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quinta-feira, 21 de julho de 2022

Hepatite misteriosa segue em atenção segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)

A hepatite, que é tema de campanha no Brasil durante o mês de julho, ganha mais atenção em casos ainda não identificados em crianças

 

Neste mês, o Ministério da Saúde destaca a campanha de conscientização “Julho Amarelo”, criada em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A iniciativa tem como objetivo reforçar a vigilância, a prevenção e o controle das hepatites virais, doenças que se manifestam de diferentes formas. Apesar de nem sempre apresentar sintomas, elas podem causar cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Segundo Marcos Loreto, diretor médico da Omint Saúde, a hepatite é uma inflamação do fígado causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas. 

“Existem alguns tipos de hepatites e elas apresentam algumas diferenças. A hepatite A pode ser transmitida por consumo de água e de alimentos contaminados; já a hepatite B é transmitida por meio do contato com fluidos corporais, como o sêmen e a saliva. No entanto, a hepatite B também pode ser facilmente transmitida por meio do uso de objetos perfurocortantes não esterilizados, como alicates e lâminas de barbear que são comumente utilizados em salões de beleza. Já a hepatite C tem um meio de transmissão similar ao da hepatite B”, explica Loreto.

 

O diagnóstico e o tratamento precoces podem evitar a evolução da doença para cirrose ou câncer de fígado. Os testes rápidos para os tipos B e C estão disponíveis nos serviços públicos de saúde para todas as pessoas. Se você tiver mais de 40 anos, é muito importante fazer o teste de hepatite C, pois pode ter sido exposto a esse vírus na juventude.

 

Hepatite Misteriosa 

Em meados de abril de 2022 a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta para os primeiros casos da hepatite, dita como misteriosa. Segundo o último boletim da entidade, divulgado no dia 22 de julho, foram contabilizados mais de 1.000 casos prováveis em 35 países. No Brasil, o Ministério da Saúde investiga 96 casos e 10 mortes suspeitas.

 Para a Dra. Mirian Dal Ben, médica infectologista e credenciada Omint Saúde, a doença, que atinge crianças e adolescentes, tem preocupado autoridades sanitárias do mundo, uma vez que ainda não foi identificado seu agente causador. 

“O que se sabe até agora, é que existem estudos conduzidos para entender a causa dessa doença em crianças. Já se sabe que o adenovírus continua sendo o patógeno mais frequentemente detectado entre os casos com dados disponíveis, seguido pelo vírus da COVID, o SARS-CoV-2. Embora ainda desconhecida a causa dessa hepatite em crianças e adolescentes, fica o alerta para seguir as medidas de prevenção indicadas pela OMS, como o uso de máscara, o consumo de água potável, cuidado na preparação dos alimentos, higiene frequente das mãos, evitar aglomerações e garantir uma boa ventilação quando estiver em locais fechados”, enfatiza a infectologista.

 

Por que a picada de pernilongo coça?

Professor de Biologia Flávio Landim, da plataforma Professor Ferretto, explica que o inseto é atraído pelo cheiro do gás carbônico liberado na respiração, suor e por conta do sistema imunológico produzir anticorpos devido à picada


Crédito: Canva


 

Você sabia que só os pernilongos fêmeas picam? E, de forma geral, sempre que somos picados por esse inseto, sentimos coceira no local de forma instantânea. Mas por que será que a picada do pernilongo coça tanto?

De acordo com o professor de Biologia Flávio Landim, da plataforma Professor Ferretto, a coceira intensa acontece porque o inseto perfura a pele para sugar o sangue da “vítima”, e com isso acaba injetando uma pequena quantidade de saliva. “A saliva do pernilongo contém diversos anticoagulantes e enzimas em sua composição, e ajuda o inseto a sugar o sangue com mais facilidade”, explica ele.

Sendo assim, quando nosso sistema imunológico reage à saliva deixada pela picada, o organismo produz anticorpos, e essa resposta do corpo provoca a liberação de histamina, que é a responsável por desencadear uma reação inflamatória. “Os capilares (locais onde ocorre a troca de substâncias entre o sangue e os tecidos adjacentes) se tornam mais permeáveis, fazendo com que os vasos sanguíneos localizados mais próximos da região afetada fiquem inchados, o que origina a tal picada rosada e irritada que causa a coceira”, resume o docente.

Landim acrescenta ainda que são os pernilongos fêmeas que picam, pois “precisam do sangue humano para desenvolver os seus ovos”. No entanto, segundo as estatísticas, o que provoca a morte não são os mosquitos, “mas sim os vírus que são transmitidos por eles”, esclarece o professor de Biologia.

Landim listou alguns cuidados para evitar a picada de pernilongo:  


Proteção com telas

Manter janelas e portas cobertas com telas é uma boa tática para evitar que o pernilongo entre em casa, além de manter o ambiente com a luz natural e ventilado.  “Isso impede a passagem do inseto, e ter as mosqueteiras em camas  também é um método antigo mas muito eficaz”, recomenda Landim. 


Cuidado com as plantas 

Ter plantas em casa é muito benéfico, pois elas ajudam na purificação do ar, por exemplo, mas é preciso certos cuidados. “Deixar o solo úmido mas sem água se acumulando é um dos pontos para evitar a proliferação dos mosquitos, pois água parada é foco principalmente do Aedes Aegypti, que transmite a dengue”, alerta.


Uso de repelentes

Os repelentes são outra boa opção, pois ajudam a “afugentar” os pernilongos e outros insetos. “Repelentes naturais, como as velas de citronela, limão com cravo ou plantas como alecrim e gerânio, podem ser adotados para se livrar dos insetos. Também é válido comprar os de farmácia ou eletrônicos para utilizar nas tomadas de casa, além das armadilhas naturais feitas com vinagre de maçã", sugere Landim. 


Ventilação é necessária

O ventilador também ajuda a mandar o pernilongo longe, impedindo que ele chegue até você, pois com a força do vento ele não consegue voar. “Um simples ventilador é capaz de bloquear a circulação do inseto, e também minimiza o cheiro do suor e o gás carbônico. Mas é necessário manter o aparelho limpo e não muito próximo da pessoa, para assim evitar algumas doenças como gripe e tosse”, finaliza o biólogo.

 

Plataforma Professor Ferretto


Conheça as principais doenças do coração

Entre setembro de 2020 e setembro de 2021 cerca de 17,5 milhões de pessoas morreram em decorrência de doenças cardiovasculares. No Brasil, são cerca de 50 óbitos a cada 60 minutos pelo mesmo motivo. Uma constatação de um profissional da saúde: muitas dessas mortes poderiam facilmente ser evitadas por meio de um estilo de vida mais saudável. A realidade, no entanto, é outra: cada vez mais as pessoas estão deixando o cuidado de lado e prestando menos atenção em si mesmas. O texto de hoje é um alerta para que você, leitor, não seja mais um número dessa estatística.  

Conhecimento é poder e saber quais são as principais doenças cardiovasculares te dão as ferramentas de como evitá-las. A seguir conheça as cinco principais doenças que afetam o coração e o sistema cardiovascular:

 

1- Hipertensão arterial 

“Pressão Alta” é o nome popular para a doença mais comum do coração. Pelo menos 1 bilhão de pessoas no mundo apresentam índices acima dos 130 x 80 mmHg, sendo consideradas hipertensas. Entre os sintomas estão tontura, visão embaçada e dores de cabeça, mas é preciso alertar que ela pode ser assintomática — daí a importância de exames preventivos.

 

2- Infarto Agudo do Miocárdio 

O excesso de gordura não impede apenas a passagem da calça jeans nos quadris; pode impedir também que o sangue das artérias chegue ao coração, ocasionando o que popularmente conhecemos como Infarto. Uma alimentação rica em alimentos industrializados e ultraprocessados é o caminho certo para quem busca uma doença cardíaca. Se você não quer fazer parte desse time, aprenda a fazer boas escolhas alimentares.  

 

3- Insuficiência cardíaca 

O músculo cardíaco de alguns pacientes não tem força suficiente para fazer o sangue circular corretamente pelo organismo, comprometendo a oxigenação celular e a circulação do sangue. Como resultado o paciente sente mais falta de ar — mesmo em repouso e frequentemente apresenta inchaço nos membros inferiores. 

 

4- Arritmias cardíacas 

Um coração em repouso em um indivíduo saudável de 35 anos bate, em média, entre 60 e 100 vezes por minuto. Esse número é representado pela sigla bpm, ou seja, batimentos por minuto. No entanto, algumas pessoas mesmo em repouso podem estar acima ou até mesmo abaixo desse intervalo esperado.   

Quando o paciente tem até 60bpm é chamado bradicardia, ou seja, batimentos por minuto abaixo do considerado normal. Se está acima de 100bpm, além do intervalo máximo normal, dizemos que o indivíduo apresenta taquicardia. Os dois casos pedem acompanhamento profissional adequado. 

 

5- Endocardite 

O coração é formado por um tecido interno que pode sofrer com uma séria inflamação causada por fungos e bactérias, a chamada Endocardite. É preciso muita atenção inclusive à saúde bucal dos pacientes. Nossa boca é colônia de bactérias e quando um machucado permite que esses microorganismos circulem pela corrente sanguínea é preciso atenção aos sintomas caso eles se instalem no coração.   

A endocardite mesmo sendo uma doença bem séria tem tratamento, especialmente quando diagnosticada inicialmente. 

 

Dr. Jeffer de Morais - diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius 


4 comportamentos que podem ser indícios de transtornos mentais

Crédito: canva
Os transtornos mentais exigem cuidados e tratamento médico, mas de acordo com o Dr. Ariel Lipmann, psiquiatra e diretor da SIG Residência Terapêutica, alguns sinais podem aparecer antes do diagnóstico


Uma a cada quatro pessoas vai apresentar algum sinal de transtorno mental em determinados momentos da vida, de acordo com pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso pode ocorrer por diferentes motivos, entre eles, algum evento traumático, abuso de entorpecentes, disposição genética, etc… 

De acordo com o Dr. Ariel Lipmann, psiquiatra e diretor da SIG Residência Terapêutica, esses sinais podem ou não evoluir para algum transtorno, como ansiedade e depressão, e é por isso que é importante ficar atento. “Conhecer nosso corpo é fundamental justamente porque quando ele muda, percebemos que alguma coisa pode estar errada e é aí que percebemos que pode ser um sinal de alguma doença, entre elas, as doenças mentais”, explica o especialista. 

Como então ajudar quem está sofrendo com esse tipo de problema? De acordo com o psiquiatra, são necessários alguns cuidados, sendo o principal deles a identificação de sinais “comuns” de transtornos mentais, pois cada transtorno psiquiátrico se comporta de um jeito, com seus sintomas específicos e particularidades. “Estamos diante de uma pessoa em sofrimento psíquico, e é importante não banalizar o sofrimento. Esse tipo de atitude é o que muitas vezes atrasa a ida da pessoa ao profissional e agrava quadros que deveriam ter sido tratados bem antes”, aponta o médico psiquiatra. 

Pensando nisso, o Dr. Ariel listou alguns comportamentos que podem estar ligados a transtornos mentais, mas frequentemente são “deixados de lado”:
 

Problemas de sono 

Se você tivesse insônia ou dormisse por muitas horas, desconfiaria de algum transtorno mental? Muito provavelmente sua resposta é não, mas o fato é que noites em claro, dificuldade para pegar no sono ou estar “sempre” querendo dormir podem ser indicativos de problemas psíquicos diversos, como ansiedade e transtorno por abuso de substâncias. 

“É muito comum termos distúrbios do sono como consequência de transtornos mentais, seja insônia ou excesso de sono, chamado de hipersonia. Transtornos como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, transtornos psicóticos, entre outros, estão relacionados com alteração do sono”, explica o Dr. Lipmann. 

Por isso, o especialista comenta que é importante avaliar se o distúrbio do sono é primário ou secundário. “O problema pode ser consequência de algum transtorno psíquico ou até mesmo alguma doença clínica, como por exemplo distúrbios da tireoide, que também podem afetar a qualidade do sono”, complementa.
 

Esquecimento frequente 

É muito mais fácil dizer “ando esquecido (a) ultimamente” do que parar para pensar que isso pode significar algum tipo de transtorno que mereça atenção. Aliás, “problemas de memória” estão, segundo o Dr. Ariel, entre as queixas mais comuns no consultório psiquiátrico. “Isso provoca angústia pelo medo de estar sendo causado por um quadro mais grave, como por exemplo, um quadro demencial. Porém, esses quadros mais graves são comuns apenas em pessoas idosas e normalmente vêm associados a outros sintomas, como dificuldade de executar tarefas que anteriormente eram facilmente executadas”, explica
 

Ainda de acordo com o especialista, principalmente nos jovens, a queixa de esquecimento está relacionada a uma diminuição do foco e da atenção e diversos quadros podem provocar esse sintoma e confundir o paciente.
 

Distanciamento 

Tendências em deixar trabalho e estudos, justificativas para não sair de casa e outras mudanças importantes do padrão de comportamento devem sempre acender o sinal de alerta de que alguma coisa pode não estar indo bem. 

“Diversos são os motivos para esse isolamento. Pode ser a diminuição do desejo de fazer coisas que anteriormente davam prazer, a dificuldade de “fingir” que está tudo bem para estar em eventos sociais ou a vergonha de expor que alguma coisa não está legal”, explica o dr. Ariel.
 

Tensão frequente 

Normalmente ficamos ansiosos antes de uma prova importante, viagem ou antes de algum evento muito esperado. Porém, quando isso passa a atrapalhar o modo de viver, trazendo preocupações excessivas, é um sinal de que é hora de buscar ajuda. “Normalmente tensão sem motivo já é o sinal que provavelmente a pessoa está com algum transtorno mental”, pontua. 

“É muito importante estar atento a mudanças bruscas, repentinas, de comportamento, que podem estar relacionadas a algum transtorno psíquico” finaliza.
 

Sig


A importância do sono para a saúde

Dr. Ludsclay Cação, médico oncologista do Instituto AvantGarde, destaca impactos negativos causados por distúrbios do sono e a importância da avaliação médica para a melhor qualidade de vida do paciente

 

Várias pesquisas têm evidenciado claramente que ter boa qualidade no sono e dormir tempo o suficiente traz um impacto positivo na saúde mental e física, bem como na qualidade de vida e produtividade relacionadas à saúde em geral. A boa qualidade do sono não somente atua para trazer descanso e reparar as energias do corpo, mas ajuda em diversas outras funções, como o emagrecimento, equilíbrio quanto ao estresse do dia a dia, equilíbrio dos níveis de cortisol, entre outras manutenções essenciais ao corpo.

De acordo com os resultados de um estudo apresentado na reunião anual Sleep 2022, estima-se que 52% dos pacientes chegaram a um centro de saúde com problemas cardíacos ou neurológicos também apresentavam apneia obstrutiva do sono ou outros distúrbios do sono.

Outro estudo publicado na revista Sleep examinou os dados sobre o sono e pressão arterial, onde foi verificado que as irregularidades no tempo e duração do sono estavam associadas a um risco aumentado do paciente desenvolver hipertensão.

Segundo o oncologista Dr. Ludsclay Cação dormir pouco pode estimular doenças graves como diabetes, depressão, ansiedade, fadiga crônica, ganho de peso, entre outros problemas causados pelo aumento de grelina e de cortisol no sangue. “Por isso, para quem está sofrendo de insônia, cansaço extremo, inquietações ao dormir, apneia do sono, dentre outros, é preciso procurar ajuda médica profissional, pois esses sintomas podem trazer complicações para a saúde de forma geral e impactar a qualidade de vida”, reforça o especialista.

 

Instituto Avantgarde

www.institutoavantgarde.com.br


Aprender a aprender

Uma querida amiga que esteve na linha de frente da Covid contou um divertimento algo sádico como os negacionistas e anti vacinas, que chegavam no hospital batendo no peito e berrando que não tinham medo do tal do Coronavírus, até começarem os primeiros sinais de febre ou de falta de ar. Alguns pediam pelo oxigênio com algum desespero, com a saturação de O2 completamente normal. Traduzindo para os queridos leitores, uma falta de ar terrível com exames mostrando uma oxigenação completamente normal. Também conhecida como uma crise de Ansiedade. Eu, aqui com meus botões, e imagino que muita gente que está lendo esse texto, devemos lembrar com sinceridade de momentos em que parecia que o ar faltava e que o terrível vírus parecia estar se espalhando pelo nosso corpo. Crises falsas de Covid. Nos primeiros meses da Pandemia, tive alguns episódios, então não vou ficar rindo dos negacionistas. O fato é que toda a Ideologia desmorona quando começa a apertar o nosso calo, então é melhor não pagar de machão quando o assunto é nossa saúde.

O conhecimento científico amplamente difundido vem criando um novo tipo de Doença Coletiva, a Normose. Como hoje as fronteiras entre Virtude e Pecado, temos uma nova moralidade, em que pecado é estar doente, e a virtude máxima é a absoluta Saúde. O que significa esse conceito, também está aberto a amplo debate. Devemos ser carnívoros ou vegetarianos, magros ou mais magros (já que a imensa maioria, como eu, estamos mais para o sobrepeso ou coisa pior). Exercícios físicos regulares, alimentação rica em prebióticos, ou muitos vegetais, e probióticos, novos queridinhos de nutricionistas e nutrólogos. Adeus farinhas, açúcares e derivados do leite. Pode se perguntar o leitor: você é contra tudo isso, Spinelli? Virou um psiquiatra negacionista? Claro que não. Óbvio que não. O meu problema não é com os cuidados de saúde. O meu problema é com a forma de comunicação. Digo para todos os meus pacientes que toda frase que começa com “Eu tenho que …” está inevitavelmente fadada ao fracasso. “Eu tenho que emagrecer”; “Tenho que ter vergonha na cara e fazer minhas caminhadas”; “Tenho que cortar os carboidratos”. E por aí vai. A Neurociência diz que que a tal Força de Vontade é como um foguete que mira na Lua e cai em duas esquinas. A tal da força de vontade se alimenta de promessas que alguém faz sabendo que não se pode cumprir. Atenção, meninas: cuidado com caras que se apaixonam logo e saem fazendo planos e promessas mil: esse foguete tende a ser um teco teco disfarçado. Nossas promessas de Ano Novo costumam ter o mesmo destino. Estamos destinados ao fracasso de nossas boas intenções? Não. Claro que não.

Como podemos cumprir nossas promessas e ter uma vida mais saudável? Antes de mais nada: faça projetos viáveis. Em vez de tentar correr a São Silvestre no primeiro dia de treinos, faça algo que se possa repetir, como treinos de vinte minutos. Procure todo apoio que for possível: nem todo mundo pode pagar um Personal Trainer, então veja grupos de dietas, grupos de caminhadas, grupos de meditação, grupos. A solidão e o isolamento são doenças antigas mas que atingiram proporções pandêmicas em nosso tempo. Fazer as coisas com a motivação de não deixar na mão o seu grupo, não decepcionar sua amiga, tem muito mais chance de sucesso. Grupos de Ajuda produzem melhores resultados que promessas de Domingo, do tipo: amanhã começo a dieta.

Mude hábitos um por um. Não tente, na mesma semana, entrar para a Academia, fazer jejum intermitente e baixar um aplicativo de Musculação e outro de Meditação. O seu foguete vai cair em uma semana. Ou menos.

Hábitos se mudam um por um, não por atacado.

Temos acesso a uma quantidade infinita de informação. Tem até um nome bonito para isso, Information Overload, Sobrecarga de Informação. Nas Redes Sociais e no Youtube, a quantidade de gurus querendo mudar a nossa vida é algo próximo de um Cyberbullying: faça isso, não faca aquilo, ouça o que eu digo, não ouça ninguém, fique magro, fique forte, proteja-se que o bicho papão está por aí. Sabemos, todos, que é melhor ter uma vida saudável, é fundamental fazer exercícios e ter alguma harmonia com seu mundo interno, seja com Meditação, seja rezando o Terço, seja fazendo tricô. Mas esses hábitos devem ser trabalhados um de cada vez.

Uma semana de detox de comida que não é comida. Três horários reservados por semana para exercícios possíveis. Um ingrediente novo na dieta, como legumes e verduras. Reduzir como for possível a quantidade de pães, bolachas, açúcar e derivados do leite que deixam nosso organismo mais inflamatório. E quanto mais você fizer isso com outras pessoas, melhor. Um terapeuta, um nutricionista, seu médico, sua família, seus amigos.

Beto Guedes cantava: “A lição sabemos de cor, só nos resta aprender”. Eu diria que a lição sabemos de cor, só nos resta aprender a aprender.

(Quando terminava esse texto, vem a mensagem de um aplicativo: quando vai se permitir ser apenas você mesmo? Deletei o aplicativo)

  

Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiana e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”.


Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho

 Orientação para socorrer vítimas em acidentes de trabalho com queimadura ou lesões nas mãos 


Os primeiros socorros são fundamentais para o sucesso do tratamento. Especialistas informam como ajudar os acidentados até que a assistência médica seja providenciada

 

Nem mesmo a pandemia foi capaz de reduzir os números dos acidentes de trabalho no Brasil. Em 2021, foram comunicados 571 mil incidentes e 2.487 óbitos associados, um aumento de 30% com relação a 2020. Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho. Ainda no mesmo período, os afastamentos por lesões graves como amputações, fraturas, ferimentos, traumatismos e luxações tiveram um aumento de 234% em comparação com o ano passado.

Dentre as ocorrências mais comuns estão as queimaduras e os acidentes nas mãos dos trabalhadores. “Em ambos os casos, o cirurgião plástico é o médico especializado para atender esse paciente e tomar as providências necessárias para tratar as queimaduras e fazer cirurgias nas mãos, preservando ao máximo a capacidade funcional do paciente”, afirma Lydia Masako Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, médica cirurgião plástica e professora titular da disciplina de Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo. As primeiras providências tomadas logo após o acidente - muitas vezes ainda no ambiente de trabalho - são fundamentais para determinar o sucesso do tratamento. A seguir, conheça algumas dicas de como socorrer a vítima enquanto a assistência médica não chega.

 

O que fazer em caso de acidentes com mãos e dedos

Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica especializado em cirurgia da mão, o cirurgião Marcel de Brito Azevedo, explica o que é preciso fazer em ocorrências envolvendo as mãos

  • Limpe a lesão com água corrente abundante para retirar agente agressor, evitando futuras infecções
  • Para conter a hemorragia, seque a pele e faça um curativo compressivo com gases e atadura.
  • Quando houver dor proeminente, ofereça um analgésico, certificando-se de que a vítima não é alérgica a esse medicamento
  • Em caso de fraturas de dedos, imobilize a região com tala de alumínio
  • Se houve amputação completa de um dedo, envolva-o em gaze úmida e coloque-o em um saco plástico estanque com gelo para garantir temperatura baixa e preservar os tecidos

 

Como agir em caso de queimadura

Há muitas informações incorretas sobre como tratar a queimadura logo após o acidente. O cirurgião plástico Flavio Nadruz Novaes, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Coordenador do Capítulo de Queimaduras da SBCP, orienta sobre como agir.

  • Enxague o local com água corrente em temperatura ambiente
  • Retire anéis, pulseiras, relógios e acessórios caso a queimadura tenha sido nas mãos ou braços
  • Não passe nenhum produto sobre as queimaduras
  • Proteja a pele danificada cobrindo-a com gaze
  • Dirija-se ao hospital ou posto de saúde mais próximo da sua casa
  • Se não for possível se deslocar, acione o SAMU (192) ou o Corpo de Bombeiros (193)

Em 2022, mais de 10 mil pessoas irão desenvolver câncer de bexiga

No mês da conscientização da doença que tem globalmente cerca de 573.000


novos casos e mais de 212.000 mortes por ano é importante reconhecer seus sintomas em busca de um diagnóstico precoce

 

 Julho é o mês da Conscientização do Câncer de Bexiga, uma das doenças mais comuns no mundo que causa a morte de mais de 200 mil pessoas por ano. Por isso, conhecer sintomas do câncer de bexiga é mais que importante. Isso porque, eles são facilmente confundidos com sinais de doenças mais comuns, como a infecção urinária. A negligência dos sintomas e a consequente demora na busca por atendimento médico podem levar a diagnósticos em estágios avançados, o que prejudica o tratamento.

“Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2022, 7600 homens e 3050 mulheres irão desenvolver câncer de bexiga, é o sétimo câncer mais comum entre os homens e o 14º entre as mulheres”, diz o oncologista Diogo Rosa. 

O câncer de bexiga é caracterizado pelo desenvolvimento de células anormais no revestimento da bexiga. Existem três tipos principais de câncer de bexiga: carcinoma Urotelial, também conhecido como carcinoma de células transicionais (CCT), que se desenvolve nas células do revestimento da bexiga. Esse é, de longe, o tipo mais comum de câncer de bexiga, correspondendo a cerca de 90% de todos os casos; Carcinoma espinocelular, que se inicia nas células escamosas do revestimento da bexiga e corresponde a 4% de todos os cânceres de bexiga; e o Adenocarcinoma, que se inicia nas células glandulares no revestimento da bexiga e corresponde a 2% de todos os cânceres de bexiga. 

As opções de tratamento vão depender do grau de evolução da doença. “No Brasil, há uma evolução muito grande nas opções terapêuticas. O câncer de bexiga pode ser tratado por imunoterapia, uma opção bastante estabelecida, há ainda as terapias intravesical com BCG aplicada diretamente no órgão, e mais recentemente a terapia com anticorpo conjugado a droga (ADC), como o enfortumabe, que funciona como um ‘míssil teleguiado’, atacando preferencialmente as células cancerígenas. Essa nova classe de medicamento consegue uma eficiência maior”, explica o médico.O principal sintoma da doença é a presença de sangue na urina, um sintoma comum que pode indicar outras doenças como um cálculo renal ou um aumento da próstata no caso dos homens. “Pelo fato de a bexiga estar em contato com o meio externo através da urina, o paciente vê o sangue e costuma procurar um médico. Essa presença não é contínua, os sangramentos podem estar espaçados por uma semana em alguns casos e a frequência vai aumentando, mas é importante ao primeiro sinal a pessoa procurar um médico para um diagnóstico preciso e precoce”, conta. 

O diagnóstico do câncer de bexiga pode ser feito por exames de urina e de imagem, como tomografia computadorizada e citoscopia (investigação interna da bexiga por um instrumento dotado de câmera). Durante a citoscopia podem ser retiradas células para biópsia. Havendo um tumor, se inicia uma investigação cirúrgica.

As opções de tratamento vão depender do grau de evolução da doença. “No Brasil, há uma evolução muito grande nas opções terapêuticas. O câncer de bexiga pode ser tratado por imunoterapia, uma opção bastante estabelecida, há ainda as terapias alvo com a vacina BCG aplicada no órgão, e mais recentemente a terapia com anticorpo conjugado a droga (ADC), como o enfortumabe, que funciona como um ‘míssil teleguiado’, atacando apenas as células cancerígenas. Essa nova classe de medicamento consegue uma eficiência maior”, explica o médico. 

Em casos nos quais a intervenção cirúrgica se faz necessária, há três tipos disponíveis: ressecção transuretral (quando o médico remove o tumor por via uretral), cistetectomia parcial (retirada de uma parte da bexiga) ou cistetectomia radical (remoção completa da bexiga, com a posterior reconstrução do trato urinário). 

Uma alternativa é a radioterapia, que pode ser adotada em casos selecionados que tem contra-indicacao à retirada da bexiga. A quimioterapia também pode ser sistêmica (injetada na veia) ou intravesical (aplicada diretamente na bexiga através de um tubo introduzido pela uretra). 

A taxa de mortalidade no câncer de bexiga depende muito da agressividade de cada caso. Nos mais agressivos, quando a doença ataca a parede do órgão, pode chegar a 95%. Entretanto, nos casos com menor agressividade, a chance de cura chega a 85%. “O diagnóstico precoce é o que faz a diferença para ajudar que a doença se alastre rapidamente”, finaliza o oncologista.
 

Grupo ADIUM


Fitoterápicos não tratam a Síndrome de Cushing

Ganho de peso na região central do abdômen, tronco, pescoço e face estão entre os sintomas mais evidentes


A Síndrome de Cushing está associada ao excesso de cortisol e de corticoides no organismo que, naturalmente, produz esses hormônios através das adrenais (também conhecidas como suprarrenais) – pequenas glândulas localizadas acima dos rins. “A Síndrome de Cushing é uma doença muito séria, que requer acompanhamento de um endocrinologista e o tratamento se dá pela readequação dos níveis de cortisol por meio de medicamentos ou, no caso de um tumor nas adrenais, será necessária a cirurgia. Fica o alerta para falsas promessas que preconizam fitoterápicos como solução para esta doença”, declara a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato.

 

Em algumas situações, ocorre uma desregulação na produção hormonal devido a alterações na glândula adrenal, que pode ocasionar uma produção excessiva de cortisol, assim como a hipófise, que pode estimular a adrenal a produzir mais cortisol.

 

Neste caso, sintomas como ganho de peso, principalmente, na região central do abdômen, tronco, pescoço e face são mais evidentes. “Os pacientes tipicamente ficam com a face arredondada – chamada de face em lua cheia avermelhada- podem ter excesso de pelos, de acne, apresentar osteoporose, mínimos traumas na pele que ficam roxo, além de estrias roxas e largas no abdômen”, explica a endocrinologista.

 

O excesso de cortisol ainda pode ocasionar fraqueza muscular e até mesmo quadros depressivos. Entre as mulheres, o aumento da produção desse hormônio pode causar alterações no ciclo menstrual.

 

O uso descontrolado de corticoides entre pacientes que apresentam dores crônicas é um dos fatores que podem ocasionar a síndrome de Cushing. “Infelizmente, as pessoas conseguem comprar corticoide mesmo sem receita médica e, muitas vezes, há o abuso do uso dessas medicações”, comenta Dra. Lorena.

 

Nestes casos, a frequência desses medicamentos pode desencadear ganho de peso e alterações laboratoriais como hiperglicemia e diabetes.

 

Há também situações do pseudo Cushing, normalmente, ligado aos casos de alcoolismo crônico e excesso de peso. Além disso, a depressão e a síndrome dos ovários policísticos podem estar associadas a uma hipersecreção do nosso próprio organismo de cortisol, levando aos sintomas da doença.

 

Sintomas como ganho de peso excessivo, com característica de deposição de gordura, sobretudo, no abdômen e nas costas devem ser observados com atenção – independente do uso ou não de corticoides.



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista e doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
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Conheça as sete funções do intestino

 

“Todas as doenças começam nos intestinos”. Pode parecer exagero, mas quando conhecemos um pouco sobre este órgão vital, notamos que essa frase tem um bom fundamento.

A integridade da mucosa intestinal e o equilíbrio das bactérias que o habitam são pré-requisito para a manutenção da saúde. Os intestinos e a microbiota são responsáveis por diversas funções, como: digestão e absorção de nutrientes, neutralização e eliminação de microorganismos malígnos e toxinas, proteção do organismo, produção de hormônios, neurotransmissores e outras moléculas importantes para o equilíbrio de todo o corpo.

Quando a integridade dos intestinos é ameaçada, as consequências se ramificam para as mais variadas áreas da saúde, inclusive a emocional e cognitiva.

Dentre os inúmeros mecanismos, o fato de que os intestinos são a interface entre tudo o que ingerimos, os subprodutos da digestão, a corrente sanguínea e o restante do corpo, é o que os torna tão importantes.

Saber cuidar desse órgão, de forma que funcione regular e plenamente, é fundamental para a longevidade e uma vida tranquila. É pensando nisso que a Puravida, empresa pioneira no Brasil na área de alimentação e suplementação, apresenta sete funções do intestino. Confira abaixo. 

Absorção: nesta etapa, o intestino é responsável por absorver a água ingerida e aquela proveniente de secreções digestivas, como a saliva  que se junta ao alimento.

Detoxificação: é o processo em que o nosso organismo promove a limpeza de compostos tóxicos, tendo importante impacto para o funcionamento correto das células. A detoxificação melhora o aproveitamento de nutrientes, assim como a proteção da nossa imunidade. 

Digestória: esta pode ser definida como a principal função do intestino: digestão de alimentos e absorção de nutrientes e água, para manter o corpo nutrido, hidratado e funcionando corretamente. 

Excreção: após realizar a digestão de alimentos e absorver os nutrientes necessários, tudo o que sobra é “descartável”. E para eliminar essas sobras ineficientes para o corpo, o intestino realiza o processo de excreção. 

Produção hormonal: atualmente, o intestino é considerado um importante órgão endócrino que ajuda na produção de hormônios. 

Síntese de neurotransmissores: além da produção hormonal, também é fundamental para a produção de neurotransmissores que influenciam o funcionamento de todo o corpo, assim como na saúde mental. 

Função imune: o nosso sistema imunológico está diretamente relacionado a quantidade de bactérias benéficas presentes no intestino. Se esse número não for suficiente para manter o equilíbrio do organismo, a quantidade de bactérias maléficas irá aumentar, e a imunidade ficará suscetível à ação de agentes patogênicos. 

 

Puravida


Sentir tontura sem motivo não é normal


Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que 42% das pessoas do município de São Paulo têm ou já tiveram tontura. “Sentir tontura nunca é normal. Ou tem um motivo que pode ser facilmente explicado ou é sintoma de um problema maior. As causas precisam ser investigas por um médico especialista, que irá traçar as hipóteses até definir o diagnóstico”. A afirmação é do Dr. Márcio Salmito, otorrinolaringologista e coordenador do Núcleo de Tontura do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.  

  • Sintomas diferentes que são popularmente chamados de tontura:
  1. ilusão de que o corpo está se movendo -- também conhecido como vertigem - (sugere doenças de labirinto);
  2. sensação de desmaio iminente -- queda de pressão - (sugere doenças não labirínticas, como arritmias cardíacas e hipotensão postural) - pode ser alguma doença leve, moderada ou grave que não tem nada a ver com distúrbios no labirinto;
  3. desequilíbrio, que significa incapacidade de manter uma postura ou andar de forma apropriada (que sugere doenças neurológicas);
  • Uma vertigem súbita, pode ser um sintoma de acidente vascular cerebral (AVC) ou de algum problema neurológico;
  • Quedas de pressão arterial: sensação de moleza, fraqueza e tontura são fenômenos que geralmente não são indicativos de doenças graves, mas pode ser grave em mulheres magras, em pessoas desidratadas, em dias quentes, quando se expõe muito tempo ao sol, em pessoas que utilizam medicamentos que podem fazer a pressão cair. Eventualmente pode ser indício de problema circulatório;
  • Quando nos deitamos na cama para dormir e viramos de um lado para o outro e sentimos a cabeça rodando, isso não é normal, sugere algum problema;
  • Labirinto é o nome da parte interna do ouvido, um sistema capaz de sentir os movimentos;
  • Labirintite, inflamação do labirinto é uma doença rara. “Eu atendo todos os dias 20 pacientes com queixa de problemas labirínticos, mas a minha vida toda eu pude acompanhar pouquíssimos casos de labirintite verdadeira.” Geralmente o labirinto inflama porque a inflamação veio de outro local, por exemplo a meningite causa labirintite, uma otite pode causar labirintite;
  • Doenças que causam vertigem podem ser consequência de várias enfermidades: do labirinto, do nervo do labirinto e da parte neurológica do qual o labirinto faz parte. Cada uma das singulares doenças tem uma causa distinta, uma forma diferente de fazer o diagnóstico e um tratamento diverso.
  • É comum sentir tontura: quando tem um motivo palpável ou é provocada, como por exemplo:
  1. ao levantar-se da cama de uma vez e vem uma sensação de desmaio eminente, que pode ocorrer porque a pessoa está desidratada e é acometida por uma perda abrupta de pressão, que logo volta ao normal.
  2. quando a gente roda, roda, roda numa cadeira e para de repente, acaba tendo a sensação de que continua rodando;
  3. quando vamos a um simulador em um parque de diversão e sentimos tudo girar.

 

Dr. Márcio Salmito - Coordenador do Núcleo de Tontura do Hospital Alemão Oswaldo Cruz - Coordenador do Núcleo de Tontura do Hospital Alemão Oswaldo Cruz - Graduado em medicina pela Universidade Federal do Ceará com mestrado e doutorado em otorrinolaringologia/otoneurologia pela Universidade Federal de São Paulo. É coordenador do Núcleo de Tontura da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, colaborador da Disciplina de Otoneurologia da Universidade Federal de São Paulo, Coordenador (2018-2021) do Departamento de Otoneurologia da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, Diretor-Presidente do Instituto de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (IOCP).

  

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

www.hospitalalemao.org.br 


H.Olhos alerta sobre riscos de traumas oculares em crianças

Pais e responsáveis devem redobrar os cuidados para incidentes como perfurações provocadas por lápis e tesouras, batidas em quinas e mesas, boladas e até queimaduras, que são as principais causas de diminuição da acuidade visual e cegueira unilateral; primeiros socorros são essenciais para diminuir as complicações que podem ameaçar a visão

 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 55 milhões de acidentes oculares ocorrem no mundo a cada ano, o que significa mais de 150 mil diagnósticos por dia. Em mais de 40% deles, as vítimas são as crianças entre 2 e 6 anos. Especialistas do H.Olhos, hospital referência no tratamento de casos de alta complexidade em oftalmologia, da rede Vision One, explicam que, nesta faixa etária, os traumas oculares representam maior chance de perda da visão. O alerta é que a maior parte deles geralmente acontece no local onde supostamente deveria ser o mais seguro: dentro de casa. 

As causas, segundo Dr. Pedro Antonio Nogueira Filho, oftalmologista chefe do Pronto Socorro do H.Olhos, são muitas. Entre elas, líder no ranking dos principais acidentes em crianças são os traumas por impacto com objetos: 74% dos casos. “São perfurações provocadas por lápis e tesouras, batidas em quinas e mesas, arranhões de gatos ou cachorros, brincadeiras com estilingues, boladas e até queimaduras provocadas por panelas quentes ou contato com produtos químicos”, elenca.

 

Como agir?

Como os olhos são órgãos sensíveis, qualquer trauma deve ser tratado com muita atenção, principalmente porque até os sete anos eles ainda estão em fase de desenvolvimento da visão. O importante, segundo o especialista do H.Olhos é ficar atento aos sintomas, pois muitas vezes eles não são imediatos e procurar um oftalmologista o mais rápido possível para avaliar a gravidade do dano. Confira algumas dicas: 

● Acidente com substâncias químicas: o primeiro passo é lavar os olhos abundantemente com água fria e filtrada por, pelo menos, 15 minutos. Evite o uso de colírios e pomadas sem recomendação médica.  

● Traumas com perfuração: evite tocar, lavar e fazer quaisquer tipos de curativos possam comprimir a área lesionada, pois podem agravar o quadro. 

● Traumas sem perfuração: em caso de soco, batida ou bolada, fique atento a qualquer mudança no campo visual.  

● Corpo estranho nos olhos: se ao piscar, sentir um incômodo como se fosse areia nos olhos, evite coçar, esfregar e pressionar os olhos. O ideal é lavá-los com água fria e filtrada ou soro fisiológico estéril.

 

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