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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Preocupação com saúde mental dobra após pico da pandemia, aponta pesquisa da The Bakery

 Estudo da empresa global de inovação corporativa mostra a evolução do setor de bem-estar no país no último ano e conclui que sentimentos antagônicos de ansiedade e esperança aumentaram entre os brasileiros, enquanto medo diminuiu. Em busca do equilíbrio mental, praticar exercícios, ouvir música e fazer terapia são os principais recursos listados, seguidos por meditação e uso de medicamentos;

 

Consultoria também compara o uso de diferentes soluções tecnológicas e mapeia 70 startups nacionais e internacionais de bem-estar físico e mental, qualidade do sono, diagnóstico em casa, alimentação saudável, gamificação e internet das coisas

 

 

 

Desde o pico dos casos de Covid-19 no ano passado até hoje, com a vacinação em curso, a saúde mental é a preocupação que mais cresceu entre os brasileiros apesar da atenuação da pandemia: de 26% para 45% (quase o dobro). Os aspectos mais afetados na vida das pessoas no último ano são, em primeiro e segundo lugar, a saúde mental e o trabalho, seguidos pelas relações de amizade, finanças e família. Os dados estão na pesquisa “Tendências do setor de bem-estar: o impacto da flexibilização da quarentena”, conduzida pela The Bakery, empresa global de inovação corporativa.

 

A coleta de dados foi realizada no período de 24 de agosto a 10 de setembro de 2021, por meio de pesquisa online e voluntária em todas as regiões do Brasil, com 512 pessoas de todas as idades e 97% dos respondentes tomaram pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19. Trata-se do segundo estudo comparativo em relação à primeira versão de meados de 2020 intitulada “O que tem tirado o sono dos brasileiros”, que apontou que metade da população estava dormindo pior na quarentena (a tendência se mantém).

 

Além de mostrar a evolução das rotinas dos brasileiros, da qualidade do sono e das relações pessoais e de trabalho, o relatório traz ainda um mapeamento de 70 startups nacionais e internacionais divididas em 8 categorias: bem-estar físico, bem-estar mental, qualidade do sono, vacina e diagnóstico em casa, alimentação saudável, cuidados de beleza, gamificação e internet das coisas.

 

“Das 70 startups selecionadas, metade é voltada para o bem-estar e a saúde mental. São 37 brasileiras e 33 internacionais. Essas soluções se multiplicaram rapidamente e vêm se destacando nesse período de pandemia, o que reforça a centralidade que esses aspectos ganharam na vida das pessoas”, afirma Felipe Novaes, cofundador da The Bakery.

 

A consultoria possui uma ampla rede global de soluções, composta por milhares de empreendedores, mentores, professores, pesquisadores e investidores em mais de 30 países. Foi a partir desse conhecimento que chegou a uma seleção minuciosa e direcionada para o recorte temático da nova pesquisa. Entre as startups mapeadas, estão a brasileira Zenklub, aplicativo para apoio de psicólogos e terapia online sem sair de casa, e a norueguesa No Isolation, que promete reduzir a solidão e o isolamento social através de uma tecnologia acolhedora de telepresença para adultos e crianças, como é o caso do robô AV1.

 

 

  

Principais sentimentos dos brasileiros e como driblam os problemas

 

Entre os resultados do novo estudo na comparação com o primeiro, nota-se junto aos entrevistados que a sensação de ansiedade continua sendo a mais apontada (42% 44%), seguida do sentimento de esperança (12% 18%). Já a sensação de medo sofreu queda de um ano para o outro (10% 3%). Na contagem total de sentimentos listados, os negativos (ansiedade, estresse, medo e tristeza) aparecem com mais frequência do que os positivos (esperança, tranquilidade e empatia): 68,3% e 28,4%, respectivamente.

 

“O resultado, na verdade, corrobora para esta maior atenção à saúde mental, justamente porque sentimentos negativos ainda estão muito presentes no dia a dia das pessoas, com a ansiedade liderando em ambas as edições do estudo com mais de 40%”, destaca Novaes.

 

Em relação ao que tem sido feito em prol da saúde mental, os recursos mais utilizados são praticar exercícios físicos, que subiu de 33% para 44%, e ouvir música (40% 33%). A quantidade de brasileiros fazendo terapia dobrou (15% 29%), assim como o consumo de medicamentos (7% 13%). Já a prática da meditação, que surgiu com força durante o isolamento social, caiu ligeiramente esse ano (21% 16%).

 

Tecnologias mais utilizadas e recorte por gênero

 

Dos 110 respondentes que disseram utilizar uma ou mais tecnologias para lidar com o sono e a saúde mental, 60% têm entre 18 e 34 anos. A pesquisa revelou ainda que homens e mulheres utilizam essas tecnologias de formas distintas. Enquanto eles usam mais dispositivos para monitoramento do sono e controles de iluminação e sons no quarto, elas recorrem a aplicativos para consultas médicas e plataformas para novos estudos. Os pontos em comum são os aplicativos para meditar e as plataformas de videochamada para falar com amigos e família.

 

“As tecnologias têm um papel paradoxal na pandemia. Ao mesmo tempo em que podem ser vilãs, levando à exaustão física e mental se usadas em excesso, também oferecem suporte e soluções para esses problemas”, argumenta Novaes. 

 

 

Em relação ao sono, principal foco da pesquisa anterior, não houve mudanças significativas, permanecendo uma porcentagem alta da população que está dormindo pior do que no período anterior à pandemia (44% 47%) e igual (44% 44%). O percentual de quem dorme melhor caiu ligeiramente (12% 9%). O brasileiro em geral está mais preocupado em encontrar alternativas para dormir melhor. As pessoas têm realizado exercícios físicos, se alimentando melhor e lido mais para ter uma boa noite de sono, além de recorrer às tecnologias como suporte”, destaca Novaes.


 

Metade dos pesquisados trabalha no modelo home office e está mais ansioso

 

Se os brasileiros estão se sentindo mais afetados no campo mental, o impacto no aspecto profissional diminuiu em comparação ao ano anterior, embora siga alto e apareça em segundo lugar (52% 39%). Ao confrontar as duas edições, 2021 se destaca como um ano de novas conquistas, com um aumento de 18 pontos percentuais no número de pessoas que conseguiram um novo emprego, passando de 2% para 20%.


O trabalho remoto ou home office é uma realidade para 54% dos respondentes (no ano passado eram 67%). “É importante ressaltar que na edição anterior não havia a opção relacionada ao modelo híbrido de trabalho. Nesta pesquisa, ele já se torna uma realidade, com 16% dos respondentes adotando o formato”, salienta Novaes.

 

Outro aspecto é o aumento significativo relacionado à ansiedade dos profissionais que estão trabalhando remotamente: de 42% para 52%. “Quando observamos as pessoas que estão saindo para trabalhar, percebemos que estão um pouco menos ansiosas (33%) e o mesmo vale para quem atua no modelo híbrido (30%)”, detalha o cofundador da The Bakery.

 

A pesquisa pode ser acessada aqui

 

 


The Bakery - empresa global de inovação corporativa, que atua com uma rede de dezenas de milhares de soluções em mais de 30 países. 

www.thebakery.com



Janeiro Branco

Medidas de prevenção são a melhor estratégia para que a empresapromova a saúde mental de seus colaboradores

Psicóloga da Howden Harmonia sugere uma série de ações para um ambiente seguro e acolhedor no trabalho, que ajuda a diminuir o alto índice de casos de ansiedade e depressão

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a economia global tem um prejuízo econômico de cerca de US$ 1 trilhão por ano devido a perda de produtividade decorrente de casos de ansiedade e depressão; e o Brasil é o 5º país mais ansioso do mundo, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desta forma, para Laíne Oliveira, psicóloga e especialista em Gestão de Saúde Emocional da Howden Harmonia Corretora de Seguros, adotar medidas de prevenção é a melhor estratégia para as empresas junto a seus colaboradores.

A Howden Harmonia tem uma série de iniciativas que vão além da Campanha Janeiro Branco, pois acontecem ao longo do ano de modo a ofertar atenção especial para as questões relacionadas à saúde mental e emocional. “Entre as ações está uma boa comunicação interna. Acreditamos que ao incentivar um ambiente seguro e acolhedor, criamos uma ponte para que nossos colaboradores busquem ajuda quando necessário”, explica Laíne.

A empresa realiza lives, vídeos e informativos, com o objetivo de manter os colaboradores conectados o tempo todo e para que saibam como e a quem recorrer em caso de necessidade. “Por meio de ações e materiais educativos, buscamos muni-los de toda a informação possível para que a responsabilidade do cuidado com a saúde seja compartilhada entre a empresa e colaborador”, completa a psicóloga.

Também são disponibilizados pela Howden Harmonia serviços da área de gestão médica, composta por médico, enfermeira, assistente social e psicóloga, com escuta acolhedora e sigilosa, além de orientação para, se necessário, o colaborador buscar ajuda profissional. “Enxergamos esse cuidado como uma de nossas prioridades”, afirma Laíne.

Estima-se que na Howden Harmonia, ao menos 30% dos colaboradores buscaram algum atendimento psicológico no último ano, em sua maioria com sintomas de ansiedade, (leve e moderada) e, muitas vezes, decorrentes da pandemia. Segundo Laíne, estes casos rapidamente foram identificados e direcionados para o tratamento adequado, de modo a evitar a evolução para um quadro ansioso grave. Os que precisaram de uma intervenção maior foram direcionados para outras especialidades.

Laíne explica que, de modo geral, todos sentiram as mudanças e consequências dos últimos anos, alguns passaram por momentos bem delicados, perderam pessoas que amam, sofreram com o distanciamento social, insegurança, medo, e, também, a adaptação ao novo formato de trabalho e rotina. “O aumento dos casos trouxe consigo esse olhar mais atento e a empresa passou a estender o suporte emocional e assistencial aos familiares de seus colaboradores”. 


Proximidade e identificação -- Parte da estratégia preventiva adotada pela empresa se intensificou no cuidado com os colaboradores, se mantendo presente, tanto através do atendimento psicológico e da equipe multidisciplinar, como na realização de videoconferências, com o envio de kits para a casa de cada um, para que percebessem a sua importância e ficassem conectados.

Para identificar um colaborador que precisa de apoio ou tratamento, segundo Laíne, além do acesso que eles têm aos canais de comunicação com a área médica, há a intervenção que poderá ser feita pelo líder direto, com encaminhamento do colaborador para a psicóloga, ao notar um quadro de absenteísmo ou queda na produtividade.

Laíne ressalta ainda que o contato com o profissional de saúde mental da empresa é opcional, e tem como objetivo a orientação e o auxílio aos colaboradores quando há uma causa pertinente. “Os atendimentos só são realizados mediante a vontade e consentimento do colaborador”. O monitoramento se dá ao longo das semanas para compreender se a queixa foi pontual e resolvida, ou se haverá a necessidade de outras formas de intervenção. “O serviço oferecido não se configura como a psicoterapia, que é incentivada a ser realizada com outro profissional. O objetivo deste primeiro contato com a psicóloga interna é compreender a demanda e orientar da melhor maneira. Porém, quando a empresa identifica casos de transtorno de saúde mental entre os seus colaboradores deve demonstrar solidariedade e empatia, certificar-se de que este saberá como e onde procurar ajuda, se dispor em estabelecer a ponte entre o colaborador e os profissionais”, explica.


Dicas para as empresas -- Para Laíne, o mais importante para manter a saúde mental dos colaboradores é a empresa proporcionar um ambiente de confiança, livre de preconceitos e críticas. Algumas dicas:

. Adotar medidas de prevenção, como palestras, rodas de bate-papo, material informativo;

. atentar-se à sobrecarga de trabalho;

. proporcionar ao colaborador a possibilidade de crescimento e desenvolvimento contínuo, pois o incentivo corrobora com a maior satisfação profissional;

. criar times diversos e inclusivos, que proporcionem trocas de experiências;

. incentivar as pausas, seja para o café ou short friday, pois o descanso é responsável pelo aumento da produtividade e de um trabalho mais assertivo;

. garantir o sigilo das informações para que o colaborador se sinta seguro em compartilhar suas questões;

. monitorar os níveis de estresse da empresa, de modo que consiga nortear possíveis gatilhos e, assim, agir de maneira preventiva;

. realizar treinamento de gestão adequado para que as lideranças estejam sensíveis e atentas às queixas de sua equipe e possam intervir precocemente.


Nova Classificação da Síndrome de Burnout – Desde o dia 1º de janeiro de 2022, o Burnout ganhou uma nova Classificação Internacional de Doenças (CID 11), como uma síndrome ocupacional, quer dizer, as empresas passam a ter responsabilidade direta e indireta pela saúde emocional dos colaboradores.   Segundo Laíne, a Síndrome de Burnout, apesar de ter a sua classificação recente, não é nova, os primeiros sintomas e casos foram identificados nos anos 70, por Herbert Freudenberger, que já usava o termo Burnout para identificar as equipes sobrecarregadas. “A síndrome do esgotamento profissional desperta um olhar diferente para o trabalho e trabalhador, uma preocupação maior no que diz respeito a medidas preventivas, e um olhar mais atento à saúde mental, da qual a responsabilidade deve ser compartilhada”, explica.

Conforme a psicóloga, neste caso a empresa é responsável por identificar os possíveis fatores estressores dentro de suas organizações e, consequentemente, propor medidas de resoluções de conflitos e agir de forma preventiva. O colaborador, por sua vez, é responsável por compreender suas limitações, medir os níveis de estresse, quando e como eles estão o afetando de maneira individual, e pedir ajuda quando necessário. Dessa forma, será possível prever equilíbrio, qualidade de vida e saúde integral. “É valido dizer ainda que casos de burnout, apesar de não serem recentes, têm se tornado cada vez mais comuns, mas ninguém tem ao certo todas as respostas do que efetivamente funcionará ou não. O mais importante é ser sensível à dor do outro”, conclui.

 

 

Laíne Oliveira - psicóloga e especialista em Gestão de Saúde Emocional da Howden Harmonia Corretora de Seguros 

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https://www.instagram.com/howden_harmonia/

 

 

Janeiro Roxo destaca a importância da prevenção e do tratamento precoce da hanseníase no Brasil

O país é o segundo do mundo nos casos da doença que, apesar de ser a enfermidade mais antiga da história, desperta ainda hoje preconceito pela falta de informação e conscientização


Enfermidade mais antiga na história da humanidade, a hanseníase representa, ainda hoje, um problema de saúde pública no Brasil. Com o segundo maior número de casos do mundo, nesta última década o País ultrapassou 300 mil novos diagnósticos, ou 93% do total detectado nas Américas, de acordo com o Ministério da Saúde. Como forma de promover a prevenção e reverter estatísticas tão preocupantes, secretarias municipais de saúde de todo o Brasil, que disponibilizam o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mobilizam-se para realizar o Janeiro Roxo.

A campanha Janeiro Roxo tem o propósito de ampliar o conhecimento da população sobre a hanseníase, cujos primeiros registros na história da humanidade remontam a 400 a.C. Como doença tropical negligenciada e infectocontagiosa de evolução crônica, atravessou os séculos envolta em preconceito e estigmas.

“A hanseníase se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos, como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés”, afirma o dermatologista Dário Rosa. Segundo o médico, a transmissão se dá pelo agente Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, por meio de contato próximo e prolongado entre as pessoas.

Os sinais mais evidentes da hanseníase, descreve o médico, são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, geralmente com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. “Também observamos caroços na pele, dormências, inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos, entupimento nasal e problemas nos olhos”, completa.

Os especialistas classificam a hanseníase por graus. O grau zero é caracterizado pela ausência de sequela. No grau 1, o paciente perde a sensibilidade nas palmas das mãos e solas dos pés. No grau 2, são notáveis sequelas físicas graves.

Dos mais de 300 mil brasileiros diagnosticados com hanseníase na última década, pelo menos 7% estão no grau 2 e enfrentam sequelas físicas incapacitantes, como perda dos dedos, da ponta do nariz e deformidades nos pés e nas mãos.

Para a dermatologista Anelise Dutra, o Janeiro Roxo é de extrema importância para a detecção e o tratamento precoces da hanseníase. “Quanto mais cedo é diagnosticada, maiores as chances de cura e qualidade de vida para o paciente”, afirma. A médica destaca ainda a contribuição da campanha para reduzir o preconceito acerca da doença.

De acordo com Anelise, a hanseníase acometeu a humanidade por centenas de anos sem que houvesse tratamento e condenou os pacientes ao isolamento. Muitos foram confinados nos chamados “leprosários”. “Atualmente, com tratamentos eficazes, a doença deixa de ser transmissível e o paciente não precisa se afastar de sua rotina. Mas é preciso urgência para diagnosticar e iniciar os procedimentos para se chegar à cura”, avalia.

 

Sigilo agora é lei

A Lei nº 14.289/2022, sancionada no dia 3 de janeiro, determina a preservação do sigilo sobre a condição de infectados pelos vírus da Aids (HIV), hepatites crônicas (HBV e HCV) e pelas pessoas com hanseníase e tuberculose, pois representam barreiras sociais que impedem as pessoas de desfrutarem a plena cidadania.

A proposta da lei considera que as discriminações ocorrem a partir do momento em que a condição de saúde é conhecida. Isso interfere no desempenho profissional e também em outras atividades da vida pessoal.

 

Síndrome de Burnout preocupa as empresas e passa a constar na Classificação Internacional de Doenças da OMS

Oficializada pela entidade como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”, a classificação faz parte da relação da doença com o ambiente de trabalho e traz uma interpretação direta e indireta da responsabilidade da empresa sobre a saúde integral dos funcionários 


         Desde 1º de janeiro deste ano a Síndrome de Burnout está na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS), a CID 11. A síndrome precisa ser vista com maior atenção e as empresas precisam ficar atentas para esse risco. 

         De acordo com o que afirma a entidade, agora o Burnout para a ser oficializado como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. No texto anterior, ela era considera ainda como um problema na saúde mental e um quadro psiquiátrico. 

         Essa nova classificação se deu na conferência da organização em 2019, contudo, o documento passou a vigorar agora, em 2022. Lembrando que para alterar o documento, a OMS analisa estatísticas e tendências da saúde. Ele é o reconhecimento de doenças e problemas de saúde no mundo de acordo com as mesmas definições e códigos. Além da Síndrome de Burnout, o CID 11 também inclui na lista de doenças o estresse pós-traumático, distúrbio em games e resistência antimicrobiana. 

         Mas o que isso impacta no mundo do trabalho? Segundo Dr. Ricardo Pacheco, diretor presidente da Oncare Saúde e presidente da Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho (ABRESST), as corporações precisarão estar mais atentas com a saúde dos seus colaboradores. “Além do cuidado com o ser humano, que deve ser integral e integrado, a empresa precisa estar atenta a seu time, evitando que problemas evoluam e, principalmente, criando estratégias para impedir que a síndrome atinja os seus profissionais. Do contrário, além de ver talentos afastados e doentes, perderá produtividade e qualidade”, alerta o médico e gestor em saúde.

         O especialista lembra que uma gestão voltada para a saúde dos colaboradores precisa prevenir e identificar os sinais de que a doença está presente. “É comum que o profissional com o Burnout tenha um histórico de boa performance que se reverte diante de uma alteração no ambiente, como uma mudança na condução ou de demandas. A gestão tem que estar atenta e aberta a buscar ajuda para identificar e tratar os trabalhadores doentes”, afirma o diretor presidente da OnCare Saúde.


Empresas brasileiras devem ligar o sinal de alerta

O sinal de alerta para o Burnout precisa ser acionado na maioria das empresas. É o que diz o Índice de Bem-estar Corporativo do Zenklub no ano passado. O documento mostra que o índice geral de bem-estar no mercado brasileiro recebeu a nota de 49,25, numa escala de 0 a 100, as empresas brasileiras ficaram abaixo o índice ideal de 78. O levantamento teve mais de 1.600 respostas de funcionários de 335 empresas. Entre os fatores que afetaram negativamente o bem-estar geral, o Burnout aparece como o maior alerta, com os profissionais relatando sintomas de esgotamento. 

Outros dois fatores aparecem como avisos para um trabalho mais preventivo. Em segundo lugar, o alto volume de demanda e controle sobre o trabalho tira a autonomia e pode levar a um quadro de Burnout. E em terceiro, o fator de adição ao trabalho mostra o sentimento de sobrecarga em alta entre os profissionais.


A Síndrome de Burnout depois da classificação da OMS

         O documento da entidade classificou, como vimos, a síndrome como um “fenômeno ligado ao trabalho" e descreve seus sintomas como sendo a sensação de esgotamento, o cinismo ou sentimentos negativos relacionados a seu trabalho e a eficácia profissional reduzida.

         De acordo com o médico Ricardo Pacheco, a OMS deixa claro que o Burnout é uma doença relacionada ao trabalho, e não ao trabalhador, e pode trazer sérios problemas para a empresa. “O estresse mal administrado se torna um problema crônico relacionado ao local de trabalho e problemas de gestão da empresa. Sem contar que o reconhecimento pela OMS terá um efeito em processos trabalhistas relacionados ao tema, já que o trabalhador poderá recorrer à Justiça por causa de esgotamento e a empresa pode ser responsabilizada e até pagar indenização. Na verdade, a implicação de responsabilidade já acontece, mas pode ser difícil de conseguir”.  

         Ele lembra que com a classificação da organização, com o diagnóstico médico está caracterizada a responsabilidade da empresa. “Na Justiça, a responsabilização da empresa será avaliado a partir do laudo médico comprovando o Burnout junto com o histórico do profissional e uma avaliação do ambiente de trabalho, inclusive coletando relatos de testemunhas. Em geral, serão coletadas provas de uma degradação emocional e fatores causadores da síndrome, como assédio moral, metas fora da realidade ou cobranças agressivas”, alerta o diretor presidente da OnCare Saúde.


Investir na saúde mental dos trabalhadores é essencial

Em pesquisa da Kenoby com profissionais de recursos humanos, 93% deles disseram que as empresas ainda ignoran as questões de saúde mental. Entre os entrevistados, 53,4% não sabiam dizer se a empresa pretende investir em saúde mental. Outros 35% responderam que o investimento virá em menos de um ano. 

O médico Ricardo Pacheco acredita que a mudança na classificação do Burnout deve elevar a discussão sobre saúde mental. “As empresas precisam criar ambientes mais sustentáveis de estresse e demanda, um fator essencial é nutrir a segurança psicológica. Colocada como fator número um para ter equipes de alta performance, a segurança psicológica também é a tranquilidade de que as pessoas podem compartilhar ideias, errar e aprender sem sofrer punições por isso. Contar com uma empresa especializada na saúde do trabalhador é um caminho eficiente para prevenir, identificar e tratar o Burnout a tempo de não trazer maiores consequências para o trabalhador e para a empresa”, conclui o médico, diretor presidente da OnCare Saúde.



Oncare Saúde - plataforma de solução integrada de saúde, que oferece assessoria e consultoria, para empresas e para população em geral.

 

Presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia explica relação entre obstrução intestinal - caso do presidente Bolsonaro- e hérnia da parede abdominal

 Obstrução intestinal - Divulgação

Uma obstrução intestinal - alteração que atingiu o presidente Jair Bolsonaro (PL) - pode ocorrer de forma total ou parcial e atingir o intestino grosso ou delgado. Entre os sintomas mais comuns estão dores abdominais intensas, náuseas e vômitos, parada na eliminação de gases e fezes e distensão abdominal.  

De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo e presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH), Marcelo Furtado, é muito importante diferenciar os tipos de obstrução. “A suboclusão intestinal é quando o órgão fica parcialmente entupido, mas a pessoa apresenta um quadro geral bom de saúde e o conteúdo intestinal ainda consegue passar por aquela suboclusão. A obstrução total é quando o intestino está totalmente fechado, entupido, por algum motivo e o conteúdo intestinal não consegue transpor o ponto da obstrução, explica. 

A hérnia da parede abdominal pode ser uma das causas dessa obstrução. “Ela é um defeito na musculatura, um orifício, e alguma estrutura do nosso corpo pode passar, por ele, na maioria dos casos, o intestino. Em alguns casos o intestino pode ficar preso nessa abertura e ocasionar a complicação que chamamos de encarceramento ou estrangulamento”, explica Marcelo.  

Essas complicações podem acontecer em hérnias incisionais (no local de uma cirurgia anterior), hérnias umbilicais ou inguinais (na virilha).  

Se não atendido e tratado adequadamente, a obstrução intestinal ocorrida na hérnia pode levar à morte. “Isso porque o estrangulamento compromete o fluxo sanguíneo podendo levar a isquemia e gangrena”, alerta o especialista.  

O tratamento para a obstrução intestinal pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo das necessidades de cada paciente. 

No caso do presidente Jair Bolsonaro (PL), cuidados médicos clínicos foram realizados para reverter uma sub-oclusão intestinal no início deste ano, ocorrida pela segunda vez. Ele já havia sido internado para tratamento, em julho de 2021. 

Bolsonaro recebeu alta hospitalar no dia 05 de janeiro, com uso de uma sonda gástrica e hidratação nasoenteral. Não houve necessidade de cirurgia.

 

Janeiro Branco: a importância do acompanhamento psicológico para o cuidador do paciente com câncer

 Durante o mês de conscientização com a saúde mental, é preciso olhar com carinho para familiares ou amigos que vivem a rotina do cuidado ao paciente oncológico. Especialistas falam sobre importância da rede de apoio no consultório e fora dele

 

Descobrir o diagnóstico de câncer é um momento bastante sensível e cheio de desafios. Apesar da situação exigir muita empatia com o paciente, também é preciso olhar com carinho para a pessoa que assume o papel de cuidador, ou seja, aquela que irá se responsabilizar na maior parte do tempo em oferecer bem-estar tanto físico, como emocional.

Em muitos casos, o cuidador tende a deixar suas vontades e necessidades de lado para se dedicar ao máximo ao paciente com câncer. Mas, quando existe a ausência de uma rede de apoio neste momento tão delicado, o desgaste físico e emocional podem tornar o período ainda mais complexo para o cuidador.
 

O cuidador tem uma maneira única de lidar com a doença, afinal, cada pessoa tem o seu jeito de encarar a nova etapa. Porém, uma coisa é fato: ele se torna responsável por ser mais presente e tem uma grande influência no cenário (e na vida!) do paciente com câncer. 

Toda a responsabilidade faz com que o cuidador passe por diversos papéis, provando que ele também precisa (e deve!) pedir ajuda. Uma das maneiras de se cuidar é buscando o apoio emocional, que pode vir de um psicólogo, oncologista ou até mesmo da família, dependendo de cada caso. 

Segundo Jacqueline Pereira, psicóloga na Oncoclínicas São Paulo, o diagnóstico de câncer irá impactar tanto o paciente, quanto a família, desorganizando assim um sistema que já é anterior à doença. "A gente sabe que todos os membros desse núcleo familiar vão se sentir afetados e vão se mobilizar para cuidar do paciente. Mas, geralmente se concentra em uma única pessoa, a qual chamamos de cuidador principal", explica.

 

Os desafios 

A oncologista Andrea Borges, também da Oncoclínicas São Paulo, reforça que é muito importante entender quais são as dificuldades do cuidador para ajudar o paciente. "Esse é um papel do médico na hora da consulta. Nós não podemos olhar apenas para o paciente, é importante compreender o contexto e focar também no cuidador. Muitas vezes, ele é uma pessoa frágil e pode ser que não dê conta sozinho se nós não conseguirmos ajudá-lo”, comenta. 

Além do desgaste, o cuidador também lida com a impotência, mais um motivo para que a equipe médica esteja alinhada com o contexto daquela família. “Precisamos dar a base para o cuidador na parte psicológica. A impotência do cuidador é querer passar pela situação que o próprio paciente está vivendo. Então, ele se frustra o tempo inteiro. Por isso, precisamos estar de olho a todo momento na consulta. É nessa hora que devemos falar: 'Você precisa de ajuda? Nós temos uma equipe de psicólogos que pode auxiliar’”, diz a oncologista. 

Toda a sobrecarga pode ter ainda um impacto direto no cuidador, fazendo com que ele tenha dificuldades no sono e alimentação, além de episódios de ansiedade que podem mobilizar a depressão. 

"A gente sabe que o estresse pode mobilizar repercussões muito intensas na parte física. Então, o adoecimento físico do cuidador é muito comum por conta dessa sobrecarga e porque ele mesmo deixa de se cuidar, de fazer suas rotinas de acompanhamento médico, ficando em segundo plano. O agravamento do estresse pode trazer um quadro mais grave, como depressão e outras questões de saúde mental", comenta Jacqueline.

 

Rede de apoio é tudo 

Assim como o paciente com câncer, o cuidador também precisa de uma rede de apoio, afinal, nada se faz sozinho. O oncologista tem um papel importante em entender e ajudar no que for necessário para colaborar no tratamento como um todo - isso inclui estar ali (de verdade!) para compreender o contexto. 

“Existem diversos tipos de cuidadores, alguns mais técnicos, outros nem tanto, mas a base de tudo é o carinho e a disponibilidade da ajuda que ele tem com o paciente. As vezes, oferecemos suporte encaminhando este cuidador ao psicólogo quando necessário. É completamente diferente quando se tem esse apoio sólido em casa. O paciente tem uma melhor evolução”, explica Andrea Borges. 

Quando algo não vai bem, é muito importante que o cuidador e as pessoas ao redor dele fiquem atentas aos sinais. “Na Oncoclínicas, por exemplo, existe o suporte psicológico ao cuidador. É fundamental que tanto o paciente quanto o cuidador estejam em parceria com a equipe para tomar ações, ou seja, planejamentos que facilitem esse processo”, complementa Jacqueline. 

E esse apoio não para por aí! Algumas ações simples também podem auxiliar nos cuidados com a saúde mental do cuidador. “Organizar uma rotina, pensar o que ele pode fazer, o que está no alcance, o que é possível no momento, não vir com o espírito de super-herói querendo dar conta de tudo e todos e dividir tarefas com outros membros da família para não sobrecarregar”, diz a psicóloga. 

Além disso, o cuidador não deve deixar de ir ao médico e realizar seus exames de acompanhamento, priorizar a alimentação, ter uma boa qualidade de sono, praticar exercícios físicos e encaixar o lazer dentre suas atividades. “Sobretudo, o cuidador deve ter em mente que é superimportante a presença e disponibilidade de cuidado, mas não tomar como o centro da vida. É necessário dividir o processo para que o cuidador não adoeça e ofereça uma atenção de maior qualidade para aquele paciente oncológico que está precisando tanto nesse momento”, finaliza Jacqueline Pereira.

 

Estudo associa que dormir entre 22h e 23h diminui o risco de doenças cardíacas

Divulgação / MF Press Global 
Pesquisadores relacionaram que desregular o ritmo circadiano pode elevar o risco de doenças cardiovasculares.


De acordo com um estudo científico britânico, dormir entre às 22 e 23 horas está associado com uma melhor saúde do coração devido a uma sincronização do sono com nosso relógio biológico. A pesquisa foi realizada por cientistas do UK Biobank, um banco de dados com informações de saúde detalhadas de pessoas do Reino Unido e publicado no ESC (Sociedade Europeia de Cardiologia).

Aproximadamente 88 mil voluntários participaram da pesquisa e tiveram seus dados de sono monitorados por um dispositivo semelhante a um relógio de pulso por 7 dias. Em seguida, os cientistas acompanharam as informações de saúde cardiovascular dos participantes durante seis anos.
 
Os resultados apontaram que mais de 3 mil adultos desenvolveram doenças cardiovasculares, sendo que a maioria dessas pessoas foram para cama mais cedo ou mais tarde do que o "ideal" das 22h às 23h. Entretanto, os pesquisadores destacam que o estudo só mostra uma associação e não comprova causa e efeito. Sendo assim, é necessário que sejam realizados mais estudos para que se conclua que o horário em que se dorme seja realmente um fator de risco para doenças cardiovasculares.

Divulgação / MF Press Global 

A importância do sono para a saúde como um todo é algo cientificamente comprovado - e que uma noite mal dormida pode prejudicar a saúde do coração: “é durante o sono que o organismo exerce as principais funções restauradoras do corpo. Por isso é tão importante dormir entre 7 e 9 horas por dia”, alerta Roberto Yano, médico cardiologista e especialista em marca-passo.


“Lembrando sempre que a privação do sono é apenas mais um fator de risco para doenças cardiovasculares. Os cuidados com o coração vão desde uma boa alimentação, prática regular de exercício físico, evitar o estresse, além é claro de controlar os principais fatores de risco para às doenças cardíacas como a hipertensão, o diabetes, o tabagismo, a dislipidemia, a obesidade, explica o Dr. Roberto Yano”.

 

 

Dr. Roberto Yano - médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e Associação Médica Brasileira (AMB). Hoje suas redes sociais contam com um número expressivo de seguidores, #amigosdocoracao. São mais de 1 milhão de seguidores bem engajados entre Facebook, Youtube e Instagram. O seu intuito é divulgar informações valiosas aos seus seguidores sempre visando os preceitos do código de ética médico.

 

Verão acende alerta para Dengue, Zika e Chikungunya

Transmitidas por mosquitos, doenças tornam-se mais recorrentes devido ao aumento das chuvas durante a estação mais quente do ano

 

Com a mudança da estação e a chegada de um período mais quente e com muitas chuvas, os números de casos de Dengue, Zika e Chikungunya voltam a crescer.  

Para alertar sobre a prevenção dessas enfermidades, que podem levar à morte em casos mais graves, o infectologista Marcus Vinicius Mario Miranda, membro da plataforma Doctoralia, fala sobre prevenção, sintomas e tratamentos.

 

Por que essas doenças são mais comuns no verão?

Por conta do maior índice de chuvas que temos nessa época do ano, temos um maior acúmulo de água parada, que pode ajudar na reprodução do mosquito transmissor dessas doenças.

Segundo o especialista, é importante ficar atento aos sintomas que podem variar nos adultos e nas crianças. “Nos adultos é bem comum a ocorrência de febre alta (entre 39 e 40 graus) associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares e nas articulações, bem como atrás dos olhos, vermelhidão no corpo e coceira. Nas crianças a febre alta pode vir acompanhada de apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos e diarreia”, alerta.

 

E o tratamento?

Não há tratamento específico contra os vírus que causam essas três doenças. A ingestão de muito líquido é fundamental para a recuperação do corpo e evitar a desidratação. Utilizamos também medicações sintomáticas contra a febre, dores e vômitos devendo ser evitado o uso de medicamentos como ácido acetilsalicílico e de anti-inflamatório, por interferirem no processo de coagulação do sangue.

 

Há como prevenir?

A melhor forma de prevenção é combatendo os criadouros de mosquitos que são os locais de acúmulo de água parada em depósitos nas proximidades de nossas residências. Também devem ser utilizados repelentes que auxiliam na não ocorrência da picada, que é a forma principal de transmissão. Dessa forma a limpeza da casa com atenção principal à área externa: quintais, vasos de flores, caixas d’água ou qualquer lugar em que possa haver o acúmulo de água deve ser constantemente vigiado para evitar a reprodução do mosquito.

Para proteger as crianças devemos sempre orientar a boa ingesta de líquidos, a constante higienização das mãos e uma alimentação balanceada com legumes, verduras e frutas frescas, de preferência após lavadas com soluções capazes de matar os parasitas de transmissão oral fecal que podem estar presentes nesses alimentos.

Outras doenças muito comuns no verão são: otite, conjuntivite, doenças dermatológicas, intoxicação alimentar, insolação e desidratação. Para cada uma delas teremos medidas próprias e mais eficazes, mas é sempre importante lembrarmos da higienização constante das mãos, dos alimentos, evitar aglomerações, não compartilhar elementos de uso pessoal, estar sempre com o corpo bem cuidado e não esquecermos do uso de repelentes e de protetor solar durante as idas a áreas abertas, principalmente durante o dia.

 

Doctoralia


Veja dicas para cuidar da saúde durante as viagens de férias

 Entenda como viajar com segurança e saúde, sem abrir mão do conforto

 

Para muitos, o início do ano é época de férias e de viagens com a família ou amigos. Fazer as malas, sair da rotina e viver novos momentos é sempre especial, mas a atenção começa antes mesmo do embarque, na hora de planejar a viagem.
 

Antes de viajar, é fundamental ficar atento aos cuidados com a saúde. Confira algumas dicas importantes:


- Use máscaras de proteção: além de ser obrigatório, as máscaras de proteção são fundamentais para proteger a si próprio e também os outros. Prefira sempre máscara de qualidade e lembre-se de trocá-la caso esteja suja, úmida ou no intervalo de no máximo 2 a 3 horas. A SIGVARIS GROUP, empresa global com soluções inovadoras e de alta qualidade em terapia de compressão médica, possui a Máscara Reutilizável Sigvaris Care Antiviral, desenvolvida com elastano e fios de poliamida AMNI® VIRUS-BAC, que inativa a ação do influenza e do novo coronavírus e elimina bactérias, impedindo que o tecido da máscara seja um meio de propagação de agentes contaminantes.


- Use meias de compressão: durante a viagem, obrigatoriamente ficamos parados na mesma posição durante um longo período, o que pode causar inchaços nas pernas e pés. Pensando nisso, a SIGVARIS GROUP desenvolveu uma linha de meias de compressão especialmente para viagens, chamada Traveno. Além de evitar o inchaço, a meia promove mais segurança à saúde, pois trabalha contra os efeitos causados pela falta de movimento durante o percurso. Até o fim de janeiro, os produtos da linha Traveno estão com 10% de desconto no e-commerce da marca.


- Hidrate-se: durante longos períodos na mesma posição, é fundamental beber água com frequência para manter a circulação do sangue dentro da normalidade. Mesmo não sentindo sede, é importante que a pessoa beba pequenas quantidades de água a cada 30 minutos durante a viagem, já que o ar-condicionado pode ressecar a pele e desidratar.

 

- Carregar álcool em gel 70%: ideal para momentos em que não é possível lavar as mãos, o álcool em gel 70% é fundamental para destruir o novo coronavírus, além de outros vírus e bactérias.


- Evite o consumo de álcool, cigarro e comidas gordurosas: é fundamental evitar o consumo de tabaco e álcool em excesso antes, durante e após os voos. Isso vale também para alimentos gordurosos e salgados, que contribuem para a retenção de líquidos, o que pode potencializar inchaços nas pernas. Vale investir em alimentos saudáveis durante as viagens, como frutas, sucos e sanduíches naturais.

 


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É dor pós treino ou é lesão? Fisio ensina

Fim de festas e recesso, já é hora de voltar aos treinos e recuperar o pique para os treinos de 2022. Mas, se driblar a preguiça já não é uma tarefa muito fácil, eliminar as dores provenientes de uma retomada sem cuidados pode ser maior ainda. Cadu Ramos, fisioterapeuta de SP, conta que distinguir se uma dor é apenas um sinal de que o músculo foi estimulado ou se é uma lesão não é uma tarefa tão simples, mas é fundamental reconhecer quando preciso buscar ajuda. 

Para ajudar nessa tarefa, Cadu Ramos, que é especialista em Fisioterapia e Traumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM) - conta como identificar cada uma delas. 

Ele revela que é comum nos dias seguintes dos treinos sentir, além de cansaço, uma dor muscular que pode até deixar a região mais rígida devido ao esforço que naturalmente gera microlesões na região. “Essa é uma resposta do organismo em defesa a esse processo inflamatório responsável pelas dores musculares depois dos exercícios. Conhecido como Dor Muscular Tardia (DMT) essa sensação de desconforto na musculatura ou de estar com o corpo “travado” é normal”, avisa.

 

É dor comum

A dor pós-treino dura entre 24 a 72 horas depois da atividade física e se esse desconforto não limitar a prática de exercícios, um bom alongamento e aquecimento feito aos poucos pode já amenizar o quadro.  

“Só é preciso ter cautela e respeitar os limites do corpo no próximo treino ou dar mais um dia de descanso naquela semana”, orienta o fisioterapeuta.

 

É lesão 

Se a dor não diminuir em até 72 horas, for aguda e latente daquela que parece uma pontada no músculo e vier acompanhada de hematoma, região avermelhada ou inchaço, pode ser que há uma lesão mais séria que precisa de respaldo profissional. 

“É importante saber que a atividade física é sinônimo de saúde e antônimo de dor. Se qualquer incômodo não amenizar com dois dias de pausa nos treinos é essencial não negligenciar ajuda. A reabilitação, na maioria das vezes, permite o retorno aos treinos muito mais rápido e é bem mais eficaz do que a insistência em se recuperar sozinho e acabar criando um problema ainda maior”, finaliza Cadu.

 


Cadu Ramos - Fisioterapeuta clínico - CREFITO 130030 - Especialista em Fisioterapia e Traumatologia -- Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM), em Aparelho Respiratório -- Ventilação Mecânica Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM) e em Fisioterapia em Geriatria -- trabalho voltado para queixa principal, atividades da vida diária (AVD ‘S) e socialização do idoso. (Instituto ILEA). Graduado em Fisioterapia pela Universidade Bandeirante de São Paulo.


Cirurgiã-dentista alerta sobre os perigos de soluções caseiras para clareamento dentário

 Carvão ativado, bicarbonato e cúrcuma estão entre os produtos sem comprovação científica utilizados para ter dentes brancos. Aline Fernandez explica a ineficácia e os malefícios

 

Foto: Reprodução 

Cúrcuma, bicarbonato de sódio e carvão ativado estão entre os métodos ineficazes utilizados para clarear os dentes


Carvão ativado, bicarbonato de sódio, cúrcuma e argila. Esses são alguns dos produtos utilizados como clareadores dentários, responsáveis por provocar diversos malefícios à saúde bucal. Sem comprovação científica, receitas caseiras que prometem clarear os dentes fazem vítimas com frequência. Entre as consequências dessas práticas estão o desgaste severo no esmalte dos dentes, manchas e a predisposição ao tártaro. 

Segundo a cirurgiã-dentista Aline Graziele Fernandez, da Sorridents Santos e São Vicente, as soluções caseiras de clareamento dentário não são uma novidade. Com uma certa frequência, informações falsas sobre práticas para clarear os dentes são divulgadas na internet e acabam enganando os usuários, provocando prejuízos à saúde bucal dessas pessoas. 

“Recebemos pacientes com muitos problemas de saúde bucal e até mesmo com os dentes desgastados por usar produtos que não são indicados para aplicar nos dentes ou gengiva. Até sapólio e sabão de coco são utilizados pelas pessoas para deixar os dentes mais limpos, o que é totalmente ineficaz e prejudicial à saúde”, conta Aline. 

De acordo com Aline, o carvão ativado é muito agressivo e causa desgaste severo no esmalte dentário. Por conta desta degradação, o nervo do dente fica mais desprotegido provocando a sensibilidade. Outro fator danoso do carvão, é que a composição química do material machuca a gengiva, o que pode gerar outros problemas de saúde bucal. 

Conforme explica, ainda, apesar de a cúrcuma ser uma planta, ela não clareia os dentes, ao contrário, escovar os dentes com o pó pode causar o efeito reverso. “A cúrcuma mancha restaurações e dentes que estão riscados e porosos. Além disso, ela não possui flúor em sua composição, outro sinal de que não deve ser utilizada para escovar os dentes”, detalha. 

Quanto ao bicarbonato de sódio e a argila, Fernandez comenta que as substâncias riscam o esmalte dos dentes, facilitando o aparecimento de manchas e tártaro. “Existem muitas pastas de dentes estudadas, recomendadas e liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não é necessário as pessoas utilizarem produtos sem comprovação científica para escovar os dentes, pois essas práticas sempre causam algum malefício à saúde bucal”, alerta a profissional. 

Aline lembra que nenhuma pasta de dente tem o poder de clarear os dentes, pois é necessário utilizar um ácido específico para que isso aconteça. “O ácido abre os canalículos do esmalte dentário, fazendo com que o agente clareador penetre no dente, clareando de dentro para fora. Por isso é necessário realizar o procedimento em um consultório odontológico”, ressalta. 

A cirurgiã-dentista acrescenta que também existem pacientes que compram aparelhos para clarear os dentes pela internet. “Esses aparelhos causam sensibilidade extrema nos dentes pelo fato do laser desses aparelhos não ser regulado para uso dentário”, alerta. 

“As pessoas precisam entender que para tratar da saúde ou da estética elas não devem levar em consideração somente o preço baixo, pois podem acabar prejudicando ainda mais sua saúde, além de ter resultados insatisfatórios. Pagar pouco por um aparelho clareador, por exemplo, pode levar a grandes consequências, como perda dentária e lesões graves nas gengivas”, finaliza Aline.


  Sorridents Santos e São Vicente




Saiba mais sobre a hanseníase

Com aproximadamente 30 mil novos infectados por ano, o Brasil está em segundo lugar em números de casos. Doença tem cura e tratamento é disponibilizado gratuitamente pelo SUS


A hanseníase é uma condição que durante muitos anos foi conhecida como lepra, e seu diagnóstico fazia com que os pacientes fossem vítimas de preconceito, por ser uma doença crônica e transmissível. Ela é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae, que atinge a pele, além disso, também pode fazer com que o paciente perca a força muscular e a sensibilidade ao toque e a dor. “Existem vários tipos de hanseníase que estão relacionadas à forma como o organismo reage ao seu vírus causador. Entre elas estão: a hanseníase tuberculoide, que são manchas ou placas de até cinco lesões bem definidas; a virchowiana que é a forma mais comum, apresentando dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos; a bordeline ou dimorfa, onde há erupções e placas, acima de cinco lesões com bordas indefinidas e por último temos a hanseníase indeterminada, que é o seu estágio inicial com um número de até cinco manchas de contornos mal definidos”, explica Milton Alves Monteiro Junior, enfermeiro infectologista e coordenador do serviço de controle de infecção hospitalar do HSANP.


Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o segundo lugar mundial em número de casos de hanseníase, perdendo apenas para a Índia. Uma pesquisa feita pela OMS aponta que em 2017, enquanto nesse país houve 26.875 infectados, a Índia teve 126.164. Nos últimos dez anos, foram registrados no Brasil cerca de 30 mil casos novos anualmente. “De uma forma geral, ela tem cura, mas caso o paciente não busque tratamento a doença pode deixar sequelas pelo resto da vida como limitações físicas, fraqueza muscular e até mesmo a perda do movimento das mãos”, alerta.


Diagnóstico e tratamento

Milton explica que o diagnóstico é feito de maneira clínica por meio de exames dermatológicos, em que se analisa a pele e os nervos, além de serem feitos testes de sensibilidade e força muscular. “A transmissão ocorre quando um paciente com hanseníase em estágio contagioso e sem tratamento elimina o vírus e o dissemina para pessoas com probabilidade de adoecer. As formas de propagação são por vias respiratórias como espirro, tosse e pela utilização de objetos usados por quem está infectado ou contato muito próximo e prolongado com ele”, acrescenta.

O tratamento é disponibilizado de maneira gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é realizado com uso de medicamentos antibióticos que têm como função matar a bactéria causadora da enfermidade. Após ser iniciado, em apenas quatro dias a pessoa deixa de ser capaz de transmiti-la para outros indivíduos. ‘’A utilização dos remédios costuma ser prolongada podendo durar mais de um mês e de forma alguma deve ser interrompida, pois há um grande risco de tornar a bactéria resistente aos antibióticos disponíveis no mercado”, orienta.

“Quem vive com portadores da hanseníase deve ter como estilo de vida o costume de se proteger, entre eles tomar a vacina BCG, que é a mesma aplicada no nascimento contra a tuberculose, pois seu uso fortalece o sistema imunológico e consequentemente ajuda a barrar o desenvolvimento do bacilo de Hansen, vírus que causa a hanseníase. Uma outra medida de prevenção é a melhora da qualidade de vida das pessoas, pois habitações superpovoadas, más condições de higiene e desnutrição formam a combinação ideal para a disseminação da doença”, finaliza o especialista.

 


HSANP - Hospital referência na Zona Norte da Grande São Paulo


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