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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Obra aborda cyberbullying de alunos contra professores

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Livro analisa relação professor-aluno na cultura digital e seus desafios

 

Com o avanço no uso da Internet e das redes sociais, a prática de bullying virtual - o chamado cyberbullying - se tornou cada vez mais presente e, embora o foco em geral esteja em crianças e jovens que sofrem, professores e professoras são alvos frequentes de seus alunos e alunas.

 

Antônio Alvaro Soares Zuin, docente do Departamento de Educação (DEd) da UFSCar, explica ser consenso entre pesquisadores que o bullying é caracterizado por ter uma vítima marcada como objeto constante de agressões - físicas ou psicológicas. Já no cyberbullying, basta uma foto ou um vídeo da vítima sendo humilhada e uma interação. "Um comentário ou uma curtida já podem ser reproduzidos continuamente. Ou seja, a própria característica do ambiente virtual faz com que o bullying online se propague de maneira incontrolável", destaca.

 

A temática, presente nas pesquisas realizadas por Zuin há 28 anos, impulsionou a produção do livro "Fúria narcísica entre alunos e professores - as práticas de cyberbullying e os tabus presentes na profissão de ensinar", que está sendo lançado pela Editora da UFSCar (EdUFSCar). A obra é voltada a professores, outros educadores e estudiosos das áreas de Filosofia e Psicologia da Educação, além de quaisquer outras pessoas interessadas. 


 

A profissão de ensinar: tabus e cultura digital


Com 162 páginas, o livro é dividido em três capítulos, além de introdução. O primeiro - "Os alunos e a história de cinco tabus em relação aos professores" - discorre sobre representações aversivas dos alunos em relação aos professores e ao ato de ensinar.

 

Historicamente, o processo de ensino-aprendizagem se desenvolveu numa espécie de tríade: aprendizado de conteúdo, disciplina e foco de atenção. "De certa forma, o professor controlava o acesso do aluno às informações, existindo uma espécie de relação hierárquica entre eles", recupera o pesquisador da UFSCar. Com isso, surgiram os tabus, entre os quais os cinco detalhados no livro: o professor que castiga fisicamente os alunos; o que os pune psicologicamente; o que pratica a soberba intelectual; o autoritário; e o que é visto como indivíduo assexuado.

 

Ao longo dos anos, algumas das atitudes associadas a esses tabus foram proibidas, como é o caso da utilização da força física. No entanto, outras persistem e são ressignificadas com o passar do tempo, conforme explica o autor na obra.

 

Na segunda parte, intitulada "Os celulares, os alunos e as postagens sobre professores no YouTube", Zuin analisa vídeos que se configuram como práticas de cyberbullying de alunos contra professores. Neste espaço, o autor reflete justamente sobre a ressignificação dos tabus na era digital.

 

"Hoje, há uma espécie de empoderamento dos alunos com esses aparelhos, a ponto de questionarem a importância do próprio professor, como figura de autoridade, em salas de aula", explica o pesquisador.

 

Além disso, diante de tantos estímulos audiovisuais, os alunos transformam sua capacidade de concentração radicalmente, e a tendência é que o foco de atenção se fragmente. "Na medida em que as pessoas se tornam multitarefas - veem fotos nas redes sociais, respondem mensagens, e ao mesmo tempo precisam assimilar conteúdos -, a capacidade de concentração se torna cada vez mais dispersa, de modo que esta dispersão vai se transformando num elemento da própria concentração. Isso gera um fenômeno que chamo de concentração dispersa, um dos conceitos-chave do meu livro", detalha Zuin.

 

Com isso, o autor traça as características da relação professor-aluno na cultura digital. "Se o processo de concentração dispersa estiver se consolidando, os alunos terão cada vez mais dificuldade em focar a atenção para poder estudar o conteúdo em sala de aula. Junto a isso, como se sentem empoderados com a tecnologia, vão se vingar da figura que historicamente exigiu a permanência da concentração com o aprendizado e o conteúdo, que é o professor", analisa o autor.

 

Casos concretos estão nos vídeos analisados, que mostram filmagens feitas e postadas por estudantes de posturas inadequadas de professores e de alunos em sala de aula e relacionadas à tecnologia - que envolvem, por exemplo, comportamentos descontrolados de ambas as figuras por causa de celulares, como jogar objetos no chão para ganhar atenção. Todos os materiais analisados têm grande número de visualizações e de interações, como curtidas e comentários, o que se configura, portanto, como prática do cyberbullying.

 

"Na cultura digital, o papel da hierarquia se inverte: nela, os alunos realizam postagens de imagens, vídeos e comentários sobre os seus professores, adquirindo certo poder diante de determinadas situações, especialmente em sala de aula. Os tabus também são ressignificados, já que, em muitas situações, é o aluno quem se torna agressivo ou soberbo, além de causar punições psicológicas ao professor, com postagens em tons sarcásticos ou de chacota", exemplifica Zuin.

 

Os motivos pelos quais os papéis se inverteram podem ter relação, segundo o pesquisador, com uma espécie de fúria narcísica dos alunos - como o próprio título da obra sugere -, que se intensifica nos meios digitais. "É como se, narcisicamente, os alunos encontrassem, na cultura digital, um momento para manifestar a sua fúria - tanto em relação a terem que se concentrar durante o aprendizado dos conteúdos, quanto em relação à figura do professor", sintetiza.

 

Por fim, o terceiro capítulo, "Cyberbullying de alunos contra professores como forma de desengajamento moral online", se debruça sobre oito tipos de desengajamento moral virtuais. Segundo Zuin, este é um termo da Psicologia, mais especificamente usado por Albert Bandura, que explica de quais maneiras as pessoas se liberam de padrões morais para realizar ações danosas a outras pessoas, sem que se sintam culpadas.

Com base na análise dos vídeos, a obra lista oito tipos de desengajamento moral que ocorrem naqueles contextos.

 

Um deles se refere à autodefesa pelo anonimato online: embora o computador de qualquer pessoa possa ser identificado pelo Internet Protocol (IP), os alunos que realizam cyberbullying se sentem mais protegidos diante das telas e, assim, se encorajam para produzir as postagens e comentários.

 

Outro tipo de desengajamento moral exposto na obra diz respeito ao desejo de ser "viral" - é narcisicamente sedutor para o aluno saber que seu vídeo soma mais de dois milhões de acessos virtuais. "Essa sensação passa a ser muito mais poderosa do que o receio de sofrer qualquer tipo de punição, pois o aluno será midiático e eletronicamente percebido, fazendo com que não se importe com as consequências das postagens", analisa Zuin.

 

Ao final do capítulo, o autor reflete sobre possíveis formas de conscientizar professores e outros educadores sobre o cyberbullying, bem como maneiras para combatê-lo. Para ele, o processo passa necessariamente por uma reconfiguração da figura do professor, excluindo a característica da autoridade para passar a ter uma relação mais dialógica com os alunos, inclusive com o uso das tecnologias digitais.

 

Um dos caminhos - e grande desafio - está no professor tentar direcionar o foco de atenção do aluno para um determinado objeto, que pode estar, inclusive, no celular. Para isso, deve agir de forma respeitosa e como um incentivador de comunidades - tanto presenciais, como virtuais. "Ter a participação ativa, tanto do aluno como do professor, no processo de ensino-aprendizagem, e com o auxílio da tecnologia, pode ser um dos caminhos para que ambos se tornem verdadeiramente agentes educacionais", finaliza. 

Para o lançamento de "Fúria narcísica entre alunos e professores - as práticas de cyberbullying e os tabus presentes na profissão de ensinar" foi realizado debate com o autor, na série de eventos "EdUFSCar no ar". A gravação está disponível no canal UFSCar Oficial no YouTube.


Foco é um dos grandes segredos para obter resultados com mentoria

Empresárias e profissionais relatam como realizaram seus projetos a partir do aprendizado com mentoria


A mentoria profissional trabalha o momento de carreira do in

divíduo. É uma espécie de tutoria em que o mentor ajuda o mentorado a dominar um conhecimento para desempenhar um trabalho e o prepara para crescer na empresa e na carreira. Ela deve ser, sobretudo, uma “via de mão dupla”, em que o mentor ouve o mentorado, e o contrário também acontece. Ao escutar e compreender os conselhos, o mentorado obterá mais conhecimento para crescer profissionalmente.

Segundo a mentora e terapeuta vibracional Marinélia Leal, muito mais do que apenas escutar o mentor, o mentorado deve ter foco nas orientações para poder colher resultados mais adiante. Em seu programa de mentoria Premium, a especialista estabelece caminhos com seus mentorados, define planos de ação e constrói mapas de visualização que vão orientar o trajeto a ser percorrido.

A portuguesa Mariana Leite, graduada em Gestão Industrial de Logística, conta que a mentoria que recebeu de Marinélia ajudou-a a acreditar mais em si própria. “Quando começamos o Premium, até certa altura eu não tinha muitos objetivos concretos, embora tivesse o forte desejo de viajar ao Japão”, relata.

Durante o programa, a jovem, hoje com 24 anos, foi confrontada sobre a indecisão de fazer o curso ou a viagem até tomar a decisão de que era possível fazer as duas coisas. “Na ocasião, eu comprei um quebra-cabeças de mil peças de uma cidade japonesa e pouco tempo depois, gravei um vídeo na rua retratada naquela gravura. O Premium me ensinou a acreditar mais em mim e que todos temos em nós forças para conquistarmos o que desejamos”, revela.

A empresária portuguesa Rita Garcia comenta que a mentoria ajudou-a expandir ainda mais seus negócios. Ela enfrentava dúvidas sobre seguir a carreira de advogada ou dedicar mais tempo ao negócio imobiliário como franqueada da RE/MAX. “Quando procurei a Marinélia tinha um objetivo na minha cabeça de alcançar um faturamento de 400 mil euros e adquirir mais uma loja. Por outro lado, o escritório de advocacia me tomava muito tempo. Como o acompanhamento da Marinélia, consegui delegar mais para minha equipe, ajudando o escritório a crescer e voar sozinho”, relata.

Hoje, além do escritório de advocacia, Rita mantém duas lojas da RE/MAX e comemora os resultados obtidos por conta da mentoria recebida. “Marinélia sabe sempre nos encaminhar e mesmo quando às vezes temos receios, ela nos ajuda a vencer esses medos. Minha vida tem sido uma aventura muito prazerosa desde quando comecei a ser mentorada”, ressalta.

Outra mentorada que ficou no dilema entre investir na mentoria e tocar um projeto profissional foi a psicóloga Simone Ferreira. Ela conta que inicialmente ficou assustada com o valor do programa, mas decidiu encarar o desafio de investir a única reserva financeira que tinha para poder dar um salto.

Embora ela confesse que não estava totalmente convicta de que poderia cumprir os objetivos estabelecidos no mapa de visualização, prosseguiu com as metas de aumentar o valor de suas consultas e apenas três meses depois, conseguiu atingir a meta de atendimento de 20 pacientes por semana, alugou um espaço maior e agora também promove workshops de constelação familiar. “Estou absolutamente convencida de que se trabalharmos em rede, se tivermos colegas, um mestre que nos impulsione que nos indica o caminho, tudo é possível”, atesta.

 

Marinélia Leal - atua como Mentora de Alta Performance, com ênfase em Neuro Mentoring de Mindset Milionário desde 2017, e como Terapeuta Vibracional, Life Coach, Formadora e Escritora desde 1998. Especialista em Rebirthing/Renascimento e Pré-Escola Uterina, Marinélia Leal auxilia as pessoas a encontrarem e desenvolverem o melhor de si. Possui formação acadêmica em Engenheira química. Depois de concluir sua pós-graduação em Gestão da Qualidade, descobriu o desejo de trabalhar com pessoas e ajudá-las a ter uma vida com mais qualidade. Realiza atendimento presencial em Lisboa e Parede e on-line para todos os países de língua portuguesa. Para mais informações, acesse : https://marinelialeal.com/ ou pelas redes sociais: https://www.facebook.com/mentoriadealtaperformance e instagram @marinelialealneuromentora. No canal do YouTube siga pelo https://www.youtube.com/channel/UC01VOd6jRF7xgBilozo9Ndw. WhatsApp 00351 927356942

 

Crime contra honra na internet cresce e especialista faz alerta sobre problema

Advogado criminalista Alex Ochsendorf ressalta diferença entre ofensa e liberdade de expressão

 

Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime. Este é o chamado crime contra honra, o qual tem crescido exponencialmente no ambiente virtual, chamando atenção das autoridades que alertam sobre esse problema, cuja pena de detenção é de seis meses a 2 anos, além de multa.

Só em 2020, a associação SaferNet Brasil recebeu e processou mais de 30 mil queixas anônimas de delitos virtuais, envolvendo, entre outros, casos de racismo, intolerância religiosa e violência contra mulheres, mostrando que neste último caso houve um crescimento de mais de 80% em relação a 2019. Os principais crimes cibernéticos contra as mulheres envolvem discurso de ódio, ameaças, perseguição, pornografia de vingança e crimes contra honra.

"Percebemos um aumento exponencial desse tipo de crime na internet nos últimos dez anos, principalmente nas redes sociais. O grande problema é que as pessoas confundem liberdade de expressão com ofensas, e não se dão conta que podem estar cometendo um crime”, comenta o advogado criminalista Alex Ochsendorf, que possui mais de 25 anos de experiência na área. 

Dr. Alex Ochsendorf explica que liberdade de expressão é o direito fundamental de manifestar opiniões livremente. Diz a lei que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” e que “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. Porém, alerta o especialista, deve-se ter muito cuidado em não confundir a liberdade com algo que possa ferir a honra de pessoas.

“A liberdade se torna uma ofensa quando o debate sai do campo da ideia e passa para o lado pessoal. Ou seja, uma pessoa se torna um agressor, achando que está protegido por estar na rede social e distante da vítima, e começa a proferir ofensas a ela, esquecendo que o que está publicado neste ambiente também é legislado pelo direito penal e pela legislação civil”, salienta. “Por isso, recomendo sempre a todos que tenham muito cuidado com discussões nesses locais, pois no auge da emoção, podemos dizer coisas inadequadas e isso ser um crime”, conclui

 


Dr. Alex Ochsendorf - advogado inscrito na OAB-SP sob número 162.430, é professor de processo penal e de direito militar. É especializado em Tribunal do Júri com mais de 300 atuações em julgamento popular.


Imigração ilegal pela fronteira gera caos no sistema imigratório dos Estados Unidos


Algo de muito grave que vem acontecendo nos Estados Unidos é o caos que resulta da imigração ilegal. Certamente não é algo recente, mas vem sendo estudado há muitos anos e, no momento, isso impacta também na solicitação de vistos por meios legais. Além disso, após realizar algumas pesquisas, descobri que a situação também pode incorrer até mesmo em tráfico humano. Portanto é algo muito sério.

Claramente eu sou contra a imigração ilegal e muitas vezes as pessoas comentam que penso dessa forma por que tenho documentação para viver no país. Na verdade, o egoísmo faz justamente o caminho inverso e pessoas que estão fazendo a travessia pelo México ou mesmo via aeroporto para morar nos Estados Unidos de formas escusas geram consequências para aqueles que buscam de forma séria solicitar vistos de residência. O número de solicitações de vistos, de autorizações de trabalho e autorizações temporárias expedidos por ano acabam diminuindo cada vez mais.

Sou contra porque existem limites que não devem ser excedidos. Aqueles que estão fazendo da forma correta, pagando por isso, cumprindo todos os requisitos, aguardando todos os prazos, tendo paciência, lidando com o emocional próprio e da família, tem um prejuízo absurdo quando outra pessoa entra de forma ilegal.

Essa situação foi agravada por uma série de fatores, como a pandemia, que intensificou a miséria em diversos países, as falas de Biden sobre possibilidade de anistia e novas chances de imigrantes regularizarem os documentos durante o período de eleições, questão que dificilmente seria solucionada de forma veloz.

Milhares de pessoas tentam, e eventualmente passam, pela fronteira do México com os Estados Unidos todos os anos. Muitos casos são de pessoas com pouco poder aquisitivo, que não tiveram oportunidade de pedir um visto ou que tiveram seus vistos negados e acabaram optando pelo caminho feito por coiotes, algo extremamente perigoso.

E uma vez no país, existem duas alternativas: entrar e ser deportado imediatamente ou ser preso para o processo de deportação, em que o ICE determina o tempo de prisão e o valor da fiança. Muitas vezes, após o pagamento da fiança, o indivíduo ainda solicita asilo aos Estados Unidos, que raramente são concedidos de fato. No entanto, ao ter o pedido de asilo recusado, essas pessoas ainda podem receber a autorização para viagem e trabalho provisórias.

Essas autorizações, para quem entrou ilegalmente, são liberadas em até 90 dias, enquanto aqueles que solicitam o visto de forma regular podem esperar de sete até nove meses pela liberação do documento, uma situação extremamente injusta. As pessoas que estão fazendo o processo imigratório da forma correta, pagando taxas e toda a estrutura processual, são preteridos aos casos irregulares.

A grande questão é que todas essas questões interferem diretamente no direito das pessoas que fizeram as escolhas de acordo com a lei. Atualmente, existe um caos no país porque infelizmente não estão conseguindo conter a imigração ilegal, que explora a fronteira, que não tem capacidade financeira e vai entrar no país para procurar um emprego e conseguir, mas o lugar de uma outra pessoa que tentou fazer a coisa no caminho certo.

Enquanto essas pessoas não arrumarem emprego, mesmo que seja uma minoria, isso pode gerar violência, tráfico de drogas, prostituição, doenças e até o tráfico humano, que é matéria do terceiro livro que estou escrevendo. Portanto, sigo com a ideia de que entrar nos Estados Unidos de forma ilegal é algo prejudicial para todos.

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo LLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com 118 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

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Youjin Law Group

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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Dia da Infância: Conheça os mitos e verdades sobre a rotina bucal das crianças

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Queren Azevedo, especialista da GUM, esclarece as principais dúvidas sobre a saúde bucal das crianças


Em 24 de agosto é comemorado o Dia da Infância, data criada pela UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) para promover a reflexão acerca da vida infantil em todo o mundo. Essa fase é conhecida por ser repleta de brincadeiras e momentos de muita diversão e alegria junto da família e amigos. No entanto, para poder aproveitar o melhor desta época, é imprescindível manter os cuidados com a higiene bucal, para que assim se mantenha a saúde do sorriso sempre em dia.

Pensando em solucionar dúvidas sobre o tema, Queren Azevedo, consultora da GUM, marca americana de cuidados bucais, esclarece os principais mitos e verdades sobre a rotina de limpeza dos dentes dos pequenos. Confira:


Crianças não podem usar pasta de dente com flúor

MITO. Segundo a especialista, para prevenção de problemas, como o aparecimento de cáries, o uso de gel dental com flúor é o ideal. Entretanto, Queren afirma que é necessário tomar cuidado durante a escovação dos pequenos. "O flúor auxilia na remineralização do esmalte dental, impedindo o aparecimento de bactérias que danificam os dentes. Porém, é recomendado o uso adequado para cada faixa etária, afim de evitar o excesso do mineral", explica. Segundo a especialista, a quantidade recomendada pelos profissionais é de 1.100 bpm.


Fio dental é fundamental durante a infância

VERDADE. A consultora explica que durante a fase infantil, além do uso do creme dental com flúor e da escova de dentes, o fio dental também é um aliado para a saúde e prevenção de problemas bucais. "O fio dental evita o acúmulo de alimentos entre os dentes e consequentemente a formação de colônias de bactérias, que causam infecções e inflamações. Durante a infância é aconselhável que os pais acompanhem e se necessário ajudem no processo, tendo em vista que as crianças podem ter dificuldades na utilização desses dispositivos", diz.


Alimentação influencia na saúde bucal

VERDADE. Hábitos alimentares saudáveis são determinantes para o equilíbrio da saúde bucal no período da infância. De acordo com a expert, o consumo de doces e chocolates deve ser moderado e com supervisão dos responsáveis. "Alimentos industrializados e muito calóricos, como os doces, costumam ter altas taxas de açúcar e carboidratos. Sendo assim, o consumo exagerado desses produtos aumenta a produção de bactérias na boca, que podem desencadear a cárie e outros problemas. Portanto, é importante priorizar uma dieta baseada em legumes, vegetais e frutas, pois elas ajudam a prevenir lesões cariosas e auxiliam na limpeza, como é o caso da maça e pêra", afirma.


Chupar o dedo ajuda no desenvolvimento dos dentes

MITO. O ato de chupar os dedos é uma prática bem comum nos primeiros anos de vida devido a amamentação, contudo é preciso atenção. Queren alerta que o hábito excessivo pode ser prejudicial devido ao risco de alterações na boca e rosto de bebês e crianças, mas não é uma regra. "O costume deve ser observado pelos pais e responsáveis. Isto porque, quando prolongado, pode mexer com o bloco ósseo do rosto, causando uma série de complicações como problemas de respiração, deglutição e digestão. Por isso, é importante investigar as causas e se possível realizar o acompanhamento junto a um dentista infantil para a avaliação do caso", esclarece.


Fonte: GUM


Primeiro teste comercial para diagnóstico de hanseníase é lançado no Brasil e oferece resultado em 24 horas

Com a corroboração do Instituto Aliança contra Hanseníase, teste rápido é um avanço na hansenologia brasileira. O laboratório Mobius Life Science representa as fitas Hain, com registro na ANVISA. Permite detectar a doença e possíveis resistências medicamentosas.


A medicina dá mais um passo na luta contra a hanseníase, doença infecciosa crônica – antigamente conhecida como lepra – que pode fazer com que o paciente tenha graves sequelas no corpo, além de enfrentar uma jornada marcada por estigma e preconceito. O laboratório Mobius Life Science, localizado no Paraná,  lançou o primeiro teste comercial brasileiro que permite diagnosticar a hanseníase em 24 horas. O material, que representa um grande avanço para a hansenologia no Brasil e já está registrado pela ANVISA, também recebeu corroboração da diretoria científica do Instituto Aliança contra Hanseníase. 

O teste do laboratório Mobius Life Science utiliza técnicas de biologia molecular para detecção da Mycobacterium leprae (bactéria causadora da hanseníase) e suas resistências medicamentosas. É baseado na tecnologia de PCR e DNA-STRIP,  em que a detecção é realizada a partir de uma amostra de pele. O resultado chega em 24 horas, muito mais rápido se comparado às semanas que uma biópsia pode levar na detecção convencional. No caso de detecção de resistência medicamentosa esse prazo pode ser de meses, quando as amostras são enviadas aos centros de pesquisa nacionais. 

“O diagnóstico molecular da hanseníase chega em um momento muito oportuno. A técnica tornou-se conhecida da população devido à pandemia pela COVID-19 e é um desejo antigo dos hansenologistas de todo o país. É mais um instrumento que pode colaborar levantando o alerta para casos onde a doença ainda não se manifestou, mas existe o risco de adoecimento, aumentando a necessidade da vigilância, principalmente se for extensivo aos contatos intradomiciliares e sociais do paciente”, afirma o hansenólogo e diretor técnico do Instituto Aliança contra Hanseníase, Francisco Bezerra de Almeida. O teste está disponível em laboratórios parceiros da Mobius Life Science em todo o país.


Peregrinação em busca de um diagnóstico

Embora tenha cura e o tratamento seja gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a hanseníase é difícil de ser identificada. A hansenóloga e presidente do Instituto Aliança contra Hanseníase, Laila de Laguiche, afirma que uma pessoa com a bactéria Mycobacterium leprae leva em média 24 meses, peregrinando de cinco a oito médicos, até receber o diagnóstico. "Quanto maior o tempo até que o tratamento seja iniciado, maiores serão as chances desse paciente apresentar incapacidade física visível e outras sequelas. No Brasil, 50% dos diagnósticos são feitos quando o paciente já apresenta uma deficiência funcional ou visível nas mãos, nos olhos ou nos pés. Esperamos que a biologia molecular - PCR - seja uma tecnologia brevemente incorporada no rol de tecnologias do SUS, a fim de atender todos os doentes do Brasil”. Mais informações em https://www.allianceagainstleprosy.org/sobre-a-doenca/diagnostico/

 

 

Instituto Aliança contra Hanseníase – AAL

 

Mobius Life Science

mobiuslife.com.br


Baixa procura por vacina contra a gripe preocupa especialistas

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Imunizante protege contra o vírus influenza, causador do H1N1, alerta infectologista do CEJAM


Enquanto o SUS (Sistema Único de Saúde) celebra o avanço da vacinação contra a Covid-19 em todo Brasil, uma outra campanha de imunização tem preocupado os especialistas. Neste ano, a adesão à vacinação contra a gripe está bem abaixo do esperado, mesmo durante o inverno, estação do ano em que a incidência de doenças respiratórias, como rinite, asma e resfriado, é maior.

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 72% das pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, compostos por idosos, crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde e educação, tomaram a vacina. O objetivo é imunizar ao menos 90%.

Além destes grupos, a vacinação já foi liberada para a população geral, e a busca do imunizante por estas pessoas também está baixa.

A dose é responsável pela imunização contra o vírus influenza e é capaz de proteger a população contra os sorotipos A, conhecido como (H1N1) e (H3N2); e B, que não possui subtipos e é considerado mais grave.

A infectologista e coordenadora do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", Dra. Rebecca Saad, destaca a importância da vacinação contra a gripe para reduzir a gravidade da doença.

"A vacina, além de prevenir, suaviza os efeitos numa eventual infecção, reduzindo consideravelmente a necessidade de internação e evolução de quadro", explica.


Vacina gripe x Vacina Covid-19

De acordo com a Dra. Rebecca, um dos motivos pelos quais as pessoas têm deixado de tomar a vacina contra a gripe este ano é a preocupação de que interfira na imunização contra o Coronavírus.

"Soma-se a isso o fato de, na maioria dos casos, as pessoas terem que ir à unidade de saúde uma terceira vez para tomar a vacina. Isso também tem contribuído para o descuido da população", observa a especialista.

A vacina contra a gripe é disponibilizada gratuitamente pelo SUS e o intervalo entre ela e as doses que previnem contra o Coronavírus deve ser de ao menos 14 dias.

"Assim como a vacina contra a Covid-19 e todos os imunizantes disponibilizados para prevenir doenças virais, é importante que o máximo da população esteja imunizado para que haja a diminuição da circulação e propagação dos vírus", alerta a infectologista.


Contraindicação

A campanha de vacinação contra a gripe 2021 foi lançada em 12 de abril e a liberação da imunização à população geral aconteceu no mês de julho, podendo ser realizada em postos e UBSs (Unidades Básicas de Saúde), enquanto durar o estoque nas unidades.

O imunizante é contraindicado apenas para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia (reação a um alérgeno) nas doses anteriores.

Pacientes alérgicos a ovo podem e devem tomar a vacina normalmente, pois, segundo a Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), graças aos avanços da ciência, a quantidade utilizada foi reduzida substancialmente na produção das doses, tornando improvável algum efeito colateral por conta componente.

"Se você ainda não tomou a dose da vacina contra a gripe, sendo ou não parte dos grupos de prioritários, vá até uma unidade de saúde próxima e faça a sua parte, imunizando-se também contra esta doença, principalmente neste período em que tantas pessoas tendem a ficar gripadas", finaliza a médica.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


Estrabismo na infância não deve ser negligenciado, aponta estudo

Estudo mostrou que 1 em cada 4 casos de estrabismo não é tratado dentro do período considerado crítico para o desenvolvimento visual



Poucas pessoas sabem, mas o desenvolvimento visual ocorre fora do útero. Isso quer dizer que a visão é o último sentido do corpo humano a se desenvolver. Portanto, o sistema visual deve ser acompanhado de perto pelos pais e educadores.

O estrabismo, por exemplo, é uma condição que pode ser congênita, quando a criança já nasce com o desvio, como também pode se desenvolver durante os primeiros anos de vida.

Entretanto, de acordo com uma revisão de estudos, publicada no Journal Français d’Opthalmologie, 1 em cada 4 casos de estrabismo não é tratado dentro do período considerado crítico para o desenvolvimento visual.


Desvio não detectado

Segundo a oftalmopediatra Dra. Marcela Barreira, especialista em estrabismo, é comum os pais não reconhecerem que existe um desvio do olho da criança. “Isso ocorre, principalmente, quando o estrabismo é o divergente intermitente. Nesse tipo, o olho se desvia para fora, porém de vez em quando”.

“Naturalmente, nos casos congênitos ou muito exacerbados, quando o estrabismo é convergente, em direção ao nariz, as alterações são mais evidentes para os pais. Mas, nem sempre um especialista é procurado de forma precoce”, comenta Dra. Marcela.

Para além disso, no Brasil há um segundo obstáculo: a dificuldade de acesso aos serviços de oftalmologia. Nem todas as cidades possuem especialistas em estrabismo. Mesmo nas que possuem, o caminho para chegar até o serviço de oftalmologia depende do atendimento primário, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).


Período crítico


O estrabismo não é uma questão estética. Na verdade, a condição pode afetar o sistema visual de forma irreversível.

“Isso ocorre quando a criança desenvolve a ambliopia, mais conhecida como olho preguiçoso. Quase metade dos casos de ambliopia está ligada ao estrabismo não tratado, que afeta a visão binocular, aquela que permite visualizar as imagens em 3D”, explica Dra. Marcela.

A retina capta duas imagens (uma de cada olho) e as envia para o cérebro, que as une em uma única imagem. Entretanto, na criança com estrabismo, o cérebro recebe dois estímulos visuais diferentes e escolhe a melhor imagem.

“Essa supressão por tempo prolongado, durante o período considerado crítico para o desenvolvimento visual, que é por volta dos 2 anos de idade, e que se completa por volta dos 7, pode levar à supressão irreversível, ou seja, o cérebro irá continuamente favorecer o olho com a melhor visão, reduzindo a capacidade visual do olho afetado”, explica Dra. Marcela.


Visão é essencial para o desenvolvimento

A visão é essencial para o desenvolvimento global da criança nos primeiros anos de vida. Na escola, uma boa visão garante um processo de aprendizagem mais efetivo.

“É justamente no início da vida escolar que as alterações visuais costumam ser notadas. Contudo, dependendo da idade da criança, pode ser tarde demais para reverter os danos causados pelo estrabismo”, reforça Dra. Marcela.


Avaliação oftalmológica deve ser precoce

A solução para garantir um bom desenvolvimento visual é levar a criança para uma primeira consulta com um oftalmopediatra no primeiro ano de vida. Caso não seja detectada nenhuma condição ocular, a avaliação deve se repetir na idade pré-escolar, por volta dos quatro anos, bem como no início da alfabetização.

Em relação ao estrabismo, até os três meses de idade os bebês podem apresentar algum grau de imaturidade visual. Isso pode levar a um desalinhamento dos olhos.

"Todavia, desvios bem estabelecidos e fixos desde o nascimento não mudam e indicam o estrabismo. Portanto, o ideal é levar o bebê em um oftalmopediatra para uma avaliação mais apurada”, ressalta Dra. Marcela.

De acordo com a especialista, o tratamento do estrabismo, na maioria dos casos, é cirúrgico. "A única exceção é o estrabismo acomodativo, causado pela hipermetropia. Esse desvio é corrigido por meio do uso de óculos. Outro ponto é que o uso do tampão não trata o estrabismo, mas sim a ambliopia. A oclusão serve para favorecer a visão do olho afetado pelo desvio”.

“Portanto, o desvio ocular depende da cirurgia de correção do estrabismo, que irá restabelecer o equilíbrio dos músculos que controlam os movimentos oculares, ou seja, irá alinhá-los para que trabalhem juntos. A cirurgia, preferencialmente, deve ser realizada antes dos 7 anos de idade”, finaliza Dra. Marcela.


Dia Nacional de Combate ao Fumo: hábito e consumo aumentaram durante a pandemia

Divulgação
Pneumologista do Vera Cruz Hospital explica sobre os prejuízos à saúde; fumantes têm mais chances de desfecho fatal caso contraiam o novo coronavírus


"Uma válvula de escape para os momentos de estresse e irritação." Assim Helena Molinari, 39 anos, profissional de relações públicas, resume o vício no cigarro. "Sou fumante há três anos e, durante a pandemia, minha rotina de trabalho tem sido em home office, o que facilita o acesso ao tabaco. Preciso gerir o tempo e a equipe a distância, tenho mais demandas e cobranças, e acabo fumando mais."

O caso de Helena não é isolado. Aliás, pelo contrário, se aplica a muitos brasileiros. Dados do IPC Maps, banco de dados que mede o índice potencial de consumo em todo país, mostra que o consumo do tabaco aumentou 16% em 2021, quando comparado ao ano passado. Na região de Campinas, o crescimento foi de 16,6%, um pouco acima dos parâmetros nacionais, sendo o vício mais presente nas classes C, D e E, que fumaram 20% a mais do que em 2020.

Os dados ganham destaque no próximo domingo (29), que marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Na visão do pneumologista Ricardo Siufi, do Vera Cruz Hospital, o aumento durante a pandemia é multifatorial. "Provavelmente, o maior gatilho está na questão emocional, como coexistência de transtorno de ansiedade e depressão em pacientes tabagistas. Não podemos negar, porém, que novos hábitos desenvolvidos ao longo da pandemia, como o trabalho em home office, por exemplo, exercem uma influência importante, visto que diversos regimes de trabalho presenciais não permitem o tabagismo", exemplifica.

Outra pesquisa, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), já havia monitorado este aumento no ano passado, logo que a orientação à população era pelo distanciamento social para combater a disseminação do coronavírus. Na ocasião, mais de 30% dos homens e 38% das mulheres fumantes passaram a consumir, ao menos, 10 cigarros a mais por dia em média.

A maioria das pessoas acende o primeiro cigarro por curiosidade ou, eventualmente, de forma recreativa. "Comecei por curiosidade. É um vício nocivo para a saúde, quero sempre parar porque não gosto de fumar, me incomoda o cheiro, o gosto, mas ainda não consegui. Tentei no início deste ano, mas achei que estava fazendo bem para meu psicológico, e não encontrei ainda um substituto para esse momento de pausa e reflexão que o cigarro me propõe", adiciona Helena.

Para o médico, as pessoas perpetuam o hábito de fumar pela presença da nicotina. "A substância tem alto poder em causar dependência e gerar uma sensação de bem-estar, com uma ativação importante de nosso sistema de recompensa", explica Siufi.

Segundo o médico, o crescimento no tabagismo durante a pandemia é preocupante, pois o hábito piora os desfechos da Covid-19. "Temos vivido com frequência complicações de pessoas fumantes. O uso do tabaco pode elevar o risco de desenvolver a Covid-19, com quadros mais graves e até mesmo fatais", salienta.


Doenças relacionadas ao consumo do tabaco

O especialista esclarece que o consumo do tabaco deve ser tratado como uma doença, já que causa dependência. "Não apenas a nicotina exerce efeito maléfico para o nosso organismo, tanto que já foram encontradas mais de 40 substâncias comprovadamente carcinogênicas no cigarro industrial", diz.

O ato de fumar está relacionado a aproximadamente 50 doenças, entre elas as respiratórias (doença pulmonar obstrutiva crônica, infecções respiratórias e asma), cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio e hipertensão arterial) e diversos tipos de cânceres (pulmão, laringe, faringe e esôfago).

"Os fumantes adoecem com uma frequência duas vezes maior do que os não fumantes e têm menor resistência física, menos fôlego e um pior desempenho nos esportes e na vida sexual, além de envelhecerem mais rapidamente", pontua Siufi.


Benefícios de parar de fumar

Cessar o consumo de cigarro traz inúmeros benefícios, segundo o pneumologista. Tais vantagens podem ser observadas logo na primeira hora. "Com 20 minutos, é possível observar melhora na pressão sanguínea. Em duas horas, há uma baixa acentuada nos níveis de nicotina no sangue. Entre 12 e 24 horas, os pulmões já funcionam melhor. Após um ano, o risco de morte por infarto é reduzido à metade e, finalmente, após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram", classifica.

O primeiro passo para parar de fumar é reconhecer os danos que o hábito causa à saúde e, na sequência, procurar por um pneumologista para uma avaliação adequada e início a tratamentos adequados. "Os cuidados envolvem desde um exame clínico completo, solicitação de exames e avaliação do grau de dependência nicotínica para que, assim, em decisão compartilhada, seja proposta a melhor terapêutica para a cessação", conclui Siufi.



Fonte: Hospital Vera Cruz


Rápida propagação de variante Delta reforça necessidade de medidas de proteção

Especialista explica o que se sabe até o momento sobre a variante e o que fazer para se prevenir


Surgida em dezembro de 2020, na Índia, a variante Delta da COVID-19 tem se espalhado rapidamente por diversas cidades do mundo e trazido urgentes necessidades de aceleração no processo de vacinação e retomada das regras de restrição.  No Brasil, entre 10 de janeiro e 17 de julho, foram notificados 27 casos da doença, que têm sido monitorados de perto pelas autoridades e muitos apresentaram evolução favorável. No entanto, de acordo com o Centro Estadual de Vigilância e Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS), os dados disponíveis não possibilitam estabelecer consenso sobre sua transmissibilidade, gravidade e potencial de escape imunológico. 

Desde o início da pandemia, quatro variantes de destaque da COVID-19 já foram identificadas: Alfa, Beta, Gama e a já referida Delta. “Já era esperado que aparecessem variantes do SARS-CoV-2, por isso os grupos de vigilância têm realizado ações para monitorá-las”, explica a Profª Drª. Raquel Xavier de Souza Saito, docente do curso de graduação em enfermagem da Faculdade Santa Marcelina. “Esse acompanhamento é importante para entendermos a capacidade de transmissão dessas variantes, os números de quadros infecciosos graves, a eficácia dos tratamentos disponíveis e, principalmente, a efetividade das vacinas”. 

Nesse contexto, a Delta acaba por ganhar destaque visto que estudos preliminares apontam maior potencial de transmissão dessa variante quando comparada com as demais, especialmente no que diz respeito a pessoas que estejam com o sistema imunológico comprometido. “Esse grupo pode apresentar evoluções mais desfavoráveis quando infectados pela variante Delta, e nisso se incluem idosos”, completa Raquel.  

É importante lembrar que a vacinação está entre as principais medidas de prevenção contra a doença, e estudos preliminares atestam a eficácia dos imunizantes disponíveis no Brasil na prevenção das infecções. No entanto, a professora lembra que nenhuma vacina tem eficácia de 100%. “Por isso, é muito importante que, mesmo após a imunização completa pelas vacinas, as pessoas sigam fazendo o distanciamento social, a higienização das mãos, sigam com o uso de máscaras e com a limpeza e desinfecção de ambientes”, acrescenta. “Estas medidas, somadas ao isolamento de casos suspeitos e confirmados de infectados, favorecem o controle da transmissão da Covid-19 e suas variantes existentes e novas que possam vir a surgir”. 


Sintomas 

Os sintomas apresentados pela variante Delta são os mesmo da COVID-19 regular, então é importante estar atento para saber reconhecer, identificar e notificar qualquer suspeita da doença para as autoridades responsáveis. “O indivíduo com os sintomas leves da infecção, chamada síndrome gripal, irá apresentar pelo menos dois dos seguintes sintomas: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza e distúrbios olfativos ou gustativos”, explica a professora.  

Sobre os sintomas de casos graves da doença, conhecidos como síndrome respiratória, Raquel completa que a pessoa infectada irá sentir um desconforto respiratório, pressão ou dor no tórax, ou coloração azulada nos lábios ou rosto. “Em crianças, além dos itens anteriores, é importante observar os batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência”, finaliza.  

 


Faculdade Santa Marcelina


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