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quinta-feira, 26 de maio de 2022

Empreendedorismo é a motivação de 43,9% dos pedidos de empréstimos no Brasil, liderando o ranking

Levantamento feito pela Provu ainda revelou que, após a quarentena, as solicitações de crédito para cuidados com a casa e pagamento de dívidas caíram na lista de prioridade

 

Dados recentes de abril levantados pela Provu, fintech de meio de pagamento e crédito pessoal, apontaram que 43,9% dos pedidos por crédito no País foram focados em empreendedorismo, sendo a principal razão para aqueles que recorrem ao empréstimo. Em 2021, durante o mesmo período, os pedidos para a mesma finalidade representavam apenas 35,1% do total. Enquanto isso, os empréstimos para pagamento de dívidas apresentaram uma queda. No ano anterior, esses requerimentos representavam 34,2% das solicitações na fintech já em 2022, apenas 30,1%.  

A apuração ainda mostrou que há uma mudança de comportamento entre o perfil dos brasileiros que estão pedindo empréstimos. Em abril de 2021, ainda durante o isolamento social, 13,7% das solicitações foram para compra, financiamento, reformas ou pequenos reparos em casa. Já este ano, o total de pedidos com a mesma intenção foi de 8,3%.  

“Esses números refletem como o fim do isolamento social vem mudando o comportamento dos brasileiros. Um exemplo disso são os pedidos relacionados ao empreendedorismo e cuidados com o lar. Se durante a quarentena as pessoas passaram a buscar um ambiente mais agradável e funcional, agora estão aos poucos retomando suas atividades e suas prioridades mudaram”, comenta Marcelo Ramalho, CEO da Provu. “E com a retomada da economia do País, os brasileiros estão começando a investir em negócios próprios e ficamos extremamente felizes de poder fazer parte deste recomeço da população”, continua.  

Entre os estados que mais tiveram destaque nessas mudanças foram: Paraná, Minas Gerais e São Paulo. Todos eles registraram uma inversão entre os principais motivos de pedidos para solicitação de um empréstimo. Em 2021, pagamento de dívidas gerais liderava  o ranking de motivações, seguido pelo foco em empreendedorismo. Este ano essas mesmas intenções trocaram de lugar. Confira nas tabelas abaixo:

 

Paraná

Motivos

Pedidos abril 2022

Pedidos abril 2021

Pagamento de dívidas Gerais

34,2%

39%

Empreendedorismo

38,3%

30%

Casa

8,6%

13%



Minas Gerais

Motivos

Pedidos abril 2022

Pedidos abril 2021

Pagamento de dívidas Gerais

29,9%

35%

Empreendedorismo

41%

32%

Casa

9,1%

14%

 

São Paulo

Motivos

Pedidos abril 2022

Pedidos abril 2021

Pagamento de dívidas Gerais

35,4%

40%

Empreendedorismo

38,5%

29%

Casa

8,3%

13%

 

Confira o ranking da Provu dos pedidos de empréstimos no Brasil:

 

Motivos

Pedidos abril 2022

Pedidos abril 2021

Pagamento de dívidas Gerais

30,1%

34,2%

Empreendedorismo

43,9%

35,1%

Casa

8,3%

13,7%

Compras

6,1%

9,4%

Educação

5,7%

3,9%

Outros

5,8%

3,7%

 

Provu – fintech


Escalada dos casos de dengue no Brasil preocupa especialistas

 Doença já registra mais casos nos quatro primeiros meses de 2022 do que em todo 2021. Para infectologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista, causa está relacionada à alta incidência de chuvas e ondas de calor no início do ano, somado aos impactos da pandemia

 

O aumento nos casos de dengue no Brasil começa a preocupar autoridades e especialistas. Nos primeiros quatro meses de 2022, o país registrou mais casos da doença do que no ano passado inteiro. São 654 mil casos confirmados desde janeiro contra 544 mil em 2021. Além disso, mais de 200 pessoas já faleceram por conta da doença no país. Capitais como Natal já declararam estado de epidemia. 

“O aumento de casos de dengue normalmente está relacionado com períodos de altas temperaturas e chuvas, pois são os fatores que favorecem o aumento da população do mosquito transmissor desta doença. É importante destacar também que a dengue, em nosso país, apresenta ciclos endêmicos e epidêmicos, com casos de epidemias ocorrendo a cada 4/5 anos”, explica Dr. Fernando Nivaldo de Oliveira, infectologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

A região centro-oeste é a que mais está sofrendo com a doença e teve um aumento de 272% de casos em comparação com o mesmo período de 2021. Somada as altas temperaturas e as chuvas, a pandemia pode ter sido responsável por esconder os números no ano passado. 

“Tivemos dois fatores que puderam intervir na suspeita clínica e medidas de prevenção da dengue a saber: aumento dos casos de influenza por H3N2 no final do ano de 2021 e a onda da infecção pela variante da covid-19, a ômicron no começo de 2022. Como a dengue costuma ter um quadro clínico que pode cursar com febre, dores musculares, náuseas, vômitos, diarreia e mal-estar, uma redução na detecção dos casos de dengue pode ter ocorrido, uma vez que quando alguém com esta sintomatologia procurava atendimento médico em pronto-socorro, a principal hipótese era a doença por SARS-CoV2 ou Influenza. Outro fator importante a ser considerado é que com a pandemia da Covid-19, houve um aumento da vulnerabilidade das pessoas, especialmente relacionada a fatores sanitários e econômicos, gerando de forma indireta e direta menor combate ao mosquito”, afirma o infectologista do Hospital Santa Catarina. 

No Brasil, existem quatro sorotipos (grupo de micro-organismos relacionados) de vírus da dengue circulantes. De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o mais comum é do tipo 1, que aparece em 89,5% dos casos no país. 

“Até o presente momento, não existe remédio eficaz contra o vírus. O tratamento é realizado com analgésicos e antitérmicos. É importante procurar serviço médico e seguir orientações de beber bastante líquido. O repouso também é fundamental para a recuperação do corpo”, conclui Dr. Oliveira.

 

Como se prevenir da dengue

  • Substitua a água dos vasos por areia
  • Tampe a caixa d’água e outros reservatórios
  • Use repelentes recomendados (à base de DEET, icaridina e IR 3535)
  • Evite ficar exposto nos horários de atividade da fêmea do Aedes Aegypti (tem hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer)
  • Tire do ambiente todo material que possa acumular água, como garrafas pet, latas e pneus por exemplo

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Crédito Brasil Empreendedor: iniciativa prorroga Pronampe e pretende injetar R$ 50 bilhões em crédito para os pequenos negócios

 As novas medidas preveem que os empréstimos sejam feitos prioritariamente para micro e pequenas empresas e Microempreendedores Individuais (MEI)

 

O governo federal lançou, nesta quarta-feira (25), o Crédito Brasil Empreendedor, iniciativa que vai fomentar a concessão de crédito para os pequenos negócios. Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou as novas regras para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e afirmou que a liberdade econômica e a melhoria do ambiente de negócios são prioridades na sua gestão. A expectativa é que as novas ações liberem mais de R$ 50 bilhões em empréstimos para as micro e pequenas empresas (MPE) até 2024. 

“A liberdade econômica é uma das bandeiras do nosso governo desde o princípio. Estávamos avançando quando chegou a pandemia. Ainda assim, com todas as dificuldades, junto com o Parlamento, conseguimos aprovar medidas importantes como Pronampe, Auxílio emergencial e outras linhas de crédito para as MPE. Nós fizemos a nossa parte”, declarou Bolsonaro.  

Na sua fala, o presidente traçou ainda um panorama positivo para os empreendedores, ressaltando a abertura de mais três milhões de empreendimentos no Brasil. “São as micro e pequenas empresas as que mais empregam nesse país, mesmo com guerra e pandemia. Por isso, precisam de crédito”, disse.  

O presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, adiantou que a instituição já possui R$ 6 bilhões pré-aprovados, em atrativas, via Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). “Os microempreendedores são responsáveis por mais de 50% dos nossos empregos e quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB). Agradeço a parceria com o Sebrae, que vai fortalecer ainda mais esse segmento da nossa economia”, observou.  

Para a secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, o governo está no caminho certo ao investir nas pequenas empresas e na atuação feminina no empreendedorismo. “O trabalho é focado em tirar o Estado do ‘gogó’ do empresário, dar liberdade, capacitação, crédito assistido e impulsionar o crescimento. Os empreendedores e as empreendedoras são os verdadeiros heróis desse país”, afirmou, ao acrescentar que os empréstimos serão feitos com condições melhores, prazos de carência e até cinco anos para pagamento.  

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o acesso ao crédito ainda é um dos principais desafios para os empreendedores, por isso, a instituição tem destinado grande parte de seus esforços para apoiar e articular políticas públicas de fomento aos empréstimos. “Nessa nova rodada de concessões, cerca de 70% serão destinadas às pequenas empresas e Microempreendedores Individuais (MEI). Então, quem ainda estiver na informalidade, convidamos a se formalizarem e procurarem os bancos”, incentivou, ao frisar que o Sebrae também oferece atendimento para o crédito assistido “com orientações em todas as etapas”.  

O presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, senador Jorginho Mello (PL-SC), aproveitou a oportunidade para enfatizar que governo, Parlamento e sociedade precisam atuar juntos para incentivar os empréstimos aos pequenos negócios. “Banco gosta de oferecer prata a quem tem ouro. Tivemos uma virada de chave com o Pronampe, pois estamos emprestando mais dinheiro para mais empresas e com uma taxa de adimplência melhor”, comemorou.

 

Educador financeiro explica como adquirir e cultivar o hábito de guardar dinheiro, mesmo não possuindo uma grande renda mensal

Segundo dados divulgados recentemente pela Confederação de Dirigentes Lojistas (CNDL), 67% dos brasileiros não têm o hábito de guardar dinheiro

 

De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda média dos brasileiros atualmente é de R$2.548,00. Com a alta nos preços, muitos brasileiros estão tendo dificuldades em conseguir fazer o orçamento render durante o mês. E se está difícil até para comprar itens básicos, criar o hábito de guardar uma pequena quantia mensalmente tem sido quase impossível para muitas pessoas. Segundo dados divulgados recentemente pela Confederação de Dirigentes Lojistas (CNDL), 67% dos brasileiros não guardam nenhuma quantia no mês.

“Muitas pessoas acreditam que só é possível guardar dinheiro se o salário for um valor exorbitante, mas, com um pouco de disciplina e cuidado, reservar uma pequena quantia para emergências ou projetos futuros é possível”, explica o educador financeiro Tiago Cespe, criador da Cespe Educação Financeira. Assim como qualquer outra atividade que, guardar dinheiro é um hábito que, no início, pode exigir um pouco de empenho, mas com o tempo acaba se tornando algo.

“O primeiro passo é fazer uma lista de tudo o que você gasta durante o mês, e essa lista precisa ter tudo, literalmente, como por exemplo um corte de cabelo, o café da manhã na padaria, gastos com crédito no celular e refeições em restaurantes ou por aplicativos de delivery”, ressalta Cespe. Feito essa lista, é hora de passar o pente fino, ou seja, selecionar os gastos que não tem como cortar, como é o caso da conta de energia elétrica e água, o gás e as despesas de mercado dos itens necessários.

“Ao invés de pedir comida por delivery, aproveite para cozinhar em família, se o celular é pré-pago, procure um plano mais em conta; se a pessoa só se locomove com o carro, ande mais de transporte público, enfim, são pequenos passos capazes de mudar completamente o orçamento do mês”, diz o educador financeiro. Depois de selecionar o que é prioridade e o que não é prioridade nos gastos do mês, é hora de traçar os planos.

Muitos sonham com a casa própria, um carro novo ou até com o casamento dos sonhos. Alguns costumam realizar essas aquisições sem qualquer planejamento, pois acreditam que parcelar o valor total é a solução. No entanto, imprevistos podem acontecer, e uma pequena parcela pode virar uma dívida imensa. “É importante reservar uma boa quantia para algum projeto maior, isso acaba motivando as pessoas a economizar, pois elas ficam empolgadas em realizar o sonho e percebem que tudo fica mais fácil quando se tem uma boa reserva para dar como entrada”, pontua Cespe.

Outro questionamento recorrente é sobre o valor ideal a ser guardado. A regra é simples: precisa ser uma quantia que não comprometa o pagamento das contas essenciais. Sendo assim, podem ser valores como R$10, R$20 ou R$30 por mês. Mesmo sendo quantias pequenas, a longo prazo os resultados podem ser bastante surpreendentes.


Crédito ou débito?

O cartão de crédito facilitou muito as compras, mas, se não for utilizado com cautela, pode acabar se tornando um problema. “Jamais compre algo por impulso, pense bem antes de efetuar uma compra e, sempre que possível, pague contas menores à vista”, afirma o educador financeiro. Existem também alguns truques conhecidos que aliviam o orçamento, um deles é a comprar roupas: compre-as fora da estação, ou seja, compre roupas para o inverno no verão e roupas para o verão no inverno.


Investimentos acessíveis

Muitos ainda acreditam que o mundo dos investimentos é um universo complexo, acessível apenas àqueles quem possuem uma renda mensal vultuosa e vasto conhecimento na área, entretanto, existem investimentos para todos os tipos de perfis. “É importante pesquisar sobre o assunto, pois existem educadores financeiros que cobram valores acessíveis para instruir quem quer conhecer mais sobre esse universo. Com R$30 é possível investir em títulos de tesouro, por exemplo, e alguns títulos podem ter liquidez diária, só necessitando ter atenção às taxas de cada um deles”, finaliza Cespe.

 

Cespe Educação Financeira - criada pelo educador financeiro Tiago Cespe.

 

Pesquisa revela que 53% dos trabalhadores entrevistados têm problemas financeiros

 Estresse, ansiedade e ideação suicida também são queixas frequentes

 

As preocupações com dinheiro estão afetando mais da metade (53%) dos funcionários no trabalho. É o que aponta uma pesquisa da HSPW, uma plataforma de saúde integral e de mudança de hábitos que garante redução de custos nos seguros de saúde corporativos, que entrevistou 20 mil usuários próprios. Além disso, os dados levantados pela healthtech mostram um alto índice de estresse e ansiedade entre os entrevistados. 

Lúcio Júnior, CEO da HSPW, ressalta que esse resultado, apesar de não ser uma surpresa, uma vez que a Organização Mundial da Saúde já aponta o Brasil como o país com maior índice de pessoas com transtorno de ansiedade no mundo, é um alerta para as empresas, que precisam começar a agir. "A própria OMS divulgou recentemente que a prevalência global de ansiedade, depressão e estresse aumentou significativamente nos últimos anos. Obviamente, se um funcionário está preocupado com dinheiro, isso irá afetar não somente sua produtividade, mas toda a sua saúde. Apenas para se ter uma ideia da gravidade dessa questão, na nossa pesquisa, 1.4% dos entrevistados apontaram ideação suicida. Portanto, não fazer nada não é mais uma opção”, afirma. 

Para o CEO da HSPW, embora muitas empresas estejam fazendo grandes progressos para cuidar do bem-estar de seus funcionários, poucos empregadores viram a importância de apoiar o lado financeiro. “É bastante óbvio que as preocupações com dinheiro afetam o trabalho, assim como diferentes áreas da vida. Por isso, além dos benefícios oferecidos, ter um programa de educação financeira, consultoria e soluções de investimento para os colaboradores deveria ser uma das principais prioridades das empresas”, opina.  

Lúcio destaca que, hoje, o bem-estar financeiro não é uma questão isolada, mas uma parte importante da jornada individual de todos. “E é exatamente esse o motivo pelo qual o aconselhamento financeiro deve fazer parte dos planos de benefícios para ajudar os trabalhadores a gerenciarem e manterem, inclusive, a própria saúde mental”, conclui.



 
HSPW - healthtech que tem como objetivo oferecer a mais completa solução em saúde preventiva.

Saiba mais: Link 


Cobranças indevidas pela Receita Federal: como contestar?

A cada ano que passa, mais contribuintes são alvo de cobranças indevidas realizadas pela Receita Federal. Seja por erros cometidos no processo de declaração ou por falhas na verificação pelo próprio órgão, tais enganos são capazes de gerar dívidas exorbitantes – danos financeiros que, ao contrário do que muitos acreditam, podem e devem ser contestados a fim de restituí-los em sua totalidade.

Com crescentes casos sendo notificados anualmente, a digitalização do serviço foi um dos principais influenciadores deste aumento. Sem a expertise necessária para enviar os documentos necessários e seguir o passo a passo nas plataformas oficiais, erros e informações faltantes se tornaram extremamente comuns de serem notados. Para piorar, a falta de conhecimento do processo a ser seguido, quando comunicados sobre tais inconsistências, leva ao disparo destas cobranças.

Segundo dados compartilhados pela RF, o número de contribuintes que caíram na malha fina em 2021 ultrapassou a marca dos 870 mil – ocasionados, principalmente, pela omissão de rendimentos sujeitos ao ajuste anual, sendo cerca de 41% dos casos relatados. Qualquer divergência encontrada fará com que a declaração fique retida até sua resolução ou análise dos documentos solicitadas, fato que acende a importância de não apenas prevenir tal cenário, como também saber como contestá-lo, caso seja cobrado indevidamente.

Normalmente, os contribuintes possuem o prazo de 30 dias para apresentar o recurso contra a cobrança feita pela Receita. O processo ocorre administrativamente, pela qual é possível anular e reverter a quantia que lhe é devida. Para isso, é necessário seguir um extenso e minucioso passo a passo – o qual, caso não seja trilhado cuidadosamente e, de preferência com o auxílio de uma empresa especializada no ramo, não trará o resultado desejado.

Ao receber a intimação indevida, os contribuintes devem preencher um formulário completo disponível no e-Defesa, informando todos os documentos e argumentos pertinentes que atestem a veracidade dos valores declarados e protocolá-los via E-CAC (Centro virtual de atendimento ao contribuinte). Com todos os comprovantes protocolados virtualmente, é necessário aguardar a análise da Receita para identificar os próximos passos a serem seguidos.

Não há um tempo médio de espera até este retorno, principalmente com o aumento de cobranças durante a pandemia. Embora haja prazo legal de 360 dias para análise da documentação e resposta ao contribuinte, a Receita Federal não vem respeitando este prazo. Caso a decisão seja favorável, é possível reverter e reaver todo o valor pago indevidamente, enquanto, qualquer omissão, pode levar à aplicação de multa de até 150% sobre o valor do imposto devido.

Para evitar este pior cenário, é imprescindível que esse processo seja finalizado dentro do prazo apontado de 30 dias para a argumentação – caso contrário, será considerada intempestiva, mesmo que os documentos compartilhados sejam suficientes, não serão validados devido ao atraso em sua apresentação. Diante deste tamanho risco, é essencial buscar o auxílio de profissionais qualificados que consigam fornecer todo o apoio de verificação possível durante este envio, garantindo que todos os documentos sejam submetidos dentro do tempo previsto e de maneira completa.

Antes que seja necessário recorrer a este apoio, a prevenção é sempre o melhor caminho. Toda declaração apresentada pode ser corrigida sem qualquer multa ou penalidade sobre o contribuinte, desde que seja feita e entregue antes do recebimento da intimação ou notificação pelo órgão.

Estamos na reta final da declaração do IR deste ano, prazo que torna esta análise urgente de ser finalizada para evitar pagamentos indevidos e altos custos durante um longo período. Ajuste todos os detalhes necessários antes que seja tarde demais – e, caso receba a intimação, não deixe de procurar pela ajuda de profissionais com a expertise necessária para evitar quantias elevadas a serem pagas desnecessariamente.

 

Daniel Lima - Sócio Fundador da Restituição IR, a maior empresa especializada em recuperação de imposto de renda retido em processo judicial.

 

Restituição IR

https://restituicaoir.com.br/


Venda da casa própria como alternativa para quitação de dívidas

Uma nova modalidade de venda da casa própria promete a possibilidade de retorno do imóvel ao proprietário. A alternativa é vender o bem somente durante um período, locando-o do novo proprietário, e no final de 30 meses, optar por recomprá-lo. Por enquanto disponível apenas para a grande São Paulo, a opção promete se espalhar por todo país e resolver o problema de quem está endividado. 

Segundo informado pela empresa de investimento imobiliário, a primeira etapa do programa é fazer uma avaliação do imóvel e definir o preço da compra, que é por volta de 80% do seu valor de mercado. Ao mesmo tempo, é firmado um contrato de locação de 30 meses, por 0,5% sobre o valor da avaliação, com correção pelo IPCA a cada 12 meses. 

Neste mesmo documento é incluído o direito de recompra do imóvel pelo valor avaliado, sem qualquer correção pelo IPCA ou IGP-M no período. Terminado o período de dois anos e meio do contrato de aluguel, os ex-donos do imóvel devem decidir se querem exercer seu direito de recompra, quitando com recursos próprios, fazendo um financiamento imobiliário ou contando com um parcelamento direto com a plataforma de recompra do imóvel.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, a ideia é interessante para as pessoas que estão na corda bamba. Porém, se o imóvel for o único da família, está resguardado pela impenhorabilidade disposta na lei 8.009/90, que trata do bem de família. “Neste caso, vender o imóvel só é uma alternativa se a dívida for uma das exceções dispostas no artigo 3º, que diz que a ‘impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza’ e cita exceções a esta regra. Não sendo, o imóvel não poderá responder pelo pagamento da dívida.”

Outro ponto é que tanto a locação não possui valor fixo, ou seja, há correção da parcela da locação. “Mesmo que a correção não implique ganho, é importante destacar que de ano em ano a locação sofre um reajuste para mais, e esse capital não vai retornar para o imóvel, como ocorre com um financiamento habitacional, por exemplo. Logo, não pense que esta operação estará congelada pelo período do contrato”, destaca Vinícius Costa.

Por fim, o advogado diz que é importante destacar que esta operação não é um financiamento habitacional e não se enquadra nas regras do SFH e do SFI. “Como a empresa oferta esse serviço para consumidores finais, os contratos deverão ser interpretados sob a óptica do Código de Defesa do Consumidor. Por isso, antes de assinar qualquer documento, leve para apreciação de um advogado especialista para compreensão das cláusulas contratuais.”

 

Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação - ABMH


5 mitos sobre profissões de tecnologia que quem pretende mudar de carreira precisa saber

É cada vez mais comum ver profissionais com interesse em migrar para carreiras de tecnologia como programação e desenvolvimento web - profissões tidas como as do futuro. No entanto,  após ler sobre longas horas de trabalho, baixa segurança no emprego e requisitos de habilidades intimidantes, parte dessas pessoas acaba voltando atrás.  

Para ajudá-los a superar quaisquer restrições sobre uma mudança de carreira, a Ironhack repassa alguns dos maiores mitos sobre carreiras em tecnologia. E o recado é claro: Tire isso da cabeça e trace um caminho para ganhos maiores e um trabalho mais agradável.

 

Mito 1: Você precisa de um diploma para avançar em tecnologia

A crença de que os desenvolvedores precisam de um diploma em um assunto relevante é um dos mitos mais persistentes de todos. Mas quando você olha para um escritório cheio de programadores e desenvolvedores da web, não está olhando para uma multidão de graduados em Ciência da Computação. As chances são de que a maioria das pessoas no escritório se formaram em algo completamente diferente, se é que foram para a faculdade. Na verdade, os empregadores estão muito menos interessados nos papéis que você adquiriu nas universidades do que no desejo que você tem de aprender. Quando avaliam candidatos que estão mudando de carreira, eles ficam mais impressionados com a participação em bootcamps intensivos de programação e realmente colocar essas habilidades em prática. Simplesmente construir credenciais não vai atrapalhar ninguém em uma equipe de desenvolvimento.

 

Mito 2: Apenas os obsessivos por ciência precisam se aplicar

O desenvolvimento da web e programação em geral ainda são vistas como ocupações geeks, quase totalmente ocupadas por vencedores de feiras de ciências. E embora haja muitos amantes da ciência na profissão, a realidade é que muitos programadores não começam com uma paixão por matemática ou ciências. E não existe um “cérebro de codificador” especial que desvenda os segredos do desenvolvimento. Ao mudar de carreira para tecnologia, tudo que você precisa é desejo de criar e interesse em dados. Essas são duas coisas que a maioria de nós tem, e você não precisa ter lido Stephen Hawking ou executar visualizações de dados todas as noites depois do trabalho. De qualquer maneira, muitos trabalhos de desenvolvimento tendem mais para o lado criativo. Saber como criar sites que funcionem e tenham uma boa aparência é tão valioso quanto as habilidades básicas de programação. Com o treinamento certo, quase qualquer pessoa pode dominar essas habilidades. Eles não são segredos místicos que apenas algumas pessoas podem entender. Se você estiver motivado e curioso, começará a trabalhar rapidamente.

 

Mito 3: O desenvolvimento web é um campo dominado por homens

Aqui está outro grande mito das carreiras de tecnologia que precisa ser eliminado imediatamente. Todos nós estamos familiarizados com o estereótipo do programador em seu moletom, focado em seus projetos e mal se comunicando com o resto do mundo. E esses personagens quase sempre são homens. No entanto, isso é apenas um estereótipo e dificilmente tem qualquer semelhança com a aparência e o comportamento dos desenvolvedores da web do mundo real. A porcentagem de mulheres que trabalham com programação tem aumentado continuamente para cerca de 31% em 2021. E em algumas empresas chega a 42%. Obviamente, não é onde precisamos estar, mas mostra como a tecnologia está rapidamente se tornando uma carreira lucrativa para as mulheres.

 

Mito 4: A tecnologia é uma carreira realmente instável e a segurança no emprego é quase zero

Este é realmente prejudicial para empresas de tecnologia que buscam recrutar talentos de outros setores. No passado, surgiu uma imagem de empresas de tecnologia explorando programadores e abandonando-os quando os projetos eram concluídos. E todo mundo parece conhecer alguém que foi contratado para desenvolver uma startup e em seguida, foi dispensado. Essas ideias podem ter sido verdadeiras 20 anos atrás, mas as carreiras de tecnologia de hoje são muito mais estáveis. Se você for contratado por uma empresa maior, poderá esperar benefícios banhados a ouro e progressão salarial. E mesmo se você se limitar a empresas iniciantes, o mercado de trabalho é tão restrito que encontrar emprego alternativo raramente é difícil. As empresas de tecnologia dos EUA continuam contratando em números recordes e isso não deve mudar rapidamente. Com inovações sempre a frente, o apetite por habilidades digitais não vai desaparecer, permitindo que você mude de emprego e encontre trabalho fácil se os projetos derem errado.

 

Mito 5: Horário de trabalho em tecnologia é insano

Outro fator importante que impede algumas pessoas de mudarem de carreira são os mitos sobre o trabalho dos profissionais de tecnologia. Novamente, todos nós já ouvimos histórias sobre programadores que trabalham 80 horas por semana e as consequências negativas que isso pode ter para sua saúde. Mas esse é um caso atípico e está se tornando muito menos comum. As empresas de tecnologia estão mudando com o tempo e aceitando o trabalho flexível como nunca antes. E os trabalhadores de tecnologia realmente nunca viveram de acordo com essa imagem. Na verdade, uma pesquisa de 2021 relata que 58% dos trabalhadores de tecnologia trabalham menos de 6 horas por dia. O trabalho flexível está se tornando comum, permitindo que você trabalhe de manhã e caminhe ou ande de bicicleta à tarde, tornando os trabalhos técnicos muito mais convenientes para os pais. Não presuma que você ficará preso a horários de trabalho impossíveis. Mesmo que os trabalhadores de tecnologia gostem de se gabar de suas horas de trabalho, provavelmente não são tão obcecados pelo trabalho quanto afirmam.

 

Acabar com esses mitos e fazer a mudança

Na Ironhack, nós queremos que você descubra seu desenvolvedor interior. Não importa o que você faz agora ou onde estudou. Se você se inscrever em um de nossos bootcamps intensivos em Desenvolvimento Web, Cibersegurança, Análise de Dados ou UX/UI Design, você será capaz de desenvolver as habilidades e a confiança necessárias para ter sucesso em qualquer lugar no mundo da tecnologia. Não deixe que os mitos o desencorajem e não tema a mudança. Quando você treinar conosco, descobrirá que mudar de carreira para se tornar um programador ou desenvolvedor é muito mais fácil do que você jamais imaginou ser possível. Então inscreva-se hoje e mude sua carreira. Não se contente com algo que você odeia. Em vez disso, encontre um emprego que você ame.

 

Ironhack - escola de tecnologia global de renome internacional, que oferece bootcamps e cursos imersivos em Desenvolvimento Web, UX/UI Design, Data Analytics e Cibersegurança. Com campus em Madrid, Barcelona, Miami, Paris, Cidade do México, Berlim, Amsterdam, São Paulo, Lisboa, Dusseldorf, Tampa e Londres.

https://www.ironhack.com/br

 

Alfabetização financeira: É o momento para os trabalhadores investirem em ações da Eletrobras?

Por conta da pandemia de COVID-19 , muitos trabalhadores tiveram acesso ao saque emergencial do FGTS para ajudar a quitar as dívidas, além de aliviar um pouco o orçamento apertado e, em muitos casos, reduzido nesse período. Será que agora o momento é aproveitar a oportunidade para investir esse dinheiro em ações? Rebeca Toyama, especialista em bem-estar financeiro, alerta a importância da alfabetização financeira e traz 5 dicas para os brasileiros aproveitarem as oportunidades eliminando as crenças limitantes. 

O assunto vem à tona pois os trabalhadores de qualquer setor que tenham saldo no FGTS poderão utilizar até 50% desse valor para comprar ações da Eletrobras em meio ao processo de privatização da empresa, esperado para acontecer entre meados de junho e agosto deste ano. Mas vale a pena fazer isso?

Historicamente, o uso do FGTS em privatizações já ocorreu em três ocasiões: Petrobras, em 2000; Vale do Rio Doce, 2002; e Petrobras novamente, em 2010.

Para Rebeca Toyama, esse pode ser um ótimo negócio para estimular as pessoas a fazer investimentos e ainda traz espaço para ser discutido a importância da alfabetização financeira. De acordo com especialista, se o brasileiro não buscar conhecimento sobre finanças e investimentos, não conseguirá aproveitar as oportunidades.

“Os brasileiros não têm a cultura de planejar suas finanças pessoais, poupar e investir. Muito pelo contrário, pelos indicadores de endividamento e inadimplência notamos que o hábito de gastar antes de ganhar se faz mais presente”, comenta Rebeca Toyama, especialista em bem-estar financeiro.


Alfabetização financeira - A importância

O conceito de alfabetização financeira se dá com as habilidades e conhecimentos necessários para se alcançar o bem-estar, além disso, é a capacidade de gerenciar dinheiro para não contrair dívidas e garantir segurança no futuro.

Portanto, quem possui alfabetização financeira consegue compreender melhor:

  • Como o dinheiro é ganho e gasto.
  • O que são receitas ou despesas ativas e passivas.
  • O que é um empréstimo e como usá-lo.
  • Como o dinheiro perde valor (inflação) e cresce (investimento).
  • Como planejar um orçamento e priorizar despesas.
  • Como definir metas financeiras e economizar dinheiro para o futuro.

“Principalmente em períodos de inflação em alta, é necessário se ter uma boa base de conhecimento e habilidades financeiras para driblar a perda do poder de compra, principalmente para os assalariados e famílias de baixa renda. Mas aqui no Brasil existe o tabu sobre dinheiro, e as pessoas têm crenças que as distanciam da busca por conhecimento financeiro e até de oportunidades, e o prejuízo vai se acumulando a longo prazo”, revela Toyama.


Crenças limitantes

Um estudo do Banco Itaú - Unibanco sobre dinheiro, feito em parceria com o Datafolha em âmbito nacional, mostra que ainda no Brasil o assunto dinheiro é tabu e que é construído a partir de tensões que vem de quatro dimensões: individual, familiar, social e cultural. 97% dos brasileiros consideram ter dificuldades em lidar com o próprio dinheiro, e 46% preferem não olhar para o próprio dinheiro por acreditar estar fazendo algo errado em termos financeiros. 

Rebeca comenta também sobre as crenças que podem limitar os brasileiros cuidarem de seu bem-estar financeiro. “Trazemos muitas influências em nossa bagagem, uma vez que a formação de uma pessoa foi influenciada pelas crenças de sua família, experiências vividas, ambiente no qual vive e sua própria visão de mundo. Por isso, pessoas acabam tomando decisões que nem sempre as levam aos resultados esperados, principalmente, quando analisamos a longo prazo”, finaliza a especialista em bem-estar financeiro.

Vale lembrar que é necessário educar as pessoas para que passem a buscar a alfabetização financeira e planejar seu bem-estar financeiro e um dos objetivos é ressignificar a relação dos brasileiros com seu próprio dinheiro, entendendo que essa é uma relação subjetiva que não será resolvida apenas com planilhas, e que, portanto, não existe uma fórmula mágica para todos.

Rebeca Toyama, especialista em bem-estar financeiro, selecionou 5 dicas para ajudar os brasileiros aproveitarem as oportunidades eliminando as crenças limitantes, e que serão úteis especialmente nesta oportunidade de investir melhor o FGTS:

1.Dedique tempo a sua alfabetização financeira, busque conhecimento para aproveitar as oportunidades que estão disponíveis no mercado;

2. Invista em seu autoconhecimento para entender melhor seu processo de tomada de decisão;

3. Planeje seu bem-estar financeiro para garantir qualidade de vida no presente sem colocar seu futuro em risco;

4. Acredite na sua capacidade de influenciar seus resultados financeiros e seja altamente motivado para manter-se fiel a suas metas;

5.
Controle seus impulsos de consumo e pense criativamente para enfrentar desafios inesperados.

 


Rebeca Toyama - fundadora da ACI que tem como missão desenvolver competências dentro e fora das organizações para um futuro sustentável. Especialista em educação corporativa, carreira e bem-estar financeiro. Possui formações em administração, marketing e tecnologia. Especialista e mestranda em psicologia. Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), da Universidade Fenabrave e do Instituto Filantropia.

 

Pesquisa “Gerações” revela como as famílias brasileiras enxergam o papel da escola e do educador no futuro

Levantamento realizado em março pela consultoria educacional Rabbit com mais de 15.000 famílias de diferentes gerações procura entender quais são os itens mais valorizados pelos pais

 

O estudo “Gerações”, inédito no Brasil e encabeçado pelo Grupo Rabbit, aplicado em mais de 15 mil famílias brasileiras, revela como os pais de diferentes gerações enxergam os papéis que escolas e educadores devem ter no futuro em relação à educação de seus filhos.

Uma escola pouco atraente e desconexa com o dia a dia é uma queixa recorrente por parte dos estudantes. Porém, como as famílias enxergam esse problema? Quais características mais importantes para uma instituição de ensino atualmente? E para os educadores? A pesquisa “Gerações” produzida pelo Grupo Rabbit mostra como as diferentes gerações pensam a respeito do tema.

Além disso, a empresa especializada em gestão e pesquisa também avaliou metodologias, o futuro das instituições de ensino, critérios dos familiares na escolha, carreiras dos educadores, impactos da pandemia, entre outros.

“O aumento médio de vida do ser humano proporcionou um distanciamento entre as gerações e, consequentemente, um gap maior no que se refere à visão de mundo entre indivíduos”, afirma Christian Coelho, CEO do grupo e coordenador da pesquisa. A avanço da medicina permitiu que muitos professores postergassem a aposentadoria e trabalhassem por mais tempo, em razão da necessidade ou por vontade própria.

De acordo com dados do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), com base no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2015, apenas 3,3% dos estudantes brasileiros de 15 anos queriam ser professores. A projeção de escassez para a profissão pressiona a busca por professores cada vez mais preparados para lidar com um público nativo digital, criando um conflito que passa a permear os critérios de avaliação das famílias.

Nesse sentido, o estudo mostra quais características são as mais valorizadas pelas famílias ao matricular os filhos em uma instituição de ensino. Estabelecendo um ranking de prioridades, todas as gerações entrevistadas escolheram o acolhimento como o aspecto mais importante. A pandemia, segundo Coelho, impactou diretamente essa avaliação. “Acolher nesse sentido significa ir além de uma simples receptividade. Aqui, entram aspectos extra educacionais, como preocupação das capacidades emocionais, mentais e de pertencimento a uma comunidade”, explica.

Um outro comportamento interessante é que pais das gerações pós-internet (Y e Z), devido ao aumento do nível cultural e redução da importância de bens materiais, privilegiam mais a qualidade da prestação dos serviços educacionais. A preocupação com o preço vai se perdendo com as gerações mais novas, que se preocupam com a modernização do ensino praticado, inclusive com a preferência de metodologias baseadas em projetos.

 

Educadores na berlinda

Perguntados sobre o que esperam de um educador, as gerações de pais mais jovens começam a requisitar do profissional maior envolvimento com técnicas e metodologias pedagógicas modernas, e aliá-las ao que a tecnologia pode oferecer de melhor no aprendizado.

“Nesses casos, os choques entre as gerações pré e pós-internet trazem significados diferentes. As gerações mais antigas, que valorizam a estabilidade financeira e um projeto de carreira longínquo, tendem a classificar a escola pela tradição e pelo preço. As mais novas, por outro lado, vivem uma realidade em que a inovação é constante e a iniciativa pessoal é valorizada, então preferem um modelo em que isso seja praticado desde cedo”, diz.

Como deve ser a escola do futuro permanece como um dos assuntos mais debatidos por especialista e educadores. As projeções indicam que a tecnologia será parte central do processo de aprendizagem. As novas formas de aprendizado proporcionadas pela internet têm trazido para o centro do sistema educacional a necessidade de compreender em qual momento as escolas se encontram atualmente e para onde elas devem seguir.

No entanto, é certo que, da geração Baby Boomers às gerações nascidas na pandemia, todas elas trazem um novo olhar ao mundo, sempre se transformando. “Estar atualizado nunca foi tão importante como agora”, finaliza Coelho.

 

Grupo Rabbit

 

Brasil produz 900 toneladas de erva-mate por ano e diversificação no mercado mostra universo muito além do chimarrão

Em busca da erva-mate perfeita, profissionalização enriquece experiência multissensorial. Aperfeiçoamento de técnicas mostra que nem só de vinhos ou cervejas vive um Sommelier


Sommeliére de Mate vai muito além de experimentar chás 


O Brasil produz hoje cerca de 900 mil toneladas de erva-mate, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o portfólio da planta, que foi fundamental ao desenvolvimento da região Sul do País, é bem mais extenso do que se pensa. Embora maciçamente a produção dos ervais ainda remeta ao passado e transforme folha em chimarrão ou tereré, uma grande linha de novos produtos aparece com força no mercado, provando que é possível mudar a forma de consumo iniciada há um século. Chás, drinks e temperos feitos a partir da planta ganham as gôndolas, mesas e os paladares. “A erva-mate é realmente uma planta que vai muito além do chimarrão”, assegura a empresária, Tea Blender e futura Sommelier da Gourmate, Carla Mikolaiewski.

A Gourmate, aliás, empresa paranaense, mas que comercializa para todo o Brasil, procurou aproveitar esse momento de refinamento degustativo para materializar uma nova forma de utilizar a erva-mate. A marca é resultado de um estudo fundamentado da anatomia da erva-mate e de tudo o que ela pode oferecer. Oportunidade observada na Agroindústria Qualitá do Brasil, fazenda com certificação orgânica da família de Carla, a Gourmate foi criada justamente para buscar novas oportunidades e reúne itens saudáveis, práticos e saborosos.

Carla Mikolaiewski
No caso dos chás, por exemplo, os blends podem ser consumidos quentes ou frios, em drinks (alcoólicos ou não) ou adicionados ao popular chimarrão. Já as releituras dos temperos chimichurri, ervas de Provence, lemon pepper e mix prático podem ser usadas na maioria dos pratos salgados. "A Gourmate foi pensada não apenas para buscar as funcionalidades, mas sim experiência de sabor, novos sabores para a erva-mate", destaca.

Garantir a delicadeza da introdução da planta seja na alta gastronomia ou no dia-a-dia é fruto de um trabalho de imersão que está sendo vivenciado por  alguns profissionais visionários do setor que buscam diversificar a produção e transformação da matéria-prima. A novíssima criação de uma especialização em Sommelier de Mate eleva a capacidade de interpretação de todas as fases do produto. Além de resgatar a história da planta, conjunturas para descrever sobre terroir [fatores naturais que influenciam a produção] e dos principais métodos de processamento da Ilex paraguariensis, o Sommelier de Mate não apenas entende os tons e as notas da folha ou harmonizações, mas, como profissional, compreende o valor e o papel do produto na economia, se tornando então, um grande propulsor do desenvolvimento de modo mais amplo e concreto. "Me tornar Sommeliére de Mate ajuda entender melhor da planta, fazer análises sensoriais e me dá a capacidade de ampliar o repertório para muito além do chimarrão. Como profissional, o sommelier fecha uma lacuna muito importante na cadeia produtiva da erva-mate assim como aconteceu com o vinho, café, cerveja e chá", afirma Carla.

O universo da erva-mate vive um novo capítulo há algum tempo, mas não deixa, ainda assim, de ser uma potência econômica, gerando empregos e renda ao longo de toda a sua cadeia produtiva. "E, observando o exemplo de outras bebidas, já podemos otimistas nos colocar a pensar sobre a riqueza cultural, sensorial e financeira em si pode estar sendo construída através deste novos desbravadores da Erva-mate!  Voilá!", comemora. 

 

Gourmate

https://www.gourmate.com.br

 

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