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quinta-feira, 14 de julho de 2022

Os principais desafios da logística no agronegócio

Considerado um dos principais contribuintes para o progresso do país, o agronegócio tem conquistado posição de destaque no cenário econômico brasileiro. De acordo com o Ministério da Agricultura, 30% do nosso PIB em 2021 foi composto pela soma de bens e serviços do setor. E a logística, sem dúvida, é uma peça fundamental para o bom funcionamento de toda a cadeia operacional do segmento, afinal garante que os produtos sejam corretamente entregues, uma vez que grande parte deles são perecíveis e dependem de condições específicas de transporte para chegar até o cliente final com toda a qualidade possível. 

Dentre as boas práticas capazes de viabilizar e colaborar com a eficiência logística no agronegócio, eu destaco as seguintes:

 

·         Logística de suprimentos: nesta etapa ocorre o gerenciamento dos suprimentos, onde a principal preocupação relaciona-se à redução de custos de produção e comercialização. Estudar o tipo de carga a ser transportada e o tempo em que ela permanecerá em trânsito é responsabilidade do gestor.

 

·         Logística de produção: a gestão logística também é encarregada da movimentação interna de itens do setor agropecuário. Nesta fase, o gestor preocupa-se com o manuseio, a armazenagem, a estocagem e  todo o processo de preparação para a entrega dos produtos.

 

·         Logística de distribuição: nesta etapa todo o cuidado é importante e necessário, pois a fragilidade e perecibilidade dos produtos demandam atenção especial do gestor. A temperatura e umidade do veículo de transporte devem ser controladas, a fim de garantir a qualidade dos alimentos transportados. O cumprimento de prazos das entregas encerra a etapa de distribuição e determina o sucesso de todo o processo logístico.

 

No entanto, a logística aliada ao agronegócio enfrenta diversos desafios. Os principais são: 

 

·         Infraestrutura: a falta de infraestrutura das estradas é um dos grandes problemas do setor, já que a maioria dos transportes ocorrem através do modal rodoviário, ou seja, utilizando-se das rodovias do país, que estão em péssimo estado de conservação.

 

·         Transporte de grãos e cargas: o transporte de alguns produtos enfrenta grandes dificuldades, pois as longas distâncias percorridas até o cliente final podem alterar consideravelmente a qualidade da carga e até mesmo provocar avarias e perdas, além de possíveis roubos.

 

·         Custos elevados: As rodovias em mal estado e as longas distâncias percorridas afetam os custos de produção e, consequentemente, inúmeros setores da economia brasileira.

 

O processo de distribuição e o cumprimento de prazos são imprescindíveis para mensurar a qualidade dos serviços prestados. Infelizmente, as dificuldades impostas à logística no agronegócio dependem, na maioria das vezes, de resoluções governamentais. No entanto, é possível, sim, tomar medidas independentes que garantam a máxima eficiência de todos os processos necessários para o sucesso do setor. 

Além de todos esses pontos mencionados, praticamente 100% das cargas do nosso agronegócio rodam sem qualquer monitoramento ou controle de jornada da carga. Esquecemos que essa carga que está em cima do caminhão ainda é um estoque e precisa chegar ao destino final.  Infelizmente, devido ao baixo valor agregado dos commodities, fica inviável a contratação de veículos com um monitoramento tradicional. 

Mas, hoje o mercado conta com tecnologias que oferecem soluções baratas como, por exemplo, o tracking via aplicativos (APP), que é capaz de monitorar e detalhar todo o deslocamento da carga em transporte de uma forma muito eficiente. Ele também disponibiliza atualizações e processos da viagem em tempo real, possibilitando a visualização da velocidade do veículo, colaborando com o gerenciamento de riscos e danos, bem como  possíveis atrasos e previsões para o horário e chegada da carga. Dessa forma, conseguimos elevar o nível de serviço e atender janelas como portos, filas de descarregamento em portos secos, otimização de recursos, etc. 

O agronegócio é o motor do país e não pode parar. Enquanto soluções do poder público não são efetivamente tomadas, a tecnologia é uma forte aliada, propulsora do setor, que proporciona inovação e torna eficaz os processos logísticos.

 

Denny Mews - fundador e CEO da CargOn e professor do MBA em Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), da Fetrancesc com a Católica-SC, e professor de Inovação e Tecnologia dos cursos de MBA da Católica-SC e Fundação Dom Cabral (FDC).

 

ENEL DISTRIBUIÇÃO SÃO PAULO IDENTIFICOU MAIS DE 34 MIL IRREGULARIDADES NA REDE ELÉTRICA NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2022

·        De janeiro a junho, foram realizadas cerca de 278 mil inspeções na rede elétrica dos 24 municípios atendidos pela concessionária;

            ·        Ações contribuíram para a recuperação de 66,34 GWh de energia retroativa de consumo não registrado 

 

A Enel Distribuição São Paulo, concessionária de energia elétrica que atua em 24 municípios da Grande São Paulo, realiza constantemente ações de combate às fraudes e furtos de energia em toda a área de concessão. No primeiro semestre de 2022, a distribuidora realizou aproximadamente 278 mil inspeções em sua área de concessão. 

Levantamento interno da companhia aponta que com as ações desenvolvidas foi possível identificar 34.197 irregularidades nos seis primeiros meses do ano, um aumento de 62,3% em relação às 21.061 fraudes encontradas no mesmo período de 2021. Com isso, a Enel Distribuição São Paulo conseguiu recuperar 66,34 GWh de energia, o que representa um crescimento de 25,4% frente aos 52,9 GWh de volume de energia recuperado no mesmo período do ano passado. 

O volume de energia recuperado pela distribuidora no primeiro semestre seria suficiente para abastecer cerca de 336.855 residências por um ano com consumo médio mensal de 150/kWh. Entre os principais fatores que explicam o aumento do número de fraudes identificadas estão mudanças em procedimentos operacionais internos, a ampliação das inspeções e a piora na condição socioeconômica, agravada pelos impactos negativos da pandemia de Covid19. 

Maior município da área de concessão da concessionária, São Paulo lidera o ranking de inspeções realizadas no semestre, totalizando 192.299 mil, com 26.271 mil irregularidades encontradas. A capital é seguida pelas cidades do Grande ABC, como Santo André (8.876 mil inspeções e 953 irregularidades), Mauá (6.703 mil inspeções e 877 irregularidades) e São Bernardo do Campo (13 mil inspeções e 737 irregularidades) e ocupando o quarto e quinto lugares, estão as cidades Osasco (6.572 mil inspeções e 615 irregularidades) e Embu das Artes (4 mil inspeções e 489 irregularidades), na região Metropolitana. 

“A Enel Distribuição São Paulo vem investindo em novas tecnologias para coibir fraudes e furtos. A concessionária conta com software de inteligência artificial capaz de identificar de forma preventiva possíveis manipulações na rede elétrica e nos medidores. Ao combater o furto de energia, a empresa contribui para a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos para a população”, afirma o responsável pela área de Operações Comerciais da companhia, Ricardo Martins. Além disso, a companhia investe na blindagem dos medidores para evitar alterações no funcionamento dos equipamentos. 

 

Inspeções noturnas

Com o objetivo de inspecionar instalações comerciais como bares, restaurantes e casas noturnas, em que o acesso é mais complexo durante o período comercial, a concessionária disponibilizou uma equipe dedicada para atuar exclusivamente no período noturno. Apenas nos primeiros seis meses do ano, foram realizadas cinco ações, com 438 inspeções, que resultaram na identificação de 325 irregularidades.

 

Furto de energia é crime

Outra ação da distribuidora voltada para ações de combate ao furto de energia de clientes das classes comerciais, residenciais e industriais é realizada em parceria com a Polícia Civil. No primeiro semestre de 2022, a empresa realizou 96 operações, que resultaram em 49 pessoas detidas em flagrante. 

Os dados refletem a retomada gradual das operações, bem como o número de denúncias recebidas via Polícia Civil. Das 96 operações realizadas, 73% estão relacionadas a clientes comerciais e 16% residenciais e 11% industriais. Do número total, 27% foram na regional Oeste da área de concessão da companhia, outros 27% na Leste, 23% na Norte e 23% na Sul. 

A concessionária alerta que fraudes e furtos são crimes previstos no Código Penal, e a pena pode variar de um a oito anos de detenção. Além disso, a distribuidora também cobra os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu a irregularidade, acrescida de multa, dos fraudadores. Cometem crime tanto as pessoas que executam fisicamente a fraude nas instalações quanto os titulares das contas de energia. 

Além de crime, as fraudes e furtos contribuem para tornar a conta de luz mais cara para todos os consumidores. Isso ocorre porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) reconhece nas tarifas uma parte das chamadas “perdas comerciais”, como são denominados tecnicamente os furtos e as fraudes no jargão do setor elétrico. 

Outra consequência negativa é a piora na qualidade do serviço prestado, prejudicando todos os consumidores da concessionária. As ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível às interrupções no fornecimento de energia. A regularização dos clientes traz cidadania para essa parcela da população e beneficia todos os consumidores com um serviço de melhor qualidade. 

Consumidores que adotam esta prática, popularmente conhecida como “gato”, também estão colocando em risco as suas vidas e da população. Pessoas não habilitadas que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais.

 

Combate ao furto de energia

Os consumidores podem ajudar a Enel Distribuição São Paulo no combate às fraudes e furtos pelos canais de atendimento da distribuidora. As denúncias podem ser feitas pelo site https://portalhome.eneldistribuicaosp.com.br/#/areaaberta/dinamico/denuncia-fraude; pelo aplicativo Enel SP, que pode ser baixado gratuitamente pelo iOS (https://apple.co/2VpYh8q) ou Android (http://bit.ly/2VmOsIj), ou pelo 0800 72 72 196. A denúncia pode ser anônima, sem a necessidade de identificação do consumidor.


Geração de emprego celetista cresce 52% no comércio paulista


Em maio, setor criou 15.801 vagas, ante as 10.365 registradas no mês anterior

 
O saldo do emprego no comércio paulista cresceu 52%, em maio, na comparação com abril. No quinto mês do ano, foram criadas 15.801 vagas celetistas, com participação expressiva do varejo – responsável pela geração de 10.198 postos de trabalho. Na sequência, vieram atacado, com 3.916 empregos, e comércio e reparação de veículos (1.687). Os dados são da Pesquisa do Emprego (PESP), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
Dentre os 35 segmentos que formam o comércio varejista, os setores de vestuário e acessórios e supermercados foram os que mais geraram postos de trabalho no período (1.332 e 1.427 vagas, respectivamente). Estas atividades recuperaram parte das vagas perdidas no primeiro trimestre, em razão da dispensa de funcionários contratados para as datas especiais de fim de ano. O Dia das Mães (e a queda nas temperaturas, no caso de vestuário) contribuíram para os avanços observados nos segmentos. No ano, o comércio gerou 4.645 vagas.
 


No setor de serviços, a geração de empregos também acelerou, em maio, crescendo 44,3% em relação ao mês anterior. Foram criados 40.504 postos de trabalho em todo o Estado. Todos os segmentos apresentaram saldos positivos. Os destaques ficaram por conta do setor de alojamento e alimentação (8.343 vagas), puxado pelos serviços de bares e restaurantes (6.114) e as atividades administrativas e complementares (6.032), influenciadas principalmente pelos serviços para edifícios e pelas atividades paisagísticas (2.141).
 
Além destes, os serviços de transportes armazenagem e correio (6.005), com destaque para o rodoviário de carga (4.366 vagas), também registraram geração expressiva de empregos. Em relação a maio de 2021, as vagas de trabalho no setor de serviços cresceram 18,1%. De janeiro a maio, foram 191 mil vagas celetistas criadas no Estado.
 

 
Emprego na capital paulista


Na cidade de São Paulo, o comércio gerou quase 5 mil empregos, dos quais o varejo foi responsável por 3.196 postos, puxado pelo segmento de vestuário e acessórios (447 vagas). No ano, foram 4.048 vínculos empregatícios, influenciado pelo atacado, com 4.726 empregos. Ao todo, o comércio paulistano abriu um total de quase 849 mil postos de trabalho. 
 
O setor de serviços da capital foi responsável pela geração de 15.384 vagas, no quinto mês do ano. Dentre os segmentos, o melhor resultado foi observado no grupo de alojamento e alimentação (3.836), puxado pelos restaurantes e bares (3.119). O segundo maior saldo ficou por conta do grupo de serviços profissionais, técnicos e científicos (2.905), com influência principalmente dos serviços de publicidade (1.381). No ano, foram gerados 66.731 postos de trabalho, dos quais 16.046 foram registrados na divisão educacional.


 
Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) sofreu uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.
 


FecomercioSP

As controvérsias dos prazos da inelegibilidade eleitoral


A questão sobre o prazo inelegibilidade voltou aos holofotes. Isso porque o partido Solidariedade requisitou, através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), ao Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheça aos candidatos que tiverem o prazo da inelegibilidade cumprido até a data da diplomação o direito de participar das eleições deste ano. 

No pedido, o partido requer a concessão de liminar para suspender a aplicação da Súmula 70 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que considera apenas o término do prazo de inelegibilidade antes do dia do pleito fato superveniente ao registro apto a afastar a restrição à candidatura.  

No mérito, o Solidariedade pede que o STF dê interpretação conforme a Constituição a dispositivos da Lei 9.504/1997 (Lei das Eleições) e da Lei 4.737/1965 (Código Eleitoral) para que se reconheça a data da diplomação como o termo final das alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro de candidatura que afastem a inelegibilidade. 

As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade, conforme se depreende da Lei das Eleições (Lei 9.504/1997). Segundo o Solidariedade, a lei não fixou prazo limite, deixando o termo final em aberto. 

A jurisprudência do TSE considera a data da diplomação como termo final para que fatos supervenientes sejam apreciados em juízo, mas essa interpretação não se aplica para os casos em que a inelegibilidade esgota seus efeitos após a data da eleição, mas antes da diplomação. 

Para o Solidariedade, como as eleições ocorrem sempre no primeiro domingo de outubro, o primeiro turno pode ser realizado entre os dias 1º e 7 do mês. E essa alternância de datas no calendário das eleições gera efeitos sobre o termo final do cômputo do prazo de oito anos de inelegibilidade para candidatos condenados por condutas previstas na Lei Complementar (LC) 64/1990, com alterações inseridas pela LC 135/2010 (Lei da Ficha Limpa). 

Segundo o partido, com a súmula do TSE há a possibilidade, por questão de dias, de ampliação do tempo real de inelegibilidade. Como exemplo, cita que, nas eleições deste ano (que serão realizadas em 2/10), estarão inelegíveis os condenados nas condutas descritas na Lei da Ficha Limpa no pleito de 2014 (ocorrido em 5/10), em razão de apenas três dias que faltam para o cumprimento do prazo de inelegibilidade, fazendo com que a restrição valha por quatro eleições. 

Por outro lado, se a mesma condenação foi imposta em 2016, quando a eleição ocorreu no dia 2 de outubro, e estando o pleito marcado no oitavo ano seguinte para 6/10/2024, os condenados em 2016 poderão se candidatar. Assim, terão seus registros deferidos em virtude de o impedimento ter findado três dias antes da data do pleito, com uma restrição total, na prática, de três eleições. 

Sustenta o Partido que “Ainda que exista um prazo comum de oito anos para todos os que incorram nas aludidas causas de inelegibilidade, a depender do ano em que praticada a conduta descrita, haverá uma desigual alteração do efetivo tempo de restrição ao direito fundamental de ser votado". 

Não assiste razão ao Solidariedade! Embora aparente uma contradição e até mesmo uma injustiça a questão do prazo, não se pode olvidar que se está a discutir questões de elegibilidade, portanto o prazo final deve ser, inequivocamente, a data do pleito. No momento das eleições o candidato tem que reunir as condições constitucionais e legais para ser candidato. Outra situação são as condições para o exercício do cargo eletivo, que devem estar preenchidos na data da diplomação. Vamos aguardar o que irá decidir a Suprema Corte do país.

 

 Marcelo Aith - advogado, latin legum magister (LL.M) em direito penal econômico pelo Instituto Brasileiro de Ensino e Pesquisa – IDP, especialista em Blanqueo de Capitales pela Universidade de Salamanca, professor convidado da Escola Paulista de Direito, mestrando em Direito Penal pela PUC-SP, e presidente da Comissão Estadual de Direito Penal Econômico da ABRACRIM-SP

 

ARTESP ALERTA: USO INCORRETO DO ACOSTAMENTO AUMENTA RISCO DE ACIDENTES NAS RODOVIAS

Parar nessas áreas é permitido somente em casos de emergências, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Acidentes cresceram 9% na malha concedida

 

Ao contrário do que muitos motoristas pensam, acostamento não é pista de rolamento, e sim um local específico para parar somente em casos de emergência. Desta forma, usá-lo para fazer ultrapassagens é expressamente proibido, bem como parar nesses locais para tirar fotos, descansar ou qualquer outro motivo que não seja realmente uma emergência. A má utilização dos acostamentos nas rodovias pode causar acidentes graves, alerta a ARTESP- Agência de Transportes do Estado de São Paulo.

 


Com o crescimento da extensão da malha concedida em cerca de 30% nos últimos três anos - passando de 8,3 mil km para 11,1 mil km - também aumentou o número de ocorrências nos acostamentos, mesmo que não na mesma proporção. Levantamento feito pela Agência verificou aumento de 9% nas ocorrências envolvendo pedestres e veículos nos acostamentos, entre 2019 e 2021.  

Em 2019 foram registrados 305 acidentes nos acostamentos da malha concedida do Estado, sendo 252 por choques traseiros e 46 atropelamentos de pedestres e ciclistas. Em 2020, ano atípico em função da pandemia de covid-19, foram 299 ocorrências, sendo 256 por choque entre veículos, 27 atropelamentos e 18 quedas de bicicleta. Já em 2021, foram contabilizados 332 acidentes, destes 268 foram choques entre veículos e 49 atropelamentos. 

“É importante ressaltar que o acostamento é uma área para parada de emergência e não deve jamais ser usado como faixa de rolamento, muito menos para fazer ultrapassagens. Os acidentes nestes locais ocorrem, infelizmente, pela desobediência às orientações de segurança e também por desconhecimento das leis”, alerta Walter Nyakas, diretor de Operações da ARTESP. 

Parar o veículo no acostamento, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, é permitido somente nas seguintes situações:

●      Troca de pneu: neste caso, o veículo deve estar com a luz de emergência ligada e o triângulo posicionado a cerca de 30 metros do veículo. Caso seja uma curva, o triângulo deve ser colocado antes da curva;

●      Pane seca, elétrica ou mecânica: posicionar o triângulo no local indicado e manter o pisca alerta ligado para sinalizar. A recomendação é que os ocupantes saiam do carro, se desloquem para a faixa de domínio, enquanto esperam a resolução do problema, pois uma colisão traseira pode ferir quem está dentro do veículo ou ao seu lado.

●      Embarque ou desembarque de passageiros: neste caso, a pessoa deve descer sempre pelo lado direito do veículo, mantendo distância da estrada;

●      Em caso de viagens, é possível parar rapidamente para pegar algo do porta-malas;

●      Tráfego de pedestres e ciclistas pode ser feito pelo acostamento, mas somente quando não houver uma faixa apropriada para este público, de preferência em rodovias de menor velocidade regulamentada e com baixo VDM (volume diário médio de veículos).

 

Multas

De acordo com o Art. 193, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transitar com o veículo em calçadas, passeios, acostamentos, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento é considerado infração grave, passível de multa de R$ 880,41 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) . Já ultrapassar pelo acostamento é considerado infração gravíssima, passível de multa no valor de R$ 1.467,35 e sete pontos na CNH. Já de acordo com o art. 181, do CTB, estacionar no acostamento sem motivos de força maior é uma infração leve, passível de multa de R$ 88,38 e três pontos na CNH.

 

Por pressão, ANS amplia cobertura de terapias, mas não resolve o problema do rol taxativo

Agência reguladora ampliou medida que valia desde julho a pacientes com autismo; tentativa é de aliviar o Legislativo da pressão social pelo Rol Exemplificativo 



Na última segunda-feira (11), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou o fim da limitação do número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. A medida é uma vitória parcial para consumidores, porém, não resolve o problema do rol taxativo mitigado, criado pela Segunda Seção do STJ em junho deste ano.

A agência reguladora afirma que a decisão tem como proposta promover a igualdade de direitos aos usuários da saúde suplementar e padronizar o formato dos procedimentos atualmente assegurados relativos a essas categorias profissionais.

“O que pode aparentar ser uma vitória, na realidade elucida um problema maior: a tentativa da agência reguladora de desmobilizar o movimento contrário à taxatividade do rol”, afirma Ana Carolina Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Idec.



Mobilizações a favor da ampliação da cobertura de planos de saúde


Com o julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no início de junho, favorável a coberturas restritas e taxativas, os convênios passaram a não precisar cobrir o tratamento fora da lista da ANS.

A decisão teve forte impacto para consumidores. Diversas instituições de pacientes, celebridades e familiares se mobilizaram e até mesmo se articularam com organizações em defesa de consumidores para mostrar ao Legislativo e ao Judiciário a gravidade do problema e a necessidade de uma solução urgente.

A discussão transbordou do STJ e se deslocou para a agência reguladora, para o Legislativo e para o Supremo Tribunal Federal. Em resposta, a ANS anunciou a ampliação do número de sessões para diversas terapias a pessoas com autismo e decidiu, em 11 de julho, estender também a outras condições de saúde. Um alívio para alguns, porém um perigo para a desmobilização de movimentos.

“O que gostaríamos de entender é por que a ANS não identificou a necessidade de tornar essas terapias e sessões em número ilimitado antes e só fez essas inclusões em seu rol agora. Isso diz muito sobre o o quanto a medida está voltada a evitar desgastes”, diz a coordenadora.

Navarrete completa que o importante é que essa vitória parcial na ANS não retire forças da batalha principal que é o Poder Legislativo reconhecer que as coberturas devem ser de referência mínima, pois sempre que a ciência avançar a lista ficará obsoleta.

No final de junho, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, participou de reunião com o Idec e várias organizações representativas de pacientes com câncer, transtornos do espectro autista, entre outras condições de saúde para tratar de ações assertivas que neutralizem os efeitos negativos da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela taxatividade do rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Lira se comprometeu a, caso o tema não avançasse no prazo de 10 dias - a partir da data da reunião, em 29 de junho - , pautar um dos Projetos de Decretos Legislativos que suspendem os efeitos do rol taxativo da ANS. O prazo se esgotou e nenhum projeto de lei nesse sentido foi votado.

“Estamos na última semana útil para a Câmara dar uma resposta a famílias que defendem uma das causas mais justas e legítimas: o direito à vida. Esperamos que esse esforço todo de cidadania seja reconhecido pelo Congresso”, afirma Ana Carolina.

“Caso nenhum projeto seja pautado nesse sentido, o ideal seria a Presidência da Câmara colocar em votação algum dos Projetos de Decreto Legislativo já propostos por deputados no sentido de suspender os efeitos da RN 465/21 da ANS, que trata o rol como taxativo. Essa foi a promessa feita no dia 29 de junho e precisa ser cumprida”, finaliza.


Gentileza no trabalho não é mais uma opção, entenda a importância de praticá-la

Ato cortês é um valor que impacta no clima e na produtividade organizacional

 

Mesmo sendo fundamental para aprimorar vários aspectos, a gentileza não é um assunto amplamente debatido entre a maioria dos empresários. A linguagem corporativa é expressada muito pela rigidez. A aspereza, arrogância e indelicadeza já “saíram de moda” sendo, inclusive, atualmente, interpretadas como uma fraqueza tanto profissional como empresarial.  

A gentileza no trabalho é importante para melhorar aspectos como: a cultura organizacional da empresa, o clima entre as pessoas, performance das equipes, o engajamento do colaborador, entre outros motivos que tornam o ambiente mais prazeroso para se estar e trabalhar.

A máxima “gentileza gera gentileza” é cientificamente comprovada nos estudos sobre felicidade. Ela está ligada à habilidade emocional da conexão – profissionais felizes, genuinamente conectados com seus colegas, líderes e com o propósito organizacional – também são mais confiáveis, flexíveis, inclusivos, criativos, inovadores e produtivos.

Segundo a empresária, palestrante internacional e autora do livro “Gestão com gentileza – é possível e dá lucro” (Literare Books International) Simone Salgado, com a gentileza, os temas difíceis ficam mais fáceis de serem abordados, principalmente nas empresas e que adotar uma gestão fundamentada em gentileza, garante grandes mudanças e resultados expressivos. “A cortesia nas organizações é percebida na convivência entre as pessoas, pode ser leve e agradável e gerar resultados positivos para todos, pois o modo como as pessoas se relacionam interfere diretamente no produto ou serviço prestado”, diz.

No livro, a empresária conta as experiências que viveu nos Estados Unidos como gestora, empresária, assim como auxilia a traçar um caminho para atingir metas por meio da prática da cortesia, do acolhimento e da boa educação.

Divulgação - Literare Books International

Ficha Técnica

Gestão com gentileza – é possível e dá lucro
Autora:
Simone Salgado
Editora: Literare Books International
Formato: 11 x 17 cm – 1ª edição – 72 páginas – 2022 – Preço de capa sugerido R$ 24,90
Categoria: Não ficção
ISBN do físico: 9786559223183
ISBN Digital: 9786559223190
Loja Literare Books: https://bit.ly/loja-gestao-gentileza
Amazon: https://amzn.to/3lHVO8t
E-book: https://amzn.to/3NvJunB
À venda nas principais livrarias físicas e plataformas digitais

 

SOBRE A AUTORA
Simone Salgado – Mineira da Região do Vale do Aço, Simone Salgado, CEO da S. Group Investments, deixou o Brasil há mais de 20 anos e decidiu viver nos Estados Unidos, em busca do “sonho americano”. Atualmente, está radicada na Filadélfia e administra a holding que comanda as cinco empresas do grupo. Palestrante internacional e autora dos livros “Inteligência emocional feminina” e “Gestão com gentileza – é possível e dá lucro”, pela Literare Books International.


A tecnologia a serviço do mercado pet

Não é novidade que a tecnologia já é uma grande aliada no nosso dia a dia, seja na vida pessoal ou profissional. Afinal, o que seria de nós hoje sem as facilidades proporcionadas pelas soluções tecnológicas? Conseguem lembrar da época em que tínhamos que ligar para uma companhia de táxi para pedir um carro? Ou ainda, você ainda guarda na memória a época que usávamos fichas para telefonar a partir de um orelhão? Pois é, agora os tempos são outros, ainda bem!

A cada dia que passa vemos novas tecnologias surgindo e sendo empregadas em diversos setores. Inclusive, é comum você ou algum conhecido já ter uma Alexa à disposição integrada com a iluminação ou com o sistema de som, por exemplo. É engraçado pensar que isso era considerado algo futurista há dez anos!

A tendência é que, em um futuro não muito distante, a tecnologia esteja totalmente integrada em todos os segmentos. Afinal, o emprego de ferramentas tecnológicas deixou de ser um diferencial competitivo para se tornar uma necessidade buscada pelos consumidores. E um dos setores que vem se atualizando de acordo com essa perspectiva é o mercado pet, uma vez que é um dos que mais tem lucrado e tem os clientes mais exigentes. 

Segundo o último levantamento divulgado pelo Instituto Pet Brasil, o setor de produtos, serviços e comércio de animais de estimação registrou alta de 27% no faturamento em 2021 em comparação a 2020, sendo que a venda de produtos de higiene e bem-estar animal, chamados de pet care, foram os responsáveis por 19,5% desse crescimento, abocanhando cerca de R$ 2,8 bilhões desse lucro.  

E isso se explica, principalmente, pela alta no número de tutores de animais de estimação com a pandemia. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os cães já estão presentes em 33,8 milhões de domicílios e os gatos, em 14,1 milhões, totalizando 47,9 milhões de lares, um número bastante expressivo e que mostra o tamanho desse mercado. 

A questão é que, com esse crescimento acelerado, ter a tecnologia como aliada se tornará imprescindível em breve. Hoje, já podemos contar com algumas facilidades, que vão desde banho e tosa em domicílio, entrega expressa de produtos por meio de aplicativos, e táxi dog, até creches e convênios médicos especializados. Porém, ainda há muito a ser desenvolvido e criado pensando em facilitar a vida dos donos de animais de estimação. 

Autonomia para os pais de pet é o que vai ditar o emprego da tecnologia nesse setor. Em breve, veremos a cada esquina, lojas cada vez mais tecnológicas e automatizadas, que funcionarão 24 horas por dia, possibilitando que esses consumidores possam recorrer a esses estabelecimentos sempre que precisarem. Também veremos o número de empresas e startups focadas nesse público se multiplicando cada vez mais, as possibilidades são infinitas e possíveis.

Se você, assim como eu, também é apaixonado por pets, vai ser muito beneficiado com essas novas iniciativas. Vale a pena ficar ligado nas novidades e usufruir delas sem moderação! 

 

Tom Ricetti - Sócio Fundador da ONII Soluções Autônomas, empresa parceira da Pet to Go, primeira marca de lojas autônomas de pet shop no mundo.

 

Fidelização de clientes é a chave para o sucesso de um negócio

Danilo Mendes, empresário e especialista em gestão de empresas, revela formas de fidelizar consumidores e garantir a estabilidade de um empreendimento 

 

Dar início a um empreendimento é um desafio gigantesco que, em muitos casos, consegue ser superado por aqueles que sonham em ter seu próprio negócio. Mas após essa etapa, e o projeto já consolidado, é necessário mostrar algum diferencial para conquistar, reter e fidelizar os clientes, fazendo com que eles não procurem a concorrência na primeira oportunidade.

Para Danilo Mendes, empresário e especialista em gestão de empresas, os novos hábitos da população aliados à tecnologia disponível nos dias de hoje, torna a fidelização de clientes ainda mais importante. “Atrair novos clientes é fundamental, mas, atualmente, fidelizar se torna ainda mais relevante e estratégico. Captar novos consumidores é algo caro e existe uma concorrência gigantesca em todos os lugares. Uma vez que o cliente chega ao seu estabelecimento, seu papel é encantá-lo, entregar um alto valor agregado e superar as expectativas para gerar uma fidelização. O investimento para levá-lo até ali já aconteceu, agora é hora de fazer o seu melhor para que ele fique, gaste mais e com frequência”, relata.

Muitos gestores não sabem como manter os clientes de seu negócio através de inovações na operação. Mas para Danilo, realizar o básico de forma bem feita já pode ser a razão por trás do destaque de uma empresa. “Um bom produto, marketing, posicionamento digital, divulgação física, pesquisas de satisfação e programas de fidelização são ações mínimas que todo o empreendedor deve fazer. Hoje é dia, em um mercado acirrado, tudo isso é praticamente uma obrigação para qualquer negócio. No entanto, o grande diferencial é a maneira de fazer isso. Uma apresentação criativa de um produto com uma campanha original, atendimento personalizado e humanizado, tudo isso fará a diferença para a captação e fidelização dos clientes”, pontua.

De acordo com o empreendedor, existem ferramentas que podem identificar as necessidades dos consumidores, mas é necessário ter cautela. “Desde soluções simples, como pesquisas de satisfação e questionários de identificação, até as mais complexas, como estudos de neurociência e neuromarketing que mapeiam as necessidades das pessoas e, com isso, abrem a possibilidade de promover ações e criar produtos e serviços que as atendam. No entanto, vale lembrar que se Karl Benz, antes de inventar e patentear o primeiro carro, fizesse pesquisas para identificar o que as pessoas da época precisavam, muito provavelmente ele se depararia com resultados como ‘cavalos mais rápidos’ e ‘carroças melhores’, deixando de criar uma das coisas mais inovadoras e transformadoras da humanidade, o automóvel. O ponto é: nem sempre o seu cliente sabe o que precisa e, muitas vezes, é possível ir além das necessidades que ele demonstra ter”, relata.

Para o especialista, quando um empreendimento não está trazendo o retorno esperado é importante contar com a ajuda de alguém que queira apostar nesse negócio. “Quando falamos de investimento, não significa, necessariamente, aporte financeiro. Muitas vezes o empreendedor está em busca do famoso ‘Smart Money’, que são conexões, parcerias, contatos e knowhow, que podem auxiliar e antecipar o crescimento de um negócio de uma forma estruturada. São recursos que o investidor pode usar para melhorar o cenário que o estabelecimento se encontra, mas sempre lembrando que qualquer investimento tem riscos relacionados e o sucesso nunca é garantido”, relata.

Empresários precisam estar atentos aos sinais do mercado para investir no momento certo e não desperdiçar capital em situações de desvantagem. “Por exemplo, em 2020 e 2021 estávamos com uma baixa taxa na Selic, que é a taxa de juros básica do mercado financeiro brasileiro. Com isso, muitos investidores procuraram novas possibilidades de alocação do seu dinheiro e com a grande expansão do mercado digital, principalmente por consequência da pandemia, muitas fintech e edtechs se tornaram atrativas, pois apontavam grandes potenciais de crescimento no cenário daquele momento. Agora, com o mercado mais estável e com a Selic alta, é possível conseguir bons retornos, sem precisar tomar grandes riscos, o que significa que muito dinheiro vai sair de investimentos em empresas para voltar ao mercado financeiro. Nenhum investidor de sucesso negligencia os sinais, tampouco deixa de avaliar o cenário macro para decidir onde investir. Grandes empresários possuem a capacidade de ler e interpretar indícios, aumentando suas chances de sucesso”, finaliza Mendes. 

 

Danilo Mendes  - Empreendedor, empresário e engenheiro de produção, pós-graduado especialista em administração industrial, gestão de empresas e gestão empreendedora. Com carreira na área industrial, nos campos de qualidade e produtividade, agora se dedica ao empreendedorismo, sendo apaixonado em potencializar e transformar pessoas e empresas. Participou da sexta temporada do reality de empreendedorismo Shark Tank Brasil como sócio e cofundador da Martello Educação Financeira.

@aqueledann

 


Precatórios: União poderá ter que devolver R$ 18 bi

Para advogado, "ainda que tenha havido o cancelamento pretérito, subsiste o direito do vencedor em demandas judiciais contra a União" 

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a Lei Federal nº 13.463/2017, que permitia o cancelamento de recursos destinados ao pagamento de precatórios e de Requisições de Pequeno Valor Federais (RPV), depositados há mais de dois anos e não levantados pelo credor, e a transferência, pelos bancos, para a conta do Tesouro Nacional.

A Corte declarou a inconstitucionalidade material do dispositivo por concluir que “a lei, ao deslocar a prévia ciência e o exercício do contraditório para momento posterior ao cancelamento automático, consagra procedimento que viola a Constituição”, disse em seu voto a ministra Rosa Weber, relatora, acompanhada pela maioria.

O advogado, doutorando em Direito Público e sócio do Lara Martins Advogados, Rafael Arruda, fala da importância da decisão para os credores. “Além de afastar embaraços ao recebimento de valores que lhes são devidos pela União, o credor não terá que movimentar o aparato judicial, com solicitação de nova expedição, em procedimento burocrático e tendencialmente moroso”, disse o advogado.

O advogado destaca que após decisão do STF não há prazo para retirada de precatórios e RPVs. “Agora, com a declaração de inconstitucionalidade da medida, deixa de haver prazo para tal resgate não levando eventual inércia do destinatário da verba ao cancelamento da ordem de pagamento”.

A União, que amparada pela Lei reverteu ao Tesouro valores desde 2017, poderá ter que devolver cerca de R$ 18,7 bilhões. Com isso, aventa-se a possibilidade do pedido de modulação. Arruda entende que a modulação, nessas circunstâncias, não é completamente relevante.

“Ainda que tenha havido o cancelamento pretérito de precatórios e PRVs, subsiste o direito do vencedor em demandas judiciais contra a União para obter o que lhe é devido. A coisa julgada continua a prevalecer e, claro, deve ser respeitada. Portanto, é de se esperar que o STF não calibre os efeitos da decisão para que ela só passe a valer daqui para frente, e, sim, que a nulidade da norma retroaja à edição da Lei nº 13.463/2017”, conclui o advogado.

  

Fonte: Rafael Arruda, advogado, doutorando em Direito Público pela UERJ e sócio do Lara Martins Advogados.

 

Receita Federal atualiza norma para arrolamento de bens

Para especialista, limite para pessoa jurídica deveria ser maior. "Empresas que sofrem arrolamento de bens e direitos, a depender do faturamento, vão falir ou encerrar irregularmente" 

 

A Receita Federal do Brasil (RFB) atualizou os procedimentos para o arrolamento de bens e direitos e definiu procedimentos para a formalização de medida cautelar fiscal. A Instrução Normativa (IN) nº 2.091/2022 publicada pelo órgão, revogou a IN 1565/2015.

Segundo a Receita, a atualização foi necessária para adequar as regras à atual estrutura regimental da Receita, passando a competência do arrolamento às equipes regionais de gestão do crédito tributário e direito creditório.

O especialista em Direito Empresarial, Fernando Brandariz, explica que os requisitos para a cautelar fiscal continuam sendo os mesmos. “Os débitos devem ser dos tributos administrados pela Receita Federal e a soma deles deve ser superior a 30% do patrimônio conhecido e a R$ 2 milhões, simultaneamente.

Pela nova norma, o patrimônio conhecido da pessoa física é o declarado na DIRPF, sem a dedução de dívidas e ônus reais, excluídos os bens e direitos em nome de dependentes e incluídos aqueles em nome do cônjuge ou companheiro em união estável, aplicando o contrato formalizado entre os companheiros mediante escritura pública.

Já para a pessoa jurídica, a norma atualizada considera o total do ativo informado no último balanço patrimonial, registrado na contabilidade, constante da Escrituração Contábil Fiscal ou da Escrituração Contábil Digital.

O advogado lembra que, tanto na instrução revogada quanto na atual, existe a previsão para substituir o bem ou direito arrolado.

“A grande dificuldade que existia e continua a existir refere-se aos bloqueios online de conta corrente do sujeito passivo, quando a atividade dele é de intermediação como bancos e administradora de bens. O valor que está em conta não é 100% dele e o sistema de bloqueio de valores não consegue identificar o valor corresponde a esse sujeito”, diz o advogado

Brandariz entende que os requisitos deveriam ser diferentes para pessoa jurídica. Para ele, aumentar o valor do débito ajudaria os empresários a ter um fôlego a mais e não uma preocupação em não atingir os limites de débitos e sofrer o arrolamento de bens e direitos.

“Muitas empresas têm esse valor de passivo e sofrendo arrolamento de bens e direitos, a depender do faturamento, não terá outra consequência a não ser a falência ou o encerramento irregular”, concluiu o especialista. 

 

Fonte: Fernando Brandariz - mestrando pela Escola Paulista de Direito (EPD), especialista em Direito Processual Civil pela Faculdade Metropolitanas Unidas (UNIFMU), Direito Empresarial, Direito Internacional e Law of Masters (LLM) pela Escola Paulista de Direito (EPD), presidente da Comissão de Direito Empresarial da subseção Pinheiros OAB/SP e membro da comissão de juristas do Senado Federal para estudos sobre a reforma do Código Comercial.

 

O que o telescópio Espacial James Webb tem em comum com o radiotelescópio brasileiro BINGO?

A Astronomia vem de tempos imemoriais. O Ser Humano olhou os céus, maravilhou-se e iniciou sua jornada rumo à compreensão. Já havia um grande interesse prático no estudo dos céus. Na verdade, razões referentes à vida e à riqueza e ao desenvolvimento social.

O James Webb vai nesta direção com a mais profunda técnica moderna. O Telescópio está observando os mais longínquos recônditos locais do Universo, as distâncias mais longínquas, em que observamos um passado tão remoto que as primeiras estruturas estavam se formando. Naquela época, as primeiras luzes com formas definidas começavam a se formar. 

Com isso, não apenas as imagens são novas e interessantes, mas também permitem aquilatar a evolução do Universo, a forma de sua expansão que na época dependia muito pouco da Energia Escura, podendo haver uma comparação bastante importante do ponto de vista científico com as observações do radiotelescópio brasileiro BINGO, que por outro lado se referem a uma época em que a Energia Escura passava a ser a componente dominante do Universo. Assim, a ciência será feita de modo efetivo e importante, com informações de lado a lado. Poderemos incorporar as informações do James Webb com as informações a serem obtidas no âmbito do Telescópio BINGO.

As informações sobre a formação das primeiras estruturas, da formação de galáxias e de estruturas ainda maiores, como as que serão importantes no caso do projeto BINGO certamente serão essenciais como informações cruzadas. Aqui estamos mencionando as maiores estruturas do Universo a serem observadas pelo BINGO, as chamadas Oscilações Acústicas de Bárions, estruturas estas que se estendem por cerca de meio bilhão de anos luz no espaço.

No caso do James Webb, serão vistos protoplanetas e sistemas planetários, que nos enviam informações sobre a origem da vida e sobre a possibilidade de vida fora do nosso planeta. Algumas destas questões poderão ser tratadas na extensão do BINGO de alta resolução, projeto a ser tratado na segunda fase do projeto BINGO.

Estas questões podem inclusive servir de pano de fundo a desenvolvimentos mais ligados a nossos problemas, pois as técnicas usadas serão de grande utilidade além dos próprios (e úteis) desenvolvimentos científicos propriamente ditos. Menciono aqui, no caso da segunda fase do BINGO, a possibilidade de se observarem objetos com muito mais precisão, e se efetuar um escaneamento detalhado do céu mais próximo.

Hoje, a observação dos céus nos permitiram, entre outros, e apenas para dar um exemplo, o utilíssimo GPS. A observação dos céus são elementos essenciais do conhecimento físico, e com a melhoria das teorias físicas, temos consequências maiúsculas no desenvolvimento humano, dos pontos de vista científico, tecnológico e social. Temos como exemplo de cada um, o conhecimento do Setor Escuro do Universo (95% do Cosmos), a invenção da internet, os sistemas de vigilância e sensoriamento remotos, tão importantes na preservação de florestas e reservas naturais.

No futuro, além de uma compreensão sofisticada do Universo, teremos eventualmente fontes mais complexas de energia limpa, viagens para fora da Terra, hoje já realidade, prevenção de quedas de asteroides, também hoje quase uma realidade (lembremo-nos que os asteróides caídos na Terra foram responsáveis por grandes extinções), eventual busca de vida fora do planeta Terra.

Estas são algumas das razões pelas quais o estudo da Astronomia e da Cosmologia não é apenas um diletantismo, mas algo útil e economicamente viável, nem um instrumento de um sincretismo falso, como astrologia, mas serve até mesmo para que se coloque um limite na obscuridade e se coloque a Ciência em um patamar merecido dentro da cultura e do conhecimento humanos. 

 

Elcio Abdalla - físico teórico brasileiro com reconhecimento internacional e importante liderança na pesquisa de física teórica no Brasil. Com doutorado e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo,  é atualmente professor titular do Instituto de Física dessa universidade, além de coordenador do Projeto Bingo, radiotelescópio brasileiro que está sendo construído no interior da Paraíba que fará o mapeamento na parte escura do universo.

 

Pesquisa alerta: Falta de sono afeta a libido de homens e mulheres

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Um sono ruim afeta várias atividades do dia a dia e, de acordo com uma pesquisa norte-americana, o desejo sexual também 


Segundo um estudo da Universidade de Chicago, existe forte ligação entre atividade sexual e sono. Depois de uma noite mal dormida a medição de testosterona nos homens foi menor que após uma noite bem dormida. Segundo o especialista em sono, Josué Alencar, idealizador e Diretor do Persono, unidade de negócios do grupo Coteminas, o que ocorre é que a produção da testosterona, hormônio que desperta o desejo sexual costuma aumentar no início do adormecimento e vai aumentando com o passar das horas, com seu pico no começo da manhã. “Os indivíduos que dormem pouco ou sofrem de distúrbios do sono, como apneia e insônia, têm uma queda na liberação da testosterona e do estrógeno, principalmente se a dificuldade para dormir for na segunda metade da noite”, acrescenta. 

É importante lembrar que, apesar de em menor quantidade em relação aos homens, a testosterona é um hormônio importante no organismo das mulheres. Nos homens também está relacionada com o desenvolvimento de tecidos reprodutivos e na produção de espermatozoides, como também com o aumento de massa muscular, crescimento de pelos e bem-estar. Produzir menos testosterona do que o necessário pode afetar a saúde em geral, não apenas a sexual, e para checar se os níveis estão dentro do esperado consulte um médico. 

Nas mulheres, especificamente, a falta de libido é um problema comum, com flutuações, que podem ser causadas por qualquer coisa, desde estresse até mudanças hormonais. Estima-se que quase 1/3 das mulheres entre 18 e 59 anos sofrem de baixo desejo sexual, mas, de acordo com um novo estudo, uma das soluções pode ser dormir mais e melhor. No experimento, realizado com 171 mulheres que não tomavam antidepressivos, houve um aumento de 14% na excitação sexual a cada hora adicional de sono. 

Nelas, o declínio da produção de estrogênio, crucial para o desenvolvimento e a liberação de um óvulo mensalmente, influencia também no metabolismo de diferentes neurotransmissores que afetam o ciclo do sono, entre eles a serotonina, conhecida como hormônio da felicidade ou hormônio do prazer. Por isso, existe uma queda da libido e maior alteração de humor quando uma mulher começa a se aproximar da menopausa. 

Há ainda uma conexão comprovada com disfunção erétil em homens, mas casais em que um ou ambos os parceiros são privados de sono podem ter problemas de fertilidade também.
 

Persono


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