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segunda-feira, 12 de abril de 2021

Como ficam os alunos com deficiência nesse vai e volta de aulas na pandemia

Todos sabemos, e muitos de nós vivemos, inclusive, as dificuldades geradas pela pandemia. Para quem convive com pcd, os desafios e dificuldades são ainda mais amplos, e podem ir do emocional ao econômico-financeiro.

Na esfera da educação, sem exceção de público, para quaisquer crianças ou adolescentes já é complexo que compareçam às aulas online, criem vínculos com seus professores, absorvam conteúdo pedagógico, façam lições de casa etc. Algo nunca imaginado. Diversas pesquisas e movimentos em torno deste assunto demonstraram estes intermináveis desafios decorrentes das mais variadas naturezas. Por tanta complexidade e importância, o ensino foi considerado como serviço essencial pelo Governo desde março.

Um público minoritário acaba sofrendo ainda mais com a adaptação do sistema educacional por conta da pandemia: as crianças e adolescentes com deficiência.

Diante de mais uma retomada escolar no Estado de São Paulo, eles merecem um olhar individualizado.

Em fevereiro deste ano a breve retomada presencial, tal como praticada por algumas escolas, trouxe diversos dissabores para este público - no âmbito do ensino público e particular. Num mix de posicionamentos e práticas escolares (do sistema híbrido ao presencial) é fato que as pessoas com deficiência muitas vezes não foram consideradas pelas instituições de ensino, ou ainda foram por elas esquecidas em prol de uma “maioria”.

Na dita retomada, não vimos pessoas com deficiência serem contempladas como prioritárias, ao se considerar a defasagem do ensino pedagógico. Ao contrário. Numa tentativa de generalizar as defasagens, e não atrasar determinados grupos, instituições apontam indiscriminadamente as séries infantis e de alfabetização como alvo de retorno para contemplarem os 35% dos alunos matriculados, conforme dispõem as regras atinentes à fase vermelha do Estado.

À parte do desempenho socioemocional - em que pessoas típicas e atípicas foram afetadas - a questão pedagógica revela que o papel da escola eminentemente no contexto presencial é imprescindível para o público de crianças e adolescentes com deficiência.

 

No sistema de educação à distância (online), o quão difícil é para esse público? Segundo uma pesquisa realizada pela ONG Friendship Circle, 40% responderam que não comparecem às aulas online, e outros 24% responderam que apenas algumas vezes, ou seja, apenas 36% as assistem integralmente. Vale dizer que a ampla maioria dos entrevistados integram o sistema regular de educação, com algumas exceções dos que atendem ao ensino especializado, onde o cenário de inclusão pedagógica, em tese, é mais favorável. 

Suas dificuldades variam, mas eminentemente muitos dependem de acompanhamento presencial para adquirirem o conteúdo pedagógico, ou ainda, dependem de adaptação integral do material dado ao restante da sala.

A pesquisa da ONG revelou que 82% não obtiveram de suas escolas qualquer proposta de esquema de retorno individualizado, seja com maior carga presencial; ou possibilidade de aulas individuais; ou ainda com plano de reforço estruturado. Apurou-se também que 26% das escolas não deram qualquer apoio neste intervalo de tempo, e outros 24% deram apoio irrisório a eles. Extrai-se destes números que é alarmante o nível de descaso para com o público com deficiência.

Ademais, 71% das crianças e adolescentes com deficiência não contaram com qualquer acompanhante terapêutico para as aulas remotas.

Cerca de 27% das escolas não prestam ou prestaram serviços individualizados para pessoas com deficiência, como a adaptação de materiais para suas necessidades específicas, e outros 29% afirmaram que a individualização pedagógica dependeu, e depende, da demanda ativa por parte de seus responsáveis. Na mesma linha, 16% dos entrevistados não receberam qualquer contato proativo da escola para alinhar necessidades individualizadas, enquanto 41% receberam pouquíssimas vezes ou de forma insatisfatória.

Vale a reflexão: seria a pandemia um marco na educação inclusiva, para que seja repensada a função da escola na inclusão pedagógica de pessoas com deficiência? Seria um momento para refletirmos sobre o todo, ao invés da maioria? Devem as escolas dispensar todo seu tempo e esforços na adaptação para a maioria, ou não seria mais congruente e responsável que praticassem a individualização nesta nova retomada de aulas presenciais?

A pesquisa foi feita com 388 pessoas com deficiência - ou seus responsáveis - entre os dias 28 e 31 de março de 2021.

O Friendship Circle é uma ONG de transformação e inclusão social que oferece às crianças e adolescentes com deficiência e suas famílias, a oportunidade de um convívio social sem preconceito.

Visa e trabalha pela transformação da sociedade, na criação de um mundo mais empático e inclusivo, por meio da promoção da amizade entre crianças e jovens com deficiência e jovens voluntários.


Postos do Poupatempo seguem fechados durante vigência da Fase Vermelha do Plano São Paulo

São 130 serviços eletrônicos disponíveis para a população nos canais digitais; mais agilidade e comodidade, sem precisar sair de casa 


Com a reclassificação de todo o Estado para a Fase Vermelha do Plano São Paulo, a partir desta segunda-feira (12), as 82 unidades do Poupatempo continuarão fechadas para atendimentos presenciais, sendo permitida apenas a entrega de documentos e situações de emergência, desde que previamente analisadas e agendadas via Fale Conosco, disponível no portal www.poupatempo.sp.gov.br e aplicativo Poupatempo Digital. 

Pelos canais eletrônicos, o programa oferece 130 opções de serviços online, que podem ser feitos de forma prática e rápida, sem sair de casa. Entre os mais solicitados, estão renovação e segunda via de CNH, licenciamento e transferência de veículos, consulta de IPVA, Carteira de Trabalho e seguro-desemprego, por exemplo.  

Nos três primeiros meses deste ano, foram realizados 5,7 milhões de atendimentos, dos quais 4,6 milhões através dos serviços eletrônicos pelo portal e app do Poupatempo. Só em março, foram 1,3 milhão de acessos remotos.  

De acordo com Murilo Macedo, diretor da Prodesp – empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo que administra o Poupatempo -, desde o início da pandemia a administração estadual não mediu esforços para ampliar e aprimorar os atendimentos online. “Hoje, a maioria dos órgãos que já estavam disponíveis nos postos foram migrados para as plataformas digitais e novos serviços foram acrescentados. Tudo para garantir o acesso e atender as necessidades da população, com segurança e conforto, na tela do computador e do celular”.  


Entre os órgãos presentes nos canais digitais do Poupatempo, estão as secretarias da Fazenda e Planejamento, Educação, Desenvolvimento Econômico, Transportes Metropolitanos, Saúde, Detran.SP, Instituto de Identificação (IIRGD), Procon, CDHU, Sabesp, Cetesb, Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), Procuradoria Geral do Estado (PGE-SP), Receita Federal, além de algumas prefeituras.

 

Cartilhas digitais 

Idealizadas para auxiliar e esclarecer as dúvidas mais frequentes dos cidadãos, as cartilhas trazem informações sobre 20 diferentes serviços oferecidos à população nos canais digitais do programa, incluindo a renovação da habilitação.  

O material está disponível para ser consultado e baixado no site www.poupatempo.sp.gov.br. Quem acessar terá orientações e o passo a passo sobre como baixar o app Poupatempo Digital, criar login nos canais digitais do Poupatempo, ter acesso a documentos como carteira de habilitação, atestado de antecedentes criminais, licenciamento, transferência de veículos, carteira de trabalho, título de eleitor, IPVA, seguro-desemprego, além de outros atendimentos relacionados à Secretaria Estadual da Educação, nota fiscal paulista e Sabesp, por exemplo. 

 

Tutoriais (vídeos) 

O portal do Poupatempo (www.poupatempo.sp.gov.br) disponibiliza vídeos sobre os atendimentos digitais mais procurados nos canais do programa. A série, com 16 tutoriais, está disponível também no Youtube, no www.youtube.com/poupatemposp. 


Saiba quais são os investimentos mais indicados durante o período de pandemia

"Muita gente está descobrindo que há opções de risco tão baixo quanto o da poupança e com rentabilidade bem maior", explica Tiago Cespe, fundador da Cespe Investimentos

Para ajudar quem está pensando em investir com uma margem de risco baixa, Tiago Cespe explica quais são as melhores opções de investimento


A pandemia do novo coronavírus fez com que as pessoas repensassem os gastos e as prioridades. Muitos perceberam que ter uma reserva ou um investimento em um período como esse faz toda diferença e pode evitar grandes dores de cabeça no futuro, como acúmulo de dívidas e desestabilidade financeira. Entre março e julho de 2020, cresceu o número de brasileiros que investiram na Bolsa de Valores. Somente nesse período, mais de 900 mil investidores individuais registraram o CPF na B3, uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro no mundo. Outra curiosidade é o aumento do número de mulheres cadastradas, que teve um crescimento de 25,42%, o maior da história.

"Antigamente, por falta de informação, os brasileiros tinham medo de investir, então acabavam sempre guardando o dinheiro na poupança, porém, com a democratização das informações através da internet e profissionais especializados, muita gente está descobrindo que há opções de risco tão baixo quanto o da poupança e com rentabilidade bem maior”, explica Tiago Cespe, fundador da Cespe Investimentos.

Por conta das incertezas impostas pela pandemia, muitas pessoas ficaram em dúvida sobre quais os investimentos mais seguros durante esse período. Para ajudar quem está pensando em investir com uma margem de risco baixa, Tiago Cespe explica quais são as melhores opções de investimento, confira:


- Título Público Federal

Com o objetivo de conseguir dinheiro para financiar dívidas e atividades do Governo Federal, os títulos públicos podem ser considerados investimentos seguros e com o menor risco do mercado, já que o governo não possui histórico de não pagar as dívidas acumuladas. Há três tipos de tesouro direto: Selic, IPCA e prefixado. O IPCA e prefixado possuem boas chances de rentabilidade, mas é importante ressaltar que os papéis só devem ser resgatados após do vencimento, de modo a não correr o risco de perder o retorno combinado.


- CDBs

CDB é o Certificado de Depósito Bancário e pode ser uma opção viável durante esse período. Ele é um título de investimento feito pelos bancos com o objetivo de conseguir recursos para financiar operações bancárias. O contrato feito entre o cliente e a instituição tem uma taxa de rendimento acordada. Quando você investe em um CDB, está emprestando dinheiro para o banco oferecer a outras pessoas ou empresas. Em troca, você recebe uma remuneração: os chamados juros do investimento. Cada banco tem uma política diferente para captar e emprestar dinheiro, por isso, a rentabilidade líquida do CDB varia conforme a instituição, sendo importante procurar uma instituição financeira para entender melhor como funciona esse processo e evitar ciladas.


 - Debêntures

Embora o nome assuste um pouco, o conceito é bem simples: Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais. Em alguns aspectos, seu funcionamento lembra o dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto. Só que em vez de financiar o governo, quem compra debêntures empresta dinheiro para uma empresa construir uma nova fábrica, expandir as operações no exterior ou fazer qualquer outro grande investimento. Para não ser prejudicado, é importante pesquisar bastante sobre a empresa, sua reputação e solidez no mercado. Algumas até possuem classificações de risco, o que ajuda bastante na hora de investir.


- LCI e LCA

LCI e LCA são, respectivamente, as siglas para Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio. Elas são títulos de renda fixa emitidos por bancos e cujos recursos captados – o dinheiro de quem investe nos títulos – são usados para financiar atividades do ramo imobiliário e atividades do agronegócio. Como acontece com todo o investimento, em troca desse empréstimo, o investidor recebe pagamento de juros, que são estabelecidos no momento da compra do título. A data de vencimento também é determinada quando o título é comprado. Ao contrário do Certificado do Depósito Bancário (CDB), as LCI e LCA são isentas de cobrança de Imposto de Renda.


- Fundos de Investimento Imobiliários - FII

Fundos de Investimentos Imobiliários são grupos de investidores que aplicam recursos em diferentes tipos de investimentos imobiliários, desde aqueles já prontos como hospitais e centros comerciais ou até mesmo os que ainda estão em desenvolvimento. A ideia é ter retorno pelo arrendamento e exploração do local. Os fundos imobiliários pagam geralmente 0,6% de dividendos mensais, isentos de imposto de renda. Na categoria de investimentos seguros de longo prazo, esse pode ser uma opção bem interessante.

 


Cespe Investimentos

https://cespeinvestimentos.com.br/


Medicina sem diploma validado, não!

Acompanhamos, indignados, nova tentativa de facultar o exercício da Medicina a graduados fora do Brasil, sem o diploma validado.  Desta feita, isso ocorre por meio do projeto de lei 3252/2020 e requerimento de urgência 661/2021, em tramitação na Câmara dos Deputados.

Dizemos, não! Isso porque Medicina e Vida caminham juntas. Nosso paciente precisa ter a segurança de ser exclusivamente assistido por médicos com capacitação comprovada, aptos à boa prática. No caso dos graduados no exterior, isso se dá por avaliação em prova de revalidação do diploma.


Temos aqui um problema recorrente, de origem histórica.


Aos 22 de outubro de 2013, assistimos à trágica aprovação da Lei 12.871, assinada, entre outros, por uma “presidenta” de triste memória e por seu Ministro da Saúde, acidentalmente portador de um diploma de Medicina, e que muito nos envergonha. Esta trágica data marca uma das maiores agressões que a profissão médica, os médicos e a saúde dos brasileiros sofreram.

 

Desta fatídica lei, houve uma vertiginosa e indiscriminada proliferação de fábricas de diplomas de “médico” no País (hoje chegamos à escandalosa marca de 347 "faculdades", com 35.558 vagas no primeiro ano) e a autorização para que pessoas não certificadas viessem a atender como “médicos” em nosso Brasil. Vieram os cubanos e outros.

 

Abriu-se o negócio do diploma, dentro das fronteiras nacionais, em instituições que cobram preços exorbitantes, em sua imensa maioria sem nada oferecer em troca. Mas, também nas fronteiras, no exterior, onde somente na Bolívia há 13 “faculdades”, no Paraguai outras 17 e na Argentina mais 9 com alunos brasileiros. Tem-se nestas faculdades de “esquina” mais de 65 mil brasileiros aguardando o diploma.

 

Não há país no mundo que não exija para a prática médica em seu território a revalidação de diploma, processo que garante a qualificação profissional na área e, assim, a segurança das pessoas atendidas. No Brasil, o exame de revalidação, ainda que aplicado há vários anos, desde 2011, tem mostrado que a grande maioria dos egressos não logra aprovação: foram aprovados 4.461 em 22.471 inscritos.

 

Em dezembro de 2019, o problema foi parcialmente mitigado pelo Programa Médicos pelo Brasil, que exigia dos contratados registro nos Conselhos Regionais de Medicina. Entretanto, oportunistas vêm, em meio à pandemia, defender interesses de grupos de diplomados no exterior e de prefeitos que pretextam falta de médicos para esconder sua dificuldade em lidar com a grave situação atual.

 

E o fazem cinicamente, desconsiderando o imenso sacrifício dos mais de meio milhão de médicos regularmente certificados em nosso País que, em condições precárias, lutam para dar sobrevida a milhões de brasileiros. Desconsideram as centenas de colegas que perdemos. Os milhares que arriscam suas vidas, por prezarem o diploma a que fizeram jus.

 

Diplomas coroados por um juramento ético que prioriza a saúde daqueles que são objeto primário de sua atenção. Somos novamente agredidos. Exijamos respeito ao nosso diploma. Pela segurança e pela saúde da população brasileira. Pela dignidade da nossa profissão.


Fica, reafirmada, assim, nossa indignação com nova tentativa de facultar o exercício da Medicina sem diploma validado: PL 3252/2020 e Requerimento de urgência 661/2021. Não podemos admitir diplomas obtidos no estrangeiro sem regular revalidação!

 




José Luiz Gomes do Amaral -  presidente da Associação Paulista de Medicina e da Academia de Medicina de São Paulo.


Euler Hermes prevê crescimento do PIB brasileiro para +2,8% em 2021

 Economista da seguradora de crédito mostra os 7 desafios a serem superados para a recuperação econômica global pós-Covid


A recuperação global está no caminho certo, embora condicionada a elementos-chave de diferenciação entre os países. A análise é do time de economistas da Euler Hermes. De acordo com o chefe de pesquisa macroeconômica da seguradora, Alexis Garatti, o PIB global deve atingir +5,1% em 2021, com 1/4 da recuperação sendo impulsionado pelos EUA, enquanto China deve contribuir com parcela menor, adotando progressivamente uma política econômica menos flexível. Em 2022, o crescimento do PIB mundial deve alcançar +4,0%. A Europa deve recuperar suas perdas apenas neste horizonte; enquanto os EUA, no segundo semestre de 2021.


Previsão do PIB brasileiro

Enquanto o Brasil caminha na corda-bamba fiscal e luta para fazer avançar sua agenda de reformas, as exportações de commodities podem ajudar a controlar o estímulo moderado na luta contra a Covid-19; o país se beneficia de amortecedores externos contra crises financeiras. “A má gestão da pandemia, a implementação lenta da vacinação, as pressões inflacionárias e os riscos políticos/sociais colocam a recuperação em risco e devem criar alguma pressão sobre a moeda, aumentar os custos dos empréstimos para as empresas e levar a um crescimento das insolvências na casa de dois dígitos. Esperamos um crescimento do PIB de +2,8% em 2021, + 2,3% em 2022, após uma contração de -4,4% em 2020”, prevê o economista.


De acordo com Alexis Garatti, a corrida para a recuperação dependerá da superação de sete obstáculos:

1 - A corrida da vacinação: Os riscos de execução continuarão a ser um diferenciador fundamental entre os países, com o ritmo das campanhas de vacinação levando a uma recuperação em várias velocidades e mantendo altos níveis de divergência. No ritmo atual, os EUA e o Reino Unido alcançarão a imunidade coletiva em maio, prevê a seguradora. Embora a Europa deva ser capaz de vacinar sua população vulnerável até o verão [no hemisfério norte], a imunidade coletiva não deve ser alcançada antes do outono. Entretanto, a maioria dos governos está acelerando o ritmo.

Figura 1: Data prevista de imunidade do rebanho

Fontes: Our World in Data, Duke University, Euler Hermes, Allianz Research

 

2 - O excesso de poupança ainda será 40% acima dos níveis pré-crise no final de 2021: Em um cenário relativamente otimista, esse excedente deve fornecer um vento favorável para os gastos do consumidor na ordem de +1,5% do PIB na Europa e mais de +3% nos EUA neste ano. Quase o mesmo valor pode ser adicionado para fins de investimento ou consumo no exterior, caso os efeitos da confiança se mantenham.

Os economistas da Euler Hermes calculam que cerca de 163 bilhões de euros serão transformados em consumo privado na zona do euro, o equivalente a 30% do excedente da poupança das famílias. “Nos EUA, esperamos que 50% do excedente atual seja gasto em 2021, uma vez que um afrouxamento anterior das restrições e estímulos fiscais devem impulsionar o efeito confiança. A taxa de poupança das famílias dos EUA deve voltar a um nível normal, próximo a 7% da renda bruta disponível no final de 2021”, explica Garatti.


3 - A eliminação progressiva dos mecanismos de assistência não é um jogo de somar zeros e o risco de erros permanece alto:  Depois do consenso de “vamos fazer o que for preciso” em 2020, o economista afirma que a política fiscal marchará no ritmo dos tambores nacionais daqui para frente. Na China, o caminho para a normalização fiscal já foi iniciado, com metas fiscais implicando em uma clara retirada das medidas de apoio - ainda que alguma flexibilidade seja mantida para gerenciar o risco de crédito quando necessário.

A tocha da demanda global passará para os EUA, com seu gigantesco estímulo fiscal de 1,9 trilhão de dólares (9% do PIB). Em comparação, a resposta fiscal da Europa empalidece: o fundo Próxima Geração (NGEU) só estenderá uma mão amiga a partir do segundo semestre de 2021 e o impacto no crescimento deve ser moderado e atrasado, dado seu foco no lado da oferta (2/3 dos subsídios de 313 bilhões de euros serão provavelmente usados para investimentos) e pagamentos prolongados.

Figura 2: Déficit fiscal, % do PIB

Fontes: Various, Euler Hermes, Allianz Research

 

4 - Os efeitos de crowding-in vs. crowding-out sobre o investimento ainda não foram resolvidos: O "Build Back Better" de Joe Biden nos Estados Unidos (potencialmente 2,3 trilhões de dólares), o fundo Próxima Geração da EU (725 bilhões de euros) e o plano de infraestrutura da China (+1,5 trilhão de yuans até 2025) contribuirão para apoiar a demanda e o potencial de crescimento da economia global durante o médio prazo. Mas seu sucesso dependerá da capacidade dos governos de canalizar o excedente de suas “economias” no desenvolvimento de projetos produtivos e o aquecimento do setor privado.

“Descobrimos que 100 bilhões de euros de poupança excedente poderiam aumentar o investimento empresarial em cerca de +2% a/a na Alemanha, França e Reino Unido, mas muito disso dependerá das políticas fiscais futuras e das condições de financiamento, por exemplo, empréstimos estatais para recuperação”, explica o economista.

5 - Os gargalos na cadeia de abastecimento global devem empurrar o comércio para uma recessão limítrofe no segundo trimestre: O crescimento do comércio global vai se recuperar em 2021 atingindo a marca de +7,9% em termos de volume, (excluindo os efeitos de base, +5,4%).

Segundo Garatti, é esperada “uma desaceleração temporária no segundo trimestre devido à interrupção da cadeia de fornecimento que pode custar -1,7pp no crescimento do comércio global. Além disso, o setor de serviços continuará prejudicado pelo atraso na reabertura dos segmentos mais afetados pelas restrições da Covid-19 e pelas barreiras contínuas às viagens internacionais”.

Figura 3: Crescimento do comércio global, bens e serviços, % y / y

 

Fontes: FRED, Eurostat, Euler Hermes, Allianz Research

 

6 - Excesso temporário da inflação: A análise aponta ainda que é provável que um excesso de inflação seja causado por efeitos de base temporários. Portanto, o poder de precificação das empresas provavelmente permanecerá limitado, dada a dinâmica de demanda moderada: (i) excesso de poupança das famílias e NFCs que atuam como um obstáculo à velocidade do dinheiro; (ii) hiatos negativos do produto devido à menor utilização da capacidade instalada e (iii) aumento das taxas de desemprego que irão conter o crescimento dos salários (abaixo de 3%). Portanto, o economista espera que os bancos centrais façam uma reviravolta de política como uma reação à inflação.


7 - Não colocar fim à doce música da reflação do mercado: Garatti explica que ativos de risco operam sob a suposição de que o que é bom para eles - política monetária não convencional e extravagância fiscal - é bom para a economia real, o que acabará por validar seu otimismo. “Entretanto, o que vemos é uma divergência cada vez maior entre os preços dos ativos e seu valor subjacente. Ampliada por várias técnicas de gestão de investimentos (ETFs, paridade de risco) que colocam a alocação de ativos em piloto automático, essa divergência é uma vulnerabilidade”, explica.

Uma escalada inadvertida das tensões geopolíticas entre os EUA e a China, o aumento da inflação ou impulsos nacionalistas prevalecentes sobre o bem comum na Europa são todos gatilhos exógenos que poderiam reverter seu alargamento. Mas as fontes exógenas de risco são sempre mais fáceis de identificar do que as endógenas: é mais provável que o perigo venha de dentro dos mercados de capitais. Conforme mostrado pelo aumento da negociação de opções e da dívida de margem, o investimento alavancado é generalizado, assim como a confusão sobre liquidez: especialmente nos mercados de capitais, a velocidade do dinheiro (o fluxo de liquidez) é muito mais volátil do que sua quantidade (o estoque de liquidez). Na presença de alavancagem e negociação excessiva, correr riscos tende a ficar perigoso e mesmo um pequeno choque na confiança pode levar a um súbito esgotamento da liquidez, liquidações forçadas e/ou inadimplência.


Figura 4: Projeções de crescimento do PIB

Fontes: Euler Hermes, Allianz Research

 

Educação e tecnologia: robótica impulsiona ensino de crianças e adolescentes

Apontada por especialistas como poderosa ferramenta de ensino, a robótica educacional é uma das grandes apostas do setor para estimular o desenvolvimento cognitivo e a criatividade dos estudantes

 

Cada vez mais relevante e presente no processo educacional, a tecnologia ganha status de principal aliada de estudantes Brasil afora.

Em Natal, Rio Grande do Norte, o que outro dia era tendência virou realidade. No Over, colégio da rede da Inspira Rede de Educadores, o uso da robótica está presente na rotina dos estudantes de todo o Ensino Fundamental (do 1º ao 9º ano). De acordo com o professor Carlos André, fundador e diretor do Colégio e Curso Over, inserir o uso da robótica no contexto educacional ainda nos primeiros anos de vida é extremamente saudável e positivo na construção intelectual do aluno, "principalmente por meio de linguagens de programação baseadas em blocos ou gráficos", destaca o educador. Nestas aulas, explica Carlos André, as crianças desenvolvem habilidades importantes como pensamento analítico e colaborativo, entendem os conceitos e a relevância de inovação e trabalho em equipe.

"Como diz aquela célebre frase atribuída a Albert Einstein, mas que estudiosos dizem ser de Oliver Wendell Holmes Sr., ‘uma mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original’. Então, permitir que os alunos tenham acesso a esse tipo de conhecimento desde muito novos faz com que atinjam patamares antes impensáveis", ressalta.

Além disso, estar adaptado a esta realidade já na primeira fase da vida também prepara os pequenos para um mercado de trabalho que no futuro não muito distante estará ainda mais exigente quanto às habilidades e aptidões tecnológicas. "Em vez de temer pelo fim das profissões como as conhecemos, é hora de proporcionar novas possibilidades para esta geração. Afinal de contas, há muito tempo desmistificamos o mito que robôs são criados para serem nossos inimigos. Pelo contrário, hoje são grandes aliados", comenta Carlos André.

Com o investimento tecnológico da Inspira Rede de Educadores, o Over Colégio e Curso possui a proposta pedagógica que incorpora tecnologia à educação a partir do método "mão na massa", em que os alunos aprendem por meio de tentativas, experiências e reflexões sobre problemas e soluções para melhorar o mundo à sua volta. "A robótica oferece inúmeras vantagens para o dia a dia de crianças e adolescentes. E nós acreditamos que, ao desenvolver conhecimentos múltiplos desde cedo, ajudamos a formar cidadãos preparados para serem os protagonistas dos seus próprios futuros. Eu cursei Engenharia Mecânica e, muitas vezes, me surpreendo, porque chego à escola e vejo alunos muito novos fazendo coisas que só aprendi na faculdade. O nível de evolução que isso proporciona para um aluno dessa idade é inimaginável.", afirma o diretor. 

Cruzando o país e chegando à região Sul, as aulas de robótica conquistaram também os estudantes do Colégio Universitário. Na instituição, que também faz parte da Inspira Rede de Educadores, as atividades são desenvolvidas nos ensinos fundamental e médio. "Com a Sala Maker os estudantes trabalham com ferramentas tecnológicas, para a realização de projetos", explica Vagner Pinto, professor do Colégio Universitário.

Além de inserir um método diferenciado e inovador, que conquista estudantes e estimula a criatividade e o aprendizado, o ensino da robótica também contribui com a interdisciplinaridade e prepara para um mundo mais desafiador e virtual, explica o educador. "São práticas assim que ajudam a estimular o raciocínio lógico e desenvolver cidadãos com análise crítica para solução de problemas, além de inspirar o senso de cooperação, estímulos às competências do século XXI e, é claro, melhorar significativamente o desempenho escolar", conclui Vagner.

 

Tecnologia, inovação e ciência: a tríade de sucesso da Inspira Rede de Educadores

Com pouco mais de três anos de atuação no mercado brasileiro, a Inspira Rede de Educadores investe continuamente em uma rede alicerçada sobre os pilares da inovação e tecnologia. "A busca pela excelência pedagógica, mantendo o legado das escolas, é um dos nossos principais objetivos. Está no nosso DNA e é o que nos motiva a investir continuamente em instituições com o mesmo propósito. Levamos para o ambiente escolar o que há de mais moderno, atual e inovador em tendências e práticas para garantir educação diferenciada e de qualidade aos mais de 26 mil estudantes da nossa rede", afirma Jonas Stanley, diretor pedagógico da Inspira Rede de Educadores.

Para o ano letivo de 2021, a Inspira anunciou que diversas de suas escolas já contam com espaços que contribuem para o desenvolvimento tecnológico e a autonomia de cada aluno. "As escolas da Inspira Rede de Educadores estão proporcionando um intercâmbio contínuo de informações e boas práticas e todo este trabalho é possível graças ao empenho dos profissionais da rede, especializados em educação e antenados nas últimas tendências. Estamos investindo cada vez mais na atualização e modernização das nossas instituições para que contem com recursos tecnológicos de ponta e ambientes modernos", comenta Stanley.

Hoje, consolidada como um dos três maiores operadores de escolas do país, a Inspira está presente em todas as regiões do país, por meio das 51 instituições integradas à rede. "Investimos em projetos pedagógicos inovadores, para que nossos estudantes tenham aprendizado real e significativo e para formar cidadãos com desenvolvimento intelectual, emocional e social.", afirma o diretor.

Investimentos que se transformaram em números expressivos. A companhia conquistou 63 medalhas e 70 menções honrosas na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) 2020, uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. "São resultados que comprovam nosso compromisso com o contexto pedagógico de excelência das nossas escolas e nos inspiram a seguir apostando em modelos de ensino diferenciados, que despertam o interesse pelo conhecimento, pelo estudo das ciências, promovendo o saber dentro do âmbito da transformação digital", conclui.


DIA DA EDUCAÇÃO

 Como o empreendedorismo social pode contribuir para a educação continuada e a inclusão produtiva


O empreendedorismo de impacto social tem sido uma potência transformadora no Brasil, em especial, por ter como diferencial o entendimento do problema socioambiental que deseja resolver. Na prática, o empreendedor social conhece, em profundidade e com empatia, a dor e a vulnerabilidade social. E, a partir daí, cria um negócio de impacto social baseado em algumas premissas. Esse conceito, aliás, abarca empresas que oferecem, de forma intencional, soluções para problemas enfrentados pela população em situação de vulnerabilidade social.

Um aspecto fundamental – que pontua a atuação dos empreendedores sociais – é a visão de que devem protagonizar uma transformação sistêmica na relação entre negócios, pessoas e meio ambiente. Com essa perspectiva, os negócios de impacto social brasileiros têm gerado melhorias na qualidade de vida da população de menor renda em cinco principais dimensões: diminuição dos custos de transação; promoção de oportunidades de desenvolvimento; possibilidade de aumento de renda; redução de condições de vulnerabilidade; e fortalecimento da cidadania e dos direitos individuais.

Em uma análise mais setorial, observo que as contribuições para a Educação têm sido muito significativas – sobretudo, quando associadas à inclusão produtiva, conceito que se refere à inserção de pessoas em situação de vulnerabilidade econômica no mundo do trabalho. Destaco esse tema, porque acredito que dialoga muito com o que teremos de enfrentar como nação em um cenário pós-pandemia. E, aproveito o Dia da Educação, celebrado em 28 de abril, para abordar o assunto e refletir sobre como os negócios de impacto social endereçam a demanda de criar formas de tornar essa educação continuada acessível para o maior número de brasileiros, preparando-os para oportunidades de trabalho. Vale ressaltar que essa data foi criada para chamar a atenção para a importância da educação em diferentes níveis: escolar, social, corporativo e familiar.

Destaco dois exemplos de empresas – aceleradas pela Artemisia, organização pioneira no fomento e na aceleração de negócios de impacto social – que estão trabalhando com a temática da educação e da inclusão produtiva. Fundada por Bia Santos e Marden Rodrigues, em 2016, a Barkus Educacional tem o propósito de democratizar o acesso à educação financeira no Brasil. A startup busca compartilhar não apenas conhecimentos, como incentivar atitudes e comportamentos financeiros mais saudáveis – que se relacionam com a forma como lidamos com o dinheiro. Com metodologias próprias, a empresa atua por meio de dois produtos: o Atlas, que desenvolve competências relacionadas à educação financeira para quem ainda não entrou no mercado de trabalho (crianças e adolescentes) por meio de escolas; e a iara, um bot que ensina educação financeira pelo WhatsApp, com trilhas de aprendizagem que abraçam temas como controle de gastos, uso de crédito consciente e introdução a investimentos (renda fixa e variável) de empresas.

O segundo exemplo é a Resilia. Fundado por Bruno Cani, o negócio de impacto social oferece formação destinada a desenvolver profissionais para o mercado de tecnologia, conectando-os com processos seletivos de empresas parceiras. A empresa tem a visão de capacitar a população da América Latina para as demandas do século 21 e a missão de gerar, rapidamente, oportunidades acessíveis e eficientes voltadas à empregabilidade. Além da oferta de capacitação e da conexão com vagas de emprego no setor, o impacto social do negócio está relacionado à redução da barreira financeira para qualificação dos profissionais – um modelo inovador de pagamento, que abre possibilidades às pessoas de baixa renda terem uma formação em tecnologia.

Essas duas empresas estão no que classifico como empreendedorismo transformador com ênfase em ações empáticas e concretas. Propositivo, esse modo de empreender se dedica a lutar contra a apatia e o desalento ao criar mais acesso a uma capacitação qualificada para os brasileiros via educação.

 



Maure Pessanha - empreendedora e diretora-executiva da Artemisia, organização pioneira no fomento e na disseminação de negócios de impacto social no Brasil.


Ações do Banco do Brasil, Petrobras e Eletrobras ficam negativas entre dezembro e março

Em apenas três meses, variação do BBAS3 cai -13,53% e a PETR3 -11,56%

 

Atualmente, o Ibovespa tem nove empresas estatais listadas na bolsa de valores, sendo que as três principais são Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil. Essas estatais são companhias que possuem o capital aberto e negociam suas ações na B3. 

No início de 2021, as três empresas passaram pela troca de diretoria, resultando em um desempenho negativo. De acordo com o assessor de investimentos da iHUB Investimentos, Guilherme Ammirabile, no caso do Banco do Brasil o que também interferiu, além da troca do CEO, foi o fechamento de agências bancárias. 

Já no caso da Eletrobrás, com a troca do presidente, os investidores ficaram decepcionados pelo processo de privatização. Por último, com a Petrobras, os investidores chegaram a duvidar da governança da empresa e a manutenção da política de reajuste de preços dos combustíveis. 

Abaixo, confira o desempenho das três empresas estatais entre dezembro e 15 de março.

Código naB3

01/dez/20

15/mar/21

Variação 

Valor de mercado (R$)

BBAS3

34,45

29,79

-13,53%

87,59bi

ELET3

30,37

32,92

8,40%

52,35bi

PETR3

26,30

23,26

-11,56%

309,5bi

 

Por outro lado, vale ressaltar que o Banco do Brasil, Petrobras e Eletrobras ajudam a aquecer a economia, devido aos mais de 170 mil empregos diretos, com a soma das três empresas estatais. Além disso, a sociedade em si consome bens e serviços diariamente, ou seja, fazem esse dinheiro circular, desde um corte de cabelo, na compra de alimentos até quando compram um veículo ou imóvel, por exemplo. 

“Quanto mais pessoas trabalham, mais pessoas consomem. Desta forma, maior será o número de cidadãos que receberão por uma venda feita para essas pessoas, que por sua vez, entram em um ciclo de consumo contínuo”, explica o assessor de investimentos. 

Outro fator que deve ser levado em consideração é que existe um questionamento de que se essa realmente é a melhor forma de fomentar a economia, pois o custo de cada trabalhador dessas estatais, no longo prazo, com o programa de previdência e todos os benefícios, acaba não sendo tão vantajoso para o Brasil. 

Em 2020, a Petrobras foi a maior empresa em lucratividade no Brasil, com lucro líquido de R$ 30,8 bilhões. Já a Eletrobras, ocupou o sexto lugar no ranking, com R$ 15,2 bilhões, e em sétimo lugar ficou o Banco do Brasil, com R$ 15,1 bilhões.

Quando nos referimos aos investidores iniciantes, há um pensamento que o governo que dirige essas empresas e acabam relacionando escândalos de corrupção de políticos com a fragilidade das empresas. Cada empresa tem sua própria diretoria, presidência e conselho que é formado por profissionais qualificados, além de terem certa independência. 

Ammirabile explica que o que pode confundir os investidores é que para alguns cargos serem ocupados, deve acontecer uma indicação do Presidente da República, e é justamente nessa indicação que vem uma grande incerteza por parte daqueles que investem. 

 


Guilherme Ammirabile - assessor de investimentos da iHUB Investimentos, empresa especializada em assessoria de investimentos, com mesa de operação atuante em ações, derivativos e câmbio em tempo real. Possui 10 anos de experiência no mercado financeiro, em diversos segmentos, como seguradoras, banco de investimentos e mesa de negociações de papéis. Além disso, é especialista em Financial Markets pelo Instituto Saint Paul.


Um alerta para as embalagens de brinquedo


Alerta embalagens brinquedos
Divulgação Grupo Calesita
Todo cuidado é pouco para pais de filhos pequenos. Dados nutricionais dos alimentos, composição de itens de higiene, bulas de remédios, informações dos brinquedos. O último, principalmente, requer atenção redobrada, pois está presente no dia a dia dos pequenos e pode parecer inofensivo. Faixa etária indicada, instruções de uso, peças pequenas que se soltam, uso de pilhas, botões e outros pequenos detalhes devem ser observados pelos pais e decisivos no momento da compra.

Josiane, Gerente Comercial da Tateti Brinquedos, indústria brinquedista de Pomerode, Santa Catarina, destaca a importância de observar os detalhes das embalagens para fazer a escolha correta e apropriada para a criança. “Algumas informações devem estar explícitas na embalagem: indicação de faixa etária, instruções de uso e data de fabricação, na língua oficial do país que está comercializando, portanto, em português. Caso o item não seja recomendado para determinada idade, por conter peças pequenas, por exemplo, deve estar evidente para chamar a atenção dos pais”, complementa Josiane. O Selo de Conformidade do Inmetro também deve constar nas embalagens, pois ele informa que o produto passou por testes que garantem a segurança para a faixa etária.

Outras informações não são obrigatórias, mas auxiliam na decisão de compra, por fornecer detalhes atrativos do produto. As embalagens da Tateti Brinquedos, por exemplo, informam se o produto possui som, água, aroma e luz. Essas características tornam o brinquedo ainda mais divertido para a família, e podem ser combinados com outros itens para uma brincadeira completa. “Todo cuidado é necessário para as crianças. Fabricamos brinquedos que ensinam, alegram e tornam o dia a dia delas ainda mais curioso e empolgante. Mas criança gosta de morder e jogar no chão, por isso é imprescindível que o item seja adequado e não ofereça riscos, além da supervisão dos pais, para fazer parte da brincadeira e estar sempre de olho”, conclui Nadia Vacinaletti, diretora do Grupo Calesita.

 

O Brasil precisa de uma reforma administrativa

A máquina estatal brasileira está com gastos acima de qualquer país do mundo. Os números apresentados não são mais suportáveis. São 513 deputados federais, 81 senadores, cada um com seus 96 assessores, os quais país não aguenta pagar. Não é o povo que está errado, afinal, aqui no Brasil não temos que lidar com catástrofes que demandem gastos dos cofres públicos como tsunamis, nevadas e furacões.

Então, o que faz com que nossa reserva de dinheiro seja sugada dia após dia são os altos salários e gastos que os políticos têm, isso tudo aliado à quantidade desnecessária deles no congresso. Digo isso porque são 200 milhões de habitantes no Brasil, logo, a distribuição de cargos políticos deveria ser baseada na população, ou seja, a Câmara Federal não poderia ter mais do que 60 deputados, o Senado mais do que 20 senadores e o STF não poderia ter mais do que 3 Ministros. Essa quantidade de representantes administrando os poderes públicos pode ser observada na própria China, que tem 2 bilhões de habitantes. 

Outro ponto oportuno de se mencionar é que a maior nação do mundo, os Estados Unidos, hoje tem um imposto único 6%. E eles têm metade da área agriculturável brasileira, o que é um ponto curioso visto que quem segura a estrutura da economia brasileira é o agronegócio. Aqui no nosso País, o imposto único não poderia passar de 8%, sendo distribuídos 4% para o governo federal, 3% para os governos estaduais e 1% para os municipais. 

Além disso, o nosso salário mínimo no Brasil deveria ser ao menos 70% do salário mínimo americano. A conta é a seguinte: lá são 1500 dólares, então, os 70% são 1050 dólares, que atualmente equivalem a 5600 reais. Nesse total, o imposto cobrado deveria ser os 8% que venho mencionando. 

Então, por exemplo, nessa lógica os salários dos políticos deveriam seguir a seguinte estimativa: O presidente da república não poderia ganhar mais do que 20 salários por mês. O governador, 12 salários. O senador, 15. O deputado, 13. O ministro do supremo tribunal, 11. E os demais servidores públicos, 8 salários mínimos.  

E para começar a reverter essa tragédia administrativa na qual nos encontramos hoje é necessária uma reforma nessas lógicas expostas até aqui. Uma reforma que seja justa e coerente à sociedade e não para os políticos, que consomem bilhões dos cofres públicos todos os dias.

 



J. A. Puppio - empresário e autor do livro Impossível é o que não se tentou

 

Pix ganha nova funcionalidade para ajuste de limite em transações

Função já está disponível nos aplicativos das instituições financeiras; para especialista, evoluções no Pix e novos serviços refletem modernização do Sistema Financeiro Nacional


Na última semana, o Banco Central incluiu mais uma funcionalidade ao Pix: agora, é possível ajustar o limite liberado para as transações via pagamento instantâneo. Esse recurso já está disponível nos aplicativos das entidades bancárias que trabalham com o Pix. Para o especialista em regulação José Luiz Rodrigues, essa é apenas uma das novas funcionalidades previstas para pagamento instantâneo, que visam difundir a sua utilização na sociedade.

“Os outros meios de pagamento continuarão a existir, como DOC, TED, boletos e cheques, mas há um entendimento de que o Pix poderá substituir determinados comportamentos financeiros conforme a popularização do seu uso”, explica José Luiz, que também é sócio da JL Rodrigues & Consultores Associados. “Por ser mais rápido, o Pix também pode diminuir os prazos de entrega de compras feitas pela internet. Enquanto o boleto bancário demora um dia ou dois para registrar o pagamento, o Pix o faz em segundos. Isso é positivo também para o varejo, que tem em mãos um sistema financeiro mais rápido, prático e seguro, o que deve impactar positivamente a gestão dos negócios e a própria prestação de serviços”.

As solicitações de redução dos valores dos limites do Pix deverão ser atendidas imediatamente pelas instituições financeiras, já as solicitações de aumento desse valor devem ser acatadas até às 7h do dia seguinte ao pedido. Entretanto, essa regra só vale caso o cliente solicite um aumento compatível ao que já possui para transações via TED e cartão de débito. Caso o aumento seja superior aos limites que habilitados ao cliente, a instituição financeira pode analisar o seu perfil e decidir se aceita ou não este pedido. 

Além do aumento no limite, outras funcionalidades devem surgir nos próximos meses, como a facilitação em pagamentos de conta de água e luz. De acordo com José Luiz, as mudanças em produtos e serviços são consequência da evolução do mercado. “Será cada vez mais comum o surgimento de novos produtos e empresas no cenário financeiro. Porque a modernização do Sistema Financeiro Nacional, provocada pela chegada de inovações como o Pix, open banking e sandbox, está fazendo com que o mercado se estruture para atender às novas demandas dos consumidores. Isso vem gerando até novos processos de fusão, incorporação, parcerias, compra e venda, entre outros modelos de organização ou reorganização”.

 



JL Rodrigues & Consultores Associados

https://jlrodrigues.com.br/


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