu.br/pos-graduacao-ead/curso/robotica-para-mineracao-e-extracao-de-petroleo 

 

Unyleya
https://unyleya.edu.br/


Tendência entre RHs: Onboarding e offboarding humanizados

Tecnologias como a da startup Eva People permitem a criação de jornadas personalizadas e digitalizadas na hora de contratar e demitir colaboradores


As novas relações de trabalho têm gerado mudanças culturais no mundo corporativo, com um número cada vez maior de trabalhadores trocando de emprego em um curto espaço de tempo. Isso apresenta desafios para os RHs das empresas, que viram suas áreas de admissão e desligamento serem mais e mais demandadas.

Em janeiro deste ano, por exemplo, foram registradas 1,87 milhão de contratações e 1,79 milhão de demissões no Brasil, segundo números divulgados no começo do mês pelo Ministério do Trabalho. O destaque fica por conta do setor de tecnologia, que tem se notabilizado pelos grandes layoffs dos últimos meses.

Entre os mais jovens, a situação chama atenção. Um estudo do Gallup, instituto de pesquisa dos EUA, revelou que 21% dos millennials mudaram de emprego no último ano – taxa três vezes superior à das demais gerações. O levantamento estima que o turnover dos millennials custe U$ 30,5 bilhões anuais à economia americana.

Percebendo esse fenômeno – e a necessidade de adaptar os processos de admissão e desligamento à nova realidade cultural e econômica –, os empresários Lucas França, Hugo Soares e Daniel Luz fundaram a Eva People, startup que digitaliza o processo de onboarding e offboarding de colaboradores por meio de tecnologias conversacionais.  

O negócio foi criado em 2019, mas ganhou tração a partir de 2020, quando a pandemia de Covid-19 acelerou a transformação digital das empresas. “Tudo aquilo que antes era feito com papel passou a ser feito pelo computador, de maneira 100% online e remota. E muitos RHs não estavam preparados para isso”, explica Soares, um dos fundadores da Eva People

A solução desenvolvida pela startup permite a criação de jornadas personalizadas de acordo com o cargo e a equipe do novo colaborador. Além disso, a plataforma traz um recurso de trilhas de conhecimento, no qual é possível divulgar conteúdo preparatório por meio de vídeos, documentos, pesquisas e podcasts. Com isso, reduz-se a quantidade de horas que o profissional de Recursos Humanos gastaria com a parte burocrática do onboarding, dando agilidade e eficiência ao departamento. “A ferramenta cuida de tudo”, completa.

“No final das contas, nosso objetivo é garantir que a cultura da empresa seja disseminada da melhor maneira possível e que os novos funcionários se sintam acolhidos”, comenta Soares, ressaltando também que a plataforma da Eva People pode ser integrada a outros softwares de admissão existentes no mercado. “Acompanhamos os colaboradores desde o aceite da proposta até os primeiros meses de casa, gerando dados e insights valiosos para o RH”. 

A Eva People também conta com uma ferramenta de offboarding humanizado e juridicamente seguro. Na prática, a solução guia os colaboradores durante todas as etapas da demissão, como entrevista de desligamento, organização de documentos e entrega de atividades definidas pelo RH. “O que diferencia a nossa proposta é garantir que o colaborador recém-demitido não seja tratado friamente, humanizando o processo mesmo quando há um volume alto de pessoas sendo mandadas embora ao mesmo tempo”.

 

Eva People

 

O encantamento de clientes em clínicas odontológicas

De acordo com Éber Feltrim, CEO da SIS Consultoria, os pacientes podem se sentir mais importantes e valorizados com algumas práticas realizadas durante o atendimento


O encantamento de clientes é um conceito cada vez mais presente no mundo dos negócios. Trata-se de uma abordagem estratégica que busca criar experiências memoráveis e positivas para os consumidores, a fim de fidelizá-los e torná-los verdadeiros defensores da marca.

Em um mercado extremamente competitivo, onde produtos e serviços são cada vez mais similares, encantar os clientes é um diferencial fundamental para se destacar e conquistar a preferência do público. Em clínicas odontológicas, por exemplo, o encantamento é essencial para fidelizar e atrair novos pacientes.

De acordo com Éber Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS Consultoria, os pacientes, geralmente, vão ao dentista com uma certa apreensão, medo ou ansiedade. “E cabe à clínica e seus profissionais proporcionar uma experiência positiva e acolhedora, que vai além da qualidade do serviço prestado. O encantamento de clientes nesse tipo de mercado pode ser alcançado por meio de diversos aspectos, como empatia, comunicação do profissional, higiene, organização do ambiente, pontualidade e o atendimento personalizado”, relata.

Além disso, o especialista acredita que cuidados adicionais podem ser o ponto que faltava para conquistar de vez os clientes. “Música ambiente, uma decoração acolhedora e um café ou chá oferecido na recepção são capazes de contribuir para criar um ambiente agradável e encantador para o paciente. E é isso o que irá estabelecer uma relação de confiança e fidelidade, além de contribuir para a reputação positiva da clínica perante o mercado”, pontua.

Para o CEO da SIS Consultoria, é preciso entender que a experiência dos clientes deve ser pensada como um todo, desde o primeiro contato até o pós-venda. “Cada detalhe é importante para que ele se sinta valorizado e tenha uma experiência satisfatória. O objetivo, aqui, é criar um relacionamento duradouro com o consumidor, fazendo com que ele seja um grande defensor da marca. Dessa forma, o encantamento de clientes não é apenas uma estratégia de marketing, mas também uma filosofia que deve ser incorporada em todos os aspectos das empresas, desde o treinamento dos colaboradores até a gestão do atendimento aos pacientes”, finaliza Feltrim.

 

Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.

SIS Consultoria
https://www.sisconsultoria.net/
instagram @sis.consultoria

Aumento de custos não pode ser premissa para falta de direitos dos trabalhadores de aplicativos, aponta especialista

 Discussão deve ganhar ainda mais espaço em 2023 com novo governo; Decisões ao redor do mundo reforçam necessidade de proteção aos empregados

 

O início de 2023 marca o início do terceiro mandato do presidente Lula, e carrega consigo muitas pautas prometidas durante o período de campanha, dentre elas, a regulamentação de trabalhadores que exercem suas funções para empresas de aplicativos, como Ifood e Uber, tema que já está rendendo discussões e debates entre opinião pública e setores da sociedade.

No Brasil, a primeira plataforma que se popularizou foi a Uber, cujo objetivo é realizar a interligação entre motoristas autônomos e passageiros que buscam transporte individual acessível. A partir do sucesso e da crescente adesão por parte da sociedade a esse modelo de negócio, muito popular entre aqueles que buscam uma fonte de renda alternativa ou principal, outros aplicativos ganharam espaço como o Ifood e Rappi.

O principal ponto hoje discutido é a falta de garantias e benefícios para o trabalhador cadastrado nesses aplicativos. “O trabalho por plataforma não possui vínculo empregatício com os seus trabalhadores, o que torna os trabalhadores desprovidos de qualquer direito trabalhista ou previdenciário”, explica Priscilla Santos, advogada do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados.

“Por não possuírem vínculo empregatício, a empresa não concede nenhuma assistência, o profissional assume todos os riscos inerentes ao exercício da atividade. Não há garantia de uma renda mínima, independente do número de horas trabalhadas, horas extras ou férias”, relata a especialista.


Vínculo empregatício pode diminuir interesse de empresas no país?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece que cinco elementos jurídicos devem ser levados em conta para determinar se existe vínculo de emprego entre um trabalhador e uma empresa, sendo eles: 

  1. Prestação de trabalho por pessoa humana; 
  2. Pessoalidade; 
  3. Onerosidade; 
  4. Não eventualidade; 
  5. Subordinação. 

A ausência de um ou mais dos requisitos citados acima pode descaracterizar o vínculo empregatício.

Atualmente, o reconhecimento de vínculo de emprego entre os brasileiros que prestam serviços como motoristas e entregadores por aplicativos e as empresas de tecnologia é possível apenas mediante uma ação na Justiça. 

“As empresas, detentoras dos aplicativos reconhecem os entregadores e motoristas como ‘autônomos-colaboradores’, e esses, normalmente, firmam um termo reconhecendo que a relação entre as eles não possui nenhuma das características previstas em lei para reconhecimento do vínculo empregatício, tratando-se de relação estritamente cível e comercial”, comenta Priscilla.

A obrigação de vínculo empregatício pode representar um custo adicional de até 30% para as empresas no mantimento dos profissionais, segundo estudos realizados nos Estados Unidos.  “Este fator não pode ser uma premissa para que não haja a regulamentação desse modelo de trabalho, uma vez que as mudanças garantirão condições mínimas para o trabalho seguro desses profissionais e jornadas de trabalho plausíveis”, afirma a advogada.

Nos últimos anos, decisões em vários países passaram a garantir ao trabalhador alguns direitos trabalhistas, como em Nova York, na qual foram aprovadas seis leis pelo conselho da cidade, que incluem salário mínimo, transparência sobre as gorjetas deixadas pelos clientes e licenças oficiais para trabalhar. Aos entregadores, usar o banheiro dos restaurantes onde pegam a comida e as empresas fornecerem as mochilas de entregas.

Além disso, a União Europeia divulgou no final de 2021 uma proposta para que trabalhadores de serviços de aplicativo tenham direitos trabalhistas com o estabelecimento de vínculo empregatício. Já no Reino Unido, o Uber  perdeu uma batalha na Suprema Corte britânica e, em decisão inédita, passará a conceder salário mínimo, férias remuneradas e um plano de pensões aos mais de 70 mil motoristas do aplicativo.

“Apesar de casos pontuais, as decisões positivas aos trabalhadores evidenciam a importância de se discutir os termos atuais na quais os mesmos estão empregados, para que a melhor solução seja construída por meio do diálogo entre governo, sindicatos, empresas e trabalhadores”, finaliza  Priscilla.

 

Dra. Priscilla da Silva SantosB- Advogada no escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados, localizado na capital de São Paulo.

 

domingo, 9 de abril de 2023

Entenda os mitos e verdades sobre o chocolate

Nutricionistas do CEJAM respondem às dúvidas mais frequentes entre os amantes do doce, que é o símbolo da Páscoa

 

Pensar na Páscoa é pensar em chocolate. Isso porque o alimento se tornou o símbolo de um dos feriados mais esperados do ano. De acordo com a história, acredita-se que este derivado do cacau tenha surgido na região da América Central e México, há mais de 4 mil anos, mas é inegável que permanece presente em diferentes partes do mundo até os dias atuais.

Se antes ele era um alimento oferecido aos deuses pelos povos da Mesoamérica, hoje, é uma forma de presentear entes queridos e se auto presentear. Com um sabor único, o chocolate pode proporcionar bem-estar, auxiliar na memória e, simplesmente, alegrar um dia.

Mas, mesmo com todo o seu poder e popularidade, o consumo do doce ainda gera dúvidas entre muitas pessoas. Pensando nisso, Dayse de Oliveira Moreira, supervisora de nutrição do Hospital Geral de Itapevi, e Danielle Pinheiro da Silva, coordenadora de nutrição do Hospital Estadual de Francisco Morato, desvendam alguns mitos e verdades mais frequentes entre os amantes do chocolate. Ambos os hospitais são gerenciados pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

O consumo de chocolate realmente pode melhorar o humor de uma pessoa?
Verdade. O consumo de chocolate pode promover efeitos positivos no humor, sendo mais notáveis com a administração de produtos com pelo menos 85% de cacau. Isso ocorre porque o chocolate com alto teor de cacau proporciona um efeito prebiótico, auxiliando na reestruturação da microbiota intestinal. Isso, por sua vez, pode melhorar o eixo intestino-cérebro e refletir na melhora do humor. Além disso, o cacau é responsável pela produção de serotonina, um neurotransmissor que reduz a ansiedade e causa bem-estar e relaxamento.



Consumir chocolate causa acne? 
Mito. Não é o chocolate que causa acne, mas o seu consumo em grande quantidade. Isso porque o alimento conta com alto índice glicêmico (quantidade elevada de açúcar) e é rico em gordura, o que estimula a produção de sebo pelas glândulas sebáceas. Assim, a oleosidade da pele aumenta, intensificando a predisposição das pessoas com pele acneica.



Chocolate meio amargo é bom para a saúde?
Verdade. O chocolate meio amargo é preparado com maior proporção de pasta de manteiga de cacau e com pouca quantidade de açúcar. Sua composição conta ainda com a presença de substâncias bioativas e capacidade antioxidante, que reduz a incidência de patologias crônico-degenerativas, principalmente as doenças cardiovasculares, por conta da presença de flavonoides. O recomendado é ingerir uma porção de 30g diária, o que corresponde a uma barra pequena de chocolate com no mínimo 70% de cacau. É importante ressaltar que, quanto maior o teor de cacau, maiores são os benefícios para o organismo.



Consumir chocolate realmente ameniza os efeitos da TPM?
Verdade. O interesse pelo chocolate neste período se dá devido à redução de serotonina no organismo. Com o consumo de alimentos ricos em carboidratos, aumenta-se a síntese de triptofano, que é responsável pela produção de serotonina, e esta, por sua vez, melhora alguns sintomas comuns da TPM, como irritabilidade, depressão e ansiedade. Não só isso, o chocolate amargo, por exemplo, é composto por magnésio, um nutriente que também consegue ajudar no alívio de sintomas como inchaço e fadiga.



Chocolate é afrodisíaco?
Mito. Na verdade, o responsável por essa associação é o triptofano, nutriente presente no cacau e que estimula o organismo a produzir endorfina e serotonina, neurotransmissores que reduzem a ansiedade e causam bem-estar e relaxamento.



É possível ficar viciado em chocolate?
Mito. O consumo de chocolate, ao contrário do que pensam, não causa dependência. Na verdade, o desejo incontrolável por chocolate se deve à produção de serotonina, substância que promove sensação de prazer. 



Pessoas com diabetes não podem comer chocolate?
Mito. As pessoas com diabetes podem comer as versões sem adição de açúcar e, de preferência, com teor de cacau elevado (acima de 70%), mas, claro, de forma moderada.



Chocolate é tóxico para pets?
Verdade. O chocolate possui uma substância chamada teobromina, que é naturalmente encontrada no cacau. Ela é metabolizada sem problemas pelo organismo humano, mas não pelos cães e gatos, o que torna essa substância tóxica para nossos bichinhos.

A partir de 1 ano de idade, crianças já podem consumir chocolate?
Mito. Na verdade, crianças de até 2 anos não devem comer chocolate, pois ainda não desenvolveram completamente a habilidade de digeri-lo, devido à grande quantidade de gordura e açúcar desse alimento. Isso pode causar algum tipo de alergia.



Chocolate branco não é chocolate?  
Verdade. O famoso chocolate branco é constituído com no mínimo 20% de manteiga de cacau, açúcares, natas ou sólidos lácteos, além de ter maior quantidade de gordura e não possuir nenhuma quantidade de antioxidante.



Chocolate faz bem ao coração?  
Verdade. Quanto maior o teor de cacau na composição do chocolate, maior o teor de antioxidantes, como os flavonoides, substância cardioprotetora. Essa substância funciona como um filtro sanguíneo, que ajuda na redução da formação de placas de gordura e transforma o LDL (colesterol ruim) em uma substância para o bom funcionamento do coração, inibindo a aterosclerose, que é o acúmulo de gordura nas artérias, causadora de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


Glossário bancário: entenda o significado dos principais termos utilizados por instituições financeiras

Freepik

CEO da fintech sergipana iCred enfatiza a importância da democratização dos vocábulos bancários e explica alguns dos mais usados; entenda

 

Termos relacionados ao mundo financeiro e bancário, como CDI, consignado, IOF, liquidez, análise de crédito, entre outros, estão sempre presentes em nosso cotidiano. Isso não quer dizer que todas as pessoas estão cientes do significado desses termos na prática, o que impacta diretamente a compreensão da saúde financeira dos cidadãos e das empresas. 

A desmistificação desses termos é importante tanto para a população quanto para o sistema financeiro e bancário do país, de acordo com Túlio Matos, co-fundador e CEO da iCred, fintech especializada em facilitar o empréstimo consignado. “Os serviços bancários tradicionais já estão familiarizados com a utilização de termos que nem sempre são de conhecimento geral. Mas a democratização dos significados é uma maneira de incentivar relações saudáveis entre a economia e o cidadão, fazendo com que as pessoas estejam de fato cientes de suas ações e movimentações financeiras”, conclui o especialista da fintech sergipana.  

Confira o glossário bancário com 9 termos que podem gerar dúvidas aos brasileiro: 

·         Consignado: esse é um termo muito popular que se refere a um tipo de empréstimo em que as parcelas são descontadas diretamente na folha de pagamento. A palavra é utilizada no meio bancário como “crédito consignado” ou “empréstimo consignado”;  

·         IOF: o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como o próprio nome já diz, é o imposto federal sobre todas as operações, sendo as mais comuns o crédito, câmbio e seguros, podendo se estender a títulos e valores imobiliários; 

·         Deságio: o termo é amplamente utilizado no universo financeiro para indicar taxas e condições que podem ser aplicadas em uma transação. A palavra está diretamente relacionada a um desconto em um investimento, se for comparado ao seu valor nominal efetivo no mercado. A busca de quem investe por ativos em deságio é grande, já que o intuito é encontrar ativos baratos e com grande rentabilidade. 

·         Liquidez: a palavra é utilizada dentro do contexto de investimentos, e diz respeito ao tempo de resgate de uma aplicação, ou seja, em quanto tempo ela fica disponível de volta para o investidor ou a partir de quando pode ser solicitada de volta. A palavra também remete à facilidade de um ativo se transformar em dinheiro sem que haja perda do seu valor recorrente. Investimentos com liquidez diária, por exemplo, geram lucros todos os dias e podem ser resgatados a qualquer momento; 

·         CDI: é a sigla para Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que são investimentos em forma de títulos emitidos pelos bancos, com prazos de rendimento curtíssimos, de até um dia útil. Ele também é considerado um dos principais índices de referência para outros investimentos de renda fixa; 

·         Financiamento: é quando uma pessoa solicita crédito para a compra de determinado bem. O pagamento é feito por meio de parcelas mensais, diretamente à instituição credora, que repassa o valor ao vendedor;


iCred

 

sexta-feira, 7 de abril de 2023

Cuidado durante a Páscoa: chocolate pode matar seu pet


O chocolate é extremamente perigoso para cães e gatos,
desde pequenas porções, que causam vômito, diarreia e desidratação,
 até grandes quantidades, que podem resultar na mortedos animais
 
Crédito: Envato



Um pedacinho de 50g já pode ser fatal para os animais, por conta da teobromina, substância encontrada no cacau


Antes, durante e após a Páscoa é o período do ano em que a casa se enche de chocolate, especialmente quando se tem criança. O que muita gente desconhece, porém, são os perigos desse tipo de alimento para cães e gatos. Desde pequenas porções, que causam vômito, diarreia e desidratação, até grandes quantidades, que podem resultar na morte dos animais.

A grande maioria dos chocolates é produzida com cacau, que tem substâncias que os pets não conseguem metabolizar, como a cafeína e a teobromina, conforme explica a doutora em Clínica Veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Positivo (UP), Thais Casagrande. “Mesmo sentindo-se atraídos pelo cheiro doce do chocolate, eles não conseguem tolerar o consumo, pois é extremamente tóxico, principalmente por conta da teobromina”, detalha Thais, ressaltando que, por conta disso, quanto maior a concentração de cacau no chocolate, mais tóxico é para os cães.

A intoxicação causada pela teobromina apresenta sintomas relacionados ao sistema gastrointestinal, como vômito, diarreia, maior quantidade de urina (para tentar eliminar essa substância), aumento de volume abdominal, gases, taquicardia e taquipneia. Além disso, dependendo da intensidade deles, podem provocar problemas neurológicos, como convulsão, resultando na morte do animal, aponta Thais. “A teobromina pode ficar até 17,5 horas no organismo e, conforme vai sendo absorvida, vai aparecendo e intensificando os sintomas clínicos que os pets podem apresentar”, conta.

A médica-veterinária explica que a letalidade do ingrediente depende diretamente da quantidade de concentração de cacau no chocolate ingerido em relação ao peso do animal. “50g de um chocolate ao leite, que normalmente tem uma concentração mais baixa de teobromina, pode conter até 100 mg da substância, que já é uma dose fatal para os animais. A intensidade dos sintomas pode variar de acordo com a sensibilidade do animal, mas os estudos mostram que essa quantidade já é o suficiente para causar a morte”, alerta.

A grande maioria dos chocolates é produzida com cacau,
que tem substâncias que os pets não conseguem metabolizar,
 como a cafeína e a teobromina
Crédito: Envato
Caso haja a ingestão, é importantíssimo levar o pet imediatamente ao médico-veterinário, pois os sinais clínicos podem demorar a aparecer, por conta da demora do sistema em metabolizar essas substâncias. “Até quatro horas após a ingestão é o tempo de maior eficiência do tratamento para evitar consequências mais graves, pois o médico-veterinário pode fazer com que o pet elimine as substâncias tóxicas antes mesmo de serem absorvidas pelo corpo”, salienta a professora.

Thais revela que, no período da Páscoa, é perceptível o aumento dos casos de ingestão de chocolate nas clínicas veterinárias, seja acidentalmente ou por falta de conhecimento das pessoas, pois há casos em que o doce é dado pelos próprios tutores como forma de agrado para o animal. “Existem chocolates próprios para os pets que não contêm essas substâncias tóxicas para eles, mas que não devem ser consumidos com frequência, pois possuem muitas calorias”, finaliza a médica-veterinária, que recomenda alimentos doces que sejam mais naturais e não tóxicos para os bichinhos, como algumas frutas, que também são atrativas, como maçã, banana e morango.

 


Universidade Positivo
up.edu.br/

 

Chocolate para cachorro: A Páscoa está chegando, saiba o que um pet pode ou não comer

 Período em que o consumo de chocolate aumenta pode ser também um perigo para o animal de estimação.


Parece difícil imaginar que essa iguaria tão presente em nossas vidas possa fazer um grande mal para os pets, mas é justamente isso o que acontece. Em alguns casos, o consumo de chocolate pode levar alguns cachorros à morte por envenenamento, de tão nociva que essa substância pode ser para o organismo deles. 

"É só você abrir um pacote de chocolate que, não importa onde o seu cachorro esteja, pode ter certeza que ele virá perto de você para dar uma olhada no que se trata. Quando eles olham com aquela cara de piedade para os donos, muitas pessoas não resistem e acabam dando um pedacinho de chocolate para cachorro, sem saber o mal que isso pode estar causando", afirma Larissa Mitie, veterinária do Centro Veterinário Vet Quality 24h.

Com a chegada da Páscoa, aumenta o consumo de doces e chocolates e, com isso, aumentam também as chances de que animais se vejam intoxicados por conta do consumo inocente de chocolates. Esse vilão, entretanto, não é único a ser evitado. Há outros alimentos que definitivamente também devem ser riscados da lista de consumo do animal.

 

Por que chocolates não combinam com os cachorros?

A quantidade de chocolate responsável por fazer mal para o cachorro varia de acordo com o porte da espécie. Entretanto, como cada organismo reage de maneira diferente, na dúvida é melhor evitar o chocolate para o animal de estimação sempre. Isso acontece por conta de uma substância encontrada no doce, chamada teobromina. 

A teobromina é metabolizada pelo organismo humano, mas não pelo dos animais. Aliás, ela até é metabolizada, mas não em uma velocidade suficiente – o que resulta em uma intoxicação alimentar. Uma quantidade pequena pode fazer com que o animal vomite, mas quantidades maiores podem causar tremores musculares, ataques cardíacos e até mesmo hemorragias internas. 

Por mais que haja consciência do tutor em não dar chocolate para o cão ou gato, a Páscoa é um período que requer mais atenção. Nessa época do ano, é comum que muitos chocolates fiquem espalhados pela casa, sobre a mesa ou em qualquer outro lugar. Os animais sentem o cheiro e com certeza vão fuçar para saber o que é – e há risco que eles acabem comendo.

 

Feito especialmente para eles

O animal pode participar da festa também, existem várias marcas de chocolates especiais para cachorro, que são fabricados com ingredientes especiais que não fazem mal ao pet. Em formato de ossinhos, em bombons, barras e até ovos de Páscoa. Podem ser encontrados em lojas especializadas, pet shop e até na internet.


Chocolate não é o único problema

Embora o chocolate seja o mais nocivo de todos ele não é o único item do cardápio de Páscoa que pode fazer mal ao cachorro. Doces, em geral, também não são recomendados. Além do risco de intoxicação eles também podem causar problemas como obesidade, cáries e até mesmo diabetes. 

Os veterinários recomendam, nesse caso, substituir qualquer tentativa de dar um doce a eles por um petisco. Sempre lembrando que os petiscos não devem substituir a ração de forma alguma. Ou seja, aquele agradinho de Páscoa que você está pensando em dar para o animal pode vir na forma de um belo petisco, por exemplo. Ele vai adorar, reforça Larissa.

 

Outros alimentos prejudiciais aos animais

Que o chocolate é um vilão para os animais você já sabe, mas infelizmente ele não é o único e, na tentativa de agradar o pet, você pode acabar fazendo mal a ele sem saber. Itens que devem ser riscados da lista também são ovos, carnes e peixes crus. Isso porque alimentos que não estejam devidamente cozidos podem causar intoxicação alimentar devido a bactérias como Salmonella e E. coli. 

No caso dos ovos crus, há ainda uma enzima que interfere na absorção pelo organismo das vitaminas do complexo B. Sem essa correta absorção, seu animal pode ter problemas de pele e queda de pelos. Iogurtes e outros alimentos com leite também estão proibidos e devem ser evitados sempre que possível.

Os cães não possuem quantidades significativas de lactase, como os humanos, e por isso têm mais dificuldade em digerir esse tipo de alimento. Quando eles não conseguem, o resultado é um desconforto estomacal, causando diarreia e problemas digestivos das mais variadas espécies. Se perceber algum sintoma como esse após a ingestão de derivados de leite, leve o cão ao veterinário.


Bebidas estimulantes: nem pensar


Por fim, além da lista de alimentos que devem estar sempre fora do alcance dos animais de estimação, é preciso mencionar algumas bebidas que precisam ser evitadas a todo custo. Bebidas alcoólicas, por exemplo, nem pensar. Porém, essa é mais óbvia e as pessoas acabam sendo mais cuidadosas com relação a elas. 

Entretanto, tome muito cuidado também as chamadas bebidas estimulantes. Chá, café e energéticos, por exemplo, só vão fazer mal para cães e gatos, além de não acrescentarem absolutamente nada de positivo na dieta deles. O grande mal aí fica por conta da cafeína, uma substância estimulante à qual os animais são muito mais sensíveis do que nós, humanos. 

Em linhas gerais, não há nenhum tipo de malefício associado imediatamente ao consumo de cafeína pelos animais, mas a sugestão dos veterinários é que esse tipo de substância seja evitado. Os riscos estão associados também à borra de café ou sacos de chá, que animais podem ingerir por curiosidade ao encontrarem pacotes na despensa, por exemplo. Caso isso ocorra, os sinais serão similares ao do envenenamento por chocolate e não outra coisa a se fazer: leve o animal a uma clínica veterinária imediatamente.

 

Abril Laranja: mês da prevenção contra a crueldade animal

O Abril Laranja é uma campanha de prevenção contra a crueldade animal,  não apenas de cães e gatos, mas também de animais de produção, silvestres e exóticos, criada pela Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade a Animais (ASPCA). Segundo um levantamento do Instituto Pet Brasil (IBP), realizado junto a 400 ONGs de todo o país que trabalham no acolhimento dos bichos, o Brasil tem quase 185 mil animais resgatados por ONGs, sendo cerca de 60% deles, salvos de situações de maus-tratos. Diante de números alarmantes, o amplo debate sobre o assunto se faz essencial, e merece atenção, não só neste mês, mas também em todos os outros. Outro dado chocante é que o número de animais de estimação em condição de vulnerabilidade mais do que dobrou no Brasil entre os anos de 2018 e 2020. Foi de 3,9 milhões para 8,8 milhões. 

O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), por meio da Resolução nº 1.236/18, determina de forma clara os conceitos e diferencia práticas de maus-tratos, crueldade e abuso, o que serve de direcionamento para as sentenças judiciais. De acordo com a lei: Maus-tratos são atos ou omissões que provoquem dor ou sofrimento desnecessários aos animais; Crueldade é submeter o animal a maus-tratos de forma intencional e/ou de forma continuada; Abuso é qualquer ato intencional que implique no uso despropositado, indevido, excessivo, demasiado e incorreto de animais, causando prejuízos de ordem física e/ou psicológica, incluindo os atos caracterizados como abuso sexual.

Os maus-tratos contra os animais é um crime previsto em lei no país. A pena varia até cinco anos de prisão, pagamento de multa, além da inclusão do nome no registro de antecedentes criminais. Para denunciar,  basta comparecer a qualquer delegacia de polícia com alguma prova. A comprovação pode ser feita até mesmo por foto ou vídeo. Portanto, é importante entendermos o nosso papel como comunidade nestas circunstâncias, temos o dever de não nos silenciar perante a qualquer ação dessas. Os animais são seres indefesos, incapazes de se defenderem perante tamanha crueldade. Por isso, cabe a nós sermos seus defensores. 

 

 Fernanda Loss - Médica veterinária responsável pela plataforma TioChico

 

Por que devemos escovar os dentes dos cães?

Quatro, a cada cinco cães, podem desenvolver doença periodontal grave, explica Aline Gaino, veterinária e gerente da Soft Care


 

Segundo dados da Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), em torno de 85% dos cachorros apresentam doença periodontal após os quatro anos de idade. Isso significa que quatro, a cada cinco animais de estimação, podem desenvolver periodontite, uma espécie de infecção bacteriana que afeta as gengivas e os dentes. No estágio inicial, pode ser facilmente tratada, porém, pode evoluir para uma doença mais grave quando não há tratamento e prevenção.

 

"A saúde começa pela boca, e apesar de parecer conversa de mãe, há um fundamento muito indispensável por trás disso: cuidar da saúde bucal é essencial. Existem muitas bactérias na boca que podem ser prejudiciais à saúde, tanto em humanos, como de animais. Dentre elas, a periodontite. Esta doença pode causar desconforto, dores, sangramento oral, inchaço e até a perda completa dos tecidos de sustentação e dos dentes dos animais. Por isso, a prevenção é tão importante", explica Aline Gaino, veterinária e gerente de Soft Care.

 

Com o objetivo de sensibilizar tutores acerca do tema, separamos três dicas essenciais para a saúde bucal de cães e gatos:

 

1.Acostume seu animal de estimação à escovação desde filhote. A escovação dos dentes deve ser iniciada nos primeiros meses de vida dos pets, o Gel Dental Mordisco de Carinho pode ser utilizado a partir de 4 semanas de vida e possui ativos que diminuem a coceira das gengivas e desconforto na troca dos dentes. Por conter sabor de biscoito de leite, o filhote é facilmente adaptado aos cuidados com a saúde oral.

 

2.Escove os dentes do seu cão ou gato diariamente ou pelo menos 3x por semana. Após os 7 meses de vida, a rotina de cuidados pode ser alterada para Dental Guard Suave Abrasão e o Dental Splash que previnem a formação da placa bacteriana e mau hálito. Já o Dental Special Care promove alívio de dentes e gengivas sensíveis. “Pets idosos, a partir de 7 anos, apresentam maior probabilidade em desenvolverem doenças periodontais graves, que podem levar a cirurgias que vão desde a remoção do cálculo dentário até a remoção total dos dentes, por isso se faz necessária a prevenção com a escovação frequente e a consulta com veterinário para avaliação da saúde bucal”, salienta Aline Gaino, veterinária e gerente de Soft Care, da Pet Society

 

3.Leve o seu mascote para consultas de rotina. Os pets devem passar por consulta veterinária de rotina pelo menos uma vez ao ano ou quando houver a suspeita de sintomas ou doenças bucais. Quanto mais cedo essas alterações forem diagnosticadas, mais assertivo é o tratamento.


 

Pet Society

https://petsociety.com.br

https://www.instagram.com/psociety


 

 

A Páscoa e os Cães, uma combinação que pode ser perigosa

Foto por pixelarts2 em freepik
Nas datas comemorativas, como a Páscoa, os cuidados com os alimentos ingeridos pelos pets precisam ser redobrados para evitar problemas graves de saúde


Quem tem um cãozinho sabe que é muito difícil resistir aos olhares que eles lançam com maestria quando querem comer algo que o tutor está comendo. Reis do apelo emocional, quase sempre o olhar é garantia de ganhar um pedaço do alimento que não foi exatamente feito para ele. Este comportamento, embora muito comum, pode desencadear intoxicações alimentares além de alguns problemas de saúde mais sérios nos cães.

“Em festividades como a Páscoa, o risco de intoxicação aumenta. O chocolate, a estrela da festa, aparece em abundância pelas casas e nas mãos de crianças, que facilmente oferecem um pedaço ao pet. Além disso, o preparo dos pratos típicos com algumas especiarias, podem oferecer um grande perigo aos animais de estimação”, declara Nathalia Fleming, médica-veterinária gerente de produtos pet da Ceva Saúde Animal.

Muitas pessoas acreditam que estas recomendações estejam associadas ao teor calórico ou a quantidade de sódio, açúcares e gorduras presentes nos chocolates e nos principais pratos da época, como o bacalhau com batatas, mas são componentes dos próprios alimentos que podem desencadear os problemas.

“O problema do chocolate é uma substância derivada do cacau chamada Teobromina, que é extremamente tóxica para os cães e os gatos, com efeito estimulante que pode afetar o coração e o cérebro destes animais. Por ter digestibilidade lenta e capacidade de permanecer até 6 dias na corrente sanguínea do pet, mesmo que o animal consuma poucas quantidades de chocolate é possível que ele desenvolva um quadro de intoxicação”, Nathalia explica.

Os sintomas mais comuns de intoxicação por chocolate incluem náusea, vômitos em jato, diarreia, arritmias cardíacas, excitação, tremores musculares, aumento dos batimentos cardíacos e até mesmo convulsões.  Já o problema do consumo de alguns temperos, especialmente o alho e a cebola que podem ser utilizados no preparo dos pratos como o bacalhau, são silenciosos, porém muito sérios.

“A cebola e o alho contêm em sua composição o Tiossulfato, uma substância que atua diretamente nas hemácias dos animais, as células responsáveis pelo transporte de oxigênio pelo organismo. Essa substância promove uma destruição gradual das hemácias de forma mais rápida do que o organismo consegue repor, desencadeando um quadro de anemia hemolítica, com reflexos no fígado, baço e rins. É um processo crônico e que pode demorar para ser descoberto”, alerta a médica-veterinária.

A atenção também deve ir para outros alimentos presentes na mesa, como a batata, que cruas ou malcozidas podem desencadear a intoxicação por solinina, e com a ingestão dos peixes (principalmente bacalhau) com espinhas, que podem causar engasgos, arranhões e perfurações no sistema digestório do animal.

“Nem sempre é possível evitar que o pet acabe ingerindo alguns destes alimentos, seja por ter caído ao chão ou por ter sido ofertado por alguém desavisado, por isso é importante estar atento a qualquer sinal ou sintoma de podem iniciar entre 2 e 4 horas após a ingestão do alimento. Se o animal foi flagrado comendo algo indevido, assim que o primeiro sintoma aparecer o tutor deve buscar auxílio veterinário e levar a embalagem do chocolate, ou saber descrever precisamente o que tinha no preparo do alimento ingerido”, reforça Nathalia.

A profissional traz uma dica para os tutores dos pets que imploram por comida de humanos: “Para aqueles pets que não podem ver ninguém com nada na mão que já ficam interessados e pedindo, o ideal é ter sempre um snack por perto, e neste momento é legal ser criativo: pode ser um pedaço de fruta, cenoura ou mesmo os petiscos aos quais o pet já está acostumado. Se quiser que ele participe da comemoração com chocolates, existem os “chocolates” feito especialmente para cachorros, com ingredientes específicos os quais eles podem comer tranquilamente”. 

 

Ceva Saúde Animal
www.ceva.com.br



Posts mais acessados