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sexta-feira, 20 de maio de 2022

5 a cada 10 usuários da saúde suplementar estão satisfeitos com os serviços, aponta pesquisa inédita da Anahp

Estudo da associação revela que a grande maioria compromete até 33% da renda para pagar pela assistência
 

Uma pesquisa inédita da Associação Nacional de Hospitais Privados -- Anahp, em parceria com o PoderData, revela que 5 em cada 10 usuários dos serviços de saúde suplementar estão satisfeitos com o sistema. No recorte de usuários exclusivos do Sistema Único de Saúde (SUS), 45% aprovam a assistência. A avaliação “regular” é feita por 45% do público geral pesquisado, que reúne usuários dos serviços público e privado.

O levantamento faz parte da campanha da associação “2022: o ano de ouvir a saúde”, que visa pautar o setor público e privado. Ao todo, foram entrevistados mais de 3 mil brasileiros em 388 municípios que demonstraram suas percepções sobre os serviços oferecidos no país.

Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp, acredita que durante o enfrentamento da pandemia de Covid-19, cresceu a preocupação das pessoas com a qualidade dos serviços de saúde. “O brasileiro agora tem mais propriedade e conhecimento sobre os sistemas, partes boas e ruins. Ele se sente mais participante das discussões sobre o tema”, afirma.

Os achados da pesquisa indicam ainda que o nível de instrução da população está diretamente ligado à percepção dos brasileiros sobre os sistemas. Quanto mais alta a escolaridade, maior a insatisfação, que chega a 50% entre os que têm ensino superior.



A saúde no Brasil em 2023

Para colocar o tema no centro das discussões que antecedem o calendário eleitoral, a Anahp reuniu lideranças políticas na saúde para debater as ações que podem otimizar os serviços de assistência.

Para Humberto Costa, senador e atual presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, a pesquisa é um roteiro para quem está pensando a política de saúde daqui para frente. “Apesar do estudo apontar investimento em desenvolvimento tecnológico como prioridade, é preciso colocar o tema recursos humanos em evidência. Nós precisamos ter médicos que atendam no SUS com qualidade. Essa questão é fundamental. Por exemplo, regulamentar a telemedicina pode ser fantástico para capacidade de resolução na atenção básica, na própria área de especialidades, e fazer uso disso com a preocupação profissional, de recursos humanos, é essencial.”

Trabalhar a meritocracia na saúde pode ser um caminho. É o que sugere Osmar Terra, deputado federal pelo PMDB-RS. “Deveríamos ter um prêmio pela diminuição de pessoas acometidas por doenças e não pelo tratamento. Os profissionais que trabalham na ponta devem ter mapeado de maneira adequada desde a promoção da saúde até o atendimento ultrassofisticado. Quanto melhores forem os indicadores na área geográfica que o médico atua, mais ele deve ganhar. Isso faz com que o profissional esteja mais presente. Afinal, médico sem dedicação exclusiva não tem tempo para atender com qualidade”, considera. Essa harmonia entre prevenção, promoção e atendimento médico hospitalar tem que existir no sistema, de acordo com Terra.

A falta de cuidado com prevenção é preocupante e envolve mudança de hábito de vida, o que é muito difícil, segundo Denizar Vianna, professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. “Temos muitos desafios, esse é só um. Entender como fazer a integração dos setores público e privado e onde faz sentido que isso aconteça, é outro ponto relevante. Assim como telemedicina sem regulação gera mais gasto sem necessariamente entregar mais resultados. É um instrumental muito importante para dar acesso a mais de 5 mil municípios, mas precisamos do cuidado presencial também. Temos, ainda, que olhar para P&D com uma visão interministerial. Esses são os pontos principais para articular numa proposta.”

Para Leandro Piquet, professor e coordenador do Programa Partido Novo, na área da saúde é fundamental pensar a ideia de parcerias público privadas (PPPs) e a reforma do sistema previdenciário. “Passar para papel de prestador de serviço e não apenas de assistencialista para que não gere esse tipo de relação quase parasitária que existe também é uma preocupação. E, ainda, precisamos pensar de uma forma inovadora a importância fundamental nos gastos de saúde no setor privado, pensar a efetividade dos gastos e olhar o resultado final dos atendimentos”, completa.

Líderes das principais entidades do setor como Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Conselho Nacional de Saúde (CNSaúde), Interfarma, Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (Abimed), SindHosp, Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO), Sindusfarma, Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) foram responsáveis por compor o debate.

 

Gastos com saúde suplementar

Sete a cada 10 brasileiros (73%) usuários da saúde suplementar gastam até 33% da renda mensal para pagar pela assistência. Na perspectiva da Anahp, esse índice não é sustentável, mas a diminuição dos custos com essa despesa e ampliação dos serviços de saúde suplementar, estão diretamente ligadas à geração de emprego e renda. Isso porque a associação estima que cerca de 70% dos planos de saúde contratados no Brasil são feitos de forma corporativa. "Se a economia, o volume de empregos, a renda e salários não crescerem, de onde as pessoas e as empresas vão tirar dinheiro para aumentar o número de beneficiários?", questiona o diretor-executivo.

O estudo acende um alerta com relação às atividades de prevenção. A saúde suplementar no Brasil deixa a desejar no quesito ao constatar que apenas 15% dos usuários participam das iniciativas preventivas oferecidas visando o cuidado e a promoção à qualidade de vida. Segundo Antônio Britto, esse é um dos dados mais preocupantes da pesquisa. O executivo prevê que “se não começarmos rapidamente a dar mais importância para prevenção, a corrida para oferecer saúde de qualidade será perdida, porque o número de doenças crônicas está aumentando assim como a expectativa de vida.”

Novo governo
Quando questionados sobre o que desejam que seja a principal prioridade do próximo governo na área da saúde, em primeiro lugar, os brasileiros esperam mais tecnologia e inovação, seguido de maior disponibilidade de medicamentos gratuitos fornecidos pelo SUS.

Na visão de Britto, é preciso definir uma política de inovação, consistente, coerente e continuada para o setor. “O potencial dos nossos cientistas, reconhecido mundialmente e a capacidade produtiva de instituições como a FioCruz e o Butantan não são acompanhadas de políticas públicas e interesse privado que ampliem o nível de inovação. Por consequência, nós dependemos dos chamados grandes insumos para produção de vacinas, medicamentos e equipamentos. Isso ficou evidente durante a pandemia quando passamos a ter carência de insumos básicos para serviços assistenciais”, avalia o executivo.


Metodologia

Os dados da pesquisa “O que pensam os brasileiros sobre a saúde no Brasil?” foram coletados entre os dias 1 e 8 de abril de 2022, por meio de ligações telefônicas, adotando seleção aleatória do discador e IVR (Interactive Voice Response). Foram entrevistadas 3.056 pessoas acima de 16 anos em 388 municípios nas 27 unidades da Federação, sendo que 83% são usuários do SUS e 17% da saúde suplementar, mesmos percentuais do universo pesquisado. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%. Foi aplicada ponderação paramétrica para compensar desproporcionalidades nas variáveis de sexo, idade, grau de instrução, região e renda. Alguns resultados da pesquisa foram arredondados. Devido a esse processo, é possível que o somatório de algum dos resultados para algumas questões seja diferente de 100. Acesse o estudo na íntegra.


DIU: mitos e verdades sobre o método contraceptivo

Ginecologista da Criogênesis responde as dúvidas mais frequentes sobre o tema e ressalta a eficácia do dispositivo
 

O dispositivo intrauterino, popularmente conhecido como DIU, ao contrário do que muitos pensam, é apenas mais um método contraceptivo seguro, eficiente e reversível. Ele pode ser encontrado na rede pública de saúde e, mesmo no sistema privado, possui um ótimo custo-benefício. Contudo, dados do Ministério da Saúde, revelam que apenas 1,9% das mulheres em período fértil usam o DIU no Brasil. A justificativa para a baixa adesão está associada à falta de informações e o enorme número de dúvidas que existem sobre o método.

Pensando nisso, Renato de Oliveira, Ginecologista e Obstetra da Criogênesis, traz abaixo os principais mitos e verdades sobre o assunto e esclarece dúvidas frequentes que permeiam o uso do dispositivo intrauterino. Confira:
 

O aparelho pode prejudicar a fertilidade

Mito. "Desde que a mulher continue com o acompanhamento ginecológico regular e apropriado, a gravidez poderá ocorrer normalmente. O dispositivo só impossibilita a gravidez enquanto está sendo utilizado e, ao removê-lo, a paciente poderá engravidar naturalmente já no ciclo menstrual seguinte”, informa.
 

DIU engorda

Mito. O especialista explica que o DIU não provoca o ganho de peso e nem causa qualquer alteração do apetite, pois não utiliza hormônios para funcionar. “Apenas o DIU com hormônios, têm certo risco de causar esse tipo de alteração corporal. Porém, cada caso deve ser avaliado individualmente. Hoje em dia existem diversos exames capazes de fazer um mapeamento eficiente, nesse sentido”, afirma.
 

Não é indicado para todos os casos

Verdade. “Como todas as formas contraceptivas, o dispositivo também tem algumas restrições. Mulheres que possuem alguma malformação no útero, útero muito pequeno ou infecções uterinas recentes não devem fazer uso do aparelho. Ele também não é indicado para mulheres que ainda não começaram a vida sexual”, esclarece.
 

É 100% seguro

Mito. Renato comenta que, assim como os outros métodos anticoncepcionais, o DIU não descarta 100% a probabilidade de gravidez. Apesar do índice altíssimo de eficácia, que varia entre 99,5% para os de cobre e 99,8% para os hormonais, é indispensável ter consciência de que é possível engravidar mesmo fazendo uso do aparelho, já que a taxa de falha do dispositivo varia de 0,2 a 0,8%.
 

É normal sentir incômodos ou dor após a colocação

Verdade. “No primeiro mês, o DIU pode causar alguns desconfortos por ainda não estar totalmente acomodado dentro do corpo. Contudo, em caso de dores muito fortes ou se esses sinais não passarem após o período, é necessário voltar ao médico para examinar se a implantação do dispositivo foi realizada de forma correta”, finaliza.
 

Criogênesis


'Healthspan' está aumentando para pessoas com condições crônicas comuns

 

O número de anos saudáveis ​​que uma pessoa vive (Healthspan) está aumentando, mesmo para pessoas com condições crônicas comuns, de acordo com um novo estudo publicado na PLOS Medicine por Holly Bennett, da Universidade de Newcastle, Reino Unido. 

Nas últimas décadas, avanços na saúde mostram que muitas pessoas com condições crônicas estão vivendo mais. No novo estudo, os pesquisadores queriam determinar se essa extensão da vida envolve um aumento de anos com ou sem deficiência. A equipe analisou dados de dois grandes estudos populacionais de pessoas com 65 anos ou mais na Inglaterra. Os Estudos de Função Cognitiva e Envelhecimento (CFAS I e II) envolveram entrevistas de linha de base com 7.635 pessoas em 1991-1993 e com 7.762 pessoas em 2008-2011, com dois anos de acompanhamento em cada caso. 

Tanto para pessoas saudáveis ​​quanto para aquelas com problemas de saúde, a média de anos de expectativa de vida livre de deficiência (DFLE) aumentou de 1991 a 2011. No geral, os homens ganharam 4,6 anos na expectativa de vida (IC 95%: 3,7-5,5 anos. 

Entre 1991 e 2011, as mulheres experimentaram um aumento na expectativa de vida aos 65 anos de 2,1 anos (IC 95%: 1,1-3,0 anos. 

"Embora esses achados sejam principalmente positivos, encontramos um aumento na porcentagem de anos restantes passados ​​com deficiência para homens e mulheres com deficiência cognitiva. Dado que a deficiência cognitiva também foi a única condição de longo prazo em que a prevalência diminuiu, isso é motivo de preocupação e requer mais investigação", dizem os autores.

 

 Rubens de Fraga Júnior é professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

 

Fonte: Holly Q. Bennett et al, A comparison over 2 decades of disability-free life expectancy at age 65 years for those with long-term conditions in England: Analysis of the 2 longitudinal Cognitive Function and Ageing Studies, PLOS Medicine (2022).


Cuidados com a higiene da casa evitam problemas respiratórios

Quando as temperaturas caem e o ar se mantém seco, o sistema respiratório é agressivamente prejudicado, sobretudo em ambientes fechados. Uma das doenças mais frequentes nesses casos é a rinite alérgica. Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), o principal alérgeno, no Brasil, é o ácaro da poeira domiciliar, responsável por cerca de 80% das alergias respiratórias.

A dúvida para muitas pessoas é, justamente, como evitar esse mal, principalmente em períodos de baixas temperaturas, como nas épocas de outono e inverno. José Previero, especialista em higienização da Quality Lavanderia, indica algumas precauções simples no cuidado com o lar:

O principal local para começar a se precaver é com o quarto. Os colchões, travesseiros e almofadas devem ser devidamente higienizados periodicamente e trocados a cada cinco anos. As cortinas precisam ser lavadas pelo menos a cada seis meses, enquanto as roupas de cama podem ser trocadas uma vez por semana. Recomenda-se usar aspirador e pano úmido para limpeza do cômodo em vez de vassouras, que espalham o pó por todo o ambiente.

No frio, os primeiros itens que saem dos armários após longos meses sem uso são os cobertores e edredons, nesse caso, ainda antes do uso, é indicado a higienização das peças. Com isso, retira-se o possível odor de mofo e mantém a peça mais apropriada para uso.

Com os tapetes, outro item muito usado nessas épocas, a higienização deve ocorrer a cada seis meses, pois acumula número elevado de fungos e bactérias. Cada tipo de material do tapete, seja corda, algodão ou seda, necessita de um método diferente na limpeza para evitar o desgaste dos fios e manter a durabilidade da peça. A manutenção pode ser feita semanalmente, com o aspirador de pó. Já, os tapetes de banheiro, por conta da umidade, devem ser lavados semanalmente.

Com outros itens como poltronas, sofás e almofadas, tendem a acumular poeira, por isso devem ser higienizados adequadamente e com frequência, dessa forma, evita-se a proliferação de bactérias causadas pela poeira. As poltronas e sofás devem ser limpos, pelo menos, uma vez ao ano. Indica-se utilizar o aspirador de pó uma vez por mês para a manutenção. Já as capas das almofadas podem ser lavadas a cada dois meses. Se tiver pets em casa, deve-se usar o aspirador de pó duas vezes por semana em tapetes, por conta do acúmulo de pelos.

“Dessa forma, com pequenos cuidados, é possível manter a casa devidamente higienizada e livre do ácaro causador das alergias respiratórias”, ressalta Previero.

 

Quality Lavanderia

www.qualitylav.com.br


Número de exames de imagem para esclerose múltipla cresce 30% na rede pública, segundo dados de FIDI

Exame de ressonância magnética é fundamental no diagnóstico da doença

 

Um levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) -- gestora de serviços de diagnóstico por imagem em na rede pública -- aponta que, de 2020 para 2021, o número de exames com diagnóstico de esclerose múltipla cresceu 30% na rede pública onde FIDI atua (foram 262 casos em 2020 e 341 em 2021). Até o começo de maio de 2022, a organização fez 88 diagnósticos da doença.  

De acordo com o Ministério da Saúde, 2,8 milhões de pessoas vivem com esclerose múltipla no mundo e, no Brasil, aproximadamente 40 mil pacientes são acometidos pela doença.  

A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem os neurônios do sistema nervoso central. A doença atinge geralmente pessoas entre 20 e 40 anos de idade, predominantemente mulheres, e as causas envolvem predisposição genética com uma combinação de fatores ambientais, como exposição ao sol, tabagismo e obesidade, que funcionam como um “gatilho” para a manifestação da doença. 

“Existem quatro graus de esclerose, sendo definidos pela quantidade e duração dos surtos clínicos, em que o paciente pode ter a perda de força de um ou mais membros, dormências e/ou formigamentos nos pés, mãos (distúrbios de sensibilidade) e tontura que pode estar associada a náusea, vômitos, tremores, alterações na fala, dificuldade para caminhar e desequilíbrio. Nos graus mais leves, esses surtos podem durar dias ou semanas e desaparecerem, com recuperação completa das possíveis sequelas. Já nos graus mais graves da doença, os surtos são mais frequentes e podem causar declínio neurológico constante do paciente, podendo ou não haver recuperação dos sintomas após os surtos”, alerta Igor Santos, médico radiologista e superintendente de FIDI.

 

Diagnóstico e Tratamento

Os primeiros sintomas da doença são sutis e geralmente desaparecem depois de alguns dias, o que torna difícil o diagnóstico na fase inicial da doença. O paciente pode sentir formigamentos, dificuldade de andar, falta de equilíbrio e visão turva. 

“O diagnóstico de esclerose múltipla é basicamente clínico, mas já existem exames laboratoriais e de imagem que ajudam a confirmá-lo e a acompanhar o seu progresso. A ressonância magnética (RM) é um exame de imagem fundamental para o diagnóstico da EM, pois permite a visualização das lesões no cérebro e medula espinhal”, explica Igor.  

Embora ainda não haja cura, há tratamentos eficazes que aumentam as chances de remissão da doença, ou seja, o paciente passa anos sem apresentar sintomas ou surtos clínicos. A esclerose múltipla é controlada com remédios, como os imunomoduladores e imunossupressores e a prática de exercícios físicos e reabilitação auxiliam na melhora da qualidade de vida e de possíveis sequelas.

 

FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.


Gripes e resfriados: automedicação pode mascarar sintomas e trazer riscos

 

Automedicação pode trazer riscos, como alergias e efeitos colaterais
Créditos: Envato

Casos aumentam nos dias frios; comportamento pode desencadear problemas de saúde mais graves

 

Mesmo faltando um mês para o início do inverno (21 de junho), a frente fria que chegou ao Brasil baixou as temperaturas, já mostrando a cara da próxima estação. Como o frio e os ambientes mais fechados favorecem a transmissão de infecções virais, muita gente tira, além de casacos e cobertores do armário, os medicamentos para gripes e resfriados. Mas é preciso cuidar, porque embora eles tenham livre acesso nas farmácias, podem trazer alguns riscos. 

Uma pesquisa do Instituto Datafolha indica que o número de pessoas com 16 anos ou mais que tomam remédios por conta própria passou de 76% em 2014 para 89% em 2022. E entre os medicamentos mais consumidos livremente estão os indicados para gripe, resfriado, febre, tosse e dores de cabeça e barriga. “A automedicação sempre é um risco e mesmo os remédios mais comuns podem provocar alergias, efeitos colaterais ou interação com outros medicamentos. O ideal é sempre conversar com um médico antes de recorrer a esses remédios”, explica a médica da família e coordenadora do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação dos Hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, Maira Loeisch. “Nos casos de sintomas como febre alta que não melhora, dificuldade para respirar, manchas na pele e fadiga, é fundamental procurar atendimento médico”, complementa.


Alerta

O frio não age diretamente no sistema imunológico, mas pode ser um fator importante para gripes e resfriados. Isso acontece porque em dias mais gelados, a tendência é que as pessoas se concentrem em ambientes mais fechados, o que, aliado ao ar seco e frio, facilita o aumento de doenças respiratórias. 

Para evitar gripes e resfriados, a médica orienta que é importante usar roupas adequadas para manter o corpo aquecido. Outro alerta importante é tomar  cuidados também em casa, que acaba ficando menos arejada, para evitar mofo e áreas úmidas. “É preciso seguir com as recomendações dadas durante a pandemia, como higienização constante das mãos com álcool em gel. Boa alimentação, hidratação e higiene nasal com soro fisiológico auxiliam a evitar quadros respiratórios”, acrescenta Maira. 


Curso gratuito para cuidadores de pacientes com câncer de mama está com inscrições abertas

Unaccam realiza capacitação virtual com encontros semanais durante os meses de junho e julho


Estão abertas as inscrições para a Capacitação em Saúde Mamária ofertada pela Unaccam - União e Apoio no Combate ao Câncer de Mama. O curso, gratuito e online, tem o objetivo de capacitar pessoas para cuidar de pacientes com câncer de mama. Será realizado de 13 de junho a 04 de julho, durante todas as segundas-feiras, das 18h30 às 21h30.

A programação contempla temas como o panorama sobre o câncer de mama no Brasil e no mundo; fisiopatologia; fatores de risco (prevenção); rastreamento e diagnóstico; genética; inovações e acesso aos medicamentos e tratamentos; papel da dieta e hábitos; o paliar (papel de médicos/psicológos/enfermeiros), direitos do paciente com câncer, entre outros. 

“Educar para a cura. Capacitar e atualizar voluntários, cuidadores e profissionais multidisciplinares sobre os cuidados para a saúde mamária, além de auxiliar no diagnóstico precoce do câncer de mama, o curso ainda traz conhecimentos importantes para o apoio ao paciente e para a redução da mortalidade”, esclarece Clarisia Ramos, presidente da Unaccam. A capacitação está em sua vigésima sexta edição e já formou mais de 2 mil pessoas. 

A terapeuta de família, Eneida Souza, que atua voluntariamente com famílias de pacientes com câncer, relata que o principal ganho do curso foi adquirir conhecimento aplicável em sua rotina de voluntariado. “Durante o curso temos a oportunidade de conviver com pessoas que possuem diversos tipos de relacionamento com pacientes com câncer e até mesmo os próprios pacientes que se inscrevem como alunos. Isso nos abre uma nova perspectiva”. 


Curso de Capacitação em Saúde Mamária – Unaccam 2022: 

Quando: de 13/06 a 04/07

Horário: das 18h30 às 21h30

Realização semanal via Zoom

Taxa colaborativa: 1 mamografia

Inscrições:  https://www.unaccam.org.br/


Ligada à principal causa de morte do Brasil, a doença aterosclerótica é decorrente do colesterol LDL alto¹

O controle do colesterol LDL pode salvar milhares de brasileiros todos os anos²; A doença aterosclerótica, ou o entupimento de artérias, pode levar ao infarto e AVC isquêmico³

 

No Brasil, a principal causa de morte são o infarto agudo do miocárdio e o AVC (Acidente vascular cerebral)[4]. Ambas estão relacionadas à doença aterosclerótica, responsável pelo bloqueio das artérias, que, parcial ou totalmente, pode levar ao infarto ou AVC isquêmico. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), no Brasil anualmente morrem 400 mil pessoas em decorrência de doenças do coração[5].

A doença aterosclerótica é caracterizada pela obstrução arterial, que diminui a quantidade de sangue oxigenado distribuído para as células, levando-as à morte. A obstrução nas artérias que nutrem o coração – artérias coronárias – são graves e podem levar à morte[4], e o fator principal que induz ao entupimento das artérias é o descontrole dos níveis de colesterol LDL[6].

“No corpo humano circula o colesterol LDL – abreviação de Low density Lipoprotein. O LDL é responsável por levar colesterol para as células do corpo[7], mas se presente em excesso ou em combinação com outros fatores de risco, como pressão alta, tabagismo, diabetes ou obesidade, pode danificar a delicada estrutura das artérias e desencadear o fenômeno de aterosclerose[8]. Uma forma de evitar ou atenuar este processo se dá pela adoção de um estilo de vida saudável, diminuição no consumo de gordura de origem animal, atividade física regular, controle do peso e abolição do consumo de cigarros4”, comenta o Dr. Sergio Kaiser, cardiologista e professor adjunto de medicina interna da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Entretanto, em muitos casos apenas o estilo de vida saudável pode não ser suficiente havendo necessidade de uso de medicamentos para reduzir os níveis de LDL no sangue. O descontrole do colesterol LDL é responsável por cerca de 100 mil óbitos por ano[9]. Apesar da necessidade de haver mudança na dieta, ela é responsável por apenas 25% dos níveis de colesterol[10].

É de extrema importância realizar o controle do colesterol LDL. Não seguindo com o tratamento, é possível que doenças do coração se desenvolvam e levem o paciente a óbito. Embora seja perigoso o não controle, 62% dos pacientes de alto e muito alto riscos cardiovasculares possuem níveis descontrolados[11]. O tratamento é baseado em uma vida saudável, medicamentos e acompanhamento médico.

“Idealmente o controle adequado das taxas de colesterol no sangue implica visitas regulares ao médico especialista e acompanhamento dos exames se sangue. Cada organismo possui suas singularidades, as pessoas possuem percepções distintas sobre o risco à saúde. Portanto, não obstante a existência de metas gerais de controle do colesterol - e também de pressão arterial, peso e glicose no sangue - definidas por diretrizes, há de se levar em conta uma avaliação individualizada”, diz o especialista.

O descontrole dos níveis de colesterol LDL e suas potenciais consequências, como infarto e AVC isquêmico pode não resultar em óbito, mas mesmo assim pode deixar sequelas e aumentar as chances de recorrência do episódio[12],[13].Um dado a ser levado em consideração é que cerca de 50% dos pacientes diagnosticados com doenças cardíacas, vão a óbito em até cinco anos após a descoberta da doença[14]. “É importante ressaltar que pacientes que já tiveram um evento cardiovascular, como infarto e AVC isquêmico, são considerados de muito alto risco e para estes, a meta de colesterol LDL a ser atingida, conforme orientação das diretrizes brasileiras de prevenção cardiovascular[15], é igual ou inferior a 50 mg/dL, uma das diretrizes mais avançadas do mundo”, completa.

Para salientar esse fato para a comunidade médica, será realizado, no dia 28 de maio, em Porto Alegre, o “Summit Continuum Cardiovascular”, cujo objetivo é promover a atualização de especialistas com foco no cuidado contínuo com a saúde do coração.

 

 

Referências:

[1] III Diretrizes Brasileiras Sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em: http://old.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2001001500001&script=sci_arttext. Acesso em 04 mai. 2022.

[2] https://bvsms.saude.gov.br/08-8-dia-nacional-de-prevencao-e-controle-do-colesterol-2/

[3] Aumenta o número de mortes por doenças cardiovasculares no primeiro semestre de 2021. Disponível em: https://www.portal.cardiol.br/post/aumenta-o-n%C3%BAmero-de-mortes-por-doen%C3%A7as-cardiovasculares-no-primeiro-semestre-de-2021. Acesso em 03 mai. 2022.

[4] Caracterização do perfil epidemiológico da mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil: um estudo descritivo. Disponível em: https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/enfermagembrasil/article/view/5030. Acesso em 04 mai. 2022.

[5] Aumenta o número de mortes por doenças cardiovasculares no primeiro semestre de 2021. Disponível em: https://www.portal.cardiol.br/post/aumenta-o-n%C3%BAmero-de-mortes-por-doen%C3%A7as-cardiovasculares-no-primeiro-semestre-de-2021. Acesso em 03 mai. 2022.

[6] Padrão lipídico discordante e placa aterosclerótica carotídea. Importância do Colesterol Remanescente. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abc/a/YCxvMVV4q4SVbJRRtCdrTfB/?lang=pt. Acesso em 04 mai. 2022.

[7] 08/8 – Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/08-8-dia-nacional-de-prevencao-e-controle-do-colesterol-2/. Acesso em 03 mai. 2022.

[8] Padrão lipídico discordante e placa aterosclerótica carotídea. Importância do Colesterol Remanescente. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abc/a/YCxvMVV4q4SVbJRRtCdrTfB/?lang=pt. Acesso em 04 mai. 2022.

[9] https://bvsms.saude.gov.br/08-8-dia-nacional-de-prevencao-e-controle-do-colesterol-2/

[10] WebMED. Cholesterol Overview. Accessed July 2021. Available from https://www.webmd.com/cholesterol-management/ss/slideshow-cholesterol-overview.

[11] Machline-CarrionMJ, SantucciEV, Damiani LP, BahitMC, Málaga G, Pontes-Neto OM, Martins SCO, ZétolaVF, Normilio-Silva K, Rodrigues de Freitas G, Gorgulho A, De Salles A, Pacheco da Silva BG, Santos JY, de Andrade Jesuíno I, Bueno PRT, Cavalcanti AB, Guimarães HP, Xian Y, BettgerJP, Lopes RD, Peterson ED, BerwangerO; BRIDGE-StrokeInvestigators. Effectofa QualityImprovementInterventiononAdherencetoTherapiesfor PatientsWithAcuteIschemicStrokeandTransientIschemicAttack: A Cluster RandomizedClinicalTrial. JAMA Neurol. 2019 Aug1;76(8):932-941. doi: 10.1001/jamaneurol.2019.1012. PMID: 31058947; PMCID: PMC6692700

[12] lll Diretriz sobre tratamento do infarto agudo do miocárdio. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abc/a/J9pQBbtX8gfhXFTGgSRBpTz/. Acesso em 04 mai. 20222.

[13] Acidente vascular cerebral (AVC). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/avc-acidente-vascular-cerebral/. Acesso em 03 mai. 2022.

[14] https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_doenca_cronica.pdf

[15] Arq Bras Cardiol. 2019; 113:787-891


Entenda mais sobre o freezing, distúrbio do movimento que afeta as pessoas com Doença de Parkinson

Farmacêutica Zambon alerta sobre os sintomas da patologia que atinge principalmente os idosos; adequações no tratamento, com terapia combinatória de safinamida, e atendimento multiprofissional, podem elevar a qualidade de vida do paciente


Embora os tremores sejam a característica mais marcante da Doença de Parkinson, eles não são os primeiros sintomas a aparecer. Lentidão dos movimentos, rigidez muscular, perda do equilíbrio, alterações na fala e na escrita são características importantes da doença neurológica que provoca a degeneração das células de uma região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. Quando há falta ou diminuição no fornecimento de dopamina, o controle dos movimentos musculares1,2 é prejudicado. 

“Embora os tremores sejam característicos da Doença de Parkinson, 20% dos pacientes podem não apresentar esse sintoma3. É muito frequente ouvirmos o relato de pessoas que ficaram meses passando de reumatologista em reumatologista, de ortopedista em ortopedista, porque estavam como uma rigidez no braço ou uma lentidão no movimento”, relata a presidente da Associação Brasil Parkinson, Erica Tardelli, referindo-se à bradicinesia. “Quando não há o tremor, somente a lentidão e a rigidez, demora-se muito para fazer o diagnóstico e isso retarda o início do tratamento”, lamenta. 

Erica explica que até iniciarem a reposição da dopamina, todos os pacientes são lentos. “A lentidão pode ser uma dificuldade para se vestir, escrever, digitar ou realizar um movimento que exige a coordenação motora fina, como o uso do fio dental”, exemplifica. Outro problema que assombra as pessoas com Parkinson e aparece com a evolução da doença é o congelamento da marcha, conhecido como freezing. 

“O paciente para de andar subitamente quando está em um ambiente de estresse, de ansiedade. Ele precisa passar num corredor estreito ou sair de um elevador onde há um monte de gente atrás dele querendo sair rápido e isso gera um bloqueio. Os pés grudam no chão e não adianta puxar, porque ele não vai sair do lugar e ainda pode cair”, explica Erica Tardelli. “Existem comandos para ajudá-lo a acessar a informação necessária para dar o primeiro passo”, acrescenta.
 

Medicamentos

O tratamento com medicamentos é fundamental para evitar a degradação da dopamina, além da deterioração das funções cerebrais e o controle dos sintomas do Parkinson. Eles não curam a doença, mas melhoram a qualidade do tempo ao lado dos amigos e familiares. 

Consenso publicado recentemente por 10 especialistas em distúrbios do movimento4, de diferentes áreas, reforçam os benefícios do mesilato de safinamida na redução dos sintomas e flutuações motoras, promoção da qualidade de vida e segurança no tratamento da Doença de Parkinson. Entre os sintomas não-motores, são apontados como ganhos da nova terapia a diminuição da dor, a melhoria da qualidade do sono e do humor dos pacientes.

O mesilato de safinamida é um inibidor de MaoB (monoamina oxidase) com duplo mecanismo de ação: dopaminérgico e não dopaminérgico5 e deve ser utilizada em combinação com a levodopa (dopamina) e não como monoterapia. “Estudos de vida real vêm demonstrando a segurança e tolerabilidade do mesilato de safinamida, inclusive em populações acima de 75 anos com comorbidades, bem como em pacientes tomando antidepressivos, o que sempre foi uma preocupação para os neurologistas associar a classe de inibidores da MAOB com antidepressivos 6,7”, destaca a coordenadora de Assuntos Médicos da Zambon, Mônica Bognar.


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Raiva humana: médico tira dúvidas sobre doença

A raiva é uma doença viral, transmitida ao homem pela inoculação do vírus rábico, contido na saliva do animal infectado, principalmente através da mordedura. O médico Tasso Carvalho explicou como a doença age no corpo, seus sintomas e formas de transmissão.

“A doença caracteriza-se como uma encefalite progressiva aguda e letal, apresenta dois grupos básicos de transmissão: o urbano e o rural. O urbano ocorre principalmente entre cães e gatos e é de grande importância nos países do terceiro mundo, e o rural, que ocorre principalmente entre morcegos, macacos e raposas”, disse.

De acordo com o profissional de saúde, os principais sintomas são: “mal-estar geral, febre, perda do apetite, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, irritabilidade. Em fase mais avançada pode causar delírios, espasmos musculares involuntários e convulsões.”

Conforme o médico, todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmiti-la. Já existem casos documentados de transmissão inter-humana.

Por fim, Tasso afirmou que a doença pode ser fatal. “A progressão da doença pode ser fatal por conta do caráter progressivo do acometimento neurológico, inicialmente periférico e evoluindo para o sistema nervoso central. Nessa fase, causa uma difusa inflamação do parênquima cerebral chamada encefalite – fase fatal em 100% dos casos”.



Dr. Tasso Carvalho - Mestre em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-graduação Strictus Sensus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e é médico pela pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Tasso também é nutrólogo pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran e AMB). Foi Coordenador do Curso de Medicina na Universidade Estadual Sudoeste da Bahia (UESB) durante dois anos. O médico criou a Integrative Academy, uma plataforma onde já ministrou 12 cursos que falam desde terapias de equilíbrio hormonal, de homeostase hormonal, base da fisiologia à terapêutica.
Registros: CRM 18983 e RQE 12749


63% das brasileiras acham que a saúde pública não está preparada para lidar com mulheres que sofrem aborto, diz estudo

Principalmente as mulheres dos 30 aos 34 anos, com 69% das participantes. 


Cerca de 23 milhões de gestações em todo o mundo terminam em aborto espontâneo a cada ano; conforme demonstram estimativas publicadas na revista médica The Lancet em 26 de abril de 2021. No entanto, nem sempre as mulheres recebem o apoio e o cuidado adequados após tão grande perda. Especialmente quando passam pelo procedimento de curetagem, que não é fácil, e é muito doloroso. Muitas vezes, após passar por ele, as pacientes são simplesmente instruídas a “apenas tentar novamente”.

E por isso, conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 63% das brasileiras acreditam que a saúde pública não está preparada para lidar com mulheres que sofrem perda gestacional, e precisam fazer curetagem. Principalmente as mulheres dos 30 aos 34 anos, com 69% das participantes, seguido das mulheres dos 35 aos 44 anos, com 68% das respondentes.

Os dados por estados demonstram que no Espírito Santo, 77% das participantes concordam com a falta de preparo da saúde pública. No Rio de Janeiro, 72% acreditam nesta afirmação. E em São Paulo, 67% das participantes concordam que o SUS não está preparado para lidar com mulheres que sofrem aborto e passam pela curetagem.

Um dos motivos da falta de preparo da saúde pública deve-se ao fato de que em alguns hospitais, o procedimento da curetagem é feito em conjunto com o setor da maternidade. Isso pode aumentar ainda mais a tristeza da mulher em relação à sua perda. E 45% das participantes acreditam que este não é o melhor acolhimento para quem passa por uma situação de perda gestacional. Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 47% das entrevistadas. 

No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, 49% das participantes concordam que este não é o melhor tipo de acolhimento. No Paraná e no Rio Grande do Sul, 47% e 46%, respectivamente, concordam com esta afirmação. Já em São Paulo e Santa Catarina, o percentual de mulheres que concordam que este não é o melhor acolhimento é de 43%.


Chegada do outono/inverno traz aumento no número de casos de sinusite

 Doença é uma inflamação na mucosa dos seios da face e atinge uma em cada cinco pessoas

 

A sinusite é uma inflamação na mucosa dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos, que afeta uma em cada cinco pessoas no mundo e pode ser desencadeada por diversos fatores como poluição do ar, alergias e gripe. Por conta desses últimos fatores, as estações de outono e inverno costumam trazer consigo um aumento no número de casos da doença. 

“O outono/inverno é um período do ano que apresenta aumento na incidência de quadros infecciosos virais (gripes e resfriados). Isso, por consequência, pode levar a aumento na incidência de sinusite aguda que é uma complicação bacteriana destas infecções virais”, afirma o Dr. Ali Mahmoud, otorrinolaringologista do Hospital Santa Catarina - Paulista. 

“Os sintomas clássicos de sinusite aguda são: obstrução nasal, secreção nasal amarela ou esverdeada, muco descendo do nariz para a garganta, tosse, dor em face ou região frontal e eventualmente febre. Lembrando que somente a dor de cabeça e dor em face isolados não representam sinusite”, explica o médico.  

A sinusite aguda também pode acarretar no desenvolvimento de complicações oculares, ósseas e neurológicas, sendo muitas delas graves e com necessidade de tratamento cirúrgico. “Os sintomas que podem apresentar maior gravidade são: febre alta, dor de forte intensidade, edema em volta dos olhos, baixa de acuidade visual ou eventual perda de visão e sintomas neurológicos, além de vermelhidão em face ou em volta dos olhos. Outro sinal de complicação pode ser edema com massa localizados na região frontal”, afirma o otorrinolaringologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

Toda a população está sujeita a desenvolver a doença. Casos recorrentes precisam ser analisados por um profissional, que analisará fatores anatômicos e funcionais para coibir o desenvolvimento. No caso de tratamento, o tradicional é a lavagem nasal com soro fisiológico. “Nos casos de complicações graves ou quadros que não melhoraram com o tratamento inicial, pode ser necessária a realização de exames complementares, como a tomografia computadorizada de seios paranasais. E em caso de complicação estabelecida, o tratamento cirúrgico pode ser necessário”, conclui Dr. Mahmoud.

 

Confira cinco passos para evitar o desenvolvimento de sinusite 

· Previna-se para que quadros respiratórios não evoluam para uma sinusite. Isso pode ser feito a partir da lavagem nasal com soro fisiológico;

· Evite o ar-condicionado. Ele pode ressecar as mucosas e disseminar agentes infecciosos;

· Beba muita água quando estiver com quadros gripais;

· Evite ficar muito tempo em locais fechados e sem ventilação;

          · Procure ajuda médica em casos de febre e dores intensas

 

Por que temos mau hálito após ingerir álcool?

Com a chegada da vacina, muitas pessoas estão ansiosas para começar a folia


O álcool pode ser uma bebida muito perigosa se ingerida em excesso. Não só socialmente, com problemas no trânsito, por exemplo, em decorrência de desmaios e tonturas, as bebidas alcoólicas podem ser um perigo para a saúde. Muito comum saber dos problemas no fígado que o ácool pode gerar, esse tipo de bebida também pode gerar problemas na saúde bucal.

“Muitas pessoas, na hora de consumir bebidas alcoólicas, acabam esquecendo de que a higiene bucal é muito importante para a saúde e qualidade de vida. Para evitar sofrer de mau hálito, por exemplo, é muito importante tomar alguns cuidados”, explica Dra. Cláudia Gobor, dentista especializada no tratamento das alterações de hálito. Algumas bebidas, ingeridas em excesso, por terem grande quantidade de açúcar, podem gerar problemas e alterações no hálito e problemas na saúde bucal, como sensibilidade, dor e até cárie.

Na questão do hálito, a Presidente da Associação Brasileira de Halitose, explica que “O álcool tem efeito diurético, o que diminui o fluxo salivar, deixando a boca mais seca e causando o mau hálito”. Para beber e festejar sem ter consequências na sua saúde bucal, é importante tomar alguns cuidados, como:

Escovar os dentes no mínimo 3 vezes ao dia e passar o fio dental com eficácia não é dever somente para os dias úteis. Mantenha os seus dentes limpos e evite problemas bucais;
Beber água também pode ser uma boa dica, já que além da digestão, ela evita a proliferação de bactérias da boca.

Para comemorar com segurança, cuidar do hálito e da sua saúde é muito importante. "Cuidar da saúde bucal pode ser por vezes um hábito ignorado pela maioria das pesosas. Cuidar da pele e da saúde de outros órgãos é muito importante também, mas manter a higiene e tomar alguns cuidados com a higiene bucal pode ser essencial para uma boa qualidade de vida”, alerta a especialista.

 

Dra. Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose
Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e Atual Conselheira Consultiva
website: https://www.bomhalitocuritiba.com.br/
Instagram: @bomhalitocuritiba
Facebook: @bomhalitocuritiba

Casos de Doenças Inflamatórias Intestinais crescem no Brasil. Conheça as causas, sintomas e os tratamentos.

A enfermidade está relacionada com o histórico familiar e afeta o dia a dia do paciente

 

O Maio Roxo foi criado para alertar a opinião pública para o aumento da prevalência das Doenças inflamatórias intestinais (DII), males que atingem cinco milhões de pessoas no mundo e que vem crescendo no Brasil.  

“As doenças inflamatórias intestinais autoimunes que inflamam e adoecem o tubo digestivo. São 2 tipos principais: Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa. A Doença de Crohn inflama todas as camadas intestinais e pode comprometer uma extensão da boca até o ânus do paciente. Retocolite Ulcerativa acomete somente o intestino grosso e o reto, com inflamação somente da camada mais superficial do intestino”, explica Fernando Bray, coloproctologista e cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Santa Catarina -- Paulista.  

No Brasil, a prevalência das DII atinge de 12 a 55 em cada 100 mil habitantes. A maior concentração de brasileiros que sofrem com as doenças fica nas regiões sul e sudeste e a maioria são mulheres. Os números são menores do que em países como EUA e Canadá, onde a prevalência pode chegar próxima a 120/130 para cada 100 mil moradores.  

“As causas são multifatoriais: dieta, microbiota intestinal (microorganismos que vivem no intestino), estresse, uso de antibióticos e anti-inflamatórios. Podemos identificá-las via exames de imagens, endoscópicos e biomarcadores fecais”, diz Bray  

Os principais sintomas das DII são sangramento e muco nas fezes, dor abdominal, diarreia, emagrecimento sem causa aparente, fraqueza, gases, falta de apetite, febre, náuseas e vômitos. No Brasil, de acordo com estudo produzido em 2020, o brasileiro demora em média 62 meses, ou mais de cinco anos, para ser diagnosticado com algum dos males, fazendo com que muitas pessoas não saibam como se tratar e percam dias de trabalho ou escola.  

“Os fatores de risco das Doenças Inflamatórias Intestinais não são conhecidos. Embora existam algumas causas que podem aumentar as chances como a parte genética, reação anormal ao sistema imunológico, fatores ambientais como vírus, bactérias, dietas, tabagismo entre outras. Ela é mais comum em caucasianos e é mais comum surgir entre os 10 e 40 anos de idade”, explica Rafael Sanchez Neto, coloproctologista e cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Santa Catarina-Paulista.  

Há duas formas de tratamento: o medicamentoso e o cirúrgico. No medicamentoso são utilizadas drogas anti-inflamatórias intestinais, que minimizam a irritação do intestino. Também podem ser utilizados antibióticos, que traçam abscessos e infecções secundárias, corticosteroides, que desinflamam e modulam o sistema imunológico. Há também a possibilidade da utilização de remédios biológicos, que assim como os corticosteróides, também modulam o sistema imunológico.  

“O tratamento cirúrgico depende com relação ao Crohn e a Retocolite Ulcerativa. Tanto um quanto o outro é indicada a cirurgia, quando a terapia clínica não surte resultados. A partir disso, na doença de Crohn, é necessário tirar a parte do intestino doente e fazer uma anastomose (ligar duas partes do intestino). Após a cirurgia, o intestino funciona normalmente, apenas com mais evacuações. Entre seis a dez pessoas que fazem a cirurgia podem ter a recorrência da doença”, afirma Sanchez Neto.  

Em relação a Retocolite Ulcerativa, um em cada três pacientes com mais de 30 anos terão que fazer uma cirurgia. Pelo fato da doença afetar mais o intestino grosso ou cólon, a cirurgia será uma colectomia (ressecção cirúrgica de uma parte ou da totalidade do intestino grosso) parcial ou total. Nos casos que afetam o intestino fino ou ânus, é preciso fazer uma ação localizada.

 

Cinco passos para evitar as DII

  • Caso já tenha sofrido com alguma das DII, evite alimentos que estão associados ao aparecimento delas;
  • Faça exercícios físicos;
  • Não fume;
  • Adote uma dieta com baixo teor de gordura e com muitas fibras;

·         Evite alimentos picantes e vegetais que aumentam a produção de gases


Maio Verde: Mês de Conscientização da Doença Celíaca

Pacientes com doença celíaca podem apresentar alterações neurológicas
 

A doença celíaca é uma condição autoimune e genética desencadeada pela ingestão de glúten (proteína presente em grãos como trigo, aveia, centeio e cevada). Ela agride as células de defesa do organismo do paciente, causando um processo inflamatório que afeta principalmente o intestino delgado, levando à atrofia das vilosidades no órgão e diminuindo a capacidade de absorção dos nutrientes. A forma clássica da doença, mais conhecida inclusive entre os próprios celíacos diagnosticados, conta principalmente com sintomas intestinais, como: diarreia, perda de peso, excesso de gases e distensão abdominal. Muitas vezes, quando os sintomas não são óbvios, existem dificuldades para a identificação por meio de outras manifestações, como as alterações neurológicas. 

Apesar de não ser uma doença rara, essa é uma condição ainda incompreendida, principalmente no Brasil: estima-se que 1% da população mundial tem a doença celíaca. Porém, no país, ainda não existe uma estatística oficial que defina o número de celíacos, segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), principalmente devido à dificuldade que muitos pacientes encontram para obter o diagnóstico adequado. Não há cura e, até o momento, o único tratamento possível é a retirada total de alimentos que contenham glúten.

 

A doença celíaca e as alterações neurológicas

Na forma não clássica da doença celíaca, os sintomas podem não ser tão claros ou evidentes para o paciente e para o médico, o que dificulta ainda mais o diagnóstico. “A doença celíaca é considerada multissistêmica, portanto pode acometer inúmeras regiões do organismo, incluindo o cérebro”, explica o Dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein. “Entre as principais formas de manifestações neurológicas da condição estão a cefaleia, a neuropatia periférica e a ataxia”, conclui o especialista.

Segundo o Dr. Marcelo Valadares, acreditou-se por muito tempo que as manifestações neurológicas de celíacos estavam relacionadas com a perda de vitaminas ocasionada pelos danos do glúten ao intestino delgado. “Em 1966, entretanto, uma pesquisa realizou a biópsia de tecidos cerebrais e nervos periféricos, e observou-se que havia inflamação. Essa inflamação teria origem na resposta imunológica adequada, atacando as próprias estruturas dos sistemas nervoso central e periférico”, explica.

Entre as principais formas de manifestação neurológica observada em celíacos, está a ataxia. “As ataxias são sintomas de incoordenação motoras no cerebelo, que é responsável por diversas funções. Pacientes com doença celíaca frequentemente podem ter um processo inflamatório no cerebelo, e isso pode levar à incoordenação da fala e dos movimentos dos braços ou pernas”, esclarece o neurocirurgião. Além disto, outra reação comum é a neuropatia periférica, que acomete os nervos das mãos e dos pés. “Ela pode causar principalmente alterações de sensibilidade, como percepção do toque, de temperatura, de vibração e, até mesmo, de alteração de força. Outra doença também pode causar neuropatia periférica é o diabetes melittus”.

O Dr. Marcelo Valadares explica, ainda, que a dor de cabeça relacionada à doença celíaca está relacionada a citocinas inflamatórias. “O contato com o glúten desencadeia uma resposta sistêmica com produção de irradiadores inflamatórios que causariam, por exemplo, os sintomas das dores de cabeça. É por isso que um celíaco diagnosticado que reduz o glúten e tem enxaqueca, por exemplo, diminui a frequência das dores com a retirada da proteína da alimentação”, finaliza o médico.
 


Dr. Marcelo Valadares - médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein.  A Neurocirurgia Funcional é a sua principal área de atuação, sendo que o neurocirurgião trabalha em São Paulo e em Campinas. Seu enfoque de trabalho é voltado às cirurgias de neuromodulação cerebral em distúrbios do movimento, cirurgias menos invasivas de coluna (cirurgia endoscópica da coluna), além de procedimentos que envolvem dor na coluna, dor neurológica cerebral e outros tipos de dor.


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