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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Conteúdos digitais permitem transformação profissional e melhores oportunidades de emprego

Cursos e treinamentos online oferecem aprendizado com flexibilidade e investimento, atraindo cada vez mais adeptos no Brasil

 

Com a rotina “corrida” de grande parte da população, conciliar vida social, família e trabalho com estudos pode parecer utópico. No entanto, com o auxílio da internet, transicionar de carreira ou obter competências específicas por melhores oportunidades está mais acessível do que nunca. Flexibilidade de horários e investimento justo são as principais razões para o mercado de cursos e treinamentos online ganhar cada vez mais adeptos. 

Esse é o caso do engenheiro de petróleo, Rennan Damasceno, que encontrou na Hashtag Treinamentos a chance de melhorar sua competência no Excel e conseguir melhores vagas. 

“Eu achei que sabia algo, mas na verdade, meu conhecimento era quase nulo. Do quinto ao oitavo período da graduação, participei de 14 processos seletivos e fui reprovado pelo meu nível no programa de planilhas. Não dava para fingir que sabia, precisava aprender de fato para garantir meu futuro profissional”, relata. 

A insegurança de estudar online o fez questionar a escolha pela plataforma algumas vezes, mas logo nas primeiras aulas entendeu que era ali que encontraria excelência que buscava. “Além do método excelente, aprendi diversos atalhos que nunca tinha ouvido falar e que otimizam muito meu tempo. O suporte também foi fundamental e ocorria quase que em tempo real”, continua.

Os resultados dos estudos, ele leva para a vida: aprovações em tantos processos seletivos, que precisa examinar a vaga que mais encaixa com seu perfil. “Após a conclusão, em um curto período, fui aprovado em três vagas importantes e dos sonhos. Refleti, com base na minha experiência, que as reprovações não fazem de ninguém um fracasso. O que faz de alguém um fracasso é desistir de lutar”. 

E a luta tem muito a ver com persistir nos estudos para garantir mais qualificação. “Os hábitos de consumo de conteúdo mudaram. A preferência por atividades online está em maior evidência, por conta da transformação digital e também nesse período pós-pandemia. Mas ainda há quem resista ao ensino a distância, quando na verdade, essa pode ser considerada uma das melhores maneiras de melhorar o currículo”, pontua João Paulo Martins, CEO da Hashtag Treinamentos.


Certificação é válida

Uma das maiores dúvidas de quem considera fazer cursos ou treinamentos online é se os contratantes levarão a sério a certificação. De acordo com Martins, nada muda quando o assunto é educação a distância: “na verdade, chama atenção, porque mostra o interesse no aprimoramento para oferecer um melhor serviço. Outro ponto que chama atenção é que mostra habilidade de gerenciamento de tempo, afinal, conciliou o trabalho com uma capacitação”. 

Estudar online é mais acessível e pode encaixar bem até nas rotinas mais ocupadas. As oportunidades de networking também não são prejudicadas, já que grande parte das plataformas oferecem fórum de dúvidas e bate-papos para os alunos se conectarem. 

“Como podem notar, os benefícios são enormes, principalmente para quem trabalha em uma empresa com programa de incentivo de qualificação profissional. Ou seja, quanto mais cursos e treinamentos são feitos, maiores são as chances de promoção”, diz. 

O único alerta, segundo ele, é em relação à reputação da plataforma. “Assim como existem instituições com sede física com baixa reputação, também existem espaços na internet, cujo ensino não é de qualidade É fundamental pesquisar a grade, docentes e também depoimentos de quem concluiu os cursos para entender se faz sentido para o que busca ou não”, conclui.

  

Hashtag Treinamentos

 

5 dicas para empreender em 2023

 Com o modelo de trabalho cada vez mais híbrido, as pessoas estão com mais tempo e passaram a enxergar oportunidades para investirem em um negócio próprio; especialista indica como empreender nos tempos atuais

 

Segundo dados do Painel Mapa de Empresas, há cerca de 20 milhões de empresas ativas no país, sendo 2,7 milhões abertas em 2022. O Brasil está entre os países que mais empreendem no mundo: ele saiu da 13ª posição para a 7ª posição do ranking mundial de empreendedores, em uma escala de 50 países. Tudo bem, empreender a grande maioria das pessoas têm vontade, mas como manter a empresa ativa e no verde depois que o plano saiu do papel?

 

Com as mudanças políticas e econômicas todos os anos, empreender é quase que uma tarefa que precisa ser renovada com o passar do tempo, ou seja, quem empreendeu em 2010 com certeza usou outros atributos de quem abriu um negócio em 2020. Hoje, por exemplo, uma empresa não vai para frente sem estar presente no digital - não importa o nicho que está atuando.

 

Por isso, abaixo, Mara Leme Martins, PhD. Psicóloga e VP da BNI Brasil - Business Network International - a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo, lista 5 dicas atuais para empreender em 2023. Confira: 

 

1. Coloque o sonho no papel e estude sobre empreendedorismo: o principal ponto quando se começa um novo negócio, é buscar estudar sobre todas as coisas que irão ajudar nesse empreendimento. “É preciso ter bem definido qual ramo deseja seguir, procurar os concorrentes e saber seu diferencial, ter um modelo de negócio bem definido, estudar seu público alvo detalhadamente e começar a planejar os próximos passos. Comece com o que tem”, aconselha Mara. 

 

2. Saia da zona de conforto e converse com novas pessoas: quando se trata de empreendedorismo, é importante falar com as pessoas e pensar em maneiras criativas de construir o seu negócio. Criar relações e conexões é fundamental em qualquer negócio, principalmente quando o assunto é empreender. “Dedique tempo aos relacionamentos que você já tem. Estenda a mão e pergunte se as pessoas estão bem, se há algo que você pode fazer para ajudá-las”, explica a especialista. 

 

É possível fazer parte de grupos online ou presenciais que ajudem empreendedores. “Além de possibilitar conhecer novas pessoas, todos estão abertos para conversar e melhorar suas habilidades. Nessas reuniões, também é possível treinar a desenvoltura, comportamento e abordagens. Além da inspiração em histórias de outros empreendedores”, sugere. 

 

3 - Comprometimento e autoconfiança: essas soft skills são necessárias para quem deseja empreender e ser capaz de enfrentar qualquer dilema que vier em sua jornada empreendedora. “Quanto mais confiante, se torna cada vez mais possível racionalizar as tomadas de decisões. Se você é inseguro, se afunda nos problemas e triplica os gargalos de uma corporação”, explica Leme. 

 

Além disso, o empreendedor precisa cumprir com uma agenda de tarefas, ele, geralmente, tem muitas responsabilidades em suas mãos, e tudo isso requer um comprometimento sério com todos os afazeres. “Além disso, ele deve servir como um exemplo para quem trabalha no local”, acrescenta. 

 

4- Invista na sua vitrine digital: “Seu negócio também deve estar presente no meio digital. Invista em uma página no instagram para aproximar sua empresa do público e até gerar vendas. Tenha um conta ativa no linkedin para ficar atento ao mercado e aos comentários de outros empreendedores. Também faça um site para trazer notoriedade e informações para seus clientes. Hoje, se torna ainda mais fundamental estar presente no digital, em que é possível atingir um número ainda maior de pessoas”, indica Mara. 

 

5- Autogestão e comprometimento: Saber controlar a sua própria gestão é uma habilidade não técnica mega necessária nos dias atuais, ainda mais pensando no mundo digital, onde cada vez mais as pessoas estão trabalhando home office. “Um empreendedor necessita ter essa característica e ainda apostar em pessoas que também tenham - pensando no bem-estar e desenvolvimento da corporação. Essa gestão é fundamental para tirar o negócio do papel e planejar os próximos passos”, comenta Mara. 

 

O empreendedor também deve ter uma mente inovadora, ou seja, estar sempre pensando em ideias e melhorias para a corporação. “E isso vale também para ideias que melhorem a estrutura física da empresa, ou até em medidas para beneficiar um colaborador”, salienta.

 

Além disso, o empreendedor precisa cumprir com uma agenda de tarefas, ele, geralmente, tem muitas responsabilidades em suas mãos, e tudo isso requer um comprometimento sério com todos os afazeres. “Além disso, ele deve servir como um exemplo para quem trabalha no local”, finaliza Mara Leme Martins, PhD. Psicóloga e VP da BNI Brasil - Business Network International - a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo.



Universidade Pública: pilar da contemporaneidade

Descartes já dizia que o bom senso "é a coisa do mundo melhor partilhada”, e que todos possuem a sua cota de racionalidade para melhor compreender. No entanto, dá muito trabalho abandonar as formas não racionais de enxergar as coisas, exigindo tempo, experiência e esforço. Ou seja, não se pode esperar que isso ocorra magicamente.

Kant, um cartesiano de carteirinha, pelo menos até aquele escocês  aparecer na sua vida, destacava que a busca pela autonomia intelectual, consolidada no que ele chamou de “maioridade”, era muito difícil de se alcançar sozinho, pois o medo, a preguiça e a comodidade exercem um poder muito grande sobre a nossa vontade, determinando, na maior parte das vezes, a famosa “área de conforto”, em torno da qual balizamos nossa existência e nossas decisões. “Ousa pensar”, exasperava-se o filósofo alemão, testemunhando o estrago causado pelas superstições, pela manipulação das vontades pueris, pelos preconceitos que ameaçavam existências. No entanto, sem um ambiente para que essa racionalidade possa prosperar, retroalimentar-se e dividir suas conquistas, seremos como os cegos do livro do Saramago, aprisionando-nos, com nossas próprias mãos, ao fundo da caverna.

Foram os franceses quem implementaram a ideia de uma prática coletiva da Razão, transformando a Ciência em uma atividade estratégica para o desenvolvimento da sociedade e o fortalecimento do Estado. Os estudiosos não precisariam mais contar apenas com o mecenato dos ricos e dos nobres, como aconteceu no Brasil com D. Pedro II, conhecido por doar bolsas para artistas e ganhar fama de filantropo enquanto o país patinava na insignificância da educação pública em meio a uma escravidão anacrônica que se estendeu até o penúltimo ano de seu reinado. Surgem na França, ainda em 1794, a Escola Politécnica, para formar engenheiros, e a Escola Normal, para formar professores. É fato que esse impulso acabou tolhido pelas idas e vindas do reacionarismo, mas o bem já estava feito: a contemporaneidade implicaria a Educação Pública como instituição basilar na formação e expansão da racionalidade e no desenvolvimento da ideia de um conhecimento “cívico”, voltado para o bem-estar da sociedade. Hoje consubstanciadas nas universidades públicas, esse espaço onde se “ousa pensar” e amadurecer as racionalidades, esse bastião contra os retrocessos medievais e contra o assalto às conquistas da modernidade. Portanto, um pilar sem o qual qualquer projeto de Nação Moderna e aspirante ao futuro tende a desmoronar.

É evidente que a Ciência, que trouxe avanços inegáveis para a humanidade, principalmente no campo da saúde, da produção de alimentos, na estrutura das cidades, no conforto e bem- estar das pessoas, também proporcionou violência em escala inaudita. Principalmente porque a lição de Kant foi esquecida, a do uso da Razão para delimitar o campo da Ética, por meio de seu imperativo categórico: faça apenas o que puder ser universal. Máxima que, até hoje, é de grande utilidade, quando, por exemplo, você resolve colocar na sua página da internet um fato sem verificação, apenas porque agrada ao seu modo de ver o mundo. Imagina se todos pudessem fazer a mesma coisa? Acabaríamos com as instituições com as quais fizemos um pacto de confiança para manter e expandir o modelo que define a própria contemporaneidade: saúde pública, universidades, imprensa, divisão dos poderes, ciência. Mergulharíamos no caldeirão do preconceito e da superstição, onde o que vale é o que se acredita, sem questionamento. E a falta de questionamento, de problematização, é o veneno da Razão.

Os caminhos que temos diante de nós são muito claros: apostar no que construímos de mais confiável ou entregarmo-nos aos desvarios das certezas da opinião. Como diria Descartes: afundarmos na areia movediça ou fincarmos nossa bandeira sobre rocha sólida? A resposta não é uma mera escolha individual, mas um compromisso público: seremos uma Nação do Bem Comum ou um campo de batalha devastado. 

Sapere Aude !

 

Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.
@profdanielmedeiros


Entenda o que causou o terremoto na Turquia e na Síria

Reprodução: Twitter | @UnicefBulgaria

Professor de geografia explica como a magnitude do tremor considerado um dos mais mortais do mundo pode intensificar os problemas sociais da região

 

Desde o dia do abalo, as equipes de resgate da Turquia e da Síria conseguiram retirar mais de 8 mil pessoas dos escombros dos terremotos e o número de mortos passou dos 7 mil. Os países se encontram em uma verdadeira corrida contra o tempo, visto que as primeiras 72 horas após uma destruição como essa são consideradas críticas para encontrar pessoas com vida. Por isso, cada salvamento é muito comemorado pelos socorristas e pelos parentes.

Desde a madrugada de segunda-feira, a Turquia registrou mais de 280 tremores secundários e outros abalos mais fortes. As autoridades turcas estimam que a quantidade de prédios destruídos pode chegar a 11 mil. O presidente Recep Tayyip Erdogan decretou estado de emergência em 10 províncias pelos próximos 3 meses, além de abrir hotéis para receber desabrigados e agradecer o apoio da comunidade internacional. Na Turquia e na Síria, mais de 23 milhões de pessoas foram afetadas, sendo 1.400.000 apenas crianças.


O que causa o terremoto?

Com a magnitude de 7.8, o ocorrido levanta dúvidas sobre como esses tremores se manifestam e quais são as consequências para a região afetada. Os terremotos acontecem devido ao encontro das placas tectônicas que compõem a crosta terrestre. As regiões próximas destes encontros possuem terremotos ou maremotos (nos oceanos) com maior intensidade e maior frequência.

De acordo com Marcos Dihl, professor de geografia do Colégio Adventista de Santo André, os terremotos ainda não são possíveis de prever ou antecipar para que haja um plano de evacuação com antecedência, como ocorre no caso de eventos climáticos como furacões ou tempestades. “O número de mortos e feridos está tão relacionado com a intensidade dos tremores, mas sim a fatores como tipo do relevo da região, qualidade das construções, horário em que ocorre o tremor e se a região possui planos emergenciais”, explica.

No caso da Turquia e da Síria, a região possui o encontro das placas tectônicas Euroasiática, Arábica, Africana, Anatólia e do Mar Egeu. O terremoto desta segunda-feira teve o seu epicentro próximo das placas de Anatólia e Arábica. “As construções da região, que não são preparadas para enfrentar este tipo de tremor, levam a um maior número de desabamentos. O fato de o tremor ter ocorrido de madrugada enquanto muitos dormiam também aumenta a tragédia, bem como o clima frio que também dificulta as buscas e diminui a expectativa de se encontrar sobreviventes a cada minuto que passa”.

De acordo com o professor, por ser uma região subdesenvolvida e com problemas de infraestrutura nas construções e serviços de saúde, a tendência é que a população tenha grandes problemas para se restabelecer. “Muitos podem se deslocar para outros locais dentro da própria Turquia buscando refúgio em outras regiões enquanto os lugares atingidos sejam reconstruídos. Isso não costuma ser rápido e amplia as diferenças sociais na região”, aponta. “A Síria, por exemplo, já enfrenta uma grande crise de refugiados desde 2011 com a Primavera Árabe e depois com a invasão do grupo terrorista Estado Islâmico. Este terremoto irá contribuir para o aumento do deslocamento de refugiados nas regiões afetadas”.

O professor destaca que, quando abordado em sala de aula, o tema vai muito além do ensino e traz ao aluno um olhar empático sobre as diferentes realidades presentes nos outros países. “Além de mostrar imagens sobre as placas tectônicas para ajudar na hora de contextualizar, é sempre importante fazer uma comparação com outros tremores para explicar que a infraestrutura dos diferentes lugares é o fator decisivo na hora de salvar vidas”, finaliza.

 

Oito em cada dez empregos foram gerados nos pequenos negócios em 2022

No ano passado, os setores de Serviços e Comércio foram os que mais contrataram nas micro e pequenas empresas

 

Em 2022, a cada 10 postos de trabalho gerados no Brasil, aproximadamente 8 foram criados pelas micro e pequenas empresas (MPE), segundo levantamento do Sebrae feito com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Com o resultado positivo, o acumulado do ano ultrapassou 2 milhões de novas vagas, das quais quase 1,6 milhão teve lugar nos pequenos negócios.

Mesmo quando comparado com 2021 – quando as MPE tiveram um desempenho que superou os 2,17 milhões de empregos gerados, equivalente a 77% do total de vagas do período –, verifica-se que a participação dos pequenos negócios no saldo total aumentou no ano passado, chegando a 78,4%.

“Mais uma vez, os pequenos negócios não decepcionaram o Brasil e mantiveram a tradição de grandes geradores de empregos no país. Assim como em 2022, tenho certeza de, neste ano, as MPE, principalmente na figura do Microempreendedor Individual (MEI), continuarão a impulsionar a nossa economia, com destaque para os setores de Serviços e Comércio”, assegura o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Na soma dos 12 meses do ano passado, os setores dos pequenos negócios que mais contrataram foram Serviços (828.463), Comércio (332.626) e Construção Civil (229.755). No ranking dos saldos de empregos por unidade federativa, o primeiro lugar ficou com Roraima, seguido de Amapá e Amazonas. Em valor absoluto de vagas nas MPE, São Paulo ficou na liderança.

A pesquisa também faz um recorte de dezembro de 2022 que, similar aos anos anteriores, apresenta mais desligamentos do que admissões, resultando em saldos negativos em todos os portes. No último mês do ano passado, o Brasil encerrou pouco mais de 431 mil postos de trabalho – desse volume, as MPE foram responsáveis por 205 mil (47,5%). Como todos os portes apresentaram saldos negativos de contratação, o mesmo pôde ser observado na estratificação por setor de atividade. O único setor que gerou emprego foi o setor do Comércio das MPE.


Inadimplência alcança 5,7 milhões de Micro e Pequenas Empresas em dezembro de 2022, indica Serasa Experian

Total foi de 6,4 milhões de negócios de todos os portes com débitos em atraso no período

 

Dados do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian mostram que, em dezembro de 2022, 5,74 milhões de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) foram alcançadas pela inadimplência. Comparado com o mesmo mês de 2021, a variação foi de 7%. Veja a seguir os dados completos: 


“A estimativa é que o cenário de inadimplência das empresas ainda perdure, em conformidade com o índice de negativação dos consumidores que já chega em 69,4 milhões de pessoas. O impacto da inflação começa no bolso do brasileiro, que tem seu poder de compra e de pagamento afetado e acaba impactando o fluxo de caixa das companhias. Para que haja melhora deste cenário, é necessário investir na reorganização financeira, com renegociação de dívidas junto aos credores e contenção de gastos até que a economia sinalize positivamente uma melhora”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. 

Ainda na avaliação do cenário das Micro e Pequenas Empresas em dezembro, 52,5% foram do setor do Serviço, 39,1% do Comércio, 7,9% da Indústria e 0,5% do segmento de Outros. A quantidade foi de 39,5 milhões de dívidas negativadas cujo valor chegou em R$ 89,1 milhões. Cada empresa tinha, em média, 6,9 contas atrasadas que, juntas, somam por volta de R$ 15.521,20. A maior parte das MPEs com CNPJs negativados eram do Sudeste (53%) e a menor parcela do Norte (5,3%). Confita a comparação completa no gráfico a seguir:

 

Com São Paulo (1.865.890), Minas Gerais (560.084) e Rio de Janeiro (511.401), o Sudeste liderou o ranking das Unidades Federativas (UFs) com mais micro e pequenas empresas inadimplentes. Abaixo, veja a lista completa:


Cenário nacional chega em R$ 110,2 milhões em débitos atrasados 

O mês de dezembro registrou mais de 6,44 milhões de empresas inadimplentes. Considerando todos os portes, a somatória das dívidas atrasadas chegou em 45,8 milhões com valor total de R$110,2 milhões, sendo a média de 7,1 boletos e R$ 17.123,10 devidos por empresa. Cerca de 54% dos negócios com CNPJs no vermelho eram do setor de Serviços. Confira os dados completos no gráfico e na tabela abaixo:


Na análise por segmentos nos quais os empreendimentos inadimplentes mais adquiriram suas dívidas, “Outros” – categoria que engloba em sua maioria Indústrias, além de empresas do terceiro setor e do agronegócio – foi o que se destacou (28,4%). No gráfico abaixo está o levantamento completo, confira: 


Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.

 

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas contempla a quantidade de empresas brasileiras que estão em situação inadimplência, ou seja, possuem pelo menos um compromisso vencido e não pago, apurado no último dia do mês de referência. O Indicador é segmentado por UF, porte e setor.

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br



Como mentes saudáveis geram mais resultados nas empresas?


Discutir sobre a saúde mental no ambiente de trabalho vem sendo um tema cada vez mais recorrente – não por ser uma tendência de mercado, mas sim por sua importância em garantir a satisfação dos profissionais e, consequentemente, alavancar o crescimento da empresa em seu segmento. Muitas doenças decorrentes de espaços estressantes e pela sobrecarga no dia a dia estão se tornando mais frequentes, o que acende o alerta para tratarmos deste assunto com maior atenção e, assim, evitar graves danos que possam comprometer o psicológico dos colaboradores.

Segundo uma definição da própria OMS, a saúde mental no trabalho é caracterizada pelo estado de bem-estar dos profissionais – não apenas emocionalmente, como também psicologicamente e socialmente. Mesmo diante das situações desafiadoras que todos enfrentamos em nosso cotidiano nas empresas, uma boa saúde mental ajuda a lidar com esses momentos da melhor forma possível.

De acordo com dados divulgados pelo Relatório Mundial de Saúde Mental da OMS, cerca de 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e ansiedade – afastamentos que custam à economia global quase um trilhão de dólares. Apenas no Brasil, enquanto estes sintomas eram fator de preocupação para apenas 18% dos profissionais, segundo informações do Global Health Service Monitor, em 2022 essa quantia cresceu para 49%, levando ao que a própria Comissão Nacional de Enfermagem em Saúde Mental (Cofen) denomina como a segunda pandemia que a sociedade enfrenta.

Seja por fatores profissionais como a alta demanda, falta de horário para trabalhar e excesso de cobranças para entregar resultados, ou questões pessoais que estejam afligindo o psicológico, a insatisfação gerada em qualquer uma dessas áreas é, inevitavelmente, transferida para a outra, desencadeando problemas preocupantes em todas as esferas da vida de cada um. O efeito cascata deste cenário quando não tratado e prevenido, é severo – levando cada vez mais pessoas a se demitirem por estarem insatisfeitas e podendo gerar muitas outras consequências graves para a vida de todos.

Mesmo ainda sendo um tema relativamente novo, não há como dissociar a importância em prezar pela saúde mental dos profissionais para seu próprio bem-estar e, consequentemente, para que se sinta mais feliz e produtivo em suas tarefas. Uma mudança essencial como essa precisa ser muito bem conduzida – o que vem fazendo com que muitas companhias invistam em um líder genuinamente engajado com esta causa para comandar a diretoria de felicidade do negócio.

Com um olhar estratégico e humanizado, é papel deste profissional olhar de forma abrangente para a vida de cada membro da empresa, compreendendo quem eles realmente são e o que gostam para, a partir disso, pensar nas ações que podem ser adotadas internamente para fazê-los que se sintam mais felizes e confortáveis no ambiente de trabalho. Trazer alguém com essa responsabilidade é uma excelente forma de mostrar que a companhia não possui apenas um discurso atraente, mas que se preocupa em como levá-lo à prática para todos e de forma igualitária.

Mais do que nunca, o mercado precisa de uma mudança intensa que saia da cobrança constante por resultados, e entenda a capacidade de produtividade individual e como adequá-la às demandas de serviços. Cada pessoa tem uma forma diferente de encontrar prazer dentro da sua realidade – mas, quando satisfeitas com este ambiente, certamente tenderão a entregar mais resultados e com maior qualidade.

As empresas precisam se ajustar aos times e aos perfis de cada um. Os profissionais devem se sentir acolhidos, livres para poderem falar o que querem e ser quem são. Quanto mais verdadeiros forem e quanto mais se abrirem, as relações de trabalho serão fortemente beneficiadas em prol de conquistas cada vez maiores para o crescimento do negócio.

 

 Fábio Steren - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


Wide
https://wide.works/

 

O valor do 5G e do Edge Computing na transformação das empresas da América Latina


O Edge Computing e o 5G são dois assuntos do momento, graças ao seu enorme potencial para viabilizar e explorar a transformação digital acelerada pela pandemia. A expansão de ambos é uma relação simbiótica – enquanto o edge computing já está presente no mercado há alguns anos, seu crescimento será bastante impactado pelo 5G, e o 5G, é claro, depende da borda da rede para uma adoção bem sucedida.

 

Para atender às demandas da digitalização, as aplicações têm a missão de proporcionar experiências cada vez mais fluidas, em que a latência é uma inimiga. Nesse contexto, o edge computing oferece pequenos ou micro data centers que incluem mais infraestrutura de energia, de gerenciamento térmico e de gerenciamento de TI, implementados mais próximos aos consumidores dos dados para que eles sejam entregues com a menor latência. Mas para que isso seja possível, é necessária uma rede de 5G com as características certas de velocidade, largura de banda e conectividade. Em resumo: o 5G viabiliza e expande o potencial daquilo que o edge computing realiza.

 

É uma situação de ganha-ganha que abre o caminho para uma nova revolução nos processos de produção e de operação de diversos setores, permitindo que eles sejam mais produtivos, automatizados e eficientes.

 

A tendência é definitiva. De acordo com previsões globais do IDC, em 2024, 50% da infraestrutura do mundo deverá estar na borda da rede. Na América Latina, os investimentos em edge computing também estão aumentando e, de fato, a empesa de consultoria espera que em 2024 a taxa de crescimento anual composta (CAGR) para a região chegue em 16%, o que significa investimentos de 8,5 trilhões de dólares.

 

O prognóstico do IDC é de que os maiores responsáveis pelos investimentos na borda da rede na região serão as inovações nos veículos autônomos, na robótica, na Internet das Coisas (IoT) e na Inteligência Artificial (IA).

 

O potencial para as verticais

 

A implementação do edge computing e das redes 5G nos setores mais dinâmicos já está tendo impactos operacionais interessantes no mundo. São avanços que podem agregar muito valor no desenvolvimento da América Latina.

 

Em termos da indústria manufatureira, a borda da rede está permitindo gerenciar os dados das fábricas que são cada vez mais numerosos, sistematizar processos de produção e até monitorar e controlar máquinas remotamente através da Internet das Coisas (IoT). Ao mesmo tempo, pelo lado do consumidor, o varejo inteligente e a realidade aprimorada estão alterando completamente a experiência de compras.

 

Outros exemplos podem ser vistos no setor de saúde, representados pela telemedicina para acessar mais facilmente os pacientes, incluindo a telecirurgia que permite o melhor uso do tempo dos especialistas para ajudar mais pacientes através de cirurgias remotamente assistidas. Outro exemplo é o setor de educação, com o 5G massificando o uso da Internet e a sincronização de aplicativos para que os alunos possam assistir a aulas virtuais onde e quando quiserem.

 

Adicionalmente, o controle remoto de gruas nos portos também possibilita que o setor de logística melhore a sua produtividade e garanta operações contínuas mesmo durante lockdowns devidos à pandemia, proporcionando mais níveis segurança para seus colaboradores. Situações similares ocorreram no setor de mineração com os caminhões de direção autônoma.

 

Em relação às telecomunicações, o potencial atinge duas vertentes. As operadoras de telecom são tanto usuárias quanto fornecedoras, o que significa que elas não apenas configuram suas próprias redes na borda, mas também oferecem serviços de edge computing aos seus clientes. Isso faz com que a topologia de rede seja vista mais como um data center do que como uma rede de comunicação tradicional.

 

O potencial para o edge computing é gigantesco, entretanto, como já mencionado, seu crescimento está diretamente relacionado à penetração do 5G e a América Latina ainda tem muito o que fazer em relação a essa questão.

 

Como evidenciado nos relatórios da Statista de 2022, o Brasil e o México são os mercados mais promissores, em que as conexões móveis por 5G devem chegar, respectivamente, a 20% e 14% em 2025. Para o restante da América Latina, a previsão de penetração para aquele ano é de 12%.

 

Os dados revelados pela Statista mostram que a região está indo na direção certa e que o progresso logo será sentido. Entretanto, para haver uma maior adoção do edge computing e a concretização dos seus benefícios para o desenvolvimento dos diversos setores da economia, a implementação do 5G precisa ser acelerada.

 

Edge Computing e 5G: A articulação de dois mundos

 

Disponibilidade, segurança, gestão da energia e monitoramento são desafios que surgem quando falamos sobre a articulação entre 5G e Edge Computing em qualquer lugar do mundo. À medida que essas tecnologias ganham força, os data centers se tornam mais complexos e seu gerenciamento se torna mais exigente. Isso acontece porque os operadores precisam gerenciar centenas (ou milhares) de data centers de edge computing para maximizar o potencial de suas redes 5G.

 

Para equacionar esse desafio foram definidos os quatro modelos de infraestrutura de Edge. Esses modelos padronizam o design e a implementação de diversos hubs de Edge Computing, incluindo os que dão suporte às redes 5G: Edge de Dispositivo, Micro Edge, Data Center de Edge Distribuído e Data Center de Edge Regional.

 

Para apoiar esses quatro modelos, o mercado conta com diversas soluções de infraestrutura, como sistemas de distribuição de energia, sistemas de gerenciamento térmico eficientes, plataformas de monitoramento, KVMs e servidores de console avançados, bem como sistemas modulares integrados que combinam isso tudo de maneira eficiente.

 

 

Daniel De Vinatea - Diretor de Operações de Vendas, Entrega e Execução para a Vertiv LATAM.

 

Análise jurídica do caso Luana Piovani e Pedro Scooby

Advogado Paulo Akiyama avalia aspectos legais do conflito do casal pela guarda dos filhos

 

Nas últimas semanas, Luana Piovani e Pedro Scooby têm aparecido em todos os portais de notícias devido à briga pela guarda legal dos filhos. Houve, inclusive, uma postagem de um deles, Dom, na qual defendia o pai e acusava a mãe de afastar os patrocinadores do surfista. Nessa hora, preocupações em relação a uma possível alienação parental começaram a acontecer. O que entender desse caso?

Para Paulo Akiyama, economista e advogado, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados, o ponto principal da situação é que as crianças acabam sendo as mais prejudicadas em razão da grande exposição que vem de ambos os lados. “A pergunta deveria ser: Como esses filhos podem se defender? Eles são as vítimas da briga do casal? Eles estão sendo expostos de forma indevida? Tanto o pai quanto a mãe são figuras públicas. Esta discussão nas mídias sociais está depondo contra a boa imagem deles. Portanto, devem ambos saber como evitarem esta exposição desnecessária e defenderem seus filhos até de sofrerem bullying”, avalia.

O especialista considera que a postagem de Dom não é fruto de alienação parental, mas sim de defesa própria, pois tanto ele quanto os irmãos foram expostos em redes sociais sob alegação de falta de pagamento de pensão. “De forma pública, Luana disse que marcaria os patrocinadores de Pedro para desmascarar o rapaz. Ocorre que, ao perder um dos seus patrocinadores, que não desejava sua marca em uma disputa de ex-casais, retirou o patrocínio de Pedro e, por sua vez, atingiu Dom, o qual também perdeu a promessa de patrocínio no skate”, analisa.

Com relação ao pedido de guarda compartilhada que teria sido feito por Scooby, Akiyama explica que, segundo postagens nas redes sociais, Pedro declara que o acordo entre ele e Luana era de 15 dias com o pai e 15 dias com a mãe. “Este tipo de acordo entre eles não possui amparo legal. Caso este processo tivesse tramitado no Brasil, certamente não seria este regime de guarda, conhecido como guarda alternada e que não possui amparo no nosso ordenamento jurídico”, diz.

De acordo com o advogado, a guarda compartilhada tem os seus requisitos em lei e é oferecida de forma a regulamentar a visitação e o lar de referência da criança. O genitor que não é o guardião tem determinado, nesse caso, os dias da semana de convivência com os filhos, as datas magnas e de celebrações, período de férias, dias de ampliação de visitas para a semana, etc. “No caso de guarda unilateral, é ajustado o regime de visitação do genitor não guardião, nos mesmos moldes que a guarda compartilhada. O direito do genitor não guardião, em qualquer dos regimes de guarda, em participar das atividades dos filhos, ter informações médicas e escolares, e demais que sejam de interesse na educação, saúde e demais é mantido, não podendo o genitor guardião omitir ou sonegar”, completa Akiyama.

Sobre o pedido de guarda ter sido realizado em Portugal, Akiyama relata que, nesses casos, deve ser escolhido o foro de discussão onde residem os menores. “Acredito que isto tenha sido o que os advogados de Pedro devem ter lhe orientado. Ainda, deve ser levada em conta a exposição das crianças nas redes sociais, mesmo que de forma indireta. A jurisprudência dominante em Portugal é de não expor crianças, direta ou indiretamente em redes sociais. O entendimento de vários tribunais de Portugal é de punir quem faz este tipo de prática. Segundo colegas advogados portugueses, qualquer atitude que se refere a expor crianças é duramente punida pelos tribunais do país”, adverte.

Em relação ao valor da pensão, o especialista explica que, geralmente, se elabora uma planilha com todas as necessidades primordiais das crianças. Com base nestes valores, se estabelece qual a participação de cada genitor, utilizando-se um cálculo de participação na proporcionalidade da renda de cada um. “Demais despesas extras são divididas entre pai e mãe. Na vida atual, dificilmente teremos uma mãe que não tenha seu emprego e sua profissão, mas sim, há exceções e, nestes casos, não haverá como dividir na proporcionalidade, afinal, há mulheres que abdicaram de suas profissões para exercerem a função de mãe e dona de casa. Cada caso deve ser avaliado individualmente e de forma a ser o mais equilibrado possível”, conclui.

 

Paulo Eduardo Akiyama - formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família. Para mais informações acesse www.akiyama.adv.br 

 

Empresas são obrigadas a liberar colaboradores durante o carnaval?

Festividade não é considerada como feriado nacional e liberação de funcionários depende de negociação entre empregador e empregado

 

O ano de 2023 marca o retorno “oficial” das festividades de carnaval em muitos estados brasileiros, após anos de restrições e cuidados necessários para conter a pandemia da COVID-19. Apenas na cidade de São Paulo, a expectativa é de que 14 milhões de foliões tomem as ruas, segundo a prefeitura do município. Diante deste cenário, algumas dúvidas surgem sobre a liberação de trabalhadores durante o período. 

Segundo Elizabeth Lula, advogada do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados, por não se tratar de um feriado nacional, as empresas não são obrigadas a dispensar os colaboradores durante os dias de carnaval: “Se a empresa optar pelo funcionamento normal durante estes dias, o pagamento pelo trabalho deve ser efetuado sem qualquer adicional, ou seja, deve corresponder ao de qualquer outro dia regular de trabalho”, explica.

Caso a empresa decida liberar os funcionários do trabalho nos dias do carnaval, ela pode exigir que haja uma compensação pela ausência de trabalho, mas não existe obrigatoriedade nesta questão, ficando a critério único e exclusivo do empregador.

A compensação pelos dias pode ser feita por meio de banco de horas, desde que tenha sido implantado na empresa ou compensação futura, dependendo de cada caso específico. Porém, para que isso se firme, segundo a legislação vigente, deve existir ao menos um acordo escrito entre empregado e empregador.

“Como regra geral, a liberação dos funcionários depende exclusivamente das empresas. A lei possibilita que os acordos coletivos firmados entre os empregadores e empregados estabeleçam o carnaval como feriado, prevalecendo o convencionado sobre o legislado, entretanto, esse acordo coletivo somente terá validade para a categoria profissional a qual ele se aplique", destaca a advogada.

O município também pode promover um decreto para oficializar os dias de carnaval como um feriado e, neste cenário, a empresa deve permitir que seus empregados aproveitem a folga durante esses dias. Contudo, sendo imprescindível a atuação profissional durante tais dias, devido às atividades serem de cunho essencial, a não liberação dos empregados está sujeita ao pagamento de horas extras.

 

Dra. Elizabeth Lula - Bacharela em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, em 1991 e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 120.773

 

Devemos nos preocupar com a possibilidade de retrocesso no setor de saneamento?

Passado o primeiro mês de 2023, é perceptível uma certa ansiedade no mercado nacional de saneamento, muito por conta do início da nova era política no país. O receio de alguns especialistas é, em especial, quanto ao possível retrocesso dentro do Marco Legal do Saneamento. Mas afinal, essa preocupação condiz com a realidade? A meu ver há coerência no receio visto as movimentações realizadas pelo governo, porém, acredito que não haverá retrocesso no Marco Legal do Saneamento.

O sinal de alerta foi ligado de fato quando o governo atual transferiu a Agência Nacional de Águas (ANA), para o Ministério do Meio Ambiente, criando a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental dentro do Ministério das Cidades, fora mudanças na legislação que podem gerar uma dificuldade em concessões e minar o interesse de investimentos derivados da privatização. De um ponto de vista mercadológico, a preocupação é válida, porém, é preciso analisar esse cenário de uma maneira mais ampla.

As medidas provisórias elaboradas ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso, que se mostra majoritariamente contra a possibilidade de um retrocesso nas evoluções que o Marco Legal do Saneamento já atingiu. Com a má recepção do setor e a possibilidade de desperdiçar um forte meio de captação de investimentos, medidas que vão na direção contrária ao progresso tendem a ser refeitas e readequadas.

Já comentei anteriormente do impacto e da importância que os avanços no Marco Legal do Saneamento desencadeiam na sociedade. Do ponto de vista econômico, podemos tratar o mercado do saneamento como uma mina de ouro que nunca foi aproveitada de maneira ampla no Brasil.

Mas não podemos tirar o foco do principal objetivo que os investimentos no setor almejam: fornecer serviços de qualidade ao cidadão brasileiro.  A ampliação do alcance de serviços de saneamento básico e acesso à água potável para a população devem ser sempre o foco quando abordamos o setor de saneamento.

Devemos voltar nossas preocupações em contemplar cerca de 50% da população brasileira que não possui acesso a saneamento básico de qualidade ao invés de temer com a possibilidade improvável de um retrocesso no que já foi conquistado. O único caminho que temos para trilhar é em direção ao progresso, e isso ocorre com a continuidade no fortalecimento do mercado por meio do Marco Legal do Saneamento.

 


Pedro Francisco - COO da Projesan Water & Co.

 

As perguntas sem repostas sobre o caso Americanas

O caso Americanas pode ser considerado um divisor de águas no mercado brasileiro. Já tivemos outros escândalos corporativos, mas não desta magnitude e com tantas perguntas ainda sem respostas. Estamos diante de uma caixa de pandora, onde tudo pode aparecer dependendo do resultado das investigações, principalmente da apuração da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Os principais credores, bancos, entraram com diversas ações tentando bloquear créditos ou, então, tentar a antecipação de provas. A Americanas criou um comitê independente, que do ponto de vista ético, pode ser questionável, afinal milhões de reais estão sendo gastos para pagar os honorários dos membros e escritórios contratados, enquanto a Americanas pede na Justiça para não ter a luz, energia e internet cortadas por falta de pagamento, além dos aluguéis, que não tem sido efetuado os pagamentos, e as demissões dos terceirizados, que também é uma realidade, e isto tudo aparenta ser apenas o começo.

Aparentemente, a Americanas está tentando de todas as formas jurídicas proteger seus acionistas de referência. Por qual motivo? As respostas podem ser diversas, entretanto, como a cultura do grupo do qual estes acionistas atuam diz: lucro em primeiro lugar. Então, podemos inferir, e não afirmar, que a resposta seria proteger o patrimônio bilionário destes três senhores, que eram considerados referência no mundo dos negócios, empreendedores brasileiros que ganharam o mundo.

Uma das empresas do grupo, já sofreu uma penalização por inconsistências contábeis nos EUA, a organização teve que pagar uma indenização considerável para a SEC. Agora, de repente, o mesmo acontece no Brasil. Como uma inconsistência contábil não foi verificada nos últimos 10 anos? Como uma empresa que fala tanto em ESG não focou em uma governança efetiva mantendo um presidente por 20 anos? A alternância na presidência ajuda, e muito, a evitar situações com a que está acontecendo agora.

A Americanas conseguiu a recuperação judicial, mas será que de fato querem manter a empresa ativa? Existem muitas dúvidas em relação a isso. Os altos executivos, que recebiam como bonificação ações da empresa, venderam suas ações antes do escândalo, o que gerou um processo de insider trading contra a Americanas, pois acionistas de referência receberam, ao longo de 10 anos, seus dividendos que eram irreais devido as inconsistências contábeis. E agora?

Agora, temos colaboradores desempregados, e outros que estão com medo de perder seus empregos; fornecedores que não estão sendo pagos; taxas e tributos em atraso; bancos que acreditaram nos semideuses do capitalismo e emprestaram dinheiro para a Americanas, agora e estão desesperados em recuperar os valores; o mercado de varejo em descredito; e ainda veremos a economia ser afetada, porque, aparentemente, a governança não funcionou na Americanas.

Muitos condenam a CVM por não ter fiscalizado a Americanas anteriormente, mas poucos sabem que esta autarquia sofreu um processo de esvaziamento e falta de orçamento no último governo, ou seja, se o Brasil quer um órgão regulatório forte, o mesmo tem que ter estrutura e investimentos para poder atuar.

Podemos apontar vários culpados individualmente, entretanto, a responsabilidade, pensando em um capitalismo de stakeholders, podemos considerar que seria dos acionistas de referência, que desde o início de sua atuação como empresários se esqueceram da máxima da Constituição Federal, toda a empresa tem uma função social. Não que o lucro seja algo errado ou condenável, mas, não basta dar lucro, é essencial perguntar como o lucro ou as metas foram atingidas. Por ação ou omissão, as responsabilidades e penalizações existem, e devem ser aplicadas.


Patricia Punder - advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br

 

Volta às aulas: higiene e limpeza das escolas são essenciais

 Serviços de higienização e campanhas de conscientização garantem um ambiente mais seguro para os alunos no retorno das férias

 

Essencial para o desenvolvimento saudável e o bom desempenho de alunos, corpo docente e funcionários, a limpeza e higienização do ambiente escolar volta a ganhar evidência com o início das aulas. Devido ao retorno das atividades, as escolas voltam a ser uma área com grande circulação de pessoas, que passarão horas do dia no ambiente escolar e, para que o local esteja seguro, os cuidados com a limpeza e higienização precisam ser parte da rotina. Sempre prezando pela governança e cuidado, a Sodexo On-site, líder em serviços de alimentação e facilities, compartilha algumas dicas de limpeza e manutenção do ambiente escolar.

“Como prevenção para as doenças e para contribuir com um ambiente que ofereça bem-estar, a correta higienização da escola deve estar sempre no radar durante o ano inteiro. A Sodexo busca combinar as melhores práticas globais de preservação da saúde e da segurança, viabilizando um ambiente escolar propício e enriquecedor para a troca e a aprendizagem, proporcionando mais qualidade de vida para todos”, aponta a coordenadora de desenvolvimento de operações de Educação da Sodexo, Lilian Gonzales. “Além da limpeza, incentivar a higienização constante das mãos também é fundamental para prevenir doenças respiratórias, diarreias, verminoses, hepatite A e outras doenças que são muito mais propícias de acontecer no verão, coincidindo assim com a volta às aulas.”, afirma Lilian.

O empenho dos profissionais de facilities da Sodexo que atuam dentro das escolas é o diferencial para manter os espaços de aprendizado limpos, contribuindo assim para o bom desempenho escolar dos alunos e professores. Para o mercado, normalmente, locais como salas de aula, banheiros, lanchonete e restaurante são priorizados em relação aos demais, contudo, a experiência da Sodexo mostra que as outras áreas também demandam atenção. “Nossos times também realizam a limpeza em locais que muitas vezes não são tão percebidos, como embaixo de um móvel por exemplo. Os clientes veem diferencial em cada detalhe ao mantermos todos os pontos de contato extremamente bem cuidados. Com isso, nossa atuação impacta positivamente a vida de quem atendemos”, relata Lilian.

Abaixo, a Sodexo reuniu algumas orientações universais que podem ajudar as escolas a adotarem protocolos para um retorno mais tranquilo e seguro das férias e oferecer bem-estar e cuidado ao longo de todo período escolar:

  • Aumentar a frequência da limpeza de superfícies com maior contato, tais como: corrimãos, maçanetas, interruptores, descargas, torneiras e outras superfícies compartilhadas;
  • Além da limpeza é preciso ter uma frequência de sanitização de ambientes, processo que visa diminuir a proliferação dos microrganismos como fungos, ácaros, bactérias e vírus;
  • Usar produtos adequados para limpeza, porque mais do que parecer limpo, o ambiente precisa estar livre de agentes que possam causar doenças. É necessário ainda escolher produtos químicos neutros e sem aroma para não causar alergias;
  • Diferenciar as ferramentas que são utilizadas para limpar diferentes ambientes. Por exemplo, o pano utilizado para limpeza do assento sanitário não pode ser usado para limpar outras superfícies como mesas e cadeiras;
  • Desenvolver campanhas internas, mensagens digitais e outros formatos para destacar a importância de se lavar as mãos. Orientar os alunos higienizar as mãos ao chegar na escola, antes e depois de refeições, atividades culinárias e brincadeiras (areia, massinha, tinta), antes e depois de usar o banheiro, secar as mãos com toalhas individuais, papéis descartáveis ou fluxo de ar quente;
  • Manter os ambientes arejados, abrindo janelas e portas pelo maior tempo possível; em salas com ar-condicionado fazer a inspeção e limpeza de filtros dos aparelhos periodicamente; e em ambientes com ventiladores fazer a limpeza dos aparelhos constantemente;
  • Gestão de qualidade da água por meio da limpeza, troca dos filtros e manutenção dos bebedouros e caixas d’água; orientar para que a comunidade escolar utilize seus recipientes pessoais, evitando encostá-los no local de saída de água;

Pensar em todos os detalhes é o papel das empresas especializadas em serviços de facilities. Dessa forma, torna-se possível proporcionar ambientes limpos, seguros, confortáveis e agradáveis para todos. Uma infraestrutura de qualidade, com manutenção adequada, demonstra o cuidado que a instituição de ensino tem com o bem-estar de toda a comunidade escolar. “Educar é cuidar, e de cuidado a Sodexo entende porque conhece na teoria e na prática como isso funciona há mais de 40 anos no Brasil”, conclui Lilian.

  

Sodexo On-site Brasil

 

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