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quarta-feira, 27 de julho de 2022

Doença foi responsável por mais de 43 mil internações no último ano, período em que a coleta de dados foi prejudicada devido à pandemia de Covid-19 

 

A subnotificação no número de casos relacionados ao tromboembolismo venoso (TEV) gera um sinal de alerta. De acordo com um levantamento do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2021, a doença foi responsável por mais de 43 mil internações na rede pública. Esse número pode ainda ser maior, pois nem sempre a doença é diagnosticada e durante a pandemia de Covid-19 a coleta de informações acabou sendo prejudicada.

O tromboembolismo venoso é caracterizado pela presença de um trombo ou um coágulo no sistema circulatório venoso.  A condição se manifesta de duas formas: Trombose Venosa Profunda (TVP) que acomete uma veia profunda dos membros inferiores; e o Tromboembolismo Pulmonar (TEP), que é a terceira maior causa de morte cardiovascular, e hoje é considerada a principal causa evitável de morte intra-hospitalar. Essa última ocorre quando o coágulo ou trombo se desloca pela corrente sanguínea e se aloja nas artérias do pulmão, o que dificulta a oxigenação do sangue, e se torna mais grave quando ele sobrecarrega o trabalho do coração.

Estudos epidemiológicos internacionais demonstraram que a doença é muito frequente, apresentando uma prevalência de um a três casos a cada 1.000 habitantes por ano. Nos Estados Unidos ocorrem em torno de 550 mil internações pelo diagnóstico de TEV anualmente, conforme levantamento feito por especialistas da Universidade de Utah. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Fabio H. Rossi, com base nesses dados americanos, e levando em conta as diferenças populacionais, no Brasil deveria haver em média 350 mil hospitalizações ao todo pela patologia durante um ano. “Considerando que nossa média de internações anual não ultrapassa 50 mil casos no SUS, podemos inferir que ainda hoje se faz pouco diagnóstico da doença no Brasil, e isso é muito sério, se avaliarmos o risco de graves sequelas e a alta mortalidade. Isso pode ocorrer porque sabemos que o tromboembolismo venoso evolui muitas vezes de maneira silenciosa ou oligossintomática, ou seja, apresenta-se com poucos sintomas, e os sinais acabam sendo atribuídos a outras enfermidades. A maioria dos estudos epidemiológicos é baseada nos sintomas clínicos, que possuem uma sensibilidade inferior a 50% no diagnóstico”, afirma.

O desenvolvimento da doença está relacionado à falta de mobilidade, como ficar longos períodos sentados ou em pé, situações rotineiras em ambientes de trabalho, durante viagens demoradas e em pós-operatórios. “Mas há outros fatores de risco, que são TEV prévio, obesidade, insuficiência cardíaca e renal, doenças autoimunes, tabagismo, câncer, trauma, cateter venoso central, varizes nos membros inferiores, causas genéticas e doenças infecciosas como as infecções virais e bacterianas graves”, esclarece Dr. Fabio.

Os sintomas mais comuns do tromboembolismo venoso são dor, inchaço, calor, vermelhidão, edema e endurecimento do tecido do membro acometido. Em quadros com embolia pulmonar os indícios são tosse, dor torácica, escarro com sangue, palpitações, desmaio e até parada cardiorrespiratória nos casos mais graves.

Apesar de se manifestar com maior incidência em pessoas mais velhas, o TEV também pode acometer os mais jovens devido a maus hábitos como o do tabagismo – e isso vale para narguilé e cigarros eletrônicos - e o sedentarismo. As mulheres, tanto as mais jovens como as mais adultas, que usam anticoncepcionais ou fazem reposição hormonal, estão na gravidez ou no puerpério, possuem chances mais altas de desenvolver a condição do que os homens. O Dr. Rossi explica também que com a pandemia do Coronavírus, o TEV se manifestou em maior frequência nos infectados. De acordo com um estudo publicado na National Library of Medicine, com a Covid-19, o TEV acometeu de 5 a 10% dos pacientes internados em enfermaria, e entre 30 e 50% dos pacientes internados na UTI, contribuindo para o óbito em muitos dos casos.

Quando há o comprometimento das veias próximas da coxa e pelve, decorrente da Trombose Venosa Profunda aguda, a chegada do sangue arterial - rico em oxigênio e nutrientes - pode ficar prejudicada e, assim, provocar a isquemia, e até a necessidade de amputação do membro, nos casos mais graves. “Mesmo nos cenários que não ocorram evolução a esse ponto, entre 30 e 50% dos casos, há a possibilidade da doença resultar na Síndrome Pós-Trombótica, que leva a um grave comprometimento funcional do membro, e até mesmo úlceras varicosas de difícil cicatrização. Essa síndrome é a 14ª causa de afastamento do trabalho em pacientes jovens, de acordo com o Ministério da Previdência Social, e apresenta altíssimo custo de tratamento. Nos casos menos volumosos e graves, pode-se levar à formação de varizes, edema, escurecimento e espessamento da pele”, declara o Dr. Fabio.

Segundo o presidente da SBACV-SP, sem o tratamento médico correto, o TEV acarreta complicações graves, sendo a parada cardíaca e consequentemente o óbito o quadro mais crítico, que acontece em 19,6% dos casos de embolia pulmonar maciça.  Em uma fase tardia e crônica, a obstrução parcial das artérias do pulmão pode gerar a Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crônica, uma causa frequente de perda de qualidade de vida e que acomete de 2 a 4% dos pacientes sobreviventes.

O diagnóstico é feito com o auxílio de exames, sendo a ultrassonografia com Doppler vascular indicada nos casos de suspeita de trombose, e a tomografia computadorizada na hipótese de embolia pulmonar. Em algumas situações é preciso realizar uma ecocardiografia, que avalia e analisa o grau de sobrecarga do coração.

Na maioria dos casos, o tratamento é feito com medicamentos anticoagulantes, que hoje podem ser administrados por via oral, e uso de meias elásticas, e tratados em regime domiciliar, mas com acompanhamento pelo médico vascular. Porém, em casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos que dissolvem o trombo, chamados de trombolíticos, que devem ser usados com muito cuidado e por equipe experimentada, porque há risco de hemorragias. “Hoje em dia temos cateteres, que possuem a capacidade de fragmentar e aspirar o trombo, de forma rápida e segura. Nos casos em que existe contraindicação do uso de anticoagulante, será necessária a implantação de um filtro de veia cava. É um dispositivo em formato de guarda-chuva que é colocado para prender os coágulos que possam se desprender, impedindo a chegada desses trombos ao pulmão”, explica o Dr. Fabio Rossi.

É muito importante a divulgação de informações sobre os principais sintomas e os fatores de risco devido à alta prevalência, risco de morte e as possíveis sequelas graves que podem inclusive atingir a população jovem, piorando para sempre a qualidade e a capacidade laborativa. É fundamental estimular a visita regular ao médico e ter consciência da condição, tão vital para evitar maiores problemas. “É fundamental diagnosticar os riscos, saber como evitar e tratar precocemente, e isso nem sempre é fácil, pois o TEV pode passar despercebido até mesmo para os profissionais da saúde”, finaliza o profissional.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

www.sbacvsp.com.br


Menopausa: estudo aponta benefícios de tratamento por medicina alternativa

A menopausa é uma época da vida da mulher que ocorre entre os 45 e 55 anos de idade e corresponde ao período que se inicia após um ano da última menstruação. Ela representa o fim do ciclo menstrual e da produção de hormônios.

Esse momento atribulado de transição produz diversas mudanças físicas e neuropsicológicas com a manifestação de vários sintomas que prejudicam o bem-estar da mulher. Por essa razão, muitas mulheres buscam diferentes formas de tratamentos convencionais e alternativos para aliviar os sintomas.

Dentre esses tratamentos, a medicina ortomolecular apresenta uma opção para o alívio dos sintomas de maneira natural e individualizada.

Com o objetivo de explicar os benefícios desse tratamento, o PhD, neurocientista e biólogo, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, UniLogos, nos Estados Unidos,
 Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, produziu mais um estudo, pela mesma universidade, pontuando algumas informações, que foi publicado na revista científica multidisciplinar Cognitionis

“A medicina alternativa pode ser definida como uma intervenção na saúde do paciente que está fora dos padrões convencionais da medicina formal, não é discutida por médicos e não é encontrada em hospitais. Ela é diversa, englobando diferentes aspectos da saúde (física, mental e emocional) e sua aceitação varia de acordo com a cultura que ela está inserida. Em muitos países ela não só é aceita como coexiste com a medicina formal”, pontuou.

Conforme o PhD, pesquisas mostram que a terapia apresenta benefícios imprescindíveis para uma quantidade considerável de doenças graves como diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, deterioração das funções cognitivas relacionadas com o envelhecimento e ou outras doenças neurodegenerativas, melhora a imunidade, entre outras.

“Alem delas, a terapia é beneficial para problemas ‘menores’, de menor escala, mas que causam desconforto e debilidades no dia-a-dia. O foco é trabalhar com nutrientes que se encontram no corpo de maneira natural e são extremamente necessárias para o organismo e que por razões diversas e individuais estão em uma quantidade insuficiente para uma boa saúde”, argumentou.

Fabiano aponta ainda que a medicina ortomolecular busca por meio de um tratamento natural o equilíbrio bioquímico do corpo, através uma dieta rica em vitaminas e mineral além de suplementos naturais, promovendo uma melhor saúde para mulher.

Com a ajuda de um profissional, também segundo ele, esse tratamento se mostra seguro e efetivo no alívio dos sintomas da menopausa e é imprescindível que profissionais de saúde compreendam essa fase de forma sistêmica, levando em consideração, os hábitos de vida e de alimentação, as especificidades dos sintomas apresentados e as experiências de mulheres nessa fase.

“Somente assim, com ações pontuais de prevenção, recuperação e promoção da saúde e bem-estar físico e neuropsíquico, será possível neuroeducar a mulher para essa fase. Visto que só assim, se conscientizando a respeito dessa etapa de vida é que encontram saída para agir diante dos sintomas apresentados de modo mais autônomo e tranquilo”, finalizou.




Dr. Fabiano de Abreu Agrela - diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil e investigador cientista na Universidad Santander de México. Registros profissionais: FENS PT30079 / SFN C-015737 / SBNEC 6028488 / SPSIG 2515/5476.


Balão intragástrico ou cirurgia bariátrica: quais as indicações de cada procedimento?

Técnicas são seguras e eficazes para promover emagrecimento

 

Arredondando, e sem nenhum trocadilho, 6 em cada 10 brasileiros estão acima do peso considerado ideal, segundo a pesquisa mais recente do Ministério da Saúde, com dados consolidados de 2021. Entre aqueles considerados obesos, com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30, o número dobrou em 15 anos: de 11,86% da população, em 2006, para 22,35%, no último ano.

O problema do ganho de peso nem sempre é estético e pode se relacionar a diversos problemas de saúde, como diabetes, aumento do risco de infarto e inflamações no fígado. Em casos avançados, os especialistas recomendam soluções mais diretas e objetivas, como o balão intragástrico e a cirurgia bariátrica. Mas quando cada um desses procedimentos é mais indicado?

Sem nenhum tipo de corte e, portanto, menos invasivo que uma cirurgia, o balão intragástrico é um equipamento de silicone inserido no estômago do paciente. “Ele proporciona saciedade ao paciente, de forma a pessoa não sente a necessidade de comer com tanta frequência e em grandes quantidades. Consequentemente, diminui o peso na balança”, explica Dr. Leonardo Salles de Almeida, cirurgião bariátrico e do aparelho digestivo do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO). A indicação é para pacientes com IMC acima de 35.

O balão é inserido no corpo por meio de um procedimento endoscópico, com sedação, pela boca, ainda vazio. Dentro do estômago, ele é preenchido com um soro e um líquido azul: caso estoure, a urina e as fezes ficarão dessa cor, indicando que o paciente deve procurar o médico para recolocação. “Devido a seu material, o equipamento se adapta facilmente ao corpo, sem necessidade de internação: a pessoa deve apenas repousar na clínica ou no hospital por algumas horas”, informa Salles.

Mas há um período de adaptação, entre três a cinco dias posteriores à aplicação, em que mais de 80% dos pacientes apresentam desconforto abdominal, com sintomas como cólica, náusea, refluxo e vômito. Depois de uma semana, a vida segue o ritmo normal – mas com menos calorias. “A primeira fase tratamento pode durar até seis meses, com perda média de 15% a 20% do peso corporal. Se for necessário, a aplicação pode ser refeita por mais seis meses, totalizando 30% de emagrecimento”, descreve o médico. Nesse período, é importante seguir uma dieta orientada e fazer atividades físicas regularmente.

Já a cirurgia bariátrica, a gastroplastia, reduz, literalmente, o tamanho do estômago e altera sua ligação com o intestino. Ao mudar o formato original do órgão, a técnica impede que o paciente coma a quantidade de alimentos a que estava acostumado. “Para efeito de comparação, o estômago de uma pessoa não operada tem capacidade para consumir entre 1 a 1,5 litro de alimentos. Depois da cirurgia, a quantidade cai para, no máximo 200 mililitros. Ela é indicada a pacientes com IMC acima de 40, ou acima de 35 com doenças associadas à obesidade, como hipertensão e diabetes”, informa o cirurgião bariátrico. Segundo ele, a gastroplastia costuma resultar em redução de 35% a 40% do peso corporal.

Embora seja uma técnica segura, a gastroplastia exige uma avaliação prévia multidisciplinar, para evitar qualquer tipo de risco à vida do paciente. Em alguns casos, quando o IMC está acima de 55, é preciso, primeiro, inserir o balão, para reduzir um pouco do peso e, aí sim, submeter-se à cirurgia. O procedimento prevê anestesia geral e internação de pelo menos três dias. De início, a alimentação consiste apenas em líquidos; depois, por refeições pastosas; por fim, gradualmente, vêm os alimentos sólidos. Todo o processo deve ser rigidamente acompanhado por médico e por um nutricionista. Atividades físicas só são liberadas depois de alguns meses.

Tanto o balão intragástrico quanto a cirurgia bariátrica são muito eficientes para combater a obesidades e as doenças decorrentes dela. “Mas a resposta de qual é a mais recomendada para cada caso só é obtida depois de uma consulta médica individualizada, amparada por exames e pelo histórico familiar”, ressalta Salles.


Entenda as diferenças entre os cinco tipos de hepatites virais

Especialista da Rede de Hospitais São Camilo de SP explica formas de prevenção e tratamentos

  

As hepatites virais são doenças causadas por vírus, que podem atingir diretamente o fígado, ocasionando inflamações de diferentes níveis. Existem cinco diferentes vírus que mais comumente causam as enfermidades, conhecidos como Hepatite A, B, C, D e E.

De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, foram notificados quase 700 mil casos de hepatites virais no Brasil entre os anos de 1999 e 2020. Deste Total, 24,4% são referentes à hepatite A, 36,9% à hepatite B, 38,1% aos casos de hepatite C e 0,6% aos de hepatite D. O vírus tipo E é o menos comum no país.

Todas as hepatites compartilham algumas semelhanças, mas é importante ter em mente que são doenças diferentes. “De forma geral, todas vão ter um quadro clínico agudo e um quadro clínico crônico, ou seja, um quadro inicial que depois se desenvolve para uma doença de longo prazo”, afirma Leonardo Mota, hepatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

A hepatite A é a única que se caracteriza apenas pela fase aguda. Nela, sintomas como náuseas, mal-estar, dor de barriga, vômito, diarreia e pele amarelada são comuns e melhoram espontaneamente.

“As hepatites B, C e D podem evoluir para uma fase crônica, em que não há muitos sintomas, mas existe a presença de lesões progressivas no fígado, que ocorrem de forma silenciosa e que podem levar à cirrose. Esse é o maior risco destas hepatites a longo prazo”, complementa o médico.



Os diferentes tipos de hepatites

Apesar de algumas semelhanças, as variedades de vírus costumam confundir:  

- Hepatite A: Considerada a mais frequente, é uma infecção causada pelo vírus A da hepatite (HAV), acometendo principalmente crianças. As formas mais comuns de contrair a doença são a partir do consumo de alimentos contaminados e sua transmissão é via fecal-oral.

- Hepatite B e C:  É provocada pelos vírus tipo B ou HBV e pelo vírus tipo C ou HCV. O contágio de ambas ocorre através do contato com sangue de alguém contaminado ou por relações sexuais desprotegidas. São doenças silenciosas, com uma fase crônica que evolui por muitos anos. Por isso, em casos graves, podem levar à cirrose, insuficiência hepática e câncer de fígado.

- Hepatite D: É causada pelo vírus D ou HDV. Esse tipo de hepatite só ocorre a partir da presença do vírus B no corpo. Com a presença das duas hepatites, pode-se considerar o seu quadro mais grave, podendo resultar rapidamente em cirrose.

- Hepatite E: É gerada pelo vírus E ou HEV e sua transmissão é via fecal-oral.


Prevenção

Além de certificar-se sobre a realização das vacinas destinadas para cada tipo de vírus, é necessário manter-se atento a algumas ações do dia a dia à prevenção de hepatites, como:

- Hepatite A e E: Recomenda-se higienizar e cozinhar bem os alimentos, lavar sempre as mãos, manter-se distante de lugares com água contaminada e hidratar-se apenas com água potável.

- Hepatite B, C e D: Nestes casos, não compartilhar objetos pessoais e íntimos, usar preservativo durante as relações sexuais, evitar o uso de drogas injetáveis e utilizar o seu próprio alicate de unhas são algumas formas de evitar as infecções.



Teste

Para o diagnóstico, é comum a realização de testes rápidos para a obtenção de resultados, mas, segundo o hepatologista, só essa testagem não é suficiente. 

“Só o teste rápido não é o bastante, pois ele só traz a resposta imunológica. É necessário confirmar a infecção através do PCR, que é feito nas Hepatites B, C e D. Geralmente, é possível encontrar esses testes em regiões que realizam campanhas contra hepatite ou em postos de saúde”, destaca.



Formas de tratamento

Dr. Leonardo esclarece que existem medicamentos e vacinas que podem ajudar no tratamento das diferentes hepatites.

“Para a hepatite A, nós temos uma vacina efetiva. Essa hepatite é uma doença autolimitada, que cura espontaneamente na maioria dos casos. Para a Hepatite B, nós temos vacina e tratamento. Quanto à Hepatite C, a situação é um pouco complicada, não existe vacina, pois é um vírus muito mutante, mas temos o tratamento. Já para a Hepatite D, a vacina e o tratamento contra Hepatite B é eficaz”, explica.

O médico também indica o acompanhamento com uma equipe multiprofissional da área da saúde, para um tratamento completo.
 


Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Conheça o poder do zinco para aumentar a imunidade

Especialista indica que nutriente é um dos mais completos para fortalecer o sistema imunológico, evitando doenças relacionadas aos dias mais frios

 

O inverno chegou e, com ele, a temporada de gripes, alergias e resfriados. Isso acontece devido a queda brusca nas temperaturas e ar mais seco, ambientes mais fechados, propiciando a circulação de vírus e deixando a imunidade mais baixa, em especial de crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios. 

De acordo com o Dr. Pedro Andrade, um dos pioneiros em medicina de precisão no Brasil e entusiasta da medicina funcional, existem algumas vitaminas e minerais que podem ajudar a fortalecer o sistema imunológico e aumentar a imunidade de uma forma natural, como o zinco. “O zinco é um dos melhores aliados da imunidade, pois tem a função de “armar” o sistema imune, atuando na maturação de todas as linhas de células de defesa, além de participar da produção de anticorpos e aumentar a produção de interferon, um potente antimicrobiano”, conta. 

Ainda segundo o especialista, o nutriente também é responsável por defender o sistema imunológico. “Por ser um potente antioxidante intracelular, o zinco tem a capacidade de diminuir o impacto das citocinas inflamatórias produzidas pelos agentes agressores, aumentando a expressão das caspases, proteínas responsáveis pela morte celular, diminuindo assim a sobrevida das células moribundas”, explica. 

Para usufruir destes benefícios, o médico indica o consumo de alguns alimentos ricos no nutriente. “As maiores fontes de zinco já estão presentes em nossa rotina alimentar, como o feijão, grão de bico, as carnes bovinas e os ovos. Algumas sementes quando inseridas na alimentação, também podem promover essas melhorias, sendo elas: Amêndoas, castanha-de-caju, a semente de gergelim”. 

Além de atuar na prevenção das doenças relacionadas aos dias mais frios, o nutriente também promove o aumento da energia, melhora a memória e a sensação de cansaço. “A suplementação de zinco também é uma opção para quem tem uma baixa quantidade do nutriente no organismo. Um dos sinais da falta de zinco são as unhas fracas, queda de cabelo e dificuldade de cicatrização”, finaliza.


Moto barulhenta aumenta risco de perda auditiva em piloto

O problema se agrava porque é comum motociclistas alterarem o sistema de escapamento, elevando ainda mais o nível de ruído 

 

Nas grandes cidades, eles já são uma febre. Motociclistas driblam o trânsito e disparam entre os carros. Motociclistas gostam de ouvir o ronco de sua moto, seja por prazer ou para “avisar” pedestres e motoristas que ‘estão na área’. Mas há quem exagere e aí, as consequências podem ser sérias. Primeiro, por causa das multas; segundo, porque tiram o sossego das ruas e assustam os motoristas dos carros com suas acelerações repentinas; e terceiro, porque tamanha elevação do ruído traz riscos à saúde auditiva. 

Ainda em 2020, com a chegada da pandemia de covid-19, o número de motoboys circulando pelas ruas cresceu enormemente devido ao aumento nas entregas de refeições e mercadorias. Isso acabou gerando um efeito colateral: cresceu o risco de perda auditiva entre esses pilotos em decorrência do barulho contínuo da moto em períodos ainda maiores do dia. 

Pesquisa do National Institute on Deafness and Other Communication Disorders (Instituto Nacional de Surdez e Outras Doenças de Comunicação), nos Estados Unidos, comprovou que o ruído de motocicletas pode comprometer a saúde auditiva dos pilotos. Especialistas são unânimes em afirmar que, dependendo do tempo de exposição, ruídos acima de 85 dB podem causar alterações na estrutura interna da orelha. Como efeito de comparação, uma conversação normal atinge 60 dB. 

O problema se agrava porque é comum motociclistas alterarem o sistema de escapamento, utilizando ponteiras esportivas ou personalizadas, que elevam ainda mais o nível de ruído emitido pelas motos. Muitos adeptos alegam que o uso do escapamento nas motos ajuda os motoqueiros porque chama a atenção dos motoristas de carro e pedestres desatentos.
 

Outra fonte de ruído perigosa para a audição é a buzina, que não deve ser usada de maneira intermitente, como hoje fazem os motoboys para abrir caminho no trânsito. E para piorar a situação, muitos ainda usam fones de ouvido para ouvir música em volume alto enquanto pilotam. Tudo isso junto pode causar danos ainda mais graves à audição.
 

Perda gradual 

A fonoaudióloga Rafaella Cardoso, da Telex Soluções Auditivas, chama atenção para os riscos. "A exposição frequente a níveis sonoros elevados pode causar danos à audição. A perda é gradual e progressiva. Não é perceptível em um primeiro momento. Vai-se perdendo a audição de acordo com a maior intensidade de ruído e com tempo de exposição, ao longo dos anos. Isso depende também de outros fatores, como predisposição genética", esclarece. 

Estudo realizado pela Doutora em Engenharia de Produção Juliana de Conto, na Universidade Federal de Santa Catarina, também comprovou o problema. A pesquisa, que avaliou a exposição ao ruído de 17 mototaxistas de Balneário Camboriú (SC), mostrou que eles estão expostos a um nível de pressão sonora superior a 82,1 dB, com dose de ruído acima do permitido para o tempo de trabalho - doze horas diárias. Dos mototaxistas estudados, oito apresentaram limiares auditivos dentro dos padrões de normalidade e nove apresentaram alteração dos limiares tonais. 

É importante lembrar que motocicleta barulhenta gera multa de trânsito, além de retenção do veículo. Pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), todos os veículos devem ter suas características originais. E embora ainda exista pouca fiscalização, em muitas cidades brasileiras policiais e agentes municipais estão nas ruas autuando motociclistas por causa do escapamento irregular. 

Por tudo isso, é importante que os motociclistas tomem consciência desses riscos e se cuidem, começando por zelar pela boa manutenção da moto. A máquina bem cuidada faz menos barulho. É preciso observar vibrações, regulagem, descarga, amortecedores, suspensão. Afinal, se a motocicleta é, muitas vezes, instrumento de trabalho, a saúde auditiva também é fundamental para garantir o emprego por muitos e muitos anos.

JULHO AMARELO: UMA LUTA CONTRA AS HEPATITES VIRAIS


Dia 28 de julho data o Combate às Hepatites Virais. Uma luta que o Brasil tem desempenhado fortemente desde 2002, quando foi pioneiro na criação do Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV). Até hoje, porém, milhares de brasileiros são afetados pela doença. De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em 2020, há uma queda nos casos nos últimos anos. Contudo, essa redução ainda não é suficiente. O país tem a meta de reduzir pelo menos 90% dos casos e 65% das mortes até 2030, conforme compromisso firmado no Plano Estratégico Global das Hepatites Virais.  

Mas, afinal de contas, o que é hepatite?  

Hepatite é um termo bastante amplo que se refere a uma inflamação no fígado, causada por cinco tipos diferentes de vírus: A, B, C, D e E. Os tipos B e C são os mais frequentes e letais, e muitas vezes acabam por se tornar crônicos. O grande problema é que nem sempre a doença apresenta muitos sintomas e, geralmente, é silenciosa. Quando o paciente descobre a doença, normalmente ela já se encontra em estágio avançado.   

Atualmente, cerca de 1,4 milhão de pessoas morrem por ano em todo o mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites. O tipo B é essencialmente transmitido sexualmente e via placenta, de mãe para filho. Pode ser transmitido por contaminação sanguínea também – assim como o tipo C, ou seja, por meio de transfusão e uso coletivo de objetos cortantes.  

O tipo B já conta com vacina eficaz, que inclusive está disponível no calendário do Programa Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde (SUS). A hepatite A também já tem vacina. Esse tipo é geralmente benigno e acaba trazendo mais complicações para paciente mais velhos, com o contágio ocorrendo pela ingestão de alimentos mal lavados ou por más condições de higiene.   

A grande verdade é que a hepatite, no geral, é um desafio até para alguns profissionais da saúde. São muitos tipos, cada um com um comportamento diferente, modos de transmissão e fatores de risco também. Se é assim para a comunidade médica, imagina para a população em geral?   

Informação, vacinação e diagnóstico precoce: sem essa tríade, não conseguiremos vencer essa doença que, infelizmente, ainda afeta milhares de pessoas em todo o mundo.    

  

Ibrahim El Bacha - gastroenterologista, hepatologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa. 


Mitos e verdades sobre o câncer de bexiga

  No mês de conscientização da doença, especialista alerta para os sintomas e desmistifica as principais questões sobre esse tipo de tumor

 

Considerado o décimo tipo de câncer mais comum do mundo[1], o câncer de bexiga apresenta boas taxas de cura, mas seu diagnóstico precoce é um grande desafio, uma vez que, em fases iniciais, os sintomas se manifestam de forma branda e acabam sendo negligenciados pelos pacientes. 

Como o atraso na descoberta da doença e, consequentemente, no tratamento, pode aumentar a possibilidade de o tumor avançar e se tornar metastático (quando se espalha para outras partes do corpo)[2], o mês de julho é um marco para conscientizar a respeito do câncer de bexiga, expandindo o conhecimento da população com o objetivo de antecipar o diagnóstico. “Essa conscientização é fundamental para alertar as pessoas a respeito da importância de identificar a doença em estágio inicial para que o paciente comece o tratamento adequado o mais breve possível”, explica Paulo Lages, oncologista com foco em tumores geniturinários na Onco Vida, Instituto Especializado de Oncologia. 

O especialista ressalta que é fundamental ficar atento aos sintomas e procurar ajuda médica tão logo haja a percepção dos primeiros sinais. “É preciso observar a urina e ver se há presença de sangue, além de atentar-se à dor ou queimação na hora de urinar e a mudanças nos hábitos urinários, tanto em relação ao fluxo, como vontade de urinar mesmo com a bexiga vazia e aumento na frequência de idas ao banheiro”, esclarece. 

Abaixo, o médico revela alguns mitos e verdades a respeito da doença:

 

  1. Sangue na urina é o principal sintoma

VERDADE. O sangue na urina é o principal sintoma do câncer de bexiga, presente em 90% dos casos[3]. Porém, não é o único. Outras manifestações da doença podem incluir dor ao urinar, incontinência urinária, vontade de urinar frequente, cansaço, dor abdominal; dor lombar e perda de peso.[4][5] “Quando a urina fica com a coloração diferente, alaranjada, vermelha brilhante ou rosa, é mais fácil de notar. No entanto, nos estágios iniciais o sangue pode ser imperceptível, sendo constatado apenas em exames solicitados pelo médico”, relata Lages.

Além disso, sangue na urina também pode ser sinal de outras enfermidades menos graves, por isso são necessárias outras análises laboratoriais para chegar no diagnóstico.4

 

  1. Câncer de bexiga só acomete os homens

MITO. Apesar da incidência maior em pessoas do sexo masculino - de acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA)[6], a previsão é que o câncer de bexiga tenha atingido cerca de 10.640 brasileiros em 2020, sendo 7590 pacientes homens -- as mulheres também podem apresentar o tumor. “Ainda que os homens continuem entre os pacientes mais prevalentes, a incidência da doença em mulheres vem aumentando nos últimos anos muito provavelmente por causa de mudanças no estilo de vida como tabagismo e ganho de peso”, enfatiza o oncologista.

 

  1. Tabagismo é a principal causa

VERDADE. Popularmente associado ao câncer de pulmão, o tabagismo também é o principal fator de risco para o câncer de bexiga[7], estando presente em 50-70% dos casos.[8] Os fumantes têm até quatros vezes mais chances de apresentar a doença em comparação aos indivíduos que não fumam.6 “Sabemos que o cigarro pode liberar um número muito grande de compostos cancerígenos no organismo e esses podem atacar as células do revestimento da bexiga, originando os tumores. Mesmo quem apenas inala a fumaça, ou seja, é fumante passivo, corre risco de desenvolver a doença”, afirma. Outra causa importante é a exposição a agentes químicos, como ocorre com as pessoas que trabalham nas indústrias têxtil e siderúrgica, entre outras.7 

 

  1. Todos os cânceres de bexiga são iguais

MITO. Muitas pessoas desconhecem que o câncer de bexiga é causado por diversas mutações genéticas que variam de pessoa para pessoa. Cerca de um em cada cinco pacientes com metástase tem uma alteração no gene do FGFR (Fibroblast Growth Factor Receptor)[9],[10], por exemplo. Trata-se de uma família de receptores que, quando sofrem alterações genéticas, levam a um pior prognóstico, acelerando o crescimento e a sobrevivência do tumor8,9. “Por isso o médico deve pedir um teste, cujo resultado indicará exatamente em qual gene é a alteração, o que, consequentemente, fará o paciente ser encaminhado para o tratamento mais apropriado”, explica o Dr. Paulo Lages. As principais opções de tratamento para o câncer de bexiga são cirurgia, terapia intravesical (quando os medicamentos são administrados diretamente na bexiga por meio de um cateter), quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapia alvo[11]. Atualmente, as ‘terapias-alvo’ são cada vez mais personalizadas e atacam precisamente as células mutadas, como é o caso de erdafitinibe, para pacientes que não responderam ou tiveram recaída após tratamento prévio com quimioterapia e apresentam a alteração no gene do FGFR. O especialista reforça que, ao escolher o tratamento, o médico vai se basear nas características do tumor e nas particularidades de cada paciente para determinar a opção mais adequada. 

 

  1. Câncer de bexiga tem cura.

VERDADE. Como a maioria dos cânceres, o câncer de bexiga tem cura, principalmente se for detectado no início. “O diagnóstico precoce é muito importante para aumentar as chances de cura, por isso deve-se procurar ajuda especializada desde os primeiros sintomas. A partir do relato do paciente, o médico investiga a presença da doença por meio de exames e, dependendo da agressividade, é possível fazer a remoção do tumor via cirurgia, aumentando muito as chances de cura”, conclui.

 

Entendendo a doença

 

Assim como a maioria dos cânceres, a doença se desenvolve em fases e de maneira progressiva. Quando o tumor fica limitado ao tecido de revestimento da bexiga, é chamado de superficial. No entanto, as células tumorais podem penetrar as camadas mais profundas da parede da bexiga, invadindo a parede muscular e, eventualmente, espalhando-se até os órgãos próximos, gânglios linfáticos ou órgão mais distantes, momento que a doença se torna metastática1,2 

As opções de tratamento vão depender da extensão e do grau de evolução da doença. Existem três tipos de cirurgia que podem ser realizadas: ressecção transuretral (quando o médico remove o tumor por via uretral), cistotectomia parcial (retirada de uma parte da bexiga) ou cistotectomia radical (remoção completa da bexiga, com a construção de um novo órgão para armazenamento da urina posteriormente)2.

Além da cirurgia, a radioterapia pode ser adotada nos tumores mais agressivos como tentativa de preservação da bexiga, e também pode ser necessária a aplicação de quimioterapia, que pode ser administrada na forma intravenosa ou ainda intravesical, quando é aplicada diretamente na bexiga através de um tubo introduzido pela uretra. 2Já na categoria de terapias-alvo, existem também medicamentos orais, que aumentam a comodidade posológica para esses pacientes, evitando a necessidade de deslocamentos frequentes para os centros de tratamento.

 

 

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[1] Oncoguia. Disponível em: Link. 

[2] Ministério da Saúde. INCA, Instituto Nacional do Câncer (Brasil). Link Acessado em 05/07/22. 

[3] Portal da Urologia. Sociedade Brasileira de Urologia. Acessado em: 04/07/2022. Disponível em Link

[4]NHS. [Internet; cited 2019 April 5]. Available from: here

[5]Fight bladder cancer. [Internet; cited 2019 April 5]. Available from: here

[6] Instituto Nacional do Câncer. Acessado em 22/06/2020. Disponível em : Link;

[7] Murta- Nascimento C, Schmitz-Drager BJ, Zeegers MP, Steineck G, Kogevinas M. Epidemiology of urinary bladder cancer: from tumor development to patient s death. Wordl J. Urol. 2007; 25 (3) : 285-95. doi : 10.1007 / s00345-007-0168-5.

[8] Ministério da Saúde. INCA, Instituto Nacional do Câncer (Brasil). Tipos de Câncer. Disponível em Link 

[9] Helsten et al. The FGFR Landscape in Cancer: Analysis of 4,853 Tumors by Next-Generation Sequencing. Clin Cancer Res. 2015 ; 22 (1) : 259-267. 

[10] Tomlinson et al. FGFR 3 protein expression and its relationship to mutation status and prognostic variables in bladder cancer. J Pathol. 2007;213 (1) : 91-98. 

[11] Oncoguia. Disponível em: Link.

Coração: que órgão é esse?


“O coração tem razões que a própria razão desconhece”. “Eu sei essa música de cor”. “Só se vê o bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”. Poderíamos citar inúmeras frases, reflexões e poemas envolvendo o coração, órgão que muitos relacionam diretamente ao amor e às emoções. Mas o coração vai muito além da emoção; ele é fundamental para a nossa sobrevivência. 

45 segundos. Esse é o tempo que o sangue demora para percorrer todo o organismo, fruto da batida do coração. Sem o sangue circulando não conseguimos manter a oxigenação celular, não mantemos a temperatura do corpo e, portanto, não nos mantemos vivos. Ainda que seja composto por tecido muscular, o correto é dizer que o coração é um órgão e não apenas músculo. Ele está localizado no centro da cavidade torácica, levemente inclinado para a esquerda, em uma região denominada mediastino. Sim, você leu corretamente: o coração fica no centro do peito, contrariando a famosa música que diz que “amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito”. A forma anatomicamente correta seria “amigo é coisa pra se guardar no mediastino do peito”, mas talvez a licença poética permite esse “erro”. 

Dividimos o coração em quatro partes: dois átrios e dois ventrículos, sempre usando a denominação direita e esquerda para melhor compreensão. Na metade direita deste órgão circula apenas sangue venoso (rico em dióxido de carbono e pobre em oxigênio) e na parte esquerda circula apenas sangue arterial (rico em oxigênio a ser transportado ao resto do corpo). A distribuição e passagem correta desses dois tipos de sangue é coordenada por meio de válvulas que abrem e fecham em um meticuloso “ballet” que permite que os sangues não se misturem e nem sejam distribuídos erroneamente. 

E ainda que seja um órgão aparentemente simples, é complexo em suas funções e vital para a nossa sobrevivência. E ainda assim, tão negligenciado: a cada 90 segundos morre no Brasil uma pessoa decorrente de problemas cardíacos. Muitos deles, evitáveis. Esse é um dado que temos o poder de mudar e para isso basta mais cuidado. Cuidado com a alimentação, com o estresse, com a qualidade do sono. Cuidado com a atividade física (sempre tão deixada de lado). 

Autocuidado e alto cuidado. O coração agradece e pulsa. Por você e pra você. Cuide bem dele.

 Dr. Jeffer de Morais - diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius.


Reposição hormonal: entenda os benefícios em relação à saúde da mulher

 Com o passar dos anos o organismo feminino passa a dar sinais de envelhecimento e entre os principais sintomas estão ondas de calor (fogachos), suor excessivo, variações de humor, alterações do sono, entre outros. Todos esses aspectos estão associados à queda da produção hormonal e, naturalmente, a chegada da menopausa que ocorre, geralmente, entre os 45 e 55 anos.

A menopausa traz muitas dúvidas para as mulheres, sobretudo, em relação ao tratamento de reposição hormonal. É justamente neste período que algumas mulheres sofrem com alterações psicológicas, irritabilidade, insônia, depressão, ganho de peso e até perda de memória. “Na prática, a questão é indecifrável: existem mais de 100 hormônios no corpo que regem uma orquestra complexa feminina que precisa ser levada em consideração na hora de quebrar a cabeça nessa prescrição médica hormonal”, explica a Dra. Fabiane Berta, ginecologista, especialista em Ginecologia Endócrina.

É neste momento que os ovários, responsáveis pela produção de hormônios importantes tais como o estrogênio, progesterona e androgênios - conhecidos como esteroides sexuais - diminuem seu funcionamento até parar completamente. Neste caso, a reposição hormonal é a terapia indicada para restabelecer o equilíbrio desses hormônios no organismo e garantir a qualidade de vida da mulher.

 

Mas, afinal, quais são os benefícios da reposição hormonal?

Um dos principais benefícios da reposição hormonal é a diminuição dos sintomas relacionados à menopausa. Além disso, contribui para prevenção da osteoporose e possíveis males à saúde. Isso porque a ausência de hormônios afeta o metabolismo feminino podendo causar queda de cabelo, sobrepeso, principalmente, na região abdominal, enfraquecimento das unhas e ressecamento da pele. Também ajuda a melhorar o desejo sexual da mulher.

Atualmente, a Medicina dispõe de tratamentos eficazes para realização da reposição hormonal bioidêntica, ou seja, semelhantes aos hormônios originais. A reposição de hormônios deve ser indicada para as mulheres que apresentam sintomas desconfortáveis em decorrência da falta dessas substâncias no organismo.

Normalmente, a dose de hormônios é proporcional ao histórico de cada paciente e deve seguir rigorosamente as prescrições médicas.

 

O papel dos implantes hormonais

 A terapia de reposição hormonal tem como propósito corrigir eventuais desequilíbrios do organismo proporcionando bem-estar ao paciente.

O tratamento com implantes hormonais é realizado por meio da implantação subcutânea de um segmento de tubos de silicone semipermeáveis. Esses tubos medem de 4 a 5 cm e comportam cerca de 40 a 50 mg de uma substância hormonal pura, que pode ser estradiol, testosterona bioidêntica ou progestínico.

Após a implantação, o hormônio é liberado gradativamente na corrente sanguínea, de maneira segura e com dosagem personalizada, por um período de seis meses a um ano, a partir de substâncias idênticas aos hormônios naturais.

Entre os benefícios desta terapia estão aumento da disposição física, melhora do humor, alívio da ansiedade e sintomas de depressão, aumento do desejo sexual, diminuição de gordura corporal, aumento de massa muscular, entre outros.

Não existe idade certa para repor nossos hormônios. Não tem necessidade aguardar chegar na estaca zero para começar a se cuidar com longevidade, mas certamente, todas as mulheres que repõe seus hormônios de forma bioidênticas são beneficiadas na proteção de doenças do envelhecimento feminino” afirma a Dra. Fabiane.

 

 Dra. Fabiane Berta - Médica há 10 anos, com especialização pela Santa Casa -SP em Ginecologia Endócrina. Pós -graduanda em Endocrinologia clínica, Longevidade saudável aplicada ao antienvelhecimento genético. Bioquímica e fisiologia hormonal metabólica, Neurociência e comportamento. Idealizadora do movimento #OCITOCINE-SE, que tem por objetivo compartilhar amor por meio da ciência, restaurando a saúde física e mental do ser humano. hormonal.

https://www.instagram.com/dra.fabianeberta/?hl=pt-br


Você mediu sua pressão recentemente?

Hipertensão, hipertensão resistente, hipertensão do jaleco branco: condições diferentes para uma doença que atinge mais de 38 milhões de brasileiros e leva a problemas graves de saúde

 

A hipertensão arterial – popularmente conhecida como pressão alta – é uma doença que atinge, segundo dados do Ministério da Saúde, 38 milhões de brasileiros. Só em 2019 – e apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foram realizadas mais de 28 milhões de consultas na Atenção Primária e registradas 52 mil internações relacionadas à hipertensão. A doença, quando não tratada adequadamente, leva a quadros graves de saúde, porque interfere diretamente na condição cardiovascular e cerebrovascular e atinge os rins – só para citar as situações mais comuns.

E o que muitas pessoas não sabem é que, além da hipertensão arterial sistêmica comum, que é identificada pela elevação da pressão arterial, existem outros tipos de hipertensão arterial, como a hipertensão resistente e a hipertensão do jaleco branco.

 

Entendendo a hipertensão arterial

 

Segundo a Dra. Priscilla Gianotto Tosello, cardiologista com especialização em Imagem Cardiovascular pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a hipertensão arterial pode ser definida como um aumento anormal da pressão, que prossegue por um longo período. É essa pressão a responsável por fazer o sangue transitar pelas artérias do corpo. Ao longo do dia, é comum que as pessoas tenham variações na pressão, porque quando estão em repouso ela fica mais baixa e quando se movimentam, ela sobe. “Mas é preciso ver durante quanto tempo ela permanece alta”, explica a médica.

A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e há consenso médico sobre quanto ela pode chegar. Quando – na maior parte do tempo – a pressão fica maior ou igual a 14 por 9, ela é considerada alta e a pessoa, hipertensa. E é a partir daí que outros problemas podem ser desencadeados, como o infarto, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), a miocardiopatia hipertensiva e a arritmia.

Muitas vezes, os sintomas aparecem porque a hipertensão já está mais avançada. Por isso, é importante sempre estar com o os exames em dia, principalmente se há algum fator de risco para o paciente. Entre esses sintomas, pode haver dor de cabeça, falta de ar, visão borrada, zumbido no ouvido, tontura e dores no peito.

O principal fator de risco para a hipertensão é a genética. Como não é possível saber de qual parte da família vem a genética de cada pessoa, é fundamental que, tendo parentesco com um hipertenso, cada um se mantenha em alerta, fazendo exames anualmente.

Mas existem também outros fatores de risco, como obesidade, poluição, estresse, sono irregular, menopausa, excesso de bebida alcoólica, tabagismo, alto consumo de sal, sedentarismo, diabetes, doenças renais, apneia do sono e hipertireoidismo que podem causar o problema. “Quando avaliado por um médico e diagnosticado como hipertenso, o paciente será medicado. Mas, muitas vezes, é necessário também que ele mude alguns hábitos de vida e comece, por exemplo, a praticar atividade física. Além disso, ele pode precisar adotar uma dieta com menos sódio e perder peso”, afirma Priscilla.

 

Outros tipos de pressão alta interferem no tratamento adotado 

E quando se fala em tratamento, é fundamental entender todos os tipos de pressão alta que podem acometer um paciente.

A classe de medicamentos utilizada nos quadros de hipertensão é chamada de anti-hipertensiva. Existem inúmeros medicamentos nesta categoria, de laboratórios variados, e os médicos os adotam conforme o perfil dos pacientes (se a hipertensão é mais leve ou mais severa, conforme a idade e condição clínica, entre outros parâmetros) e de acordo com as diretrizes do Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial. Assim, quando existe um caso de hipertensão ‘comum’, podem ser adotados medicamentos isolados ou combinados, dependendo de cada caso.

Na existência de um caso de hipertensão arterial resistente, a medicação adotada é ainda mais adaptativa do que nos quadros de hipertensão ‘comum’. A hipertensão resistente é definida, segundo a mais recente diretriz brasileira, quando se mantém elevada mesmo com o uso de três classes diferentes de anti-hipertensivos. Isso significa que, após o uso de três medicamentos diferentes, a pressão se manteve alta.

Essa associação entre os medicamentos inclui um bloqueador do sistema renina-angiotensina (IECA ou BRA), um bloqueador dos canais de cálcio (BCC) de ação prolongada e um diurético tiazídico (DT). Todos eles são de longa duração e devem ser utilizados na dose máxima ou o quanto for tolerado pelo paciente. Tendo isso como base, é muito importante que os fármacos sejam tomados corretamente, exatamente da maneira que forem prescritos pelo médico. E, para obter sucesso no controle dessa pressão arterial, os médicos muitas vezes precisam trabalhar em cima de tentativas.

“Normalmente, o tratamento é feito com uma complementação das diferentes classes de remédios com doses otimizadas. O profissional inicia o tratamento com uma medicação e percebe que a pressão não foi controlada. Então, ele associa a uma segunda classe e, caso não tenha sucesso, com uma terceira classe – e assim sucessivamente”, ressalta a cardiologista.

Essa associação só pode ser considerada a partir do momento que já tenha atingido a dose máxima da medicação ou tolerada pelo paciente e mesmo assim não obteve a pressão arterial controlada. Além disso, as classes precisam ser distintas, não podem se repetir, para que cada elemento atue em lugares diferentes e consigam, juntos, controlar a pressão.

“Para que a hipertensão arterial resistente seja diagnostica, é necessário acompanhar os níveis da pressão enquanto o paciente está em tratamento. Mas, além disso, é fundamental excluir outras condições que podem acarretar em um falso quadro da doença”, esclarece Dra. Priscilla.

Uma dessas condições pode ser a hipertensão arterial do jaleco branco, também conhecida como efeito do avental branco. Ele se caracteriza por pessoas que ficam nervosas enquanto estão no consultório médico. Então, por mais que a pressão arterial se mantenha controlada em casa, o quadro muda quando a medição é feita pelo médico. Isso pode resultar em um falso diagnóstico, dando a entender que não há controle mesmo com o uso de remédios, quando na verdade o aumento acontece por conta do nervosismo.

O tratamento da hipertensão do jaleco branco não é feita com aumento dos medicamentos anti-hipertensivos, mas com técnicas que permitam que o paciente relaxe nas consultas, de forma que sua pressão não aumente na medição. Isso pode incluir conversas fora do consultório ou do ambiente hospitalar, acompanhamento de pessoas da confiança do paciente, medição da pressão em horários alternativos, uso de técnicas de relaxamento e outras alternativas que permitam ao médico saber o quadro de saúde real do paciente, sem que ele precise ter a dose do medicamento aumentada.

 

A vida com a pressão arterial controlada 

Dra. Priscilla Gianotto Tosello alerta que pessoas cada vez mais jovens estão desenvolvendo a hipertensão arterial e a condição pode propiciar condições que levam até ao óbito. “Infartos e AVC´s podem ser fulminantes e o principal fator de risco para eles é a hipertensão arterial, uma doença silenciosa, mas que quando controlada, permite uma vida plena, sem restrições severas de atividades”, garante a médica.

Ela sugere que todas as pessoas passem por um check-up cardiológico anualmente e, para quem já tem a doença, um checku-up a cada seis meses. “Essa é a melhor forma de garantir a saúde cardiovascular e, assim, prevenir doenças graves”, finaliza.

  

Clínica Tosello


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