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terça-feira, 17 de novembro de 2020

Oito em cada dez brasileiros das classes C e D pretendem consumir na Black Friday, aponta pesquisa da Superdigital

 Intenção de compras é 14 pontos percentuais maior que a do ano passado


38% devem gastar mais de R$ 1 mil


TV e eletrodomésticos são os itens de preferência de compra para 35%

 

Depois de meses difíceis e de consecutivas quedas no indicador que mede as vendas no varejo, devido a pandemia, o comércio espera ansioso pela Black Friday. E, de acordo com pesquisa da Superdigital – fintech do Grupo Santander com foco em inclusão financeira, com mais de 1,6 milhão de contas ativadas – a data deverá apresentar melhor resultado este ano quando comparado a igual período de 2019, pelo menos entre os consumidores das classes C e D.

A pesquisa da Superdigital ouviu 1.339 pessoas entre os dias 4 e 8 de novembro, em todas as regiões do Brasil, e revelou que 82% dos consumidores das classes C e D pretendem aproveitar as promoções de Black Friday.


Você pretende comprar algo na Black Friday deste ano?


O número é 14 pontos percentuais maior ante o registrado no ano passado, quando a pesquisa indicou que apenas 68% dos consumidores dessas classes sociais pretendiam comprar na data.

Quando perguntados sobre os valores que estão dispostos a gastar neste ano, 38% dos participantes disseram R$ 1 mil, 29% disseram que os gastos deverão ficar entre R$ 500 e R$ 1 mil e 22% apontaram entre R$ 200 e R$ 500. Outros 11% dos entrevistados devem limitar as compras em até R$ 200.

Quanto você pretende gastar?

Entre os itens mais desejados neste ano estão TVs e eletrodomésticos, com 35% das intenções de compras; aparelhos celulares (25%); vestuário e acessórios (16%); e viagens (2%). Já 22% responderam que devem comprar outra coisa.


O que você pretende comprar?

 O levantamento da Superdigital mostrou também que as compras pela internet têm ganhado cada vez mais destaque entre os consumidores, já que metade dos entrevistados prefere este canal.


Onde pretende comprar?

Quando questionados sobre a forma de pagamento, 35% dos respondentes informaram que vão pagar no cartão de crédito, 33% no parcelado, 29% à vista, e 3% no cartão pré-pago.


Como pretende pagar?

 A pesquisa também indicou que parte relevante dos consumidores das classes C e D (83%) pesquisam os preços dos produtos que pretendem comprar para saber se o valor na Black Friday significa mesmo uma boa promoção.


Você está pesquisando o preço antes para saber se realmente os valores estarão mais baratos na data da compra?

 De acordo com Luciana Godoy, CEO da Superdigital, as vendas neste ano devem superar facilmente as expectativas registradas no ano passado. “Com a pandemia, muitas pessoas, com medo do futuro financeiro, da perda de emprego, adiaram as compras e devem aproveitar a data. Somado a este cenário, vemos que os brasileiros têm visto boas oportunidades na Black Friday e estão mais dispostos a gastar”, afirma a executiva.

“A pandemia também acelerou alguns processos em curso. Um deles é o consumo pela internet e aplicativos. A digitalização dos pagamentos está cada vez mais presente no dia a dia dos brasileiros e as ferramentas de inclusão financeira, como a Superdigital, têm sido importantes neste cenário de mudança”, completa Godoy.

 


Superdigital

www.superdigital.com.br

 

Indústria brasileira de insumos farmacêuticos alerta para falta crônica de produtos que irá comprometer os programas de Governo na área da Saúde

Com capacidade produtiva instalada, setor se diz capaz de contribuir de forma decisiva para redução da dependência nacional no fornecimento de insumos ativos para a produção de medicamentos


A experiência da pandemia trouxe à tona um cenário de dependência vivido pelo Brasil há décadas. A indústria farmacêutica brasileira, apesar de produzir mais de 70% dos medicamentos consumidos no país depende de insumos farmacêuticos importados. 

Atualmente, impressionantes 85% a 90% dos insumos ativos são importados de fornecedores diversos, notadamente chineses e indianos, que respondem pelo fornecimento de 74% dos laboratórios brasileiros. Em 2019, o déficit na balança comercial do segmento foi de US$ 2,3 bilhões. 

“É necessário estabelecer uma política pública para diminuir brutalmente essa dependência de produtos absolutamente essenciais para a população brasileira. Com a possibilidade do ressurgimento de outras situações de risco na área da saúde, precisamos aprimorar a capacidade produtiva e tecnológica do setor", afirma o presidente do Conselho da ABIQUIFI- Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos- José Correia da Silva.   

Desde o início da pandemia da Covid-19, o mundo - com ênfase o Brasil - se viu na triste situação de total dependência de insumos farmacêuticos. Um apavorante colapso de produção e fornecimento da China e da Índia levou a perda de milhares de vidas pela pura e simples falta de insumos, equipamentos e materiais de uso médico.   

Não se tratou de produtos e equipamentos novos de última geração. Trata-se de insumos farmacêuticos com mais de 70 anos de descoberta e uso, equipamentos pouco sofisticados e materiais tão triviais, como máscaras e aventais.  

No Brasil, além dos produtos mais comuns, desde o início da pandemia, se registra a falta dos insumos farmacêuticos para entubação, tratamento de distúrbios do sistema nervoso central e, mais recentemente, de oncológicos biofarmacêuticos.   

“De pouco adianta uma super indústria farmacêutica sem acesso a insumos que possam gerar medicamentos. Por que um país que na década de 1980 produzia mais de 50% de suas necessidades de insumos farmacêuticos  ativos,  agora,  é tão dependente da importação dos mesmos que já foram produzidos localmente?”, indaga Correia.  

O parque fabril brasileiro, que produzia e exportava - com cerca de 50 instalações fabris -, vitaminas, hormônios, antibióticos, mesmo antes dos atuais fornecedores, foi dizimado pela busca desenfreada de margens e pela inércia de Governos que não entenderam a importância de manter produções estratégicas de insumos farmacêuticos, facilitando por diversos canais (tributário, financeiro e, principalmente, regulatório) a avalanche de importação que quase destruiu o parque fabril de nosso país.  

Após o desmonte geral da indústria brasileira nos anos 1990 e início deste século, tímidas, raras e, algumas vezes, equivocadas políticas de governo foram estabelecidas na tentativa de reduzir esta dependência. Todas, focalizadas na redução dos preços dos medicamentos, fracassaram no sentido de reduzir a dependência de insumos.   

Se por um lado reforçaram a capacitação técnica e financeira das empresas produtoras de medicamentos, pouco ou nada fizeram para a redução da dependência dos insumos, o que rapidamente transformou a cadeia farmacêutica em um grande importador, tanto de insumos  quanto de medicamentos terminados.   

No Brasil, infelizmente, apesar de ainda mergulhados no intenso combate à falta crônica de vários produtos e sob o risco absolutamente presente de default dos produtores estrangeiros dos mesmos, ainda não se vislumbra um projeto de curto, médio e longo prazos para, efetivamente, dotar o país de capacidade produtiva estratégica para enfrentar estes problemas de escassez que, exacerbados pela pandemia, já vêm de muito tempo constrangendo a execução de políticas públicas de saúde.   

“Ou já nos esquecemos da escassez de Penicilina Benzatina (insumo do medicamento Benzetacil) – molécula em que o Brasil foi grande produtor, exportador e continua grande usuário em programas de saúde pública – ou de dezenas de produtos utilizados em tratamentos contínuos no Brasil? E o fato de que não são produzidos sequer um grama de nenhum antibiótico de uso humano no país?”, reflete Correia.  

Se o Brasil vem falhando já por três décadas na prevenção dessa gigantesca dependência, é hora de se debruçar sobre o problema e, efetivamente, corrigir esta anomalia que pode prostrar a nação pela simples falta de produzir algo para o qual detém tecnologia, recursos humanos e mercado adequados.   

Para que haja redução da dependência na importação de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFA’s), é preciso um esforço conjunto, com participação do Governo e da iniciativa privada e exigirá uma regulação sanitária que traga isonomia regulatória e fomente o uso de IFA’s fabricados no Brasil, a fim de fortalecer o setor e diminuir a dependência brasileira na pesquisa, desenvolvimento e fabricação de novos insumos.  

 

Brasileiros são a nacionalidade mais atenta aos preços e promoções na hora de pesquisar e planejar uma viagem após a pandemia

Segundo pesquisa da Booking.com, impacto da pandemia fez os turistas valorizarem ainda mais o custo-benefício de uma viagem


A pandemia afetou o mundo inteiro e, à medida em que restrições forem suspensas, os viajantes brasileiros passarão a exigir um custo-benefício e segurança maiores na hora de planejar suas viagens futuras. É o que aponta uma pesquisa* da Booking.com: no Brasil, 8 em cada 10 viajantes (84%) ficarão mais atentos aos preços na hora de pesquisar e planejar uma viagem após a pandemia, enquanto 78% esperam que as empresas de viagem os ajudem com planos futuros de viajar por meio de descontos e promoções. Em ambos os casos, os brasileiros ocupam a primeira colocação entre as 28 nacionalidades pesquisadas.

A América Latina, inclusive, será a região com mais viajantes preocupados com preços, pois, além dos números referentes aos brasileiros, 77% dos colombianos, 76% dos mexicanos e 74% dos argentinos estão de olho nos valores. Mas, viajantes da Ásia não ficam atrás quando se trata de atenção aos custos, já que os tailandeses (78%) e vietnamitas (76%) também pretendem priorizar os preços. Os viajantes com menos probabilidade de se importar com valores são os da Dinamarca (34%), Países Baixos (37%) e Alemanha (38%).

Como a economia é um dos principais fatores, a escolha de destino também vai mudar, e muitos lugares desejados terão que ficar para outro momento. Afinal, quase metade (46%) dos viajantes brasileiros dizem que preferem fazer uma viagem com desconto para um lugar que talvez não tivessem escolhido em vez de pagar mais caro por um destino dos sonhos.

Também haverá uma ênfase maior em viagens a curto prazo, com 6 em cada 10 (63%) viajantes brasileiros afirmando que vão preferir fazer uma viagem que podem pagar imediatamente em vez de economizar para fazer uma viagem dos sonhos, porém incerta. Em meio aos demais países consultados, o Brasil fica apenas atrás da Tailândia (72%) e do Vietnã (68%) quando o assunto é a priorização de preços a curto prazo.

No entanto, a exigência de um bom custo-benefício vai além do preço. O desconforto com a ideia de ter que cancelar uma viagem significa que a flexibilidade será um ponto crítico para 82% dos viajantes brasileiros. Eles afirmam que, para melhorar o custo-benefício, as plataformas de viagem precisam de mais transparência nas políticas de cancelamento, processos de reembolso e opções de seguro-viagem.

 


*Pesquisa encomendada pela Booking.com e realizada com um grupo de adultos que viajou a lazer ou a trabalho nos últimos 12 meses, e que planeja viajar nos próximos 12 meses (se/quando as restrições de viagem forem suspensas). No total, 20.934 entrevistados em 28 mercados responderam a uma pesquisa online em julho de 2020.


"Pedagogia de TikTok" vira tendência durante pandemia

Professores adotam plataformas que vão das redes sociais a programas de simulação utilizados pelo MIT para estimular o aprendizado


Quando, em março, as aulas foram suspensas devido à pandemia de Covid-19, o professor Thuann Wueslley Medeiros, que leciona para a 1ª série do Ensino Médio do Colégio Positivo - Joinville, sentiu que precisaria de mais do que apenas a criatividade para despertar o interesse dos alunos nas aulas on-line. Separados por algumas telas de distância, os estudantes tinham à disposição uma infinidade de opções mais atraentes que o conteúdo de Biologia, por mais dedicado que fosse o professor. 

Para ganhar a atenção e, mais que isso, o interesse de sua plateia agora virtual, Medeiros foi buscar na tecnologia e nas redes sociais a inspiração para continuar ensinando os conteúdos em plataformas que os adolescentes já utilizam diariamente para o entretenimento. Com o celular na mão, passou a produzir alguns vídeos sobre biologia para o TikTok. “Hoje em dia chamar a atenção da garotada está se tornando cada vez mais difícil, por isso acredito que explorar as novas tecnologias é super importante para chegar um pouco mais próximo dessa galera e da linguagem que eles estão acostumados a usar”, explica.

Com mais de dois mil seguidores na rede, o professor compartilha conhecimentos usando a estética de vídeo que conquistou os mais jovens por lá. O aplicativo, que tem mais de 100 milhões de usuários, é uma plataforma de vídeos curtos em que os desafios são muito populares.

 

TikTok para todas as idades

Mas ele não é o único que descobriu no TikTok uma maneira de manter o foco dos estudantes durante a quarentena. Luciane Denise Gualdezi trabalha com Educação Infantil no Colégio Positivo - Master, em Ponta Grossa. Não demorou para que ela entendesse que só teria a participação da turminha, na faixa dos cinco anos, se estivesse onde eles gostavam de estar. Assim, ela também aderiu à plataforma para abordar alguns conteúdos.

Foi com um desafio que a professora conseguiu um engajamento surpreendente da turma. “A aula era sobre óculos e, para ser mais atrativa, eu disse que seriam óculos mágicos. Coloquei os meus e mostrei que, com eles, eu podia estar em um reino de princesas, com os dinossauros ou no Egito antigo. Editei e passei para os alunos, que depois precisavam gravar um vídeo para me mostrar o que eles imaginavam com os óculos deles”, conta.

Outra adepta do TikTok é a professora Vanessa Antunes Marinho Rodrigues, que trabalha com o 1º ano no Colégio Positivo - Jardim Ambiental. “Quando trazemos ferramentas diferentes, proporcionamos uma ampliação da visão dos estudantes. Existem outras formas de vivenciar os conteúdos. Assim, a aula se torna mais atrativa, mais interessante e mais significativa”.

 

Simulação nível Harvard

Além do aplicativo mais comentado no momento, o professor Medeiros começou a trabalhar com os estudantes utilizando o Labster, uma plataforma on-line que simula situações de laboratório e é usada por instituições de renome internacional como o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Universidade de Harvard. “Como a disciplina conta com aulas práticas, foi interessante levar esse cenário virtual aos alunos. Por ser uma forma dinâmica e interativa de aprendizado, eles têm um desafio ainda maior”, explica o professor.

No Labster estão disponíveis conteúdos digitais não apenas da área da Biologia, mas também de Química, Física, Medicina e Engenharia. Dentro dos materiais de simulação da seção de Biologia estão mitose e meiose, hematologia e clonagem molecular. Dessa forma, os estudantes podem ter uma ideia melhor de como os processos biológicos acontecem, fixando o conteúdo com mais facilidade.

 

Luz, câmera, ação

Por sua vez, o professor Leonardo de Araujo, que leciona para crianças e adolescentes do sexto ao nono ano do Colégio Positivo, lançou mão de um recurso há muito utilizado pela indústria do cinema, o chroma key. De costas para um fundo verde, ele passou a dar aulas não mais na sala de casa, mas em ambientes tão diversos quanto uma caverna, o fundo do mar ou uma metrópole movimentada.

“Os recursos audiovisuais não servem apenas para um fim estético, mas para fazer o olho da criança brilhar enquanto ela está em casa. Servem para que ela se sinta em um ambiente de aprendizado, mesmo que isso saia do físico e vá para a imaginação”, avalia. Além de seu inseparável chroma key, Araujo também adquiriu uma mesa digitalizadora e, com ela, passou a desenhar durante as aulas.

 

Snap Camera

Sempre que Patricia Zettel começa uma aula, seus alunos do Infantil V do Colégio Positivo - Jardim Ambiental já ficam esperando para ver o que vai aparecer no rosto da professora. Desde que as aulas on-line começaram, ela passou a utilizar regularmente o Snap Camera, aplicativo dos mesmos criadores do Snapchat que permite a aplicação de filtros e outros recursos visuais. “Há alguns dias, eu estava dando uma aula sobre aracnídeos e aí coloquei uma aranha no meu rosto. As crianças acham o máximo, participam muito mais da aula”, conta.

Dedicada a encontrar formas lúdicas de desenvolver os conteúdos e, ao mesmo tempo, tornar mais leve este momento complexo para a Educação, Patricia também usa plataformas de jogos durante as aulas. Ela garante que, depois de um período de adaptação, hoje estão todos habituados a esses recursos. “Dependendo das brincadeiras, posso escutar os pais dando risada junto”, diverte-se.

 

Vinte mil léguas sem sair de casa

Se a tecnologia é uma ferramenta nova e poderosa para transportar as crianças para outras realidades e garantir um aprendizado mais sólido, a professora Crisleine Nóbrega, que leciona para o 4º ano do Ensino Fundamental, descobriu que a imaginação continua sendo uma aliada tão poderosa quanto. Usando recursos de vídeo, ela decidiu dar suas aulas por meio de viagens virtuais.

Ainda que, neste momento, levar sua turma fisicamente para outros lugares não seja possível, a professora partiu para uma abordagem interdisciplinar que conta com muita imaginação e uma boa pitada de tecnologia. “Eu monto roteiros de avião e consigo englobar muitos conteúdos. Por exemplo, vamos viajar pela tela para observar o relevo do Brasil, então vou colocando as imagens da planície, do planalto, das montanhas. Exploramos os sotaques, os biomas, a história de cada lugar”, explica.

Dessa forma, Crisleine tem conseguido a participação mesmo de alunos que costumavam ser mais quietos nas aulas presenciais. “Eu percebo que algumas crianças, que são muito tímidas na escola, falam bastante no ambiente virtual, se soltam, se expressam e aprenderam muita coisa neste período”.

De todas as experiências, uma conclusão é unanimidade: a pandemia possibilitou uma verdadeira revolução nas aulas desses professores, que agora garantem que vão continuar utilizando esses recursos mesmo depois que ela passar. “Ironicamente, a tecnologia está aí para deixar a aula mais humana”, completa o professor Leonardo. 


Saiba quais são os 4 maiores vilões do engajamento

Nas redes sociais, mais importante do que a quantidade de seguidores é o engajamento. Afinal, pouco importa se você possui muitas pessoas te seguindo, se não há uma interação constante entre vocês. O engajamento é mais do que essencial para se tornar um influenciador de sucesso. Pensando em te ajudar, a Non Stop, maior agência de influenciadores digitais da América Latina, lista os quatro maiores vilões que podem estar te atrapalhando neste processo. 


Não levar em conta a sua ‘persona’


Obviamente é essencial produzir conteúdos diariamente, mas isso deve ser feito com muita responsabilidade. Conheça bem o seu público e entenda com quem está falando para ser o mais assertivo possível ao levar assuntos realmente relevantes. Isso se aplica também ao fechar parcerias com marcas: é necessário pesquisar e entender se os valores daquela empresa condizem com os seus, e se o público percebe se existe ou não sentido naquela divulgação. 


Ignorar a participação dos seguidores


Esse é um erro que tanto influenciadores quanto marcas seguem cometendo. Não importa se a página possui poucos ou muitos seguidores, é necessário interagir o máximo possível com todos. O público não pode, nunca, se sentir ignorado: dê atenção, curta e responda comentários. Além disso, ofereça outros tipos de interação, seja por meio de vídeos ou stories. 


Não monitorar seus resultados


A partir do momento que as suas redes sociais são uma ferramenta de trabalho, é necessário controlar resultados e estabelecer metas. Ou seja, observe e tenha controle de tudo o que é publicado, assim saberá quais conteúdos geram mais engajamento, qual o perfil da maior parte do seu público, o local que você tem mais retorno, entre outras informações. Com isso, conseguirá fazer previsões e estabelecer metas. 


Não investir em anúncios


Os anúncios são uma importante estratégia de marketing digital. Quando você não possui esse tipo de investimento, as campanhas alcançam menos pessoas, dão menos retorno e, consequentemente, não são eficientes nem para você, nem para as marcas. 

 

Black Friday: Saiba como se proteger de fraudes e entenda quais são seus direitos

Evitar compras em lojas desconhecidas que não possuem CNPJ reduzem riscos de golpes, aponta o advogado e professor, Leandro Nava


Em ano de pandemia, a chegada da Black Friday (27 de novembro) é esperada pelo setor de comércio como uma forma de levar novo fôlego às vendas. No Brasil, no entanto, a data tem trazido não apenas descontos aos consumidores, mas também muitas dores de cabeça. Nas edições anteriores, as principais reclamações coletadas pelo Procon foram as de propaganda enganosa, pedido de cancelamento da compra pela empresa logo após a finalização do pedido e maquiagem de desconto (quando desconto oferecido sobre o preço do produto/frete não é real). Um risco adicional vem com as compras on-line, que devem se intensificar em 2020, devido às recomendações de isolamento social por conta da Covid-19.

O especialista em Direito Civil e sócio do escritório Nava Advogados, Leandro Nava, dá dicas sobre como evitar golpes e prejuízos nesse período. Confira: 



Uma loja pode anunciar preços diferentes para vendas na internet e na loja física?

Leandro Nava: Sim, além da possibilidade dos preços serem diferentes entre lojas físicas e digitais, pode acontecer também da diferença ocorrer entre lojas físicas da mesma rede. Isso ocorre por diversos motivos, como quantidade dos produtos em estoque, localização da loja, interesse da população em determinado produto ou devido à própria estratégia de marketing do fornecedor. Logo, esta prática de diferenciação de preços é comum durante todo o ano e não é ilegal. 



O consumidor pode desistir de uma compra?

Leandro Nava: Depois de finalizado o procedimento de compra fora do estabelecimento, como por exemplo, internet, telefone ou catálogo, o consumidor pode desistir das compras realizadas em até sete dias corridos contados da data do recebimento do produto ou serviço adquirido, devendo ser ressarcido, sem qualquer custo, pelo valor pago. A empresa precisa fornecer opções de cancelamento e trazer informações claras para isso.
Por outro lado, as compras em lojas físicas não permitem essa possibilidade, sendo assim, a recomendação é que o consumidor faça compras conscientes. 



Como saber da reputação da empresa que quero comprar?

Leandro Nava: É recomendado que os consumidores façam pesquisas em sites seguros e que tragam ranking de reclamações, como o próprio Procon e o www.consumidor.gov.br, pois estas pesquisas podem trazer informações importantes e evitar dores de cabeças futuras, como dificuldade na entrega, por exemplo. 



Como saber se o preço cobrado por um produto é realmente promocional?

Leandro Nava: O ideal é que o consumidor antecipe sua pesquisa em semanas ou até meses, para ter uma ideia do valor médio daquele produto, para que possa acompanhar toda movimentação nos preços e identificar se os descontos oferecidos no dia da Black Friday condizem com o histórico de preços anteriores ou se são pegadinhas. 



Como não cair em pegadinhas com preços muito baixos ou com descontos absurdos?

Leandro Nava: Os consumidores precisam, além de realizarem pesquisas em sites seguros e nos demais sites de orientação ao consumidor, verificar se as lojas possuem Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC ou outros canais de atendimento e reclamações. O ideal é evitar lojas desconhecidas e que não possuem CNPJ, por mais tentadores que os preços possam parecer.

Outro cuidado a ser tomado é verificar e ficar atento a todo o procedimento durante as compras virtuais, observando cada passos até sua efetiva finalização, isto porque em algumas lojas o preço pode aumentar em alguma etapa, com a oferta de novos serviços, como frete, seguro, garantia estendida etc., ficando o valor maior do que aquele ofertado, sinalizando uma espécie de pegadinha, na qual os clientes mais empolgados podem cair.




FONTE: Leandro Caldeira Nava é advogado, sócio do escritório Nava Advogados. Mestre em Direito, Pós-Graduado em Direito de Família e Sucessões e Direito Civil. É professor convidado de Pós-Graduação do SENAC, professor de Graduação na UNIFMU; professor convidado no curso Federal Concursos; Diretor da Caixa de Assistência aos Advogados de São Paulo - CAASP (2019/2021); palestrante da Comissão de Cultura e Eventos da OAB/SP. Foi presidente Estadual da Comissão da Jovem Advocacia da OAB/SP (2016/2018).

O FUTURO DA DIREITA

É errado subestimar o estrago produzido no inconsciente coletivo dos brasileiros pelos longos anos em que lhes foram servidas doses diárias de veneração ao Estado como provedor de bem estar material mesmo que ele apenas disponibilize gotas diárias de esperança e placebo. Uma e outra não perdem validade mesmo que nossas grandes cidades engrossem seus cinturões de miséria escalando morros e afundando em baixios insalubres.

Ao longo das últimas décadas, a direita foi cooptada pelas duas esquerdas que repartiam entre si, e com ela mesma, o butim chamado Brasil. O trabalho em busca da hegemonia, no entanto, era consignado de modo quase exclusivo à esquerda. Eventos como os Fóruns da Liberdade promovidos pelo IEE circunscreviam-se a Porto Alegre e não se multiplicaram, como deveriam, em centenas de outros, Brasil afora. A formação de opinião é inconstante e dependente de iniciativas desconexas. Eventos conservadores são de inspiração e motivação recente, surgindo como tiros de pistola sinalizadora de afundamento da embarcação. Nacionalmente, partidos identificados com a direita pagavam caro pelos estigmas que insidiam sobre ela, mas se saciavam no centrão.

A vitória de Bolsonaro colocou na cabeça de muita gente que o terreno estava arado e semeado para que conservadores e liberais completassem, nas bases municipais, a transição do poder para outras mãos. Mas não é assim que a política funciona. Mesmo num arremedo de democracia como o nosso, o sucesso eleitoral, o voto na urna, multiplicado e transformado em fonte de poder político, demanda um conjunto indispensável de condições. Entre elas incluem-se lideranças reconhecidas, trabalho consolidado, arregimentação, captação de recursos, marketing político, mensagens sedutoras insistentemente repetidas, formação de dirigentes e de militância, candidatos preparados, conhecimento dos adversários e dos parceiros com suas forças e habilidades. E por aí vai.

Porque as coisas são assim, a decadência do PT não retirou substância da mensagem que logo foi apropriada pelo PSOL, principal beneficiário do petismo desiludido. Esteve visível, durante os últimos anos esse processo crescente de transferência. O Rio Grande do Sul e sua capital, onde vivo e escrevo, é um palco onde esse show tem sido objeto de sucessivas reapresentações.

Eleger alguém pelo voto majoritário pode ter uma infinidade de causas, inclusive muitas meramente circunstanciais. No entanto, a formação de uma consistente representação parlamentar, verdadeira expressão de poder político, jamais será fruto da árvore do acaso. Quando o terreno do plantio está tomado pelo inço da mistificação e da demagogia, pelos chavões e narrativas semeados pelos adversários, o trabalho precisa ser ainda mais intenso.

 



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.


Saiba o que envolve um segredo comercial

 Sigilo abrange fabricação, indústria e, ainda dados que impactam no comércio


Nem todas as "descobertas" são tão protegidas por meio de patentes como a intocável fórmula da Coca-Cola, considerado o segredo comercial mais famoso do mundo

De acordo com a advogada Roberta Minuzzo, especialista em propriedade intelectual, e sócia da DMK Group, empresa que atua na representação de milhares de pessoas, sejam elas, físicas ou jurídicas, que desejam proteger seu patrimônio, somente dois funcionários da companhia saberiam o conteúdo da poderosa fórmula, inclusive, eles estariam desautorizados a realizarem viagens na mesma aeronave, pois, em caso de acidente aéreo, o segredo estaria preservado. “Esse fato foi divulgado amplamente pelos meios de comunicação. Também já foi veiculado que a fórmula já teria sido mantida sob sigilo nas dependências de um banco, dentro de um cofre, o qual poderia ser aberto somente após uma decisão do Conselho de Administração da Coca-Cola Company”, destaca.

A verdade, segundo a advogada, é que essas informações jamais serão confirmadas ou reveladas, porque trata-se de um segredo de negócio, mantido sob alto sigilo e proteção.  “Qualquer informação confidencial que forneça à empresa uma vantagem competitiva, pode ser considerada um segredo comercial e abrange dados da fabricação, indústria e, ainda, de comércio”, aponta Roberta.

A tutela do trade secret está assegurada na proporção em que as pessoas físicas e jurídicas terão a possibilidade de evitar que informações legalmente sob seu controle sejam divulgadas, adquiridas ou usadas por terceiros, sem o seu consentimento. “O uso das informações, por pessoas que não estejam devidamente autorizadas, constitui prática ilícita e uma violação do segredo comercial”, explica a advogada.

Geralmente, os segredos comerciais incluem método de venda, de distribuição, perfis de consumidores, estratégicas de publicidade, listas de fornecedores e clientes, processos de fabricação, dentre outros. Mas diferentemente das patentes, esse sigilo é protegido sem registro, e consequentemente, não há limite de tempo para esta proteção. “Muitas empresas guardam informações em cofres de bancos, para garantir que estejam seguras e que ninguém tenha acesso”, revela a advogada.

Outra marca que provavelmente possui segredo comercial é o Mc Donald´s, em relação ao seu famoso molho especial. Entretanto, Roberta explica que nem todas as informações podem ser consideradas como segredo comercial. “Essa possibilidade abrange algumas condições específicas”, conclui.

 



Roberta Minuzzo - advogada e graduada em direito pela Universidade Luterana do Brasil. Possui especialização em Propriedade Intelectual pela (PUCRS) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, além de ter cursado Direito PenaI e Processual Penal no IDC – Instituto de Desenvolvimento Cultural. A especialista em Propriedade Intelectual também faz parte da Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial (ABAPI) e a Associação dos Criminalistas do Rio Grande do Sul (ACRIERGS).  Recentemente, assumiu o encargo de colunista e conselheira no portal de negócios MD1 Lead, projeto fundado por Franco Scornavacca (o Kiko do KLB) e Francine Pantaleão. Atualmente, mora nos Estados Unidos. 

 https://dmk.group/  

Enem 2020: Confira os temas que podem cair na redação desse ano

Com as mudanças provocadas pela pandemia, vestibulandos enfrentam o desafio de se adaptar aos novos formatos de preparação e de prova


Faltando menos de 90 dias para o Enem, prova que serve como principal porta de entrada para o Ensino Superior no país, escolas e cursos pré-vestibulares procuram novas estratégias para se adaptar às mudanças do exame, que este ano sofreu alterações na data e conta com um novo formato de prova. Além de ser adiado para o mês de janeiro, pela primeira vez, o Enem poderá ser feito integralmente no modo digital, mudança progressiva que deve se tornar obrigatória até 2026. 

Apesar da novidade auxiliar muitos estudantes que não podem comparecer presencialmente no exame, especialistas demonstraram preocupação sobre o impacto que a prova digital terá na redação, uma vez que, em casa e utilizando majoritariamente o computador para fazer as atividades, o esforço exigido pela escrita à mão será diferente daquele feito pelo teclado. No papel, o estudante consegue absorver e interpretar as informações de forma mais eficiente, enquanto na tela do computador a compreensão e a criatividade podem ficar comprometidas.

Para Thiago Braga, professor de redação do Sistema de Ensino pH, é preciso que o estudante busque maneiras de treinar sua redação junto do apoio de um professor de Língua Portuguesa, que possa avaliar e desenvolver sua técnica de escrita. Isso porque, por mais que o aluno tenha optado pela prova digital, a dissertação será feita à mão em um papel, como na prova física. “Uma alternativa que meus alunos encontraram era a de escrever a redação em um papel, tirar uma foto e enviá-la por e-mail. Embora não consiga, ao lado do estudante, apontar os erros e os acertos de maneira detalhada, eu consigo passar um feedback”, diz.


A redação e a pandemia

Que a edição da prova será completamente diferente das outras já não é novidade. Pelo fato de quase todo o ano ter sido condicionado à pandemia do novo coronavírus, muitos estudantes esperam que o exame aborde esse assunto sob os mais variados aspectos. No entanto, Braga alerta que não é característica do Enem trabalhar temas e assuntos muito recentes. “O Inep possui, historicamente, um banco de questões prontas e que normalmente são escolhidas muito antes da preparação da prova. Os assuntos e as habilidades que eles gostariam de trabalhar na prova já foram retirados desse banco de dados possivelmente até antes da pandemia ter sido decretada”, explica.

Porém, ele também comenta que a conjuntura atual pode servir de repertório para falar sobre assuntos que costumam ser historicamente debatidos na sociedade brasileira. Pensando que 2020 foi um ano de muitos acontecimentos e mudanças, é normal que os vestibulandos fiquem apreensivos e inseguros quanto ao tema da redação. Por isso, o professor listou os temas que têm maiores probabilidades de cair na prova:


  1. Consequências da dependência tecnológica na saúde física e mental das pessoas

Devido ao aumento do número de casos de depressão, ansiedade e suicídio entre os jovens, especialmente na quarentena, o tema tem ganhado cada vez mais importância no debate público. Apesar de não haver uma comprovação científica que aponte a relação direta entre saúde mental e o uso de redes sociais, muitos estudos sugerem que a tecnologia pode ser um agravante para os distúrbios emocionais. Para entender profundamente a questão, o professor recomenda o documentário “O dilema das redes”, material que pode servir como repertório para discorrer sobre o assunto.


  1. Caminhos para a diminuição do consumo de álcool entre os jovens brasileiros

Nos últimos anos, muitas pesquisas têm demonstrado um aumento significativo do consumo de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas por parte dos jovens. Um estudo feito pelo CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool) revelou que este público, especialmente as mulheres, está aumentando o consumo desses itens, na contramão de outros grupos analisados no país. Dentre muitos fatores, isso se dá principalmente por conta da glamourização que a ingestão de álcool vem adquirindo recentemente, inclusive na pandemia, em que o uso continuou crescendo. Entender as causas desse fenômeno e o perigo que ele traz aos mais novos, que ainda estão em processo de formação de suas características físicas, é fundamental para falar sobre o assunto.


  1. Os desafios do sistema carcerário brasileiro

É um assunto clássico da sociedade brasileira e que nunca foi tema de redação antes, segundo Braga. Nosso sistema de prisões é historicamente conhecido por suas deficiências, como por exemplo, a insalubridade e superlotação das celas. Com a superlotação das prisões, as facções criminosas se apoderaram da organização dos presídios e as disputam com outras organizações inimigas, gerando conflitos que se estendem para outros países. Além disso, o Brasil está entre os 3 países que possuem a maior população carcerária do mundo, e muito se discute que esse sistema não cumpre suas funções sociais de ressocialização dos presos. Entender esse cenário e a cultura que está associada a ele são pontos importantes para tratar do assunto.


  1. O tabagismo no Brasil e como mudar sua cultura

É um assunto simples e que já foi bastante discutido, mas tem chamado a atenção dos estudantes a partir de uma publicação feita pelo Inep em suas redes sociais. O texto atentava a população para os malefícios do cigarro e para o risco que os fumantes teriam caso fossem infectados pela Covid-19. Vale ressaltar que a importância do tema não se trata apenas da publicidade feita pela instituição, mas pelo fato de o consumo de tabaco ter aumentado significativamente durante a pandemia, de acordo com pesquisas realizadas pela Fio Cruz. Braga sugere aos vestibulandos que vale pensar quais políticas públicas sobre esse consumo têm sido feitas ao longo dos últimos anos e o que ainda poderia ser feito para diminuir seu uso.


  1. Violência doméstica no Brasil

Tema extremamente relevante e que há anos é debatido no país, a violência doméstica ganhou novas dimensões com o isolamento social ocasionado pela pandemia. Neste recorte, é importante que o estudante entenda as causas que levam a essa situação e o que tem sido feito para combatê-las. O protagonismo crescente das mulheres no mercado de trabalho, a maior participação nas decisões familiares, questões que envolvem o machismo e a maneira como os homens enxergam e lidam com o sexo feminino são alguns dos pontos que podem ser abordados.


  1. Bullying e Cyberbullying no Brasil e como combatê-los

Isolados em casa há quase 8 meses, crianças e adolescentes de todo o país tiveram na internet a principal forma para interagir e passar o tempo durante a quarentena. Na medida em que o estresse de ficar em isolamento social piora, os riscos e os danos emocionais podem intensificar casos de discriminação no ambiente virtual. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2019, quase metade dos jovens de 9 a 17 anos afirmaram ver alguém sendo discriminado na internet. Em contexto de pandemia, o problema pode ter evoluído ainda mais. Por isso isso, Braga alerta aos vestibulandos a necessidade de entender as causas desse fenômeno que vem aumentando nos últimos tempos e pensar em alternativas para combater essa prática.


  1. A Obesidade no Brasil e seus desafios

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde divulgada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, um pouco mais de 40 milhões da população adulta no Brasil está obesa. A pesquisa mostrou que a proporção de pessoas obesas no país aumentou nos últimos 17 anos. Em 2003 o percentual era de 12,2%. Já em 2019, esse número passou para 26,8%, ou seja, os números mais do que dobraram. Os dados refletem não apenas um problema de saúde, mas também como o brasileiro se comporta em relação à sua própria alimentação. A situação se torna ainda mais delicada quando pensamos que muitas pessoas estão em casa em isolamento social e não conseguem se exercitar adequadamente. Dessa forma, o sedentarismo e suas consequências crescem, ao passo que doenças ligadas a ela também.

 



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Divórcio humanizado é boa solução para o fim do matrimônio

Para a advogada Debora Ghelman, o acordo humanizado evita danos emocionais e financeiros


Atualmente, um em cada três casamentos acabam e, 70% dos pedidos de divórcio são realizados pelas mulheres, que não aguentam permanecer em relacionamentos machistas, nos quais são submetidas a realizar a chamada tripla jornada de trabalho - trabalhar, cuidar dos filhos e da casa.

Em 2020, o isolamento social também motivou muitas separações, pois, o ano atípico de pandemia, fez com que as pessoas ficassem mais instáveis emocionalmente e as relações familiares acabaram sendo afetadas, resultando em divórcio para muitos casais.

Mesmo com toda tristeza que o fim de um relacionamento desencadeia, o cenário ideal é que o ex-casal consiga chegar num consenso em relação aos termos
do divórcio, uma vez que será menos doloroso no âmbito emocional e financeiro.É aí que entra o chamado "divórcio humanizado’.

"A advocacia humanizada se baseia na função social da profissão impondo ao profissional ética, transparência, franqueza, honestidade e sinceridade no atendimento ao cliente. A utilização das técnicas de mediação e da programação neurolinguística pelo advogado contribuem bastante para esse resultado positivo. O advogado ‘bom de briga’ deve dar lugar ao advogado ‘bom de solucionar conflitos’, explica a advogada Debora Ghelman, especialista na área. 



Como proceder para realizar o divórcio humanizado?

Por mais difícil que seja esse momento, nem sempre precisa haver brigas e discussões. Caso o divórcio seja um assunto doloroso para ser conversado entre o ex-casal, é recomendável contratar um advogado especialista em Direito de Família para negociar e intermediar os termos devidos, evitando desgastes pessoais.

O ideal é que se contrate um único advogado para realizar o divórcio e compor os termos do acordo da forma mais justa possível. Certamente, é a opção mais econômica. Mas, caso as partes optem por cada uma ter o seu próprio advogado,
aconselha-se fugir do modelo de advogado combativo.

"As consequências da irresponsável atuação dos advogados podem custar muito caro à sua família. Um divórcio consensual sempre será mais barato, tanto em termos financeiros quanto, principalmente, em termos emocionais. Além de não envolvidos pela disputa, os advogados estão acostumados a este tipo de situação, podendo negociar com sobriedade e experiência", conclui a especialista.




Debora Ghelman - advogada especializada em Direito Humanizado nas áreas de Família e Sucessões, atuando na mediação de conflitos familiares a partir da Teoria dos Jogos.

 

Recuperação verde exige propostas efetivas para o fomento de negócios de impacto positivo

Brasil precisa avançar em modelos que facilitem o financiamento de projetos de infraestrutura com benefícios ambientais e sociais

 

O movimento de aliar a proteção do meio ambiente ao crescimento das economias não é novo, mas ganhou força desde o início da pandemia do coronavírus. A chamada recuperação verde (ou green recovery) ainda engatinha no Brasil, segundo especialistas. Avançar de fato neste sentido exige que o Executivo incorpore, tal como fez a Europa, propostas calcadas em negócios de impacto socioambiental positivo, que coloquem o país no caminho de uma economia sustentável, com baixa emissão de carbono.

“O Decreto 10.387, editado em junho pelo governo federal, é um exemplo, na medida em que incentiva o financiamento de projetos de infraestrutura com benefícios ambientais e sociais. No entanto, é preciso que o estado brasileiro vá além e dê sinais mais claros de que está trazendo a sustentabilidade para o centro da geração de riquezas no país. Este é um movimento que tem sido liderado pelo setor privado, em especial no mercado capitais”, avalia Marcel Fukayama, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), cofundador do Sistema B Brasil e diretor executivo do Sistema B Internacional, plataforma global que ajuda empresas a criarem estruturas que alinhem a obtenção de lucro à responsabilidade socioambiental.

Tem chamado atenção, por exemplo, o surgimento de fundos ASG, que levam critérios ambientais, sociais e de governança como fatores determinantes de investimento. Dos US$ 300 trilhões sob gestão do mercado financeiro global atualmente, US$ 30 trilhões são destinados a investimentos ASG.

“Vimos avanços importantes no mercado de capitais desde que a pandemia começou. No lado do governo, vai haver cada vez mais pressão para políticas aliadas aos critérios ASG, ainda que não seja pauta prioritária. No entanto, o mercado já vem percebendo – talvez mais pela dor do que pelo amor – que não há como se sustentar sem levar em consideração o ambiente, a sociedade e a governança. Temos diante de nós uma oportunidade de reconstrução. E toda oportunidade de reconstrução é uma oportunidade econômica, pois são realizados investimentos em infraestrutura e em empregos em uma escala que dificilmente se vê”, diz Fukayama, que colabora com o Ministério da Economia por meio da Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto (ENIMPACTO) na elaboração de sugestões para o Pró-Brasil, programa de retomada pós-pandemia do governo federal, anunciado em abril, mas que ainda não saiu do papel.

Para ele, a forte restrição fiscal é o grande desafio, mas que pode se reverter em oportunidade para trazer a força do mercado para contribuir com essa retomada, abandonando os modelos da velha economia e promovendo uma nova, inclusiva e regenerativa.


Cenário

“Está claro que as estruturas econômicas e sociais são insustentáveis sem uma natureza resiliente.” Quem faz a avaliação é o Fórum Econômico Mundial, que em relatório publicado em julho apresentou propostas de como países e setores empresariais podem construir um futuro no qual a natureza não seja mais degradada sob a justificativa de geração de riquezas. Intitulado “The Future of Busines and Nature", o relatório destaca que a incorporação de aspectos sociais e ambientais pelos negócios pode gerar US$ 10 trilhões e 395 milhões de empregos até 2030.

“As atuais políticas são ineficientes no combate ao desmatamento e não são suficientes para responder às demandas do planeta, que vão em direção à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Não está claro como o Brasil vai conseguir fazer isso e cumprir o Acordo de Paris, que prevê a neutralidade de carbono até 2050. Há ainda um grande vácuo na política para que isso aconteça e infelizmente não temos tempo para esperar”, afirma Fukayama.

No começo do ano, o Fórum Econômico Mundial já havia alertado para o risco de que metade do PIB (Produto Interno Bruto) do planeta pudesse ser perdida em razão de negócios que hoje são dependentes da natureza e de seus serviços ecossistêmicos. Isso significaria US$ 44 trilhões a menos no mundo, o que acentuaria as desigualdades.

A União Europeia vem liderando o movimento de recuperação verde até aqui. Em maio, quando o bloco ainda sofria gravemente os efeitos da pandemia, a Comissão Europeia divulgou um plano para a retomada da economia dos países membros. Dos 750 bilhões de euros previstos para os próximos anos, 25% serão destinados a iniciativas de mitigação das mudanças climáticas e degradação da natureza. É previsto, por exemplo, a injeção de dinheiro em maneiras de se melhorar a eficiência energética, a geração de energia e a produção de veículos não-poluentes.

A medida, contudo, não serve apenas para a recuperação imediata da economia europeia, mas também para prepará-la para o futuro, visto que, ao que tudo indica, a crise atual se iniciou em razão de uma doença zoonótica provocada justamente pelo distúrbio humano em ambientes naturais. Até junho, governos e organizações internacionais já investiram algo próximo a US$ 9 trilhões para a prevenção dos impactos econômicos e humanos mais imediatos da pandemia. Ainda assim, apesar de todo esse esforço, o novo coronavírus tem causado efeitos de proporções catastróficas.

Um estudo publicado no final de julho na revista Nature estimou que o custo de prevenir uma pandemia por meio de ações ecológicas é 500 vezes menor do que os prejuízos econômicos decorrentes dela. Enquanto as despesas anuais com o monitoramento do comércio de animais e a redução do desmatamento, entre outras medidas, ficariam entre US$ 22 bilhões e US$ 31,2 bilhões, os prejuízos de uma pandemia poderia variar de US$ 8,1 a US$ 15,8 trilhões, dependendo da sua taxa de mortalidade.

Nos Estados Unidos, a retomada verde é conhecida como “New Green Deal”, uma série de medidas estruturais para reduzir a poluição do país. Uma das propostas defende que a economia americana atinja a neutralidade de emissões até 2050. No entanto, assim como no Brasil, o avanço de legislações sustentáveis no campo econômico ainda esbarra em questões políticas e ideológicas. No país, o movimento tem sido liderado pelo setor empresarial e financeiro, mas ainda com impactos limitados, sem o apoio mais contundente do poder público. O cientista Carlos Nobre, membro da RECN, que tem atuado com iniciativas tecnológicas na Amazônia, cunhou o termo "Amazon Green Deal" para fazer referência ao novo modelo de desenvolvimento socioeconômico da região.

  


Rede de Especialistas


Prejuízos do turismo nos meses da pandemia já somam R$ 41,6 bilhões, mostra FecomercioSP

Queda de 37,6% em setembro, mesmo com feriado nacional, foi o pior resultado para o mês desde 2011

 
O turismo nacional já perdeu R$ 41,6 bilhões em faturamento entre os meses de março e setembro de 2020, período da pandemia de covid-19 no País. O montante representa uma queda de 44% em comparação ao mesmo período do ano passado, mostra levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (SP).
 
Só em setembro, o faturamento das empresas do setor (R$ 8,6 bilhões) foi 37,6% menor do que o mesmo mês de 2019 – o que significa um rombo de R$ 5,2 bilhões É o pior resultado do turismo para setembro desde o início da série histórica, em 2011.
 
A retração é porcentualmente semelhante ao acumulado do ano, em que o turismo nacional já viu cair em 34,1% seu faturamento.
 
O mais preocupante, para a FecomercioSP, é que, ao contrário de setores como o comércio e os serviços, em recuperação desde o início do segundo semestre do ano, o turismo não apresenta sinais de retomada. Até por isso a necessidade, segundo a Federação, de uma expansão da oferta de crédito para as empresas do setor, principalmente por meio de ajuda de programas do governo.


 
Companhias aéreas puxam queda


A retração do turismo em setembro foi encabeçada pelo setor de transporte aéreo, que faturou 64,6% a menos do que no mesmo mês de 2019. Apesar do número expressivo, ele fornece algum otimismo, já que teve quedas maiores em agosto (68,8%) e julho (78,1%). Isso se explica não apenas pela baixa demanda, mas pela redução da oferta em 54,5% dos assentos no período, segundo a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac).
 
Na mesma linha, caíram drasticamente os faturamentos dos agentes de hospedagem e alimentação (-37,3%) e de atividades culturais, esportivas e recreativas (-24,4%). As locadoras de carros perderam 14,8% do faturamento em comparação a setembro de 2019, mas já registram dias com a totalidade dos veículos alugados em alguns fins de semana, em diferentes cidades do País.


 
Dicas para os empresários do turismo


Apesar das regras ainda vigentes do isolamento social e do temor de muitas pessoas em investir em viagens neste momento, o futuro próximo pode ser promissor. Dados de outra pesquisa da FecomercioSP apontam que quase um terço das pessoas (31%) querem viajar depois que a pandemia acabar – o que indica uma demanda reprimida à espera de condições para se realizar.
 
Por isso, é importante que os empresários mantenham os canais digitais ativos desde já, não apenas para ofertar pacotes e destinos, mas também para os que clientes tenham uma comunicação clara dos novos protocolos de segurança do turismo.
 
Além disso, com as incertezas da crise atual, muitos turistas procuram por locais com flexibilidade de cancelamento ou remarcação e possibilidades de reembolsos. Adaptar as reservas e os fluxos a esta especificidade do mercado representa uma vantagem significativa para agora e para o cenário pós-pandemia.


 
Nota metodológica


O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços com dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do IBGE. Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e foram escolhidas as atividades que tem relação total ou parcial com o turismo. Para as que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.

 

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