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quarta-feira, 8 de junho de 2022

Entenda a diferença entre Desconto e Cashback

Veja a diferença entre os dois e o que eles podem trazer de benefícios na hora da compra 

 

A busca pelo termo cashback aumentou no Brasil, entretanto, muitas pessoas ainda confundem o benefício com descontos. Dados da equipe Insights, do Google, mostram que as buscas pela palavra ‘cashback’ aumentaram em 38% durante a Black Friday 2021 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já segundo a pesquisa levantada pela CRM&Bônus, startup líder mundial em desenvolvimento de programas de fidelidade e giftback, o consumidor pode gastar até cinco vezes mais caso receba a vantagem. 

“O brasileiro sempre busca pelas melhores soluções financeiras na hora de comprar um produto ou serviço, mas as opções ainda geram dúvidas e até confundem o consumidor”, conta Sandra Campos, CEO da Beblue, fintech pioneira em cashback no Brasil. Pensando nestas opções, confira as diferenças entre cada uma delas e entenda quais podem oferecer mais vantagens nas suas compras. 


Desconto

Sandra explica que o desconto é “uma forma que as empresas encontram de aumentar o número de vendas de um determinado produto ou serviço por meio de incentivo à compra, como por exemplo uma redução financeira”. Pode ser aplicado de diversas maneiras, como a compra de um segundo ou mais itens com valor reduzido; ou a fidelização, que ocorre quando o consumidor é estimulado a adquirir outras vezes no mesmo lugar em troca de benefícios. “Apesar de ser uma prática comum do mercado e muitas vezes vantajosa, ele não consegue entregar liberdade de escolha para o consumidor, que fica preso a compra casada daquele item”, conta a executiva. 


Cashback

Por sua vez, cashback, que em tradução literal significa dinheiro de volta, possibilita ao consumidor adquirir algum produto ou pagar por algum serviço, como alimentos, transporte ou abastecimento do carro, e ter uma porcentagem do valor pago de volta. A CEO da Beblue explica que uma das principais vantagens desse modelo é “a oportunidade de acumular a quantia que retorna e escolher como quiser utilizar esse benefício, seja para adquirir algo semelhante ou comprar um item totalmente novo”. 

O cashback também pode ser visto como uma forma de poupar, já que o recurso pode ser acumulado em carteiras digitais sem precisar estar atrelado a lojas do varejo. “Esse comportamento do consumidor é um reflexo também do momento atual da economia brasileira: com altos índices da inflação, a população passou a escolher opções que sejam mais rentáveis para o próprio bolso”, pontua. 

Com um foco nas cidades interioranas brasileiras, o Beblue oferece a oportunidade dos consumidores de acumularem cashback a partir das suas compras básicas, sejam elas na mercearia, no mercado ou até mesmo na hora de abastecer o seu veículo. “O sistema de recompensas pode fomentar um ecossistema financeiro abrangente dentro das pequenas e médias cidades, levando o consumidor a comprar mais na sua localidade sem se deslocar para os grandes centros varejistas”, comenta Sandra. Ou seja, o cashback traz vantagens tanto para quem incentiva a sua utilização quanto para quem recebe o benefício. 

 

 Beblue - fintech

https://www.beblue.com.br/ 


Último dia de inscrição para curso online gratuito de Dynamics 365 da Microsoft

Pixabay
 Por meio do Minha Chance, são oferecidas 200 vagas para capacitação sobre a plataforma de aplicativos de negócios inteligentes da Microsoft 

Interessados em participar do teste de seleção para ingressar no curso devem fazer a inscrição pela internet


Termina nesta quarta-feira (8) o prazo de inscrição para o curso online gratuito de qualificação profissional Dynamics 365, plataforma de aplicativos de negócios inteligentes da Microsoft. A capacitação faz parte do programa Minha Chance, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE). Os interessados em participar da seleção online devem fazer a inscrição até as 15 horas pela internet. 

Ao todo, estão disponíveis 200 vagas para estudantes de Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais, bem como pessoas da comunidade em geral, maiores de 18 anos, com conhecimentos em informática e gestão empresarial. A seleção ocorrerá por meio de um teste online, com questões relacionadas a lógica e conceitos de computação. Ao término das capacitações, os melhores participantes receberão, gratuitamente, vouchers para exames de certificação com reconhecimento internacional. 

As aulas serão ministradas ao vivo em plataforma virtual por professores do CPS e especialistas de mercado. Além do conteúdo técnico, os participantes terão a oportunidade de assistir aulas de inglês instrumental e desenvolver habilidades socioemocionais e comportamentais, como liderança, comunicação, resolução de conflitos, empreendedorismo, entre outras. As atividades estão programadas para os meses de junho e julho.

 

Minha Chance

O programa Minha Chance é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da SDE e do CPS, que visa capacitar estudantes de Etecs e Fatecs, além da comunidade em geral, em colaboração com a iniciativa privada. O objetivo é estimular a geração de emprego e renda. Os cursos são elaborados em parceria com empresas que têm a vantagem de direcionar as vagas a profissionais com boa formação.


Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza (CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos, sob a supervisão de uma Etec –, em cerca de 360 municípios paulistas. As Etecs atendem mais de 226 mil estudantes nos Ensinos Técnico, Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 96 mil alunos.


Imagem meramente ilustrativa
A Samsung separou dicas para uma relação mais consciente e responsável com a tecnologia

 

Empresas e consumidores têm papeis fundamentais no cuidado com o nosso planeta. Como líder em inovação de tecnologias móveis e com o objetivo de chamar a atenção para o tema, a Samsung criou a iniciativa Galaxy For The Planet, um conjunto de metas para reduzir a pegada ambiental até 2025. Além disso, a empresa usa componentes reciclados no desenvolvimento de produtos da linha Galaxy, como o Galaxy Tab S8 5G* e o Galaxy S22 5G*. Esses são alguns exemplos de iniciativas e ações com as quais a Samsung busca contribuir para a preservação ambiental. Em paralelo a isso, a empresa trabalha para que o consumidor final também adote um consumo consciente. Veja abaixo sete dicas da companhia para usar seus eletrônicos de um jeito mais responsável. Confira!


 

1.    Conheça o produto que está comprando

 

Se está precisando de um dispositivo novo, entenda primeiro quais são suas necessidades (alta performance, telas de última geração, mobilidade) e pesquise os melhores produtos para essa finalidade. Essa é a melhor forma de garantir uma compra mais assertiva e que realmente irá atender às suas necessidades e ao seu perfil.

 

Outra dica importante é prestar atenção ao nível de eficiência energética dos aparelhos, principalmente dos eletrodomésticos. A Samsung, por exemplo, é a única fabricante no país com vários modelos de refrigeradores que correspondem à mais alta classificação de eficiência energética do Inmetro, A+++, além de máquinas Lava e Seca que são nº 1 em economia de água¹, e modelos de ar-condicionado que geram economia de até 77%² em comparação com equipamentos convencionais.


 

2.    Reutilize as embalagens do seu novo produto

 

Lembre-se que o material de embalagem do seu dispositivo pode contribuir para um uso mais sustentável. Reutilizar é um bom jeito de evitar a geração de lixo, então você pode embalar objetos frágeis aproveitando o plástico bolha e usar o papelão para montar uma casinha para o seu pet, como é o caso da Samsung Eco-Package, a embalagem da TV The Sero. Em vez de simplesmente descartar a caixa após abrir o produto, é possível acessar o site especial criado pela Samsung e descobrir todas as maneiras criativas de reaproveitamento. Caso não encontre nenhuma utilidade para esses materiais, você pode separá-los e descartar adequadamente.


 

3.    Evite o desperdício de energia

 

O consumidor atual tem estado cada vez mais conectado, seja em casa, na sala de aula ou no escritório. Independentemente de onde você esteja, tenha o cuidado de evitar o desperdício de energia enquanto usa o seu dispositivo eletrônico3. Além de apagar a maior quantidade possível de luzes durante o dia, você também pode se policiar para remover da tomada os carregadores que não estão sendo utilizados. Atente-se também à porcentagem de bateria dos seus produtos; eles não precisam continuar ligados na tomada depois de alcançar os 100%.


 

4.    Descarte seu lixo eletrônico de forma adequada

 

Fone de ouvido que só funciona de um lado, cabo USB-C que não carrega mais ou um dispositivo que nem liga? Lembre-se que, ao descartar esses materiais, eles se enquadram na categoria de lixo eletrônico. Isso significa que eles devem ter um descarte diferenciado para evitar um impacto negativo no meio ambiente. O novo controle remoto SolarCell dos televisores Samsung, por exemplo, é recarregado por energia solar, luz ambiente e até por radiofrequência sobressalente de roteadores Wi-Fi, ou seja, dispensa o uso de pilhas e evita o descarte de dezenas de milhares delas ano a ano em todo o mundo.

 

Ainda nesse sentido, a Samsung desenvolveu um programa de logística reversa, no qual você pode descartar produtos de pequeno, médio ou grande porte de forma adequada. Para isso, existem pontos de coleta disponibilizados pela Samsung em suas lojas e também em parceria com demais fabricantes de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, operados pela Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE) e pela Gestora para Logística Reversa de Equipamentos Eletroeletrônicos Green Eletron. Para obter a localização dos pontos de coleta acesse os sites: https://abree.org.br/ e https://www.greeneletron.org.br/ ou clique aqui para saber detalhes sobre o Re+.


 

5.    Invista em equipamentos produzidos com materiais reciclados

 

Existem muitos caminhos para reduzir a geração de lixo eletrônico no mundo. No caso de equipamentos eletrônicos, a Samsung já desenvolve alguns de seus modelos com componentes reciclados. Esse é o caso do tablet Galaxy Tab S8 5G, dos notebooks da série Galaxy Book2 Pro4 e dos novos modelos de smartphone da linha Galaxy S22 5G5, que possuem componentes feitos a partir de redes de pesca que seriam descartadas no oceano e gerariam grandes ameaças à vida marinha. Clique aqui para saber mais sobre essas novidades.


 

6.    Entenda o que sua marca favorita está fazendo pelo planeta

 

Dê preferência às empresas que já adotaram esse tipo de prática. É importante que marcas do mundo todo adotem iniciativas benéficas para o meio ambiente e para a sociedade como um todo. A Samsung está trabalhando com diversas iniciativas nesse sentido e você pode conhece-las clicando aqui.

 


Samsung Electronics Co. Ltd.

https://news.samsung.com/br

 

* Habilitado para tecnologia 5G. A velocidade real pode variar, dependendo do país, da operadora e do ambiente do usuário. Verifique com sua operadora a disponibilidade para mais detalhes

¹ Nº 1 em economia de água: comparado ao consumo de água por ciclo (l/ciclo) entre modelos de lava e seca de capacidade a partir de 8kg, de acordo com a tabela do Inmetro, disponível em https://www.gov.br/inmetro/pt-br/assuntos/avaliacao-da-conformidade/programa-brasileiro-de-etiquetagem/tabelas-de-eficiencia-energetica/lavadoras-de-roupa/lavadoras-de-roupa-e-secadora-automaticas-com-abertura-frontal-lava-e-seca (tabela de 23/12/2021 – edição 2020).

² Testado no modelo AR09TXCAAWKNEU em comparação com o modelo convencional Samsung AQ09TSLXEA.

3 Via aplicativo SmartThings, disponível em dispositivos Android e iOS. Uma conexão Wi-Fi e conta Samsung são necessárias.

4 Sem data de lançamento prevista no Brasil.

5 Conectada às questões de inovação tecnológica e consumo sustentável, a Samsung não fornece mais o carregador de tomada na caixa do produto (apenas o caso USB-C), porém, na compra dos aparelhos elegíveis, o consumidor tem direito a resgatar gratuitamente um carregador de tomada. O resgate poderá ser solicitado em até 30 dias a partir da emissão da Nota Fiscal. A entrega será feita no endereço do consumidor. Consulte o regulamento completo em www.samsungparavoce.com.br/.


A importância do E-commerce e do Marketing de Performance nas empresas

49% dos entrevistados afirmou que rapidez é o item mais importante na entrega dos pedidos

 

A Box Ideias é focada em entregar performance em todas as frentes em que atua: sites, e-commerces, gestão de campanhas de anúncios, entre outras. (Imagem: Unsplash 

 

As empresas se adequam às tendências da tecnologia e das necessidades do cliente. Atualmente não basta ter uma loja física, mas inclui-la no mundo online, onde é possível realizar compra e venda de produtos através das transações digitais. O e-commerce entra como uma forte tendência no mercado, destacando cada vez a importância das estratégias do Marketing. 

O público está cada vez mais exigente com a jornada de compra e espera ter um serviço de qualidade contando com a rapidez nos processos desde o interesse até a entrega de um produto, por exemplo. Com o e-commerce cada vez mais em alta na vida dos consumidores, ter uma entrega mais rápida de um produto tornou-se algo primordial. De acordo com uma pesquisa da Capterra (consultoria que ajuda empresas a encontrarem softwares B2B mais adequados), feita com 1.060 pessoas, apontou que quase metade dos entrevistados (49%) afirmou que rapidez é o item mais importante na entrega dos pedidos. Em sequência, aparece o preço, com 33% e embalagem 7%. 

Para ter um resultado mais eficiente, entre capturas de leads e transmissão de campanha, as empresas estão contando com o auxílio do Marketing, mas de uma forma mais específica, com o Marketing de Performance, que se destaca totalmente pela conversão. Nesta estratégia, as ações são pagas com base no desempenho de uma campanha ou anúncio. A conversão pode ser uma venda, geração de um lead ou o engajamento do público-alvo. 

Prender a atenção de uma pessoa durante um anúncio ou propaganda vai muito mais além que publicar um novo produto nas redes sociais, mas entender antes o que espera o seu negócio prentende atingir com a mensagem proposta. “Há um bom tempo, as empresas colocavam seus anúncios nas próprias redes, sem realizar um brainstorming. Com o Marketing de Performance, as empresas podem divulgar campanhas em plataformas específicas, com foco exato no público-alvo e ter um retorno melhor do investimento”, explica Raphael Oliveira, Diretor da Box ideias. 

Muitas empresas reconhecem a relevância de investirem em Marketing de Performance a fim de expandirem os seus negócios. O termo “Marketing de Performance” apresentou um crescimento de 31% no mês de abril de 2022 em comparação ao mesmo período de 2021. É importante ressaltar que o Marketing de Performance vai mais afundo, pois não somente divulga uma campanha, mas identifica se os investimentos realizados na plataforma de anúncio estão dando um retorno positivo, através do relatório de desempenho. 

E é a partir de uma campanha bem estruturada através do Marketing de Performance que as vendas no e-commerce acontecem de forma eficiente, levando mais clientes ao consumo do produto e/ou serviço de uma empresa. Ainda segundo a pesquisa da Capterra, 66% do público declarou que compra mais em lojas online hoje do que antes da pandemia. Uma pesquisa do Future of Retail (estudo do Futuro do Varejo), feita pela Euromonitor International e o Google, apontou que a projeção de crescimento no setor de e-commerce é de 42%, de 2021 a 2025. 

Com base nesse crescimento, o funil de vendas da empresa tende a se fortalecer ainda mais, levando o visitante até a fidelização da marca, tornando- o cliente. 

Unsplash



Com o Marketing de Performance, as informações captadas e analisadas pelas ferramentas garantem as melhores tomadas de decisão e insights para aperfeiçoamento no funil de vendas. 

Quer ter um funil de vendas eficiente na sua empresa e contar com o serviço de Marketing de Performance dentro do seu negócio?! A Box Ideias oferece os melhores planos para que a sua marca seja vista nas redes sociais com mais atratividade pelo público. Saiba mais, aqui! 

 

Box Ideias - Agência de Marketing e Tecnologia

 https://boxideias.com.br/


Temperatura do Atlântico Norte ajuda a prever evento climático extremo no Nordeste até três meses antes

Conclusão é de estudo publicado por cientistas de Brasil, China, Austrália e Alemanha na revista Geophysical Research Letters. Grupo aplicou nova abordagem metodológica, com foco em redução de chuvas e secas intensas (Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, com nível extremamente seco em dezembro de 2015; foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

 

A temperatura das águas do oceano Atlântico Norte pode ser usada como um indicador climático para prever com antecedência de até três meses períodos de eventos extremos ligados à redução de chuvas e secas intensas na região Nordeste do Brasil. Essa é uma das principais conclusões de um estudo publicado na revista científica Geophysical Research Letters, que envolveu pesquisadores do Brasil, China, Austrália e Alemanha.

O grupo aplicou uma nova abordagem metodológica, com foco no déficit de precipitação, e mostrou que, nos últimos anos, a influência do Atlântico Norte se tornou mais persistente do que a atuação do Pacífico tropical, até então apontada como um dos fatores de impacto na intensidade das secas no Nordeste. Ao mesmo tempo, a conexão entre Pacífico e Atlântico Norte ficou mais frequente, sugerindo que essas interações entre as bacias oceânicas tropicais reforçaram as estiagens na região nas últimas décadas.

“O trabalho foi motivado pela grande seca registrada entre 2012 e 2015. Esse longo período nos fez refletir, do ponto de vista meteorológico, como as temperaturas dos oceanos tropicais influenciam essas condições climáticas. O diferencial agora é a metodologia inovadora, que explora a questão das diferentes áreas do Pacífico e do Atlântico e o padrão de seca no Nordeste. Esses resultados servem como ferramenta de gestão para que centros meteorológicos façam a previsão com antecedência de eventos com esse potencial”, diz à Agência FAPESP Lincoln Muniz Alves, cientista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e um dos autores do artigo.

O estudo teve o apoio da FAPESP por meio de um Projeto Temático, ligado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC) e cujo pesquisador responsável é o professor Elbert Einstein Nehrer Macau, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A seca que atingiu o semiárido do Nordeste entre 2012 e 2015 teve intensidade e impacto recordes, destruindo áreas agrícolas, levando à falta de água e afetando cidades e pequenas localidades. Outros trabalhos já apontaram como causas dessa situação as alterações na circulação atmosférica, sugerindo um papel ativo das águas superficiais mais quentes do que o normal no oceano Atlântico. O El Niño, fenômeno climático que envolve um aquecimento incomum do Pacífico, também contribuiu com o agravamento do quadro.

À época, o El Niño foi considerado um dos que tiveram maior impacto (depois dos registrados em 1982-1983 e 1997-1998), provocando perdas em diferentes regiões do mundo. No Brasil, houve seca intensa no Nordeste e na Amazônia, estiagem prolongada no Norte, no centro-norte de Minas, de Goiás e no Distrito Federal, além de inundações no Sul.

“Esse tipo de El Niño, chamado ‘canônico’, ou seja, com o padrão de aquecimento na mesma região do oceano Pacífico, tem mudado tanto de posicionamento como de intensidade. Paralelamente a isso, temos visto nas últimas décadas um aquecimento anômalo no Atlântico tropical. A partir do mix de análises feitas, o artigo dá subsídio para que quem trabalha com previsão possa olhar, meses antes, os sinais vindos do Atlântico tropical. O Pacífico influencia, mas o Atlântico tem peso maior”, completa Alves.

Novos parâmetros

A proposta do estudo consiste em usar métodos não lineares de coerência de fase e análise generalizada de sincronização de eventos para entender os mecanismos de causa e efeito. Para isso, os cientistas interpretaram as relações entre a variabilidade da temperatura da superfície do mar (TSM) e o índice de precipitação-padrão como interações diretas, enquanto as relações entre oceanos foram avaliadas como efeitos indiretos sobre chuvas.

Os pesquisadores usaram dados de precipitação do Climate Prediction Center, agência federal dos Estados Unidos integrante do serviço nacional de meteorologia da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês). Foram selecionadas quatro regiões: o Nordeste brasileiro, que tem sido o centro da seca nas últimas décadas; a área chamada Niño 3, onde houve intensa atividade do fenômeno ENSO (El Niño - Oscilação Sul); o Atlântico Norte e o Atlântico Sul, ambas áreas semelhantes utilizadas em trabalhos anteriores.

Para verificar a consistência, os resultados foram comparados com a chamada região Niño 4, que inclui o Pacífico Central e o Atlântico Sul estendido. Para cada domínio, foram calculadas a média espacial da variável de interesse e as anomalias diárias relativas a uma base do período de 1981-2010, sendo as estações chuvosas definidas de janeiro a abril, e as secas, de maio a agosto.

Os resultados revelaram um papel dominante do Atlântico Norte para o déficit de precipitação e secas, particularmente nas últimas décadas. Além disso, as frequências de precipitação e de temperatura da superfície do mar mudaram após eventos de El Niño e La Niña muito fortes, resultando em uma maior probabilidade de coerência de fase.

“Não existe mais um padrão normal ou de linearidade, como se observava havia três décadas. Vários outros trabalhos têm corroborado com o resultado que obtivemos. Essa metodologia revela que não existe um padrão linear para montar as previsões. A pesquisa mostra que é preciso sair do convencional e destaca a importância de olhar para outras áreas dos oceanos, não focando somente no Pacífico”, afirma Alves.

Entre as conclusões do artigo, o grupo aponta ainda que outros fatores, como mudanças no uso da terra, podem levar a alterações no ciclo hidrológico, como já demonstrado em estudos de modelagem, particularmente sobre a bacia amazônica. Por isso, os cientistas sugerem que novos trabalhos com a metodologia desenvolvida podem focar em como essas mudanças no uso da terra alteram as características e interações climáticas.

“Quando discutimos variações climáticas estamos falando também em impactos socioeconômicos e na biodiversidade. Por isso, centros meteorológicos podem usar o modelo para trabalhar em prevenção, focando em políticas públicas ou na tomada de decisão sobre ações de mitigação de eventos extremos”, completa Alves.

O artigo Phase Coherence Between Surrounding Oceans Enhances Precipitation Shortages in Northeast Brazil pode ser lido em: https://agupubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1029/2021GL097647.

 

  

Luciana Constantino

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/temperatura-do-atlantico-norte-ajuda-a-prever-evento-climatico-extremo-no-nordeste-ate-tres-meses-antes/38816/


Afif: A palavra de ordem é a recuperação do emprego

Com conquistas para as MPEs na pandemia enquanto esteve no Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos agora elabora o plano de governo de Tarcísio de Freitas para o governo de São Paulo, que terá como um dos focos a qualificação para o trabalho

 

IMAGEM: Charles Damasceno

Pronampe, Relp, Simples que não é renúncia... As micro e pequenas empresas e MEIs tiveram algumas conquistas importantes enquanto Guilherme Afif Domingos, 78, eterno 'garoto-propaganda' do empreendedorismo e dos pequenos negócios, foi assessor especial do Ministério da Economia.

Exonerado do cargo a pedido no último dia 17 de maio, o empresário, que é um dos arquitetos do regime do Simples Nacional e criador da figura jurídica do MEI, saiu para assumir o desafio de coordenar o plano de governo do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) ao governo do estado de SP.

Nesse novo desafio, Afif configura um plano para atrair investimentos no sentido de recuperar emprego e renda no Estado, baseado na qualificação para a economia digital. 

Também deve direcionar esforços para impulsionar o Jovem Aprendiz em São Paulo, programa que, no plano de governo, está previsto para ser implementado na micro e pequena empresa - inclusive no MEI, afirma.

"Com esse preparo e com essa munição, vamos enfrentar o desafio do emprego e da renda, e o investimento em educação para o trabalho será uma das grandes prioridades para mudar esse quadro agora." 

Afif foi ministro da Micro e Pequena Empresa e presidente do Sebrae no governo Dilma Rousseff, e vice-governador na gestão Geraldo Alckmin, entre outros cargos. Também presidiu a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) duas vezes, períodos em que a entidade passou a lutar pela simplificação dos impostos e por um regime fiscal diferenciado para a micro e pequena empresa.

A seguir, em conversa com o Diário do Comércio, Afif fala de sua passagem pelo Ministério da Economia, o status das mudanças no MEI e do Simples e sobre o cenário para os pequenos negócios em ano eleitoral:

 

As conquistas das MPEs são uma marca positiva do governo federal desde o início da pandemia. Qual balanço o senhor faz desse período à frente dessas ações no Ministério?

Acredito que a própria pandemia reforçou a compreensão do papel da pequena empresa na geração de emprego e renda, e daí vem a mobilização que fizemos tanto no Congresso, quanto dentro do governo em torno desses temas. Inclusive enfrentando quem não considera a pequena empresa fundamental, pois só trabalha com grandes números.

Posso dizer que foi uma vitória, pois contamos com o apoio incondicional do ministro Paulo Guedes, um trabalho conjunto do Ministério com o Congresso Nacional - tanto que conseguimos aprovar essas medidas por unanimidade.

Agora, o mais importante foi emplacar algo em que trabalho há muitos anos, o Fampe (Fundo de Aval à Micro e Pequena Empresa), que nunca foi considerado importante na concessão de crédito.

Era mais fácil cobrar um spread altíssimo para emprestar aos pequenos do que ter um fundo que bancasse o processo de inadimplência. Porque nós sabemos, a inadimplência é baixa porque o pequeno é pontual.

 

De quanto é esse índice de inadimplência hoje?

Dentro do Pronampe, ele é de 3%, 4%. E no meio de uma crise! O que aconteceu é que foi vitoriosa a tese do fundo garantidor, e surgiram o FGO (Fundo Garantidor de Operações, ligado ao Pronampe) e o FGI (Fundo Garantidor de Investimentos, ligado ao BNDES), bancados pelo Tesouro Nacional.

Portanto, é dinheiro do Tesouro para bancar a inadimplência, para o mercado poder emprestar dinheiro com uma garantia.

Por enquanto, ainda estamos num período excepcional, de mitigar os efeitos da pandemia e o impacto que teve em cima das empresas, mas considero uma grande vitória a consagração do conceito dos fundos de aval. Tanto que agora o Pronampe se tornou permanente como garantidor de operações [por meio do FGO], cujo montante nós vamos regular daqui para frente.

 

Quais os projetos voltados à pequena empresa paulista no programa de governo que o senhor elaborou para o candidato Tarcísio Gomes de Freitas?

Minha cultura sempre foi voltada ao emprego e renda. Não existe política social que traga efeitos se não resultar em emprego e renda, ou então ela é inócua. O empreendedorismo é a base da emancipação do povo mais humilde, pois é voltado também à educação, à preparação, à educação básica que é fundamental para qualificar as pessoas, ora para ser trabalhador, ora pra ser empreendedor.

Sou o criador da figura do MEI, e vimos a explosão de 12, 13 milhões de microempreendedores individuais na pandemia, que nada mais foi do que a busca pela sobrevivência das pessoas com base na formalização da sua atividade, que antes era feita 'por debaixo do pano', informalmente.

Agora estamos perto de conquistar mais um ponto, que é o limite de faturamento do MEI passar para R$ 144 mil [atualmente é de R$ 81 mil]. E podendo empregar dois funcionários.

 

Como está o status dessa mudança no Congresso?

O projeto está em andamento, e será aprovado dentro do Ministério da Economia porque já fizemos as alterações necessárias nesse sentido. Com esse preparo e com essa munição, vamos enfrentar o desafio do emprego e da renda.

E não se esquecendo do Jovem Aprendiz, um programa que falei para o Tarcísio para implementarmos na micro e pequena empresa, e inclusive no MEI. É um programa de grande repercussão, ao qual estou voltado integralmente.

Fora isso, o próprio candidato ao governo de SP tem uma visão extraordinária de infraestrutura, pois os investimentos pesados nesse campo pela iniciativa privada se tornam um excelente polo gerador de empregos. Portanto, a palavra de ordem [do programa de governo] é a recuperação do emprego.

 

Já que o senhor falou do limite do MEI, como está o projeto que eleva o teto do Simples?

Há muita resistência dos Estados. Inclusive preveni o Alfredo [Cotait, presidente da ACSP, que apoia a campanha] e o Marco Bertaiolli [deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa] que estão nessa empreitada. Estou de acordo, apoio, mas nesse instante a resistência dos governadores vai ser muito forte. Teremos que quebrar a barreira de resistência para chegar lá.

 

Essa resistência tem a ver com a queda de arrecadação na pandemia?

A simplificação da vida do empreendedor não é simples. O Simples não é isenção, conforme foi provado. Simples é a simplificação da forma de recolher o imposto. Fora do Simples, o cara cai no complicado, e o complicado mata. Por isso todos querem o Simples com limite maior. Então vamos lutar, a luta continua.

 

O senhor atuou no governo do PT de Lula, na gestão Dilma Rousseff, e no do atual presidente, os dois candidatos que estão à frente na corrida ao Planalto. Como é participar de duas gestões que têm visões tão diferentes?

Para os dois, fui convidado pela minha especialidade [as MPEs]. Ela [Dilma] quis fazer acertadamente um Ministério da Micro e Pequena Empresa, e a grande frustração é que foi obrigado a fechar naquela primeira reforma, que fez um enxugamento em toda a estrutura do Estado.

Mas ela me falou: você vai para o Sebrae por conta do seu trabalho. A ex-presidente foi muito correta, e eu tive o melhor relacionamento possível com ela e as pessoas do seu governo no que tange à política da pequena empresa.

Isso não significa endossar eventuais erros que tenham acontecido, mas não posso dizer que tive uma atuação prejudicada por ser [governo] do PT. Sempre fui muito bem tratado e muito respeitado, tanto por sua gestão como pelo partido.

 

Mas quais as semelhanças e as diferenças que encontrou na anterior e na atual? E as perspectivas?

A principal diferença é o [ministro] Paulo Guedes. Estou aqui por conta dele, não foi o presidente Bolsonaro que me chamou. Foi o Guedes, e com uma razão: porque ele escreveu o programa econômico da minha candidatura à presidência da República, em 1989. Ele me chamou e falou: sonhamos juntos lá atrás [com a implementação de um modelo liberal na economia], agora venha me ajudar a realizá-lo.

E nós conseguimos ajudar, dentro da medida do possível, das circunstâncias, e obtivemos todas aquelas conquistas, assim como tivemos conquistas importantes no governo Dilma. Portanto, digo, em nenhuma das duas gestões houve atrasos na agenda da micro e pequena empresa e dos MEIs, e deve continuar assim.

 

Quais as perspectivas que o senhor enxerga para os pequenos negócios em ano eleitoral, e com cenário econômico ainda complicado?

Nós estamos ainda numa corrida de recuperação, e as coisas estão voltando prejudicadas por uma inflação que não é nossa. No jogo político, infelizmente tenta-se imputar a uma parte a culpa toda do processo, mas não é verdade.

O governo tem sido responsável no controle dos gastos, apesar da pandemia. Para se ter uma ideia da pancada que foi, quando fizemos a reforma da Previdência, esperava-se em 10 anos economizar R$ 800 bilhões. Veio a pandemia e gastou-se R$ 800 bi em um ano.

Foi uma pancada em que tivemos que ficar segurando o gasto público, o ajuste salarial do funcionalismo, até porque, enquanto a sociedade perdeu emprego ou teve redução de salário, o setor público ficou em casa sem nenhum tipo de atribulação financeira. Então a contrapartida foi a não-correção do salário.

Isso segurou os custos da máquina pública em todo o Brasil: União, Estados e Municípios, e nós vamos terminar o governo com um gasto menor do que nós pegamos. Então veja, tirando o que foi gasto na pandemia, as contas públicas não ficaram descontroladas. Mas por outro lado, as cadeias de produção desmontaram, o custo das commodities foi lá em cima.

Se de um lado beneficiou a economia brasileira, de outro encareceu. Há inflação de quase dois dígitos nos Estados Unidos, na Inglaterra... nunca vimos isso na vida. É um fator externo. Só que os fundamentos da nossa economia são sólidos, nossas reservas são sólidas, portanto, o Brasil não é um risco. Principalmente para o investidor externo, que vem atrás de oportunidades para investir em infraestrutura, gerar empregos. Então, esses fundamentos garantem que possamos ter um segundo semestre melhor que o primeiro.

 

Na pandemia, muitos viraram MEIs por necessidade. O que falta para mudar o status do empreendedorismo 'de necessidade' para o 'de oportunidade'?

Gerar as oportunidades primeiro, e oferecer qualificação. Quando você olha o desemprego, o que tem de vaga que não se consegue preencher por falta de qualificação... É um negócio muito grande.

Por outro lado, há uma oferta de gente que não tem a qualificação necessária porque o modelo econômico está mudando, a digitalização está mudando mais ainda, há um processo de alterações rápidas e muito severas, então temos de preparar esse povo todo para a demanda. Portanto, o investimento em educação para o trabalho é uma das grandes prioridades para mudar esse quadro agora. 

 

Falando nisso, há alguma perspectiva de o senhor assumir algum cargo no governo paulista, caso o candidato Tarcísio de Freitas vença a eleição?

Nunca olhei para isso. Hoje, pela minha idade, sou mais um coach.


 Karina Lignelli 

https://dcomercio.com.br/publicacao/s/afif-a-palavra-de-ordem-e-a-recuperacao-do-emprego


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