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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

O legado do cibercrime na saúde das empresas

Organizações investem para fortalecer áreas de segurança de dados em virtude da alta global de ciberataques


Que os ataques cibernéticos dispararam na pandemia, é uma realidade incontestável. A ampliação do trabalho remoto, a aceleração da digitalização dos negócios e a explosão no compartilhamento online de conteúdos representaram um terreno fértil para atuação desmedida dos criminosos virtuais nesse período. Não por acaso, multiplicam estudos em diversos países sobre o crescimento dos ciberataques em nível mundial.

E nesse contexto o Brasil é medalhista olímpico, infelizmente. Considerado um dos principais alvos globais de cibercrimes às empresas pelo estudo da consultoria alemã Roland Berger, o país abocanhou no primeiro semestre deste ano a sétima posição no ranking das nações mais afetadas pelos ransomware (vírus que sequestra dados da vítima), de acordo com o levantamento da empresa Apura Cyber Intelligence.

Só nos primeiros oito meses deste ano, houve alta de 23% nos casos de cibercrimes ante o mesmo período de 2020, conforme pesquisa da companhia de cibersegurança Kaspersky - a pesquisa apontou o país ainda como líder da América Latina em tentativas de ransomware e phishing (obtenção irregular de dados confidenciais). Já outra pesquisa feita pelo Instituto Datafolha em parceria com a Mastercard apontou que 57% das empresas brasileiras são alvos de ataques e fraudes digitais com média e alta frequência.

Devido aos impactos dantescos que provocam na saúde financeira e na imagem corporativa das organizações, os ciberataques já são considerados o terceiro maior risco global às empresas em 2021, segundo levantamento da Allianz Risk Barometer realizado junto a 2.700 companhias em 92 países, superando questões como volatilidade ou flutuação do mercado. Traduzindo em números, a perda global com cibercrimes deve atingir 6 trilhões de dólares em 2021 (mais que o PIB do Japão, o terceiro maior do mundo), segundo a União Internacional das Telecomunicações (UIT).

Nesse sentido, a área da Saúde é uma das mais afetadas. Um estudo da consultoria alemã Statista revelou que o setor liderou o número de vazamentos globais em 2020, acima de segmentos como Informação, Finanças e Seguros e Administração Pública. Tal realidade se mostra sensível quando falamos de uma área que envolve a vida humana, exames, diagnóstico e dados pessoais dos pacientes.

Não por acaso, o mês de outubro passou a ser considerado o Mês da Consciência em Cibersegurança e, embora ainda apenas 41% das companhias nacionais possuam políticas de segurança bem estabelecidas, cada vez mais o universo corporativo está se movimentando no sentido de fortalecer os seus departamentos de segurança da informação e proteção de dados da companhia, colaboradores e clientes.

É o caso de empresas como o Grupo Fleury, Renner, Porto Seguro, JBS e CVC, que foram vítimas recentes de cibercrimes. A Lei Geral de Proteção de Dados, por sua vez, tem obrigado as companhias a investirem em soluções para assegurar a proteção dos seus dados e dos clientes. Já as certificações que atestam controles de segurança também passam a ser mandatórios nas empresas. Dessa forma, fortalecer o setor de cibersegurança representa um caminho sem volta para a saúde das empresas que desejam não apenas sobreviver, mas prosperar neste admirável mundo pós-pandemia.

 

Bruno Machado - CTO da Funcional Health Tech


Aplicativo parcela o pagamento do IPVA 2022 e ajuda famílias endividadas

Uma pesquisa divulgada pelo Serasa no último domingo, 05/12, mostra que 75% das famílias brasileiras estão endividadas nessa reta final de 2021. 

 

Esse número pode crescer no início de 2022, já que é nesse período que a população se depara com gastos inevitáveis, os impostos anuais - como o IPVA. O Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores é um custo anual obrigatório que é arrecadado pelos estados brasileiros, sem o seu pagamento o carro não pode circular. Como facilitador e possibilidade de amenizar essa bola de neve, o aplicativo Gringo, que facilita a vida dos motoristas por meio da tecnologia, permite o parcelamento do imposto em até 12 vezes, enquanto os governos só permitem de três a cinco parcelas dependendo do estado. 

 

Para consultar o valor do IPVA do seu veículo, basta baixar o app do Gringo e inserir seu CPF e placa do automóvel. O Gringo te mostra o valor exato a ser pago e, também, se seu IPVA está em atraso ou inscrito em dívida ativa. Se esse for o caso, o app exibe o valor atualizado  já corrigido.

 

Criado para ser o melhor amigo do motorista, o Gringo reúne as informações sobre o veículo e seus débitos em um único aplicativo intuitivo e prático, que notifica e simplifica a vida dos motoristas resolvendo tudo em um só lugar, evitando desgastes e cobranças desnecessárias. 

 

No YouTube e no blog do Gringo, o motorista encontra dicas de segurança no trânsito, documentação e benefícios do aplicativo.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Oito em cada dez pessoas vão enfrentar problemas na coluna em algum momento da vida

 

Hérnia de disco e estenose do canal vertebral ainda são causas mais comuns para justificar uma cirurgia na coluna
Divulgação

 

Procedimentos minimamente invasivos podem ser a solução para alguns pacientes


Mielopatia cervical. Esse foi o diagnóstico que a empresária Sinara Barbosa, de 45 anos, recebeu no final de 2020, após uma ressonância magnética. Os primeiros sintomas surgiram em março daquele ano, quando procurou um ortopedista para entender a causa de um desconforto no pescoço. Mesmo com a recomendação médica para realizar exames, o início da pandemia e a ausência de dores intensas fizeram com que a volta para o consultório fosse adiada. Com a diminuição dos casos de covid-19, ela fez os exames e logo recebeu o diagnóstico que não imaginava.

“Busquei opinião de sete médicos e todos me disseram a mesma coisa: o meu caso exigia uma intervenção cirúrgica”, conta Sinara. A necessidade de uma cirurgia na coluna sempre gera medos, incertezas e muitas dúvidas em pacientes que já estão sofrendo com dores. Para Sinara não foi diferente, já que ela não esperava receber esse diagnóstico tão cedo, pois sentia apenas algumas dores na coluna e no pescoço. De acordo com o ortopedista Luiz Gustavo Dal´Oglio da Rocha, a empresária sofria de um processo degenerativo na coluna cervical e precisou da cirurgia para evitar futuros comprometimentos da função dos membros inferiores e superiores.

Problemas na coluna são mais comuns do que se pode imaginar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), oito em cada dez pessoas vão passar por isso em determinado período da vida. Sedentarismo, excesso de peso, má postura ou herança genética são alguns dos fatores que estão fazendo aumentar o número de homens e mulheres diagnosticados com dores crônicas na coluna. “Quase todo mundo vai travar uma batalha contra incômodos na coluna, mas a maioria vai encontrar a solução em medicamentos e terapias complementares, como fisioterapia”, esclarece Luiz Gustavo.

O médico explica que as cirurgias são indicadas para casos extremos, ou bem específicos, ou ainda, quando os tratamentos prévios já não são eficazes. “Com as novas tecnologias, os procedimentos estão cada vez menos invasivos, o que significa tempo reduzido de internação, menor incidência de complicações e retorno mais rápido às atividades cotidianas: são as chamadas cirurgias minimamente invasivas. Hérnia de disco e estenose do canal vertebral são as causas mais comuns para justificar uma cirurgia”, afirma o ortopedista que atua nos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, em Curitiba (PR). “Se têm como tratar, não há motivo para pânico. A confiança na equipe que me acompanhou foi determinante para que eu passasse por essa fase de cabeça erguida. Foi preciso apenas um dia no hospital para eu voltar para casa, sem dor nenhuma”, lembra Sinara. 


Técnicas minimamente invasivas

Cortes pequenos, pouca dor e recuperação rápida. Esses são os princípios das cirurgias modernas que podem devolver a qualidade de vida a pessoas com problema de hérnia de disco, por exemplo. As cirurgias minimamente invasivas já são realidade nos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, que são referências nacionais em cirurgias da coluna e importantes centros de formação de novos cirurgiões. “O uso dessas técnicas permite melhor visualização do campo cirúrgico, menos sangramento e tempo menor de recuperação. O aperfeiçoamento dos métodos e uso adequado de implantes garantem resultado mais efetivo e menor risco cirúrgico”, assegura o ortopedista Luiz Gustavo.

A técnica minimamente invasiva, com uso de tecnologia, é um pilar da cirurgia moderna da coluna. Para difundir o conhecimento e permitir que profissionais de outros estados apliquem essas práticas em sua rotina, os dois hospitais realizaram um curso de técnica cirúrgica na coluna cervical em novembro, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e a AO Spine Latin America. “Abordamos técnicas de instrumentação com as quais os participantes puderam evoluir com conhecimento da estabilização cirúrgica com uso de sistemas de navegação, desde o crânio até a transição entre a coluna cervical e torácica, e aprimoramos técnicas de descompressão neural com recursos de microscopia. O foco do aperfeiçoamento é sempre melhorar o resultado para os pacientes”, conclui.

 

Como se proteger do sol e prevenir o câncer de pele?

Freepik
Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção RS está engajada na campanha nacional de orientação a população sobre medidas preventivas, o Dezembro Laranja

 

Quando falamos em prevenção, que reduziria a quantidade de brasileiros doentes, onde será que estamos errando? O câncer da pele é uma doença multifatorial, que tem no sol um dos principais vilões. Tão importante e necessário, fonte de saúde e bem-estar, o sol é uma radiação que altera o funcionamento da nossa pele, principalmente quando acumulado durante toda nossa vida.

O alerta dos dermatologistas é de que a quantidade de sol adquirida na infância e juventude será um dos determinantes de maior risco da doença nas idades mais avançadas.

“Uma das bases do Dezembro Laranja é oferecer orientação sobre a necessidade de iniciar os cuidados desde o início das primeiras exposições ao sol. Isso envolve evitar os horários de sol mais forte, uso adequado do protetor solar, buscar a sombra sempre que possível, utilizar a proteção física (oferecida pelos tecidos, chapéus, bonés e guarda-sóis, por exemplo), entre outra medidas importantes. São fáceis de serem seguidas e repercutem diretamente na saúde da nossa pele a longo prazo”, explica o dermatologista membro da SBD-RS e coordenador da Campanha Dezembro Laranja no RS, Fabiano Siviero Pacheco.

Tradicionalmente, os dermatologistas da SBD, auxiliados por um amplo grupo de voluntários, escolhem um dia deste mês e oferecem atendimento gratuito em dezenas de locais, buscando diagnosticar e tratar esta doença. Infelizmente, com a chegada da Pandemia da COVID-19, neste ano, repetindo 2020, o atendimento presencial foi cancelado.

“Foi definido que, mesmo sendo suspensa a avaliação dos pacientes, a orientação e prevenção deveriam continuar, pois são a base para que tenhamos, no futuro, uma população protegida e possamos reduzir os índices deste que é considerado o mais comum dos tipos de câncer no nosso país”, explica.

O câncer da pele é considerado o mais prevalente na população brasileira, tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Dados oficiais estimam que no ano de 2020 foram diagnosticados 190 mil pacientes com tal doença, com aproximadamente 4.500 mortes neste mesmo período. Os mais frequentes são os carcinomas de pele, menos agressivos. Por outro lado, o melanoma, com menos casos, pode ser grave, sendo responsável pela maior parte das mortes pela doença.

 

Marcelo Matusiak


Neurocientista e psicólogo afirmam que uso recreativo da maconha diminui a inteligência do usuário

Divulgação
O neurocientista PhD Fabiano de Abreu e o psicólogo André Barbosa afirmam que a Cannabis sativa compromete a sinalização neural e prejudica a memória 

A partir de estudos sobre o efeito da Cannabis sativa (popularmente conhecida como maconha) no cérebro, o PhD neurocientista, biólogo e historiador Fabiano de Abreu concluiu em seu artigo que o uso crônico via fumo desta substância diminui a inteligência do usuário. O neurocientista explica que na maconha inalada via fumo, há uma substância psicoativa chamada de Tetra-hidrocanabinol (THC) que altera a capacidade cognitiva do usuário, provocando sintomas como perda de memória e redução da velocidade de raciocínio. 

 

De acordo com Fabiano de Abreu, o conceito de inteligência geral foi desenvolvido para definir habilidades gerais, tais como memória e capacidade mental que, entre outras coisas, envolve a habilidade de raciocinar, planejar e resolver problemas. Fabiano de Abreu analisa que pacientes que fazem uso crônico da Cannabis sativa (maconha) inalada por fumaça, apresentam alterações comportamentais, tais como: “lentidão, falta de memória, falta de localização espacial, perda de motivação e falta de raciocínio lógico são comportamentos apresentados por usuários contínuos”, sinaliza o neurocientista e Professor da Logos University International (UniLogos).

 

Como metodologia de pesquisa, o PhD em neurociência Fabiano de Abreu consultou artigos em bases científicas e também entrevistou psicólogos: "por  meio  de  entrevista  com  os  cinco  psicólogos,  foi  relatado  que  seus  pacientes crônicos  usuários  da substância afirmaram  ter  dificuldade  no  aprendizado  apresentando perda  de  memória,  dificuldades  em  permanecer  concentrados  em  determinada função e alterações nas funções cognitivas” afirma o especialista em neurociência aplicada à aprendizagem. 

 

“Atualmente, existem evidências que usuários de maconha podem sofrer problemas no processamento da memória a curto prazo. A hipótese é de que a Cannabis sativa compromete a sinalização neural quando se liga aos receptores responsáveis pela memória no cérebro. Consequentemente, pode  afetar  a  capacidade  de  aprendizagem e até mesmo desencadear problemas  de  concentração”, afirma o PhD neurocientista Fabiano de Abreu


 

Além das alterações cognitivas, o psicólogo André Barbosa descreve que outros efeitos da Cannabis sativa na saúde mental são: “o uso de maconha potencializa o desenvolvimento de psicoses como a esquizofrenia, e pode ativar, em jovens, o transtorno afetivo bipolar, síndrome do pânico e também a depressão”, alerta o especialista em psicologia. 

 

 

 

 

Fabiano de Abreu - PhD, neurocientista, mestre psicanalista, biólogo, historiador, antropólogo, com formações também em neuropsicologia, psicologia, neurolinguística, neuroplasticidade, inteligência artificial, neurociência aplicada à aprendizagem, filosofia, jornalismo e formação profissional em nutrição clínica - Diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, UniLogos; Membro da Federação Européia de Neurociências e da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neurociências. Universidades em destaque: Logos University International, UniLogos, Nova de Lisboa, Faveni, edX Harvard, Universidad de Madrid.

 

Dr. André Barbosa - psicólogo e escritor, formado em psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), especializado em terapia cognitivo-comportamental pela UniChristus, graduado em Administração e Marketing pela Estácio e em Business Communication pela Universidade de Cambridge no Reino Unido.Também é autor de 6 livros sobre depressão, comportamento, qualidade do sono e desafios emocionais, ciúmes e transtorno de personalidade boderline. Já foi colunista no Jornal Tribuna do Ceará. Além disso, é professor do curso de Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental da IEMB e professor de inteligência emocional da MEGE.@opsicologo, com mais de 290 mil seguidores, e @freudofficial


Dia do Alcoólico Recuperado: Você sabe como o álcool pode influenciar a fertilidade? Especialista responde


Amanhã, dia 9 de dezembro, é comemorado o Dia do Alcóolico Recuperado. Desde o início da década de 80, a data tem como objetivo promover uma mobilização em favor do controle da doença alcoolismo e em alusão a todos os que conseguem se recuperar da dependência do álcool.

 

O consumo frequente de álcool pode acarretar diversos malefícios para a fertilidade tanto do homem, quanto da mulher. A ginecologista carioca, Dra. Camila Ramos (@dracamilaramos), referência em reprodução humana, explicou com detalhes como este consumo desenfreado pode afetar diretamente a infertilidade de ambos.

 

De acordo com a ginecologista, quando ingerido em pequenas doses, o álcool pode interferir pouco, porém o uso de forma crônica e prolongada pode afetar até em 60%-80% a capacidade reprodutiva do casal. "Alguns estudos apontam que as mulheres que consomem mais de 2 doses de bebidas alcoólicas por dia, apresentam maiores taxas de infertilidade. Já nos homens, alguns estudos apontam como 30g de álcool por dia como um limiar (equivale a 3 taças de vinho)", explica a médica.

 

O uso frequente também pode levar um impacto negativo ao corpo. Nos homens, o órgão mais afetado são os testículos, onde existe a produção dos espermatozoides e no desempenho sexual. Nas mulheres, no ciclo menstrual como um todo, ovários, trompas e hormônios envolvidos no processo. "No homem, os principais efeitos são: piora da ereção, podendo levar até a impotência; diminuição da libido; piora na quantidade e qualidade dos espermatozoides. Na mulher, alterações dos hormônios femininos, dificuldade de ovulação e aumento do risco de abortamento" ressalta Dra. Camila.

 

Mas e se dermos uma pausa?

 

Segundo a profissional especialista em reprodução humana, quando há uma pausa da ingestão de álcool em 30 dias. "É possível notar diferenças, principalmente no caso das mulheres, onde podemos ver uma melhora na regularização do ciclo menstrual. Já nos homens, precisamos de 2 meses para vermos uma melhora, já que este é o tempo de produção dos espermatozoides", diz.

 

"Não tem um tempo mínimo para os benefícios de parar de ingerir álcool serem percebidos, mas alguns estudos demonstraram que casais que reduziram em 3 anos o consumo de álcool, tiveram 90% de chance de conseguir uma gestação. Devemos lembrar que o cigarro, obesidade e falta de exercícios são fatores que interferem também negativamente na fertilidade do casal tão quanto o álcool", finaliza a profissional.

 

 

Dra. Camila Ramos - ginecologista com ênfase em reprodução humana e climatério - CRM: 52-95691-0 - http://instagram.com/dracamilaramos 

 

ESPECIALISTA EM EMAGRECIMENTO APONTA 10 MITOS E VERDADES SOBRE OBESIDADE

 

Dados recentes levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) mostram que 60% da população, acima dos 18 anos, está acima do peso. O número corresponde a 96 milhões de brasileiros. Junto com o aumento da obesidade, é comum surgirem dúvidas sobre o que leva a pessoa a ganhar peso em pouco tempo. Para ajudar nesse sentido, a especialista em obesidade, Edivana Poltronieri, esclarece mitos e verdades sobre o tema. Confira!

 

1 - É só ter força de vontade

Mito. É comum ouvir que pessoas com obesidade são "preguiçosas" ou não têm motivação. Porém, existem vários fatores que contribuem para o aumento do peso, como o estresse, a ansiedade, hormônios, medicamentos, genética entre muitos outros motivos. A obesidade costuma ser multifatorial, por isso, é importante que cada pessoa seja acompanhada de perto por um profissional, que vai indicar o tratamento adequado para o seu caso.

 

2 - Todo obeso come muito

Mito. Há diversos influenciadores mentais e físicos que causam impactos significativos na abordagem com a alimentação. Quem sofre de ansiedade ou está preocupado, por exemplo, provavelmente vai comer o que vier, sem se importar se é saudável ou não.  A obesidade está ligada, em grande parte, à má qualidade da alimentação e não na quantidade.

 

3 - E dormir mal, engorda mesmo?

Verdade. Noites mal dormidas podem gerar fome exagerada ao longo do dia. Isso se dá porque a noites mal dormidas produzem hormônios que estão ligados diretamente ao sobrepeso, como o cortisol, que é um dos responsáveis por acumular gordura na barriga.

 

4 - Se a família é obesa todos serão também

Mito. A genética influencia na obesidade, mas não é uma regra. Adotar simples mudanças no dia a dia, como incluir 30 minutos diários de atividades físicas e cuidar mais na qualidade dos alimentos ajudam a diminuir o risco da obesidade.

 

5 - Comer regularmente no café da manhã protege contra a obesidade

Mito. Embora seja bem importante comer depois de uma noite de sono para repor as energias, o ganho de peso está associado aos hábitos alimentares e não a uma simples refeição. Há pessoas que não comem pela manhã e exageram no almoço e há aquelas que comem pela manhã e seguem se alimentando moderadamente e, com qualidade, ao longo do dia.  

 

6 - A obesidade estimula o câncer de mama

Verdade.  Prova disso é que a Agência Internacional de Pesquisas em Câncer estima que cerca de 25% dos tumores de mama ao redor do mundo sejam decorrentes de obesidade e sedentarismo.

 

7 – Eliminar o sedentarismo ajuda no combate da obesidade

Verdade. Abandonar o sedentarismo é a chave do sucesso para fazer as pazes com a balança e ter longevidade com saúde e equilíbrio. Mas é essencial procurar ajuda profissional para que os resultados sejam alcançados com segurança.

 

8 – Atividade física é solução para resolver obesidade

Mito. Apenas o exercício não é suficiente para a pessoa deixar de ser obesa. O tratamento deve ser multidisciplinar, com acompanhamento especializado de nutricionistas, psicólogos e educadores físicos.  As atividades físicas ajudam apenas de 3% a 5% a emagrecer e ajudam a manter o peso depois que os quilos são eliminados. Nem sempre eles fazem parte do plano inicial do tratamento, dependendo da condição do paciente.

 

9 - Adicionar frutas e vegetais à dieta resulta na perda de peso

Mito. Incluir mais calorias de qualquer tipo sem fazer nenhuma outra alteração pode causar ganho de peso. Comer frutas e vegetais é saudável, mas é preciso fazer uma reeducação alimentar para conseguir vencer a obesidade.

 

10 – A obesidade é causada por fast-food

Mito. Nenhuma categoria de alimentos isolada causa obesidade. O problema é o resultado do consumo de muitas calorias durante um longo período. Comer fast-food vez ou outra não vai engordar. Hamburgueres e frituras não fazem ganhar peso, mas sim a nossa decisão de comer muito e não ter um estilo de vida saudável.  O problema é não ter o controle do que se come e exagerar na frequência. Gerenciar esse equilíbrio é o mais importante para evitar o sobrepeso.

 


5S Estilo de Vida Saudável 

 

MESMO COM NOVA VARIANTE, 42% DOS BRASILEIROS JÁ SE SENTEM CONFORTÁVEIS EM FICAR SEM MÁSCARA

É o que aponta o levantamento feito pela plataforma de monitoramento v-tracker, sobre o uso de máscaras em ambientes públicos

 

A confirmação de três casos da variante ômicron no dia 30 de novembro fez o comitê científico que orienta a gestão de João Dória (PSDB) adiar a flexibilização do uso de máscaras no Estado de São Paulo, desistindo de liberar o uso em ambientes ao ar livre, medida que estava prevista para entrar em vigor no dia 11 de dezembro.

Mas, não é todo mundo que ficou feliz com a decisão de manter as máscaras, inclusive em outros estados. É o que aponta os dados coletados na primeira semana de dezembro, com a ajuda de mil respostas para a seguinte pergunta:

"Imagine que não é mais obrigatório o uso de máscara em locais públicos a partir de hoje em todo o país: como você se sentiria ao sair de casa sem máscara? Se já tiver liberado na sua cidade, fale como você se sente hoje. Coloque 1 para NADA CONFORTÁVEL e 5 para SUPER CONFORTÁVEL."

Mesmo com o surgimento da variante ômicron, é maior o número de respondentes que responderam se sentir entre confortável e super confortável. De cada três brasileiros, um já se sente muito confortável para não utilizar as máscaras em ambientes públicos. Já os contrários a deixar de usar a máscara são a minoria: 25% dos entrevistados responderam que ficam "nada confortáveis" sem utilizar a medida não farmacológica.

Os dados também apontam que são as mulheres (41,9%) que se sentem mais desconfortáveis que os homens (32,1%) quando o assunto é sair sem máscara. Mas, mesmo com a diferença no desconforto, o número de mulheres e homens que já se sentem confortáveis para sair sem máscara é maior. Para os homens, chega a quase 50%.

Se olharmos os dados à partir da idade dos respondentes, enquantos mais da metade (55,2%) com 46 anos ou mais afirmam não estar confortáveis para sair sem máscara, o número de jovens desconfortáveis com em usar a máscara hoje, entre 18 e 25 anos, cai quase pela metade.


Agora, com um olhar por regiões do Brasil, a diferença de comportamento dos brasileiros quanto a máscara, mesmo sabendo da nova variante, é ainda maior.

Encontramos na Região Sudeste (principalmente São Paulo) a concentração de pessoas menos confortáveis para sair de casa sem a máscara. Já é na Região Sul que está a maioria que fica confortável sem as máscaras em ambientes públicos.


Segundo Gabriel Viragine, Diretor da plataforma v-tracker -
"O debate sobre o uso de máscaras em locais públicos evidencia a polarização da população brasileira em tópicos sociais e políticos ao mesmo tempo que consegue aflorar sentimentos conflitantes dentro das pessoas. Por um lado, a população está cansada da tensão que a pandemia trouxe sobre nossas vidas e a máscara passou a ser vista como uma alegoria dos anseios que as pessoas passaram e ainda estão passando."

É o que confirma a análise dos sentimentos nas falas dos respondentes. Com a ajuda de inteligência artificial e neurociência, foi possível visualizar nos dados o que o brasileiro sente ao falar do uso de máscara. Gabriel nos explica - "Os dois sentimentos mais citados foram relaxamento e medo, apontando uma dualidade e polarização muito clara nas opiniões".


CLASSES SOCIAIS: DIFERENÇA SÚTIL, MESMO ASSIM CONSIDERÁVEL

De um lado, os respondentes das classes A e B estão mais equilibrados em suas opiniões. Enquanto 42% não querem tirar as máscaras, 39% já se sentem confortáveis sem ela.

Já para as classes C, D e E a diferença é mais acentuada. 44% da população está confortável em não utilizar máscaras e apenas 1 em cada 3 respondentes destas classes não se sente confortável em sair de casa sem a sua máscara.


LOCAIS MAIS TEMIDOS PARA FICAR SEM MÁSCARA

De forma espontânea, os respondentes nos contaram quais são os principais locais que eles se sentem desconfortáveis em não utilizar máscaras.

Nossa ferramenta gerou uma nuvem de palavras que evidencia quais são esses lugares. Quanto maior estiver o nome, mais vezes este local foi citado pelos brasileiros.



Lugares fechados, em geral, são os que mais preocupam as pessoas neste momento. Hospitais aparecem em segundo lugar. Depois disso, diversos locais são citados com a mesma intensidade como transporte público, ônibus e shopping. Importante destacar que quase houve um volume pequeno de menções sobre o local de trabalho.

 

Lançamento das Diretrizes da European Society of Cardiology sobre covid-19

Diretrizes da European Society of Cardiology (ESC) para o diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares durante a pandemia de covid-19 foram publicadas no European Heart Journal.

Essa orientação reuniu um grande número de líderes de opinião importantes no início da pandemia.

O documento de duas partes fornece informações práticas para ajudar os médicos a diagnosticar e controlar doenças cardiovasculares em pacientes com a doença.

A primeira parte inclui:

• O impacto das comorbidades cardiovasculares na epidemiologia da covid-19, observando que:

• Condições cardiovasculares são comuns em pacientes com a doença.

• A presença de doença cardiovascular está associada a covid-19 grave e maior mortalidade.

• Os fatores de risco cardiovascular estão associados à covid-19 grave e maior mortalidade.

• Resumo das manifestações cardiovasculares de covid-19:

• Lesão miocárdica, arritmias, insuficiência cardíaca, disfunção vascular e doença tromboembólica são consequência de infecção grave.

• As manifestações cardiovasculares de longo prazo da doença não são claras, portanto, é necessário um acompanhamento cuidadoso.

• Como diagnosticar condições cardiovasculares em pacientes com a infecção:

• Cobrindo a apresentação clínica (por exemplo, dor no peito, falta de ar), eletrocardiograma (ECG), biomarcadores cardíacos relevantes e modalidades de imagem (quando realizar e como fazê-lo com segurança).

A segunda parte inclui:

• Manejo e vias de tratamento para doenças cardiovasculares comuns, como:

• Vias de diagnóstico e algoritmos de tratamento para pacientes com suspeita de síndromes coronárias agudas.

• Diagnóstico e gestão de pacientes com síndromes coronárias crônicas

• Manejo de pacientes com insuficiência cardíaca, valvopatia, hipertensão arterial, embolia pulmonar aguda e arritmias.

• Acompanhamento via telessaúde.

Tratamento da infecção por SARS-CoV-2 em pacientes com doenças cardiovasculares, incluindo:

• Manutenção de medicamentos cardiovasculares.

• Interações medicamentosas, particularmente em relação às propriedades pró-arrítmicas potenciais.

• Informações do paciente, como:

• Como reduzir o risco de transmissão, manter um estilo de vida saudável e controlar as doenças cardiovasculares.

• Os autores observam que os artigos resumem o conhecimento e as orientações atuais: "As recomendações são principalmente o resultado de observações e experiências pessoais de profissionais de saúde (na Europa).

 


Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: European Heart Journal (2021). DOI: 10.1093/ eurheartj /ehab696

 

Sob um novo olhar: cirurgia de catarata tornou-se rápida e segura com ajuda da tecnologia

Mesmo cercado de mitos, o procedimento tem se popularizado, especialmente entre pessoas mais jovens. Segundo oftalmologista, o avanço da tecnologia garantiu maior agilidade, segurança e resultado imediato após a cirurgia


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é a principal causa de cegueira reversível no mundo. No Brasil, a doença é responsável por 49% dos casos de perda de visão , segundo levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Relacionada principalmente ao envelhecimento natural dos olhos, a catarata possui como única forma de tratamento a cirurgia, a qual tem atraído, para além de idosos, pessoas cada vez mais jovens, devido a modernização do procedimento ao longo dos anos.

A doença afeta o cristalino, que normalmente perde a capacidade de focalizar objetos e leitura próximos por volta dos 49 anos. Alguns pacientes apresentam esta dificuldade, à qual damos o nome de presbiopia, um pouco mais tarde, próximo dos 50 anos. A presbiopia é o primeiro sinal de que o cristalino está perdendo suas funções. Na evolução deste processo, acontece a perda da transparência e a formação da catarata.


Uma nova visão

Segundo o oftalmologista Dr. Marcello Fonseca, à frente do Instituto da Visão de Curitiba (iVisão), a falta de compreensão de grande parte da população integra uma extensa lista de mitos e tabus relacionados à catarata e ao seu tratamento cirúrgico, que foi paulatinamente modificado ao longo dos anos pelos avanços da tecnologia e da medicina:

"Antigamente, quando o paciente ainda tinha uma visão funcional razoável, mesmo com certa perda de qualidade, a cirurgia não era realizada. Isso acontecia porque as técnicas utilizadas exigiam um corte muito extenso, o que ampliava as chances de infecção e tornava a recuperação mais delicada. Quando levamos em consideração que os olhos possuem cerca de 12 mm, e o cristalino, 10 mm, a incisão exigida pela cirurgia era próxima ao diâmetro total dos olhos, em torno de 8 a 9 mm", explica o médico e fundador do iVisão.

Neste contexto, a mudança do ambiente da operação também foi decisiva para que o procedimento fosse visto com outros olhos. Com a transferência da oftalmologia para clínicas especializadas, a cirurgia de catarata, que até então era realizada em hospitais gerais, passou para um local menos suscetível a infecções, contribuindo para torná-la uma das mais seguras da atualidade.

Simultaneamente, a chamada facoemulsificação surge como uma das técnicas mais utilizadas para a solução do problema até os dias de hoje; nela, a partir de uma incisão mínima, de cerca de 1.8mm, é introduzida uma sonda vibratória que, com uma mecânica similar a de uma britadeira utilizada em construções, fragmenta o cristalino - quando este já se encontra mais rígido, em um estágio avançado de catarata -, em pequenos pedaços, os quais são aspirados mais facilmente. Posteriormente, ele é substituído por uma lente intraocular transparente dobrável, sem a necessidade de pontos, o que permite a recuperação imediata da visão.

O Dr. Marcello ressalta, contudo, que a correção de catarata e a eliminação do uso de óculos podem acontecer simultaneamente, mas tratam-se de procedimentos distintos. "A cirurgia de catarata consiste na remoção do cristalino, o que por si só já é suficiente para eliminar a opacidade da visão ocasionada pela doença. Já a eliminação do grau, com a substituição por uma lente que busca corrigir outros problemas oculares, é uma alternativa que varia de acordo com a expectativa de cada paciente em relação ao procedimento e o desejo ou não de eliminar o uso dos óculos.", esclarece.


Quanto antes, melhor

O envelhecimento natural dos olhos ainda é o principal responsável pela catarata, mas existem outras causas para o seu surgimento, como no caso da catarata congênita, na qual uma criança já nasce com a condição; e a relacionada a outras doenças pré-existentes, como a diabetes, por exemplo. Além disso, possíveis traumas oculares e o uso contínuo de determinados medicamentos, como corticoides, também podem ocasionar o aparecimento precoce da doença.

A percepção nebulosa e até mesmo assustadora que muitos ainda têm do procedimento está em vistas de ser substituída pela nitidez da precisão e da segurança de como ele é realizado atualmente. "Da anestesia geral, o procedimento passou a ser local, com a utilização de colírios anestésicos. O paciente permanece consciente e não sente nenhum desconforto durante o ato cirúrgico, que dura apenas alguns minutos. Com isso, eliminamos, inclusive, o uso do tampão no pós operatório. O paciente já sai da clínica enxergando.", conclui o oftalmologista.

Não por acaso, a busca pelo procedimento tem aumentado cada vez mais: no próprio Instituto da Visão de Curitiba, mesmo durante a pandemia, foram realizadas uma média de 200 cirurgias de catarata mensalmente ao longo de 2021.

Hoje, já não há mais motivos para tanto sofrimento e espera para conseguir um novo olhar sobre a vida. Assim que a catarata é diagnosticada, a cirurgia já pode ser realizada, sem que seja necessário aguardar pelo seu "amadurecimento", o comprometimento das nossas funções diárias e, no pior dos casos, a perda completa da visão.

Diante de tantos aprimoramentos, o procedimento abandonou o posto de uma cirurgia complexa, antes realizada somente em últimos casos, quando não havia mais nenhuma outra opção, para ocupar o local de uma cirurgia segura, rápida e com altas chances de uma recuperação bem-sucedida.

 

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