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segunda-feira, 5 de abril de 2021

Covid-19: lavagem das mãos é fundamental para controle do vírus

Lavar as mãos é reconhecido como um dos principais instrumentos contra epidemias, pois além de prevenir o coronavírus, combate outras doenças como resfriados, conjuntivite e herpes - Fotos: Aurélio Alves/ Agência LK


Diante do agravamento da situação da Covid-19, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a comunidade médica têm reforçado a importância de redobrar os cuidados de higiene. Entre eles, lavar as mãos. O simples ato é reconhecido como um dos principais instrumentos contra epidemias, pois além de prevenir o coronavírus, combate outras doenças como resfriados, conjuntivite e herpes. 

Mas para que a higiene das mãos seja eficaz, o ideal é o uso de água e sabão, porque a água sozinha, neste caso, não é o suficiente para eliminar vírus e bactérias. "O sabão ou sabonete são emulsificantes, ou seja, eles removem a gordura e matam o vírus. Os produtos agem na camada proteica de proteção dos microrganismos e são agentes importantes na limpeza", explica a coordenadora química do grupo Indústrias Reunidas Raymundo da Fonte, Cristina Campos, responsável pelo desenvolvimento das linhas de sabonete Even e Even Pro.

A química ainda ressalta que o sabonete é o mais recomendado para a lavagem das mãos. "Os dois cumprem bem o papel na prevenção ao Covid-19. Mas o sabão é um produto mais alcalino, utilizado em limpezas 'pesadas', mais difíceis. Já o sabonete é um produto mais compatível, suave, especialmente desenvolvido e destinado a uso de higiene pessoal, sem agredir e causar danos à pele", revela Cristina.

Confira um passo a passo para lavar as mãos: 

Para não deixar sua pele seca e áspera, lave as mãos com um produto que combina limpeza com hidratação, como o sabonete Even Pro antibacteriano vitamina E que elimina 99,9% das bactérias testadas. Sua fórmula ajuda a manter a pele saudável, protegida e com sensação hidratante.

• Esfregue as palmas das mãos;

• Esfregue todos os dedos e os espaços entre os dedos;

• Esfregue as pontas dos dedos e as unhas;

• Retire o sabão com água e enxague bem, com uma toalha limpa.

*Para ser efetivo, esse processo deve durar, pelo menos, 20 segundos.


Quando lavar?

É recomendável higienizar as mãos após o uso do banheiro, antes e depois das refeições, ao espirrar ou tossir, após tocar nos objetos e cumprimentar pessoas.


PESQUISA BIGFRAL-IPEC SOBRE PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA E DERMATITE NO BRASIL DIVULGA DADOS INÉDITOS

O estudo realizado com duas mil pessoas revelou que incontinência urinária acomete 30% da população brasileira 

 

 Para avaliar os dados sobre os impactos da incontinência urinária no país, a Bigfrallíder em cuidado adulto, encomendou ao IPEC um estudo nacional com duas mil pessoas entrevistadas, que quantifica a prevalência atual de incontinência urinária, sua correlação com as lesões de pele e a forma como ela pode afetar a qualidade de vida emocional e física de pessoas e cuidadores. Em parceria com Associação Brasileira pela Continência BC Stuart, a Bigfral trabalha em ações para conscientizar a população sobre a incontinência urinária, seu tratamento e a diminuição de seu impacto no bem-estar da população brasileira.

 

Público feminino

O estudo apresentou que a incontinência urinária acomete 30% da população brasileira. As mulheres formam a maioria, representando 68% das pessoas afetadas. Apesar de 88% dos entrevistados responderem que têm incontinência leve (algumas gotas ou pouco escape de urina), 69% das pessoas afirmaram não saber que a perda de urina, em qualquer quantidade, ainda que pequena, é considerada incontinência urinária. Metade da população apresenta perda de escapes de urina por esforço, seja por pegar peso, tossir, espirrar e até mesmo rir. 

 

Qualidade de vida

A pesquisa apontou como a incontinência urinária pode prejudicar a qualidade de vida. 91% das pessoas afirmaram que a incontinência afeta o bem-estar da pessoa; e 89% sentem-se envergonhados. Os dados demonstram que há tendência ao isolamento, já que 61% evitam sair de casa, 42% evitariam eventos sociais, e 77% evitariam ir a locais sem banheiro próximo se tivessem incontinência urinária. 56% dos entrevistados afirmaram que a condição de escape de urina impacta na feminilidade e 19% afirmam que evitaria ter relações com seu/sua parceira (o).

 

Incontinência Urinária X Dermatite

Pela primeira vez no Brasil, o estudo relacionou a incontinência urinária com casos de dermatite. 77% das pessoas com incontinência afirmaram que já tiveram alguma dermatite próxima à região íntima. 74% das pessoas afirmaram que a dermatite afeta seu dia a dia de alguma forma, mas 51% das pessoas com dermatite nunca procuraram um médico para tratar da condição.

 

Conhecimento por tratamento

Sobre o tratamento da incontinência urinária, 35% das pessoas não sabem dizer se existe algum tipo de tratamento e 51% das pessoas procuram informações na internet.

 

Buscar especialistas e tratamento é fundamental e a marca BIGFRAL orienta seus consumidores em suas comunicações durante essa jornada.  “A Bigfral traz segurança e confiança para que pessoas com incontinência urinária possam continuar pertencendo à vida familiar, inseridos na vida da comunidade, fazendo parte dos momentos importantes da vida com quem consideram especiais”. Pontua Tatiana Bumachar, Head de Marketing de Adulto da Ontex.

 

Vertigem pode esconder doenças graves, alertam especialistas do Hospital Paulista

Sintoma pode ser causado por diversas enfermidades; diagnóstico deve ser feito por otorrinolaringologista após exames complementares


Uma sensação que gera muito desconforto e pode ocasionar acidentes mais graves se for manifestada em um ambiente externo, por exemplo. Assim é definida a vertigem, um sintoma que pode ser causado por diferentes doenças, mas que pode estar associado também a outras ocorrências.

“De acordo com a classificação internacional de sintomas vestibulares, descrita pela Bárány Society, o termo vertigem deve ser utilizado quando o paciente descreve uma sensação ilusória ou distorcida durante o movimento normal da cabeça. Há uma falsa sensação de rotação, denominada vertigem rotatória, e também quaisquer outras sensações errôneas de movimento, como balanço, inclinação, oscilação ou deslizamento, agora denominados vertigem não rotatória”, explica o otorrinolaringologista Ricardo Schaffeln Dorigueto, do Hospital Paulista.

De acordo com a Dra. Rafaela Maia, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, a vertigem pode acometer de forma significativa pacientes idosos, embora não seja exclusiva desta faixa etária. “É notório que o envelhecimento provoca maior incidência de doenças degenerativas ou acometimentos secundários a doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Todos esses fatores, que são mais prevalentes entre os idosos, podem estar associados a causas de vertigem”, explica.

No corpo humano, são vários os sistemas responsáveis por prover equilíbrio às pessoas. São eles: neurológico, labirinto, muscular, articular, visual e cardiovascular. É justamente a deterioração progressiva desses sistemas, provocada pelo envelhecimento, que faz com que as queixas de vertigem sejam mais frequentes em idosos.

“Nestes casos, o médico especialista sempre deve investigar todos os sistemas envolvidos, indo muito além do labirinto apenas, principalmente nas alterações cardiovasculares que são tão frequentes nesta faixa etária”, completa.


Outros sintomas

Enquanto as doenças do labirinto são geralmente acompanhadas por sintomas auditivos, náuseas e vômitos, a vertigem de origem neurológica é acompanhada por sinais que se relacionam ao sistema nervoso central.

“Por exemplo, alterações na audição, como sensação de ouvido tampado ou zumbido, podem indicar um problema intrínseco do ouvido. Dores de cabeça muito fortes e perda da capacidade de articular palavras ou movimentos chamam a atenção para acometimentos do sistema nervoso central, como o AVC (derrame). Quando a vertigem é acompanhada de sensação de desmaio, nosso sistema cardíaco deve ser investigado de imediato”, afirma o Dr. Dorigueto, que faz uma ressalva aos pacientes.

“Nunca deixe que a queixa de vertigem e tontura seja considerada apenas uma ‘labirintite’, pois ela pode indicar, de fato, alguma alteração importante no seu organismo”, completa.


Diagnóstico

Como a vertigem pode ter diversas origens, seu diagnóstico envolve a avaliação, por um médico especialista, dos sintomas associados, doenças pré-existentes e descrição do problema. Duração e fatores desencadeantes também são fundamentais para entender e estabelecer a possível origem da vertigem.

Para auxiliar no diagnóstico e tratamento, conforme os especialistas, diversos exames aparecem como opção ao paciente. O importante, no entanto, é sempre procurar um especialista diante da manifestação da vertigem, para evitar que o problema piore.

Confira abaixo alguns dos exames oferecidos para o diagnóstico da vertigem:

Exame Otoneurológico: feito com eletrodos (chamado de Vectonistagmografia) ou por vídeo (Videonistagmografia), avalia a função vestibular e neurológica por meio da interpretação dos movimentos oculares.

V-hit: exame relativamente moderno na Otorrinolaringologia, que testa a capacidade do labirinto para responder corretamente a movimentos rotacionais da cabeça. Ele é feito com um óculos, que consegue racionalizar a velocidade da cabeça e a resposta que o labirinto manda (através dos olhos). É recomendado para pacientes em crise aguda de vertigem ou para acompanhamento e investigação de sequelas, além de conseguir separar algumas localidades específicas do labirinto. Sua grande vantagem ao paciente é não provocar a vertigem, além de poder ser realizado mesmo durante uma crise do sintoma.

VEMP: juntamente com o V-hit, analisa todos os sensores do labirinto. É feito com alguns eletrodos (que não dão choque), na região do pescoço e dos olhos, e alguns movimentos são requisitados enquanto se ouve um som. O VEMP consegue identificar alterações na parte do labirinto que é responsável pelo senso de estabilidade do paciente, além de também ser muito sensível a alterações progressivas. Sua vantagem é também não provocar vertigem durante a realização do exame.

 



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Impacto do distanciamento social em crianças com e sem deficiência durante a pandemia é foco de estudo da UFSCar


Pesquisa também vai analisar apoio social e qualidade de vida das crianças e de seus cuidadores

 

Uma pesquisa de Iniciação Cientifica desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende avaliar o impacto do distanciamento social causado pela pandemia da Covid-19 em crianças e adolescentes com desenvolvimento típico (sem deficiência), e comparar esses resultados com o de crianças com deficiência.

 O trabalho é realizado pela aluna de graduação em Fisioterapia, Isabelle Gansella Rocha da Costa, como parte de uma pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) pela aluna Beatriz Helena Brugnaro, sob orientação de Nelci Adriana Cicuto Ferreira Rocha, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar. O estudo tem parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).


A pesquisa busca comparar o apoio social percebido pelo cuidador, a qualidade de vida da criança e a do cuidador principal de crianças com e sem deficiência com idades entre 5 e 12 anos. Além disso, pretende verificar se existe correlação entre o apoio social e a qualidade de vida do cuidador e de crianças com deficiência e com desenvolvimento típico durante a pandemia da Covid-19.


O apoio social pode ser considerado qualquer suporte recebido por alguém, ou seja, apoio financeiro, emocional ou um apoio mais prático, no caso dos pais, por exemplo, ter alguém que ajude a cuidar da sua criança, levá-la ao médico ou à escola, se necessário. Esse apoio social pode ser dado desde por amigos, familiares, vizinhos, até por serviços de saúde, serviços sociais e profissionais. No entanto, Beatriz Brugnaro aponta que, durante a pandemia da Covid-19, muitos dos serviços comumente frequentados pelas famílias não estão funcionando devido ao período de distanciamento social, como escolas, parques, academias e terapias. "Essa mudança na rotina das famílias pode ter causado impacto negativo nas crianças e nos seus pais ou responsáveis, visto que, além da falta de socialização com pessoas que costumavam ter, as famílias podem ter tido sua rede de apoio enfraquecida, já que não podem deixar suas casas para realizar atividades que realizavam antes da pandemia", avalia Brugnaro sobre o possível impacto do distanciamento social na vida das crianças e seus cuidadores.


A hipótese das pesquisadoras é que maiores níveis de apoio social percebidos pelo cuidador mostrem relação positiva com a qualidade de vida das crianças e de seus cuidadores em ambos os grupos durante a pandemia. "Espera-se também que o grupo de crianças com desenvolvimento típico e seus pais apresentem melhores níveis de qualidade de vida em relação ao grupo de crianças com alguma deficiência", acrescenta Beatriz Brugnaro. A partir disso, a pesquisa vai mostrar se uma boa rede de disponibilidade de apoio social para essas famílias pode atuar positivamente na qualidade de vida em um cenário como o atual (pandemia) em ambas as populações. 


Nesta etapa da pesquisa, serão avaliados pais ou responsáveis de crianças e adolescentes com desenvolvimento típico (sem deficiência), entre 5 e 12 anos de idade. Os interessados participarão de avaliações online, via formulários eletrônicos, com início imediato. Os interessados em participar devem entrar em contato com a aluna Isabelle Gansella Rocha da Costa, pelo telefone (16) 99310-6363 (WhatsApp) ou com a pesquisadora Beatriz Brugnaro, pelo telefone (19) 99758-1342 (WhatsApp), ou pelo e-mail
isabellecoostta@live.com, até o final do mês de abril.


As equipes da UFSCar e da UFPR analisarão os resultados conjuntamente. O grupo do Paraná é orientado pela professora Silvia Leticia Pavão, do Departamento de Prevenção e Reabilitação em Fisioterapia. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 42344221.0.0000.5504).


Ramadan, mês sagrado dos muçulmanos que começa no dia 13, será marcado por distribuição de alimentos

No ano passado, Federação das Associações Muçulmanas do Brasil mobilizou parceiros e doou 150 toneladas de alimentos para os mais necessitados. Este ano, a ideia é bater esta meta

 

Entre os dias 13 de abril e 12 de maio, os quase 2 bilhões de muçulmanos que existem no mundo celebrarão o Ramadan. Este período sagrado recorda o mês no qual o Alcorão, livro sagrado da religião islâmica, foi revelado ao profeta Muhammad.

Durante o Ramadan os praticantes da fé islâmica devem redobrar as orações e práticas de caridade. E este apelo nunca foi tão forte: pelo segundo ano consecutivo, a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, FAMBRAS, está se mobilizando por meio do projeto “Islam contra a fome”.

“Ano passado, mobilizamos parceiros e conseguimos doar 150 toneladas de alimentos a pessoas carentes”, lembra o vice-presidente da entidade, Ali Zoghbi. “A distribuição de cestas básicas e carne aconteceu em vários estados brasileiros com a ajuda das mesquitas, associações islâmicas e entidades sociais. Foram beneficiadas milhares de famílias – independentemente de religião -, refugiados e indígenas”.

Consciente de que a situação atual é ainda mais delicada do que a do ano passado, a FAMBRAS tem como meta doar a mesma quantidade ofertada em 2020. “Com união e fé, somos capazes de enfrentar qualquer situação”, finaliza Zoghbi.


Entendendo o Ramadan

- Durante o mês do Ramadan, é recomendado que o muçulmano faça jejum. Quando nasce o sol, se inicia o jejum de água e comida. O pôr-do-sol marca o momento no qual é permitido voltar a alimentar-se, um ritual iniciado, geralmente, com o degustar de tâmaras. Pessoas que estão em viagem, mulheres grávidas, mães que estão amamentando, crianças, idosos e pessoas doentes – com a Covid-19 ou qualquer outra doença - não devem fazê-lo. 

- Normalmente, durante o Ramadan, as famílias se reúnem nas mesquitas para fazer a ‘quebra do jejum’. Mas como as mesquitas estão fechadas, a recomendação é que orações sejam feitas em casa com a família.

- Ações de caridade devem ser intensificadas durante o Ramadan. E, em função da pandemia, esta prática merece ainda mais atenção.

- O Ramadan também tem por objetivo a transformação pessoal a partir de reflexões. “O distanciamento social pode nos ajudar a ter mais clareza para rever e reavaliar hábitos; repensar caminhos; a nos arrepender por atitudes prejudiciais a nós mesmos e ao próximo; e a pedir perdão para os pecados. É a purificação para que uma nova etapa de vida se inicie -  e que possamos viver de forma mais plena e feliz”, diz Ali Zoghbi.

 



Sobre a FAMBRAS e FAMBRAS Halal

A Federação das Associações Muçulmanas do Brasil - FAMBRAS, foi criada há 40 anos. Atua nos âmbitos religioso, social, cultural, econômico e diplomático. Dentro destas esferas, desenvolve projetos que contemplam a divulgação do Islam e ações educacionais, culturais e assistenciais - tanto em benefício dos muçulmanos como das comunidades carentes do Brasil. Outras preocupações da FAMBRAS são ajudar a manter vivas as práticas do Islam e combater o preconceito aos muçulmanos por meio da informação.

O trabalho da Federação conta com o reconhecimento de renomadas instituições nacionais e internacionais. O apoio da FAMBRAS Halal - a primeira instituição certificadora Halal do Brasil, em operação desde 1979 – tem sido determinante para a concretização e ampliação dos projetos a cada ano. A certificadora é líder de mercado e realiza auditorias, abate, inspeção, supervisão de produtos e implantação do Sistema de Garantia Halal junto a indústrias e frigoríficos interessados em comercializar seus produtos especialmente para países árabes.

 

Alfabetização matemática com gamificação melhora a interação e a aprendizagem dos estudante

Metodologia da Mangahigh, amplamente difundida no Brasil e intensificada na pandemia, propõe o ensino da ciência exata por meio de jogos e quizzes online; estudo da UFRJ comprova aumento da compreensão em 72,3% dos estudantes adeptos

 

Da mesma forma que entender o conceito de fração fica mais atrativo com o clássico exemplo da pizza fatiada, a alfabetização matemática pode ser mais prática e interativa, considerando o novo perfil de estudante, mais ativo e conectado. A Mangahigh – uma plataforma de ensino de matemática amparada na gamificação – acredita que o emprego dos games pode ser uma maneira mais eficaz e atraente de engajar os aprendizes da ciência exata, tanto para quem já tem facilidade, como para quem tem maiores dificuldades.

“Acreditamos em uma nova linguagem para a educação matemática. Por meio da plataforma, pode-se visualizar as atividades propostas pelos professores, além de ter acesso a quizzes e a games propostos pela própria Mangahigh, elaborados a partir das necessidades de cada um. Todas as questões seguem uma trilha de aprendizado: começam do nível Fácil e, em seguida, vão para o Médio, Difícil e, por fim, Extremo. A gamificação permeia todas as tarefas”, afirma Fernando Grigorovski, consultor pedagógico da Mangahigh Brasil.

A plataforma, adotada por escolas da rede privada espalhadas pelo Brasil e todas as instituições de ensino estaduais de São Paulo, aplica um modelo ludopedagógico baseado em jogos adaptativos para o ensino-aprendizagem. Além de oferecer uma ampla cobertura curricular da nova BNCC (Base Nacional Comum Curricular), a solução conta com ferramentas de análise diagnóstica dinâmica e suporte pedagógico personalizado. Ou seja, tudo é direcionado ao jovem do século 21 que exige um olhar à frente quando o assunto é conhecimento. 

 

Facilitador no ensino remoto

A pandemia da Covid-19, que ultrapassa a marca de um ano, trouxe inúmeros desafios e aprendizados para a educação como um todo, entre eles, a mudança do modelo do ensino: houve a migração das classes para os lares. De acordo com um relatório do Banco Mundial, a interrupção do molde presencial na América Latina e no Caribe devido ao fechamento das escolas pode causar um empobrecimento na aprendizagem de até 20%.

Diante desse cenário, a gamificação – ou ludificação – joga a favor do aprendizado para ambos os lados (educandos e educadores). Para as atividades serem realizadas, basta um dispositivo móvel e uma boa conexão, podendo estar em casa ou mesmo em outros estados ou países. Isso tudo ainda é potencializado pelo perfil interativo, favorecido pelo ensino da ciência exata por meio de jogos. “A plataforma é adaptativa. A partir do desempenho, as questões se adequam à realidade do jogador. Em um mesmo intervalo de tempo, pode acontecer de a turma inteira estar fazendo quizzes diferentes”, ressalta Grigorovski.

Com mais de 132 mil educadores adeptos mundialmente, a Mangahigh tem feito webinars para capacitação dos professores que iniciam o uso da plataforma e para reforçar o domínio daqueles já familiarizados. “Fornecemos treinamento inicial para os docentes, formação continuada e suporte pedagógico para todos os gestores e tutores”, complementa o consultor pedagógico, que ainda aponta outro instrumento valioso: os relatórios online, produzidos e atualizados em tempo real. “Após propor uma atividade, cria-se um perfil de desempenho. O educador faz uma análise diagnóstica, atividade por atividade, do que foi executado”, ressalta.  

 

Aplicabilidade e eficiência asseguradas

Com mais de dez anos de mercado e idealizada pelos mesmos criadores do Candy Crush, a Mangahigh já faz parte da história pedagógica brasileira há alguns anos. Em São Paulo, as escolas públicas estaduais disponibilizam seus jogos e testes por meio do Centro de Mídias. Em 2018, uma pesquisa realizada pela COPPE UFRJ com 1385 estudantes dos ensinos Fundamental e Médio do estado do Rio de Janeiro comprovou que, ao serem expostos à metodologia, os “players” tiveram um salto de participação (69,6%), interesse (70,5%) e compreensão da disciplina (72,3%).

O próprio sistema avaliativo é pensado com essa premissa engajadora: os jogadores ganham medalhas de acordo com a performance. O ouro (compreensão excepcional) só é concedido para quem acerta 10 questões consecutivas do nível extremo; prata confere domínio, enquanto bronze assegura uma compreensão mínima. Com uma interface responsiva, dinâmica e intuitiva, tudo isso hospedado em um site, a solução proporciona maior concentração, perseverança e busca por desafios.

Na prática, além do sistema de níveis e de medalhas, o método Mangahigh se divide entre quizzes e jogos, com milhares de exercícios à disposição. Passa de fase quem concluir três módulos consecutivos. Há a possibilidade de tentar quantas vezes quiser. Como protagonista, o educando adquire conhecimento por meio de uma metodologia construtivista, isto é, uma aprendizagem ativa como forma mais efetiva para fixação de um determinado conceito matemático.



Mangahigh

www.mangahigh.com


O papel dos agentes virtuais na otimização do atendimento ao cliente

Quantas vezes você já recebeu ou realizou uma ligação para determinada empresa e conversou diretamente com um robô? O uso de agentes virtuais no atendimento ao cliente já é a realidade de muitas empresas. E, a maioria aposta na eficiência e otimização desses recursos para potencializar o contato com o cliente.

Disponíveis 24 horas por dia e 7 dias por semana, esses agentes são completamente desenvolvidos com base na cultura organizacional e necessidades de cada empresa. Eles são programados de forma personalizada, a fim de transmitir uma mensagem assertiva e da maneira mais empática possível.

Na prática, isso permite que organizações de diferentes segmentos possam ter sistemas com vozes adequadas para seu público. Por exemplo, empresas de advocacia podem ter agentes com uma linguagem mais formal, enquanto organizações de marketing podem desenvolver robôs com uma linguagem mais descontraída e informal, criando uma conexão maior com seu público.

Essa tecnologia tem evoluído tanto que a fluidez da fala e da capacidade de entendimento e cognição dos agentes estão cada dia maior, a ponto de, em muitas ocasiões, não conseguirmos distinguir se estamos falando com um robô ou com um ser humano. Por mais que isso cause um certo estranhamento no começo para alguns, normalmente, os clientes costumam se preocupar mais em ter as suas necessidades atendidas do que com a forma como isso está sendo feito.


Programação dos agentes virtuais

Os agentes virtuais são capazes de realizar grande quantidade de atendimentos simultaneamente e resolver cerca de 70% das dúvidas. Contudo, o grande desafio ainda enfrentado pelos curadores desse sistema é fazer com que esses robôs consigam identificar frases longas durante o atendimento e direcionar o cliente em sua jornada de resolução ideal.

Isso acontece pois atualmente, a grande maioria dos agentes virtuais eficientes são programados para identificar possíveis respostas dos clientes. Por mais que eles funcionem de maneira limitada, a cada interação com o usuário, o agente aprende e fica mais preciso, incorporando todo o vocabulário aprendido e as possíveis dúvidas não solucionadas. Ele “aprende com seus erros”, incorporando o aprendizado ao seu comportamento para não deixar o próximo usuário com a mesma dúvida.

Nos sistemas desenvolvidos pela Pontaltech, os agentes virtuais têm uma acuracidade de cerca de 95% no entendimento das respostas dos consumidores. Isso garante uma maior satisfação do cliente na resolução de seus problemas e aumenta as chances de voltar a fazer negócios com a empresa.


Otimização do atendimento

Em uma era digital marcada pela alta velocidade de informações, os clientes prezam por um atendimento veloz e personalizado que resolva seus problemas o mais rápido possível, sem deixar de lado a humanização da relação.

Neste cenário, os agentes virtuais se tornam a melhor opção para garantir esses dois fatores no atendimento. Isso foi comprovado em uma pesquisa realizada pela IBM, onde 99% dos participantes relataram um aumento na satisfação do cliente como resultado do uso dessa tecnologia.

Não era de se esperar menos, afinal, o que mais temos visto é uma crescente expertise dos agentes virtuais contribuindo para uma maior eficiência do processo e reduzindo o trabalho massivo que antes era totalmente delegado aos humanos. A presença do atendente qualificado é necessária. A grande diferença é que ele somente é acionado diante da incapacidade de resolução do problema identificado pelo agente virtual.

Manter um atendimento rápido e humanizado com os clientes é a chave para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, e os agentes virtuais são a melhor opção para garantir a conquista eficiente de todos esses fatores.

As empresas que desejam se modernizar devem realizar essa transição aos poucos e de forma organizada até que os agentes estejam prontos para lidar com todas as demandas. Por mais trabalhoso que seja, uma coisa é certa: com eles, sua empresa conquistará o tão desejado “fator uau” na satisfação e fidelidade de seus clientes. Vale a pena experimentar.

 


Igor Castro - Diretor de Produtos e Tecnologia na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

https://www.pontaltech.com.br/

 

Muitos brasileiros declaram criptomoedas no Imposto de Renda pela primeira vez

Receita Federal criou códigos específicos para a declaração de moedas digitais. Veja orientações Rodrigo Soeiro, fundador da Monnos, rede social de investimentos em criptomoedas

 

Neste ano, a entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF) deve acontecer até 30 de abril e a Receita Federal criou códigos específicos para a declaração de Bitcoins e outras moedas digitais. “Muitos brasileiros irão declarar criptomoedas pela primeira vez”, afirma Rodrigo Soeiro, CEO da plataforma brasileira Monnos, primeira rede social de investimentos em criptomoedas do mundo. 

A posse de mais de R$5 mil em moedas digitais deve ser declarada. "Recomendo que todos os usuários de criptomoedas, se já não o fazem, que declarem seus ativos financeiros. A tendência é que a Receita Federal faça cada vez mais imersões no tema e aqueles que se mantiverem 'às sombras' terão dificuldades quando quiserem fazer uso do ganho obtido com os investimentos", recomenda Soeiro.

“As criptomoedas são consideradas ativos financeiros como qualquer outro, portanto suas alienações (compra, venda, permuta etc.) também devem ser declaradas à Receita Federal e as operações precisam ser comprovadas”, aponta o CEO da Monnos. Havendo diferença entre o custo de aquisição e o valor de venda, há um ganho que pode ou não ser tributável. 

“Os ganhos com criptomoedas serão tributáveis sempre que a soma mensal dos valores de alienação superar R$ 35 mil. Este limite vale para o conjunto de todas as criptomoedas alienadas no mês, mesmo que de tipos diferentes. Se as alienações mensais não superarem R$ 35 mil por mês, o ganho auferido é isento. Mas, atenção: R$ 35mil é a soma dos valores das alienações mensais, e não do ganho de capital com elas obtido que poderá ser inferior a R$ 35 mil e mesmo assim tributável”, esclarece Pedro Chimelli, advogado associado da Levy & Salomão Advogados, especialista no assunto. 

 

Regras gerais

Chimelli explica ainda que quem investe em criptomoedas precisa ter: “uma fotografia anual do seu patrimônio em 31/12 de cada ano, e deverá declará-lo sempre que for superior a R$5 mil. É necessário também preencher o Demonstrativo de Apuração do Ganho de Capital, sempre que as alienações mensais de bens da mesma natureza (criptomoedas diversas) for superior a R$35 mil. Este demonstrativo deverá ser depois exportado para a DIRPF, entregue até o fim de abril de cada ano”. 

Para quem opera em corretoras estrangeiras há uma necessidade adicional: preencher informações mensais sobre suas operações no portal e-CAC (disponível no site da Receita Federal). “Devem apresentar essa declaração mensalmente as pessoas físicas que façam qualquer operação via P2P (pessoas para pessoas) ou via corretoras no exterior que, somadas, ultrapassem R$ 30 mil por mês”, aponta Soeiro.

Segundo a Receita Federal, as alíquotas de imposto de renda para ganhos de capital são de 15% para até R$5 milhões; 17,5% para a parcela dos ganhos que superar R$5 milhões e for inferior a R$10 milhões; 20% para a parcela dos ganhos que superar R$10 milhões e for inferior a R$30 milhões e 22,5% para a parcela dos ganhos que superar R$30 milhões.

 

Na prática

Na DIRPF, as informações sobre o patrimônio em criptomoedas devem ser declaradas na ficha “Bens e Direitos” e no código 81 para BTC, 82 para Ethereum (ETH), Ripple (XRP), Bitcoin Cash (BCH), Tether (USDT), Chailink (LINK), Litecoin (LTC) e 83 para outras Altcoins. É preciso registrar informações sobre as operações, bem como valores, datas, dados das corretoras etc.

Há pouco mais de um ano no mercado, a Monnos tem mais de 20 mil usuários no Brasil e no mundo. E grande parte dos brasileiros, 38,5%, nunca havia investido em criptomoedas antes. “Para muitos, esse será o primeiro ano em que citarão criptomoedas em sua declaração do imposto de renda”, ressalta Rodrigo Soeiro, CEO da Monnos. A ferramenta oferece orientações para facilitar a declaração no próprio aplicativo e em eBook gratuito sobre o tema - disponível neste link: https://content.monnos.com/e-book-declarando-criptomoedas

 

Como funciona

Plataforma brasileira de criptomoedas que opera globalmente e tem proposta voltada para leigos, a Monnos foi fundada em setembro de 2019 e hoje tem mais de 20 mil usuários no Brasil e no mundo. Conectados em ecossistema de ganhos através de rede, os usuários podem seguir estratégias de outros, criando uma rede social de investimento que empodera leigos.

Visando difundir a criptoeconomia, a Monnos possibilita que o usuário compre, venda e faça pagamentos com criptomoedas em um único lugar – tal modelo de negócios é conhecido mundialmente como CryptoBank. Entre as exchanges brasileiras, a plataforma oferece a maior variedade, 40 criptomoedas. Além de crypto wallet (carteira de criptomoedas), portfólio management (gerenciamento de portfólio) e social trading (negócios em rede). Em breve, oferecerá cartão de pagamento, possibilitando o uso de criptomoedas em compras do dia a dia.

 

Como lidar com demissões em massa?

Com o início da pandemia, as dificuldades financeiras que o Brasil já vinha sofrendo foram agravadas com o reconhecido estado de calamidade pública, e têm sido devastadoras para milhares de empresas, fazendo com que muitas sejam obrigadas a tomar decisões drásticas para impedir prejuízos irreversíveis: as demissões em massa.

Essas demissões não são definidas por um número mínimo ou máximo de trabalhadores desligados, mas sim pelo seu impacto social. Afinal, as consequências de uma demissão em larga escala impactam não somente o próprio funcionário e sua família, mas o todo em que ele está inserido, desencadeando o efeito em cascata em todo o ecossistema que gira em torno da empresa – como fornecedores, canais de distribuição, impostos que são pagos ao munícipio e até mesmo aos pequenos comércios que orbitam em torno de uma grande empresa e dependem de seus colaboradores para se manterem abertos. Os prejuízos de uma demissão em massa são inegáveis e incalculáveis no curto prazo, em muitos casos.

Ainda assim, essa tem sido a única opção para muitas empresas. Segundo dados divulgados em agosto de 2020 pela Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da covid-19 nas Empresas, 44,8% das organizações nacionais sentiram severos impactos negativos em seu funcionamento durante a pandemia. Dentre elas, as empresas de pequeno porte foram as mais atingidas, representando 44,9% do total registrado. Para piorar, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), feita pelo IBGE, informou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,2% no trimestre encerrado em janeiro, o maior já registrado desde 2012.

Em um cenário onde ainda não vemos uma perspectiva positiva de recuperação, é importante tomar alguns cuidados para que haja o menor impacto possível tanto para as empresas quanto para os funcionários.

Em um primeiro momento, é importante que as empresas tenham tentado ao máximo se aproveitar de todas as iniciativas criadas pelo Governo Federal a fim de minimizar os impactos causados pela pandemia – seja pelo uso do auxílio emergencial, suspensão de contratos por tempo determinado ou pela redução da carga horária dos colaboradores. Mesmo empresas que já estavam em crise anteriormente, precisam demonstrar boa vontade em preservar empregos nesse momento. 

É importante dizer que não cabe uma mera alegação de que a pandemia ocasionou o desligamento coletivo, e a empresa deverá ter provas concretas de que se desvencilhou de todas as medidas necessárias para evitar os desligamentos.

Caso a demissão em massa seja de fato inevitável, as empresas devem observar as normas previstas em nossa legislação e o entendimento jurisprudencial de cada região para esse processo. A despeito da alteração legislativa, que colocou a demissão coletiva no mesmo patamar de um desligamento individual, é recomendado que as empresas que necessitem realizar este tipo de desligamento procurem o Sindicato de sua categoria para auxiliar no processo de desligamento de seus funcionários, definindo a forma, prazos para pagamento, contrapartidas, etc.

Essa negociação é fundamental para que haja um alinhamento entre as partes e para que, com base no acordo coletivo estabelecido, sejam verificadas possibilidades de contrapartidas, como extensão do plano de saúde, oferta de cestas básicas, parcelamento do pagamento e mesmo a definição de um cronograma de demissão – tudo de acordo com a realidade de cada empresa. Todas essas ações devem ser muito bem documentadas, a fim de que, caso a empresa venha a ser processada, ela demonstre que esgotou todas as possibilidades de negociação antes de optar pela demissão em massa.

Todos esses cuidados são indispensáveis para garantir um desligamento com menores prejuízos para ambas as partes. Cabe destacar que, em 2020, dentre 1.161.417 ações registradas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), 86.058 tiveram causa direta com a Covid-19 – uma estatística que definitivamente, nenhuma empresa deseja fazer parte. E é válido lembrar que, depois de desligados, os colaboradores têm um prazo de até dois anos para reclamar seus direitos na Justiça, bem como o processo de desligamento poderá ser objeto de investigação do Ministério Público do Trabalho e outros órgãos fiscalizadores.

Por afetar um número significante de trabalhadores, com repercussões sociais, a demissão em massa deve ser sempre o último recurso para as empresas. Nesses casos, é importante demonstrar que foi feito o possível para a manutenção dos empregos, tendo os documentos que comprovem as suas ações.

É preciso trabalhar sempre com a minimização dos impactos tanto para a empresa quanto para os colaboradores que, mesmo com acesso ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e ao seguro-desemprego, não possuem perspectiva de recolocação no mercado à curto prazo, sendo os benefícios do Governo paliativos temporários para o trabalhador que terá que buscar novas fontes de subsistência.

 

 

Luara Rezende - especialista em Direito do Trabalho e associada ao Marcos Martins Advogados.

 

Marcos Martins Advogados
https://www.marcosmartins.adv.br/pt/ 

 

CTB punirá com mais rigor condutores que não reduzirem a velocidade para ciclistas

Alterações no CTB também preveem multas para quem parar em ciclovia ou ciclofaixa

 

Aprovada em outubro do ano passado, a Lei 14071/20 que altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) passa a valer no próximo dia 12, em todo o país, e traz mudanças significativas diretamente relacionadas ao convívio de mobilidade entre ciclistas e motoristas. Este é o tema que o Detran.SP traz nesta segunda-feira (5) em sua série de conteúdos explicativos sobre como era e como serão as normas de trânsito com as mudanças no CTB. Veja as principais novidades para os ciclistas:

 

Redução de velocidade ao passar ciclista

Antes, deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito ao ultrapassar um ciclista era infração grave, ou seja, o motorista estava sujeito a ter que pagar uma multa de R$ 195,23. Agora, com a mudança, a multa será maior, de R$ 293,47, qualificada como infração gravíssima.

 

Multa para quem parar em ciclovia ou ciclofaixa

Primeiramente, é importante esclarecer a diferença entre as duas modalidades. Ciclovia é classificada como pista própria destinada à circulação de bicicletas, separada do tráfego de veículos, enquanto ciclofaixa é parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, mas delimitada apenas por sinalização específica.

 

Antes, não havia penalidade por parar nestas áreas, para efetuar embarque e desembarque de passageiros (apesar de existir por estacionar e por transitar), mas com a mudança, a parada será qualificada como infração grave, sujeita a multa de R$ 195,23 e cinco pontos na CNH.

 

Vale lembrar que sempre que não houver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento na via, as bicicletas têm preferência sobre os automóveis. Além disso, em caso de necessidade de o motorista fazer uma manobra de mudança de direção, ele deve ceder passagem aos ciclistas, assim como aos pedestres.

 

Marketing de influência cresce durante a pandemia e se consolida no mercado brasileiro

 

divulgação-pixabay

Para especialista, as redes sociais se transformaram na principal ferramenta de divulgação de marcas e serviços nesse período, aquecendo as ações com influenciadores

 

As mídias sociais estão se confirmando, cada dia mais, como o novo rumo dos negócios no mundo. Nos últimos meses, devido aos efeitos da pandemia, que levaram as pessoas para dentro de casa e potencializaram as compras online, as redes se transformaram na principal ferramenta de divulgação de marcas e serviços. Quem ainda não migrou sua empresa para o online, assim como suas ações comerciais e de relacionamento, está perdendo cada vez mais visibilidade no mercado em um período de franca expansão digital. 

As empresas que não têm faturamento vindo do mundo online, podem, no entanto, estar presas em um dilema: “como e onde anunciar os meus produtos e serviços?”. Segundo o especialista Fernando Soni, sócio fundador da startup paranaense Stardust Digital, focada em marketing digital, uma das vertentes do marketing digital que vem crescendo muito e se consolidou durante a pandemia, é o marketing de influência. ‘‘As pessoas buscam conexão real com quem indica algum produto ou serviço. Sendo assim, buscar influenciadores tem se tornado cada vez mais comum para as empresas que querem alcançar o público que está nas redes sociais’’, diz. 

De acordo com uma pesquisa do Ibope, mais de 70% dos brasileiros são internautas, número que reflete na relação com os influenciadores digitais. “Obviamente, quanto mais próximo o público estiver do influenciador, maior será a confiança na hora de consumir um produto ou serviço indicado por ele. É esse poder de engajamento que tem chamado a atenção das marcas, que têm investido cada vez mais em marketing de influência”, comenta Soni.

No entanto, Soni alerta para que os anúncios com influenciadores sejam feitos da forma correta. ‘‘O que sempre falamos para os nossos clientes que querem fazer parceria ou vender por meio de influenciadores, é que o foco é encontrar um influenciador que seja do nicho do produto ou serviço que o cliente oferece’’, afirma. ‘‘Tem gente que foca muito no número de seguidores, mas, às vezes, aquele influenciador de nicho que tem cinco ou 12 mil seguidores, mas que tem um engajamento altíssimo deles, consegue atingir um público maior do que o influenciador que tem 300 mil seguidores, por exemplo, e, consequentemente, fazer com que esse produto ou serviço seja mais consumido’’, complementa. 

De acordo com o sócio fundador da Stardust Digital, o mais difícil é encontrar o influenciador certo. ‘‘O trabalho principal, neste caso, é encontrar o influenciador correto, que corresponda ao nicho do cliente, que tenha uma taxa de engajamento alta, que a gente saiba como ele é visto pelos seguidores’’, diz. ‘‘Analisar os comentários para vermos se esse influenciador tem uma taxa de rejeição alta ou não, também faz parte desse processo para podermos examinar a qualidade dele, em vez de só a quantidade de seguidores’’, afirma. 

Por isso, antes de apenas migrar para os meios online e investir em marketing de influência, as empresas precisam analisar onde precisam estar e como aparecer para seus clientes nessas redes. ‘‘O ideal é ter um profissional ou uma empresa especializada na área para fazer toda essa análise e mostrar o melhor caminho. Começar qualquer trabalho sem conhecer seu público-alvo e a forma que sua marca vai se comunicar com ele é um grande erro, repetido incansavelmente no mercado. Só depois desses estudos e definições será possível definir quais são os influenciadores corretos para falar pela empresa’’, detalha o especialista. “É uma conta que só que souber construir uma estratégia assertiva vai conseguir fechar, pois o mercado está cada vez mais competitivo, com campanhas estão cada vez mais direcionadas e personalizadas”, completa Soni.


Crises são oportunidades, pelo menos para as mulheres

Na infância, na vida escolar ou familiar, as mulheres são estimuladas a desenvolver características relacionadas à comunicação e flexibilidade. E essas aptidões acabam se tornando um diferencial no âmbito profissional. Uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que mulheres que possuem cargos de liderança demonstraram mais eficiência que os homens durante as crises. Esse estudo, elaborado por Jack Zenger e Joseph Folkman, avaliou 454 homens e 366 mulheres entre março e junho do ano passado. As mulheres foram classificadas superiores em treze das dezenove competências gerais de liderança. A partir das respostas dos entrevistados, o público feminino se sobressaiu, principalmente por conta do uso de habilidades interpessoais – as chamadas soft skills -, como colaboração, resiliência, trabalho em equipe e motivação.

O estudo também mostrou que, no período de adaptação por conta da Covid-19, as mulheres expressaram maior conscientização e preocupação sobre os medos e inseguranças dos colaboradores e passaram mais confiança em planos e estratégias. Isso mostra que nós temos maior capacidade de lidar com adversidades, criatividade e, além disso, somos colaborativas e trabalhamos muito melhor por meio de cooperação que em competitividade. 

Historicamente, os homens eram maioria nos bancos das universidades. Hoje, já é possível ver mais mulheres tanto em cursos de graduação, quanto em especializações. Ou seja, nós estamos estudando mais e logo estaremos ocupando os maiores cargos. É questão de tempo. A mulher não conquista a liderança pelo poder, nem pelo status, mas pelo exemplo. Ela mostra o caminho e faz todos em volta crescerem com ela. Com isso, conquistar a admiração é uma consequência, e não um objetivo.

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho, empresas que monitoram o impacto da diversidade de gênero na liderança reportaram um crescimento de até 20% nos lucros. Um dos grandes fatores para esse crescimento é o fato de as mulheres terem uma visão mais técnica ao enxergar o panorama geral da empresa. Essa visão do todo, multiplicidade de funções e capacidade de organização de diversas tarefas ao mesmo tempo é algo que vem do múltiplo papel assumido pela figura feminina ao longo da história de profissional, mãe e dona de casa.

Mulheres nos cargos de liderança das empresas têm sido cada vez mais uma tendência na sociedade. Atualmente, é comum ouvir falar que as organizações contratam pelo currículo e demitem pelo comportamento. Ou seja, essa forma da mulher ver o mundo é um fator decisivo na empregabilidade. Desenvolver as chamadas soft skills é fundamental, homens e mulheres podem fazê-lo, mas temos como vantagem o fato de que algumas dessas habilidades nos são natas. O que pode nos colocar em vantagem em momentos de crise ou em qualquer outro contexto. Basta continuarmos liderando e servindo de exemplo para outras mulheres e também para os homens. 

 



Michaela Vicare - diretora de Gente & Gestão (RH) na Tecnobank.

 

Os bens culturais e o exercício da humanidade

A palavra “humanidade” é ambígua. Sem prejuízo de outros, ela tem pelo menos dois significados. O primeiro para designar o conjunto de seres humanos existentes na Terra. O segundo, como designador das características particulares e específicas da natureza humana. Para os fins aqui propostos, considerarei “humanidade” como as características do ser humano que fazem sua vida ser mais que apenas a sobrevivência física. 

A vida eleva-se além da necessidade de alimento, abrigo e repouso, e a realização da “humanidade” do humano requer os chamados “bens do espírito”: a linguagem, a leitura, o conhecimento, a música, o teatro, o cinema, as relações sociais, o lazer, a religião, as artes, os esportes e outras atividades além da mera existência do corpo.   

O humano, dotado que é de consciência, linguagem, memória, emoções, costumes e código moral, não nasce feito e acabado. Na expressão de Ortega y Gasset (1833-1955), “a vida nos é dada, mas não nos é dada pronta” e, conforme Kant (1724-1804), “o homem é o único animal que precisa ser educado”. No transcurso de seu desenvolvimento e autoconstrução, o homem tem, nos bens culturais, os meios para exercer sua humanidade, desde os bens da natureza até aqueles construídos por obra do próprio homem.  

O conjunto de bens e serviços que a humanidade, como conjunto de humanos, inventou, desenvolveu e aperfeiçoou, para seu próprio lazer e desfrute emocional e espiritual, é enorme e variado. Música, pintura, literatura, cinema, teatro, escultura, dança, esportes, rituais, contatos com a natureza e outras atividades e coisas são bens culturais que devem ser produzidos, desfrutados, preservados e legados às gerações futuras. 

Há muito que se pode falar das formas de realização da humanidade, individual e coletiva. A produção, manutenção e importância dos bens culturais podem ser analisados como um enorme setor da economia, que gera produto, emprego, renda, impostos, e fazem parte do crescimento econômico e do desenvolvimento social. Desse ponto de vista, a cultura pode ser vista como os demais setores econômicos e analisado qual deve ser o papel do Estado para o setor cultural.

Recordo a polêmica, em 2010, sobre a proposta de recriar a Embrafilme (Empresa Brasileira de Filmes S.A.), como uma estatal subsidiada com dinheiro público. Na época, escrevi propondo discutir qual deve ser o papel do governo em relação à cultura, a partir de três hipóteses: a) não se envolver; b) controlar e dominar; c) apoiar e incentivar. 

De início, sou contra a opção “b” (controlar e dominar), pois não há anjos na Terra. Controlar e dominar o que pode e o que não pode ser feito em matéria de cultura é coisa de regimes ditatoriais e/ou totalitários. Todos os governos ditatoriais, de esquerda ou de direita, sem nem uma só exceção, controlaram, dominaram e censuraram o vasto espectro do que se pode chamar de “cultura”. 

A opção “a” (não se envolver) implica deixar que a produção, manifestação e consumo de todas as formas de cultura sejam resolvidos pelo mercado, livremente e sem dinheiro público. Neste caso, embora predomine a liberdade, sem verbas estatais, pois quando o governo subsidia ou financia bens culturais, ele sempre tem inclinação para controlar e censurar, sob o poder de decidir que projetos aprovar e quais negar. 

Em certo sentido, a total omissão do Estado não é boa. Por exemplo, um museu que guarda, protege e conserva objetos históricos pode necessitar que a sociedade banque sua existência, diretamente ou via tributos. Já no caso de um filme ou show de rock, embora sejam bens culturais, a essência e a finalidade são totalmente diferentes. 

No ano de 2003, após a derrubada de Saddam Hussein, o Museu de Bagdá foi saqueado e destruído, e mais de 170 mil peças desapareceram, muitas vindas desde a antiga Mesopotâmia, região considerada o berço da civilização, onde surgiram as primeiras cidades, o primeiro alfabeto e o primeiro código jurídico. Uma parte da história humana foi simplesmente banida. 

Esse é um exemplo de “espaço cultural” que exige a intervenção do governo para guardar, manter, conservar e garantir as peças contra deterioração, roubo ou destruição, pois não se trata de um assunto comercial, mas sim da preservação da memória e da história. Há outros bens e atividades culturais que precisam do apoio estatal.

Assim considerando o amplo espectro do que se pode chamar de “bens culturais”, em uma sociedade livre, a melhor opção é a “c” (apoiar e incentivar). Mas o governo deve ser submetido a leis que regulem o que deve ser objeto de apoio e incentivo estatal, ao tempo em que impeça proibição e censura personalíssima. 

A velha Embrafilme foi criada em setembro de 1969, em pleno regime militar, e extinta em março de 1990, no governo Collor, e sempre foi criticada à esquerda e à direita. Os críticos sempre a acusaram de beneficiar quem aderia ao pensamento do governo. Ao terem autoridade sobre o dinheiro, os burocratas detinham o poder de controlar e censurar. 

A recriação da Embrafilme foi proposta em 2009, o que não ocorreu, pois já havia a Agência Nacional do Cinema (Ancine), criada em 2001 como órgão oficial de fomento, regulação e fiscalização das indústrias cinematográfica e videofonográfica. Um dos argumentos foi que cinema comercial e de entretenimento é mercadoria, que deve se submeter ao mercado: havendo clientes, será produzido; não havendo, não será. 

Um país preocupado com a elevação intelectual do povo deve incentivar e fomentar bibliotecas, museus históricos, preservação de obras antigas, documentos e objetos de sua memória. Mas os indivíduos não devem esperar que o Estado lhes garanta todos os bens culturais. Há que haver critérios e regras.   

 

 

José Pio Martins - economista, reitor da Universidade Positivo.

 

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