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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Meu Filho Não Dorme, o Que Devo Fazer? Os Distúrbios do Sono


Você sabia que crianças e bebês sofrem com distúrbios do sono? E que esse problema, se não for tratado adequadamente, poderá comprometer o desenvolvimento do seu bebê?

 

Não importa a cor, classe social e a época. Se vc é, foi ou será mãe, já viveu, está vivendo ou viverá este imenso “pesadelo”: A insônia do seu bebê.

Há uma estimativa que aponta que 30% das crianças com até 12 anos de idade sofre com distúrbios do sono. Não importa qual seja a sua rotina diária, ela está ligada ao comportamento noturno. E a estatística do problema aumenta, quando se trata de bebês. Em torno de 40% tem algum distúrbio do sono; E nos casos mais graves, este problema afetará diretamente o seu desenvolvimento.

Segundo a Dra. Gladys Arnez, neurologista infantil e da adolescência, responsável pela clínica Neurocenterkids em São Paulo, -A falta ou a interrupção do sono contínuo, esse despertar de madrugada, o sono agitado, acaba tendo impacto negativo na vida da criança; no seu desenvolvimento cognitivo, no seu desenvolvimento psicológico, na regulação do humor, na atenção, na imunidade e no comportamento da criança. Tudo isso é consequência da falta de qualidade do sono”.

As Causas:

As principais causas dos Distúrbios de Sono de bebês e da criança são:       

  • Insônia
  • Síndrome das pernas Inquietas
  • Distúrbios do ritmo circadiano sono e vigília

Sobre a Insônia,Dra. Gladys Arnez explica que esta, nada mais é do que a dificuldade de iniciar o sono ou de mantê-lo com qualidade. E para ser caracterizada como tal, precisa acontecer mais de três vezes por semana.”

Diagnóstico e Tratamento

Pesquisas realizadas na década de 90, publicadas Comissão Nacional de Pesquisas em Distúrbios do Sono, nos Estados Unidos, já apontavam que esses distúrbios raramente eram diagnosticados nas consultas pediátricas.

Embora muitos pais não saibam, esse problema é sim é uma questão médica. E tanto os pais como o médico, tem como responsabilidade identificar os sintomas para um diagnóstico preciso.

Dra. Glady Arnez faz um alerta:“É preciso tomar muito cuidado com o diagnóstico em crianças, pois o desafio acaba sendo sempre maior. O diagnóstico se torna bem mais difícil. É preciso uma análise completa com os pais e cuidadores. Deve-se fazer um diário do sono e colher o maior número de informações possíveis.”

Com relação ao tratamento, a Dra. Gladys explica que existem duas linhas: a comportamental e a medicamentosa:

  • Higiene do Sono, que é o preparo do bebê/criança para dormir; manter uma rotina para o banho, massagens, dar a última mamadeira. Mas o importante é que tudo seja feito sempre no mesmo horário. É necessário ter uma rotina.
  • Técnicas Comportamentais; essas técnicas devem ser feitas em conjunto com a família, os pais ou os cuidadores e pode exigir o auxílio de um profissional

 

Já o Tratamento Medicamentoso é a intervenção com medicamentos, que deve ser feita quando necessária, sempre acompanhado de um neurologista infantil, até que o problema seja sanado. E os medicamentos devem ser feitos em conjunto com a higiene do sono e as técnicas comportamentais.

 

O bebê, dormindo sempre no mesmo horário, o cérebro, que está em constante neuroplasticidade, aprendendo tudo, absorvendo tudo como uma massinha, ele vai se acostumar a dormir todos os dias no mesmo horário. Nesse ponto a criança, se estiver fazendo uso de medicamento, não precisará mais usá-lo”- Completa a Dra. Gladys Arnez.

 



Dra. Gladys Arnez - médica Pediatra e Neurologista Infantil e da Adolescência, especialista em Transtornos Escolares e Comportamentais, mestranda em Neurociências com ênfase no Tratamento do autismo e está à frente da Clínica Neurocenterkids, em Santo André/SP.

www.clinicaneurocenterkids.com.br

Instagram: @clinica_neurocenterkids

@dra.gladys_neuropediatria

Tel/ whats app: (11)99536-1988


25 de Novembro - Dia Nacional do Doador de Sangue

Os estoques nos bancos de sangue baixaram por conta da pandemia e podem comprometer o tratamento de pacientes que apresentam grande demanda transfusional por conta da alta complexidade dos casos, como os atendidos no Hospital do GRAACC

 

Com o intuito de agradecer e sensibilizar a população sobre a importância da doação de sangue, é comemorado no dia 25 de novembro o Dia Nacional do Doador de Sangue. No Brasil, menos de 2% da população é doadora de sangue (o ideal seria ao menos 3%).

A data foi instituída pelo Decreto de Lei 53.988/1964, assinado pelo então presidente Castello Branco. O dia escolhido foi o aniversário da Associação Brasileira de Doadores Voluntários de Sangue.

Deste o início da pandemia do novo coronavírus, os estoques de sangue seguem críticos devido queda significativa no número de doações. O Banco de Sangue parceiro do GRAACC (COLSAN) registrou uma queda de 40% no número de doadores neste período. Esse déficit prejudica pacientes que eventualmente, necessitem de transfusão.

No caso do Hospital do GRAACC, referência no tratamento e cura de crianças com câncer, os pacientes apresentam grande demanda transfusional, tanto por conta dos tratamentos de alta complexidade (quimioterapias agressivas, quadros de infecção ou nos procedimentos cirúrgicos), quanto pela própria doença de base (como as leucemias). Há também dois grupos ainda mais críticos que são os pacientes internados em UTI e aqueles submetidos ao transplante de medula óssea.

Por ser um hospital exclusivamente de oncologia pediátrica, a maioria dos pacientes não pode ter seus procedimentos adiados. "Continuamos atendendo normalmente todos os casos novos e pacientes que já estavam em tratamento, mesmo com demanda de transfusão elevada" explica a Dra. Paula Guedes, médica responsável pelo serviço de Hemoterapia do GRAACC.


Quem pode doar

- Pessoas em boas condições de saúde com idade entre 16 (autorização do responsável) e 69 anos (sendo que a primeira doação deve ter sido realizada até os 60 anos).

- Pesar no mínimo 50 kg.

- Estar devidamente alimentado (evitar alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação).

- Apresentar documento original com foto, legível e emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social).


Segurança em tempos de Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde atualizaram os critérios de doação de sangue em todo o país, a fim de reforçar a prevenção contra o novo coronavírus.

Os locais destinados à doação de sangue são seguros e frequentados por pessoas saudáveis e estão investindo em cuidados redobrados para garantir a segurança dos doadores (como distância segura entre as cadeiras de coleta, disponibilização de álcool em gel, entre outras medidas).

Candidatos à doação que tiveram diagnóstico clínico ou laboratorial de infecção pelo SARS-CoV-2, serão considerados inaptos à doação por um período de 30 dias após completa recuperação.

Candidatos que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico clínico ou laboratorial de SARS-CoV-2, deverão ser considerados inaptos por até 14 dias após o último contato com a pessoa.

Candidatos que permaneceram em isolamento devido sintomas possíveis de infecção por SARS-CoV-2, também serão considerados inaptos por um período de 14 dias se estiverem sem sintomas.

Candidatos que tenham se deslocado para outros países serão considerados inaptos por 14 dias após o retorno.


Para informações dos locais de coleta de sangue, acesse

https://graacc.org.br/doacaodesangue/ 

https://www.colsan.org.br/site/doador/locais-para-doacao-de-sangue.html

Para doar sangue ao Hospital do GRAACC, identifique a unidade de coleta da Colsan (Sociedade Beneficente de Coleta de Sangue) mais próxima da sua casa. A doação de sangue é um procedimento rápido e seguro.


Sobre o GRAACC

Instituição criada em 1991 para garantir a crianças e adolescentes com câncer todas as chances de cura. Com hospital próprio, tornou-se referência no tratamento do câncer infantojuvenil, principalmente em casos de maior complexidade. Possui uma parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) que possibilita, além de diagnosticar e tratar o câncer infantil, o desenvolvimento do ensino e pesquisa.

Em 2019, foram atendidos mais de quatro mil pacientes e realizadas mais de 35 mil consultas, 1400 procedimentos cirúrgicos e 22 mil sessões de quimioterapia. Mais Informações em www.graacc.org.br

 

ÁGUA DE COCO apresenta coleção CERRADO

   


Conhecida como a savana brasileira, o cerrado é um dos maiores tesouros do Brasil, riqueza que inspirou a nova coleção Cerrado da ÁGUA DE COCO. 

 

Elementos da natureza estão presentes na personalidade da marca desde o início de sua história, mas desta vez a diversidade da fauna e da flora presente no bioma é explorada aos detalhes, processo que deu vida a uma coleção rica cores, texturas e modelagens. 

 

Muito além do beachwear, o lifestyle cheio de brasilidade da marca se faz presente em diversos momentos em clima tropical, no qual leveza e fluidez são as palavras-chaves. 

 

O pé na areia é acompanhado por biquínis, maiôs e saídas, assim como a rotina do dia a dia por saias, calças, camisas e vestidos – dos shapes casuais em linho aos longos de seda para momentos especiais. 

 

Frutas típicas como a cereja do cerrado, graviola, pera do campo e mangaba e animais nativos, como onça e cobra, estampam itens de beachwear e propostas urbanas. Da exuberância da palmeira buriti a delicadeza da flor do cerrado – além de referências, as flores e plantas também são representadas na cartela de cores: vermelho flamboyant, azul arara, rosa caliandra, verde mangada, entre outros. 

 

O trabalho manual reforça o diferencial das raízes nordestinas que refletem em detalhes exclusivos. Renda, crochet e bordado richilier complementam mangas, barrados e decotes. 

 

 

ÁGUA DE COCO

www.aguadecoco.com.br

@aguadecoco

  

O que você precisa saber sobre doação de sangue

Em comemoração à passagem do dia Nacional do Doador de Sangue, na próxima quarta-feira, especialista da Rede Ímpar responde 11 perguntas sobre doação de sangue


Na próxima quarta-feira (25) é comemorado o dia Nacional do Doador de Sangue. A data tem o objetivo de agradecer aos doadores e reforçar para a população a importância da doação de sangue. A data foi escolhida devido à proximidade das festas de final e de começo de ano, quando geralmente é necessária a reposição do estoque devido a acidentes e outros usos excessivos do material.

A coordenadora do programa de Transplante de Medula Óssea do Hospital Brasília Andresa Melo responde 11 perguntas sobre doação de sangue. Confira: 

 

1) Doar pode prejudicar a saúde?

Para doar sangue é necessário estar em boas condições de saúde. Desde que sejam respeitados os critérios necessários para aptidão a doação, não há danos à saúde do doador. 

 

2) Só maiores de idade podem doar sangue? 

Não. Porém, menores de 18 anos (a partir dos 16 anos) devem apresentar o formulário de autorização e cópia do documento de identidade com foto do pai, mãe ou tutor/guardião. 

 

3) Qual o peso ideal?

Para doar sangue é necessário pesar mais de 50 quilos.

 

4) Idosos podem doar sangue? Até quantos anos?

Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade. Entretanto, é necessário que idosos tenham realizado pelo menos uma doação de sangue antes dos 61 anos.

 

5) Doar engorda ou emagrece?

Doação de sangue não interfere no seu peso corporal.

                                              

6) Quais as principais doenças que contraindicam a doação sangue?

As principais contraindicações são: câncer, algumas doenças autoimunes, cirrose, diabetes, cardiopatias, doença renal crônica, hepatites virais (B e C), HTLV e HIV.

 

7) Mulheres podem doar sangue durante o período menstrual? 

Sim, desde que possuam sangramento menstrual normal e estoque de ferro adequado.

 

10) Quem tem piercing e tatuagem pode doar?

Pode, mas a pessoa precisa respeitar o intervalo de 12 meses, tanto para piercings quanto para tatuagens. Caso o piercing seja colocado na boca ou região genital, aguardar 12 meses após a retirada do acessório.

 

11) Mulheres grávidas ou que estejam amamentando podem doar? 

Gestantes não podem doar. Lactantes podem doar desde que o parto tenha ocorrido há mais de 12 meses e a candidata possua estoque de ferro normal. 

 


Hospital Brasília

Movimento Divabética promove Evento Gratuito de Conscientização no mês do Dia mundial do Diabetes

O mês de Novembro é considerado, em todo o mundo, o mês de conscientização sobre o diabetes. Condição que atinge hoje, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 16 milhões de brasileiros sendo que 50% das pessoas que tem não sabem. Assim, é preciso olhar com cuidado para essa questão!

O Movimento Divabética nasceu em 2017 com o propósito de acolher, conectar e informar as pessoas com diabetes, atuando na questão da aceitação da condição e da adesão ao tratamento, e vem desde então, cumprindo esse importante papel junto a essas pessoas, e todos que convivem ou se interessam pelo assunto, tanto em suas redes sociais (@movimentodivabetica), quanto em Palestras, Lives e Eventos que até então eram presenciais e agora estão sendo adaptados ao contexto do online.

Desta forma, no dia 27 de novembro, próxima sexta-feira, a partir das 18h30, acontece a 5ª edição do evento Divabética Experience Day que é uma iniciativa do Movimento Divabética, e esse ano, será Online e totalmente Gratuito. 

“Esta será uma oportunidade das pessoas que tem a condição se unirem, e aprenderem mais sobre o Diabetes, de uma forma leve e participativa.” diz Fabiana Couto, Fundadora do Movimento Divabética, Psicanalista e Palestrante.

E ela complementa “O evento será algo transformador na vida das pessoas que convivem com a condição, e que muitas vezes só precisam de um incentivo para darem uma virada em suas vidas e em seu tratamento. Assim aconteceu comigo quando conheci outras pessoas com diabetes. Eu convivo com o diabetes tipo 1 desde os 13 anos, e foi apenas quando, aos 27, comecei a me envolver mais em eventos como esse e ter o apoio de pessoas iguais a mim, que dei uma virada e comecei a me cuidar”.

Ela ainda diz que sua história foi o motivo que a inspirou a criar o Movimento e a realizar o Divabética Experience Day com a intenção de levar e possibilitar essa transformação a mais pessoas.

O evento foi planejado de forma a passar ao participante o sentimento de um evento presencial, e contará com estúdio ao vivo com poucas pessoas, e transmissão simultânea para a casa das pessoas. “Será um momento especial com palestras, atividades interativas com música e dança, sorteios e muita emoção e conexão, que são tão importantes, em especial nesse momento”, diz Fabiana



QUANDO: DIA 27/11 (SEXTA-FEIRA)

HORÁRIO: DAS 18H30 ÀS 22H30

EVENTO GRATUITO, Acesso Online apenas com inscrição prévia.

INSCRIÇÕES: www.divabeticaexperienceday.com.br

ACOMPANHEM NAS REDES: @movimentodivabetica

REALIZAÇÃO: Movimento Divabética

PATROCÍNIO: Bayer Brasil, Medtronic, Novo Nordisk e Cedraflon

APOIO: ADJ Diabetes Brasil, ADI, Diabetes Weekend, Metabólica, Momento Diabetes, Super Saudável Shopping, Agência Disrupção, Gothr, e 624 Estúdio

Estudo coordenado pela Unifesp mostra efeito da intensidade da atividade física na redução da mortalidade

 Trabalho realizado em parceria com universidades estrangeiras teve amostragem de quase meio milhão de pessoas


Estudo coordenado pelo Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), realizado com quase meio milhão de pessoas, em parceria com a Universidade de Wuhan (China), Universidade de Santiago do Chile (Chile) e a Universidade Europeia Miguel de Cervantes (Espanha), mostrou o efeito da intensidade da atividade física na redução da mortalidade. O trabalho foi publicado na renomada revista científica JAMA Internal Medicine no dia 23 de novembro de 2020.

Os benefícios dos exercícios físicos para prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, são amplamente conhecidos e disseminados. As recomendações sugerem que adultos devem acumular semanalmente, pelo menos, entre 150 e 300 minutos de atividade física de intensidade moderada - caminhadas, deslocamentos a pé ou de bicicleta - ou entre 75 e 150 minutos de atividade física de intensidade vigorosa - corrida, esportes, natação -, ou uma combinação equivalente das intensidades das atividades. No entanto, os benefícios da atividade física vigorosa em relação à moderada na redução da mortalidade ainda são poucos conhecidos.

Nesse sentido, os autores do estudo utilizaram dados do estudo The National Health Interview Survey, uma pesquisa de coorte com mais de 400 mil adultos para investigar se a realização de atividades físicas de intensidade vigorosa promovem maior redução na mortalidade quando comparadas com as moderadas. Para isso, os autores selecionaram adultos que realizavam alguma atividade física na semana e calcularam o percentual do total da atividade física realizados em intensidade vigorosa, variando de 0% a 100%. Nesse indicador, 100% significa que os adultos realizavam apenas atividade físicas de intensidade vigorosa, enquanto 0% apenas atividades físicas de intensidade moderada. Os principais resultados do estudo foram:

- Ambas intensidades de atividades física, moderada e vigorosa, estão associadas com menor mortalidade por doenças cardiovasculares, câncer e todas as causas.

- Para a mesma quantidade (volume) semanal de atividade física, participantes que realizaram um maior percentual do total de atividade física em intensidade vigorosa apresentaram menor mortalidade.

"Por exemplo, adultos que realizaram de 50% a 75% do total de atividade física semanal em intensidade vigorosa tiveram uma redução de 17% na mortalidade por todas as causas, quando comparados aos adultos que realizaram apenas atividades físicas
de intensidade moderada", relata o coordenador da pesquisa e professor da Unifesp, Leandro Rezende.


O papel das tecnologias no combate à segunda onda de Covid-19

As ferramentas eletrônicas que fizeram a diferença para evitar um número ainda maior de vítimas do coronavírus seguem indispensáveis


Após a comprovação do aumento de casos na Europa nos últimos meses e volta do lockdown em diversos países do continente, é a vez do Brasil encarar a crescente de infectados e uma provável segunda onda da pandemia de Covid-19. Diferentemente da primeira - que nunca cessou de fato, dessa vez estamos um pouco mais preparados e adaptados ao isolamento social e às tecnologias que fizeram com que não precisássemos nos expor em idas ao mercado e, inclusive, ao médico.

Cadu Lopes, CEO da Doctoralia (https://doctoralia.com.br), maior plataforma de agendamento médico do mundo, explica como funcionam as tecnologias que facilitaram a vida de profissionais e pacientes durante o primeiro ápice da pandemia e como elas seguem sendo importantes para a segunda onda e, inclusive, no pós-pandemia.


Telemedicina

A ferramenta é destaque desde março de 2020, quando seu exercício foi autorizado e regulamentado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde como medida emergencial. Com ela é possível realizar consultas sem sair de casa, com diversos profissionais de saúde, e obter diagnósticos precisos sem necessidade de exposição em uma clínica ou hospital, os ambientes mais temidos pela população em 2020.

Por ter sido aprovada às pressas, muitas pessoas ficaram receosas e estranharam esse formato de consulta. Porém, oito meses depois, a aderência comprova a eficácia dessa ferramenta que já era estudada e esperada pelo sistema e profissionais de saúde brasileiros há alguns anos.

Na Doctoralia já são mais de 500 mil teleconsultas realizadas desde a liberação e 15 mil profissionais de saúde atendendo via plataforma nessa modalidade. Nosso serviço de telemedicina garante a proteção dos dados pessoais, pois segue o padrão americano de criptografia avançada AES e está de acordo com a General Data Protection Regulation - GDPR, a Lei Geral de Proteção de Dados europeia, e a Health Insurance Portability and Accountability Act - HIPAA, a Lei de Portabilidade e Responsabilidade de Seguros de Saúde.

Além disso, o app permite que pacientes salvem seus médicos favoritos com um único clique, permitindo que criem e organizem seu time de saúde para consultas por especialidade.


Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP)

Longe de ser novidade, o PEP é uma ferramenta bem disseminada em clínicas e hospitais ao redor do país. Seu objetivo é que toda e qualquer informação útil sobre o histórico médico do paciente, independente do hospital e localidade do Brasil em que ele vá utilizar o serviço de saúde, esteja disponível. Aprimorando diagnósticos e evitando repetição desnecessária de exames, por exemplo.

Tivemos que correr contra o tempo para que nosso software evoluísse na velocidade exigida pela pandemia. Além da agenda médica e histórico de consultas, incorporamos as seguintes funcionalidades:

• Área para registro de diagnósticos, antecedentes e medicamentos.

• Importação da base de pacientes de documentos em formatos .csv ou .xls.

• Possibilidade de anexar arquivos, como resultados de exames e imagens.

• Emissão de atestados e prescrições digitais.


Prescrição eletrônica

Recomendada pelos mais importantes órgãos de saúde do Brasil, Anvisa, Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina e Conselho Federal de Farmácia, está diretamente ligada às tecnologias anteriormente citadas. É um diferencial no prontuário eletrônico e a conclusão da telemedicina.

Um benefício principalmente ao paciente, não só por nos poupar da temida "letra de médico", mas por evitar a necessidade de exposição quando há prescrição de medicamentos controlados, principalmente para os idosos. Hoje, as grandes redes de farmácia aceitam prescrição eletrônica para a entrega de remédios a domicílio. É outra realidade que esperamos manter no pós-pandemia.

Por mais que essas e outras tecnologias, voltadas ou não à área da saúde, estejam em alta agora, elas não foram pensadas ou desenvolvidas da noite para o dia. São anos de um trabalho sério e pautado, inicialmente, na segurança do paciente e consumidor. O papel dessas ferramentas é trazer mais qualidade de vida para ambos os lados, estejamos dentro ou fora de uma pandemia.


App para pacientes

A ferramenta fortalece ainda mais o propósito global da Doctoralia: encurtar o tempo de dor do paciente e tê-lo no centro do cuidado. O aplicativo é uma extensão do site e ganhou uma nova versão na pandemia. A novidade facilita os cuidados com a saúde e permite que o paciente faça suas escolhas com autonomia e segurança.

Além de agendar uma consulta pelo smartphone de forma rápida e fácil, é possível ler as opiniões de outros pacientes, o que possibilita encontrar o profissional com melhor classificação na área buscada. E por meio do chat, o paciente pode esclarecer suas dúvidas de forma direta e imediata com o profissional de saúde, antes ou depois da consulta, além de poder enviar ou receber imagens e resultados de exames. A gestão da consulta fica totalmente sob o poder do paciente: confirmação, alteração ou cancelamento do compromisso. O novo App permite ainda verificar a localização exata do consultório e abrir diretamente no aplicativo de mapas do celular para encontrar o melhor trajeto.


Casos de infarto aumentam mais de 30% durante pandemia

Estresse e medo excessivo são algumas das causas mais significativas para o crescimento


 

De acordo com o Portal da Transparência, desenvolvido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), os casos de infarto aumentaram 31% desde o início da pandemia mundial de coronavírus no Brasil.

 

De acordo com o relatório, existem duas causas primárias para tal índice: medo da pandemia e a falta de acompanhamento médico ao sentir os primeiros sintomas do problema. Gilmar Reis, cardiologista, diz que muitas pessoas deixaram de visitar o médico durante o período de quarentena. “Foi possível perceber essa diminuição dos pacientes. O pânico no início da pandemia fez muitas pessoas abandonarem, até mesmo, tratamentos em andamento”, alerta o médico. 

Dessa forma, pessoas que já possuíam predisposição tiveram os sintomas agravados pelo estresse e medo do período. Enquanto isso, outros hábitos também foram responsáveis por aumentar os riscos. “A ansiedade por si só pode aumentar a necessidade de consumir alimentos perigosos para a saúde, com muita gordura e sal, por exemplo. Na quarentena também houve aumento do sedentarismo, fatores principais para o desenvolvimento de diversas doenças cardiovasculares”, afirma.

 

Como prevenir

O principal nesse momento, segundo Gilmar, é conscientizar as pessoas que a visita regular ao médico continua importante e oferece muito mais saúde do que risco. “Seguindo os protocolos estabelecidos de segurança no deslocamento, é possível continuar frequentando o médico para os exames e avaliação de rotina necessários. Caso tenha qualquer alteração, será possível identificar o quanto antes. Enquanto isso, em qualquer sinal incomum como dor no peito, palpitação, dor de cabeça muito forte, o ideal é buscar o médico com prioridade”, cita.

Além disso, uma das maneiras de combater a doença é adotar hábitos mais saudáveis. “Boa alimentação, evitar o uso excessivo de álcool, não fumar e praticar exercícios físicos são itens essenciais”, complementa Gilmar.

 

 

Fonte: Gilmar Reis, Cardiologista e especialista em Clínica Médica e Medicina Intensiva, é pesquisador e coordenador do Centro de pesquisa Clínica CARDIOLAB (@dr_gilmarreis).


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