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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Especialista dá dicas para valorizar o ritual de fazer café

Semana Internacional do Café (SIC) acontece pela primeira vez em formato digital com acesso gratuito a tendências, pesquisas, conteúdos exclusivos de cafés, minicursos e lançamentos das principais marcas do setor

 

O café é protagonista quando o assunto é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, por isso o ritual do preparo com a extração do sabor e aroma do café torrado e moído é muito valorizado. A Semana Internacional do Café, que acontece entre 18 e 20 de novembro, irá conectar toda a cadeia do café brasileiro, além de trazer dicas de como preparar uma boa xícara. Dentre as atrações previstas, está a presença de especialistas nacionais e internacionais do setor, que trarão conhecimento em cursos e conteúdos exclusivos de cafés.

Após o processo produtivo, o café passa pela etapa do preparo para consumo e devem ser seguidas algumas regras básicas para sentir o aroma do café coado na hora.  “O preparo começa com a fervura da água, em torno de 90º C. Recomendo usar água mineral para fazer café, preferencialmente a que tem sais minerais. A água da torneira, em determinados lugares, tem muito cloro, o que altera o sabor da sua bebida”, explica Eliana Relvas, engenheira de alimentos e especialista em cafés.

A especialista esclarece que existem diferenças entre coar café no pano ou no filtro de papel. “O coador de pano tem uma trama mais aberta que permite a passagem de componentes que trazem corpo ao café. Enquanto o filtro retém essas substâncias e deixa a bebida mais translúcida. Os dois métodos são bons, mas o coador de pano precisa ser higienizado e depois de um tempo deve ser trocado. O filtro é descartável e mais simples de usar”, diz.

Aquele ritual de passar água quente na garrafa primeiro para deixar o café mais gostoso não é mito. A técnica, bem antiga e adotada por nossas avós, é indicada também para usar nas xícaras, no suporte para coador e no filtro de papel. “Principalmente para quem gosta de café bem quente”, ensina.

Eliana Relvas dá uma dica esperta para quem gosta de adoçar o café durante o preparo: “Preferencialmente, prepare o café somente com água e adoce à parte. Assim, você economiza açúcar. Além disso, a calda do açúcar na água tende a aumentar a temperatura, alterando todo o sabor final da bebida na xícara, pois a água está mais envolvida com o produto adoçante do que com o café propriamente dito”.


Sobre a SIC

A Semana Internacional do Café (SIC) é uma iniciativa do Sistema FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), da Café Editora, do Sebrae e do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).

Realizada desde 2013 em Belo Horizonte, capital do maior estado produtor do país, a SIC tem como foco o desenvolvimento do mercado brasileiro e a divulgação da qualidade dos cafés nacionais para o consumidor interno e países compradores, além de potencializar o resultado econômico e social do setor. Em 2020, devido à pandemia, será realizada 100% em plataforma digital.


Patrocinadores

A edição deste ano tem patrocínio master Nestlé, patrocínio expert Sistema Ocemg, patrocínio specialty Melitta e Sicoob e patrocínio premium Cooxupé e Kahlúa.

 


Serviço

Semana Internacional do Café 2020 - 100% Digital

De 18 a 20 de novembro

#conectadospelocafé

Cadastro gratuito: www.semanainternacionaldocafe.com.br

 

Redes sociais

Facebook e Twitter: @semanadocafe

Instagram: @semanainternacionaldocafe

Dia da Alimentação Saudável: pesquisa aponta que 90% brasileiros estão dispostos a consumir mais produtos à base de plantas

A boa notícia para comemorar este dia 16/10 é que os brasileiros estão mais atentos aos hábitos que potencializam a qualidade de vida e têm se mostrado mais engajados em contribuir com a sustentabilidade

 

Comemorado desde 1981, o Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, é alusivo a data de criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em 1945. A data traz uma importante reflexão sobre a necessidade de uma alimentação saudável, acessível e de qualidade. Além de conscientizar a população, a comemoração também visa garantir a segurança alimentar e dietas nutritivas para todos.

Neste dia, além de falarmos sobre as ações mundiais relacionadas à promoção da alimentação segura a toda população, não podemos esquecer a má nutrição de pessoas com excesso de peso e do estilo de vida atual, que também é preocupante para a saúde como um todo.

Estudo sobre hábitos de consumo divulgado recentemente pela Ingredion, líder mundial no mercado de soluções em ingredientes, mostra que 90% dos brasileiros se dispõem a ingerir alimentos derivados de plantas e vegetais (plant-based). É a taxa mais alta entre os países pesquisados (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Peru). A pesquisa, feita em conjunto com a consultoria Opinaia, abordou também questões como qualidade de vida e sustentabilidade.

Segundo o levantamento, 81% dos brasileiros se consideram satisfeitos com a saúde e também com a alimentação. Além disso, existe um consenso geral sobre a importância de se alimentar bem para ser saudável.

"A crise global provocada pela Covid-19 não só colocou a questão da saúde no radar da população, mas também tem provocado uma reflexão sobre sustentabilidade e impactos ao meio ambiente. Nesse sentido, a opinião pública brasileira não é diferente. Hoje os cidadãos-consumidores exigem qualidade e confiabilidade das suas marcas, além de saudabilidade e respeito ao meio ambiente", analisa Marcelo Palma, Gerente da Plataforma de Plant-Based Protein, América do Sul.


Sobre a pesquisa

O principal motivo da compra de alimentos plant-based apontado na pesquisa é comer de forma mais saudável e cuidar da saúde (52%). Para experimentar novos sabores (30%) e porque são mais nutritivos (26%) vêm em seguida. O principal fator de não compra de alimentos plant-based está relacionado ao alto preço (60%).

Tanto para alimentos em geral quanto para os de origem vegetal, o sabor e a capacidade de reconhecer os ingredientes no rótulo são os atributos mais relevantes. No Brasil, o sabor é o fator mais importante para os alimentos em geral, com 43%. Para os de origem vegetal, a proporção é de 40%. Reconhecer todos os ingredientes de um alimento geral é importante para 29%. Para alimentos de origem vegetal, 25%.

Na região, 67% dos entrevistados consideram a sustentabilidade das marcas muito importante. No Brasil e Peru, mais de 70% exigem uma postura responsável da marca em relação à sustentabilidade. Na Argentina, apenas 58% consideram importante saber a origem dos alimentos, enquanto no Peru esse número sobe para 87%, seguido pela Colômbia (82%), Chile (74%) e Brasil (73%).

Um dos pontos mais marcantes do relatório revela que 37% dos entrevistados do Brasil se reconhecem como adeptos do veganismo, vegetarianismo, flexitarianismo ou pescetarianismo. 82% consideram essas correntes mais saudáveis, 43% as adotam para evitar maus-tratos e sofrimento de animais, e 46%, para ter opções mais variadas.

"Há um consenso geral sobre a importância da alimentação na qualidade de vida. Hoje, comer bem significa ser saudável. Por isso, no consumo de alimentos e bebidas, busca-se saudabilidade, indulgência e acessibilidade econômica, ao mesmo tempo em que há grande interesse em saber a origem dos ingredientes consumidos diariamente", explica Marcelo Palma, Gerente da Plataforma de Plant- Based Protein, América do Sul da Ingredion. Nesse contexto, os alimentos vegetais têm um terreno fértil para se desenvolver.

Foram ouvidas 5.705 pessoas nos 5 países, de 6 a 24 de março deste ano. No Brasil houve 1.545 entrevistas. A margem de erro é de 1,3 ponto percentual, para mais ou para menos.

 


Ingredion Incorporated

 www.Ingredion.com.br

Nutricionista dá dica de cardápio para celebrar o Dia Mundial da Alimentação

Equilíbrio, versatilidade e praticidade são as principais características da dieta semanal elaborada com exclusividade

 

Outubro é o mês de duas importantes celebrações: Dia Mundial da Alimentação e Prevenção ao Câncer de Mama. E esses temas estão intrinsicamente relacionados, uma vez que adotar um cardápio variado, em que são priorizados os produtos in natura ou minimamente processados de diferentes espécies e funções, auxilia a prevenção e redução do câncer de mama – só em 2020, já são 66 mil novos casos da doença em mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Alimentar-se corretamente e com praticidade, no entanto, nem sempre é das tarefas mais fáceis, mas, segundo Bruna Pavão, consultora nutricional da marca Cuida Bem, é possível com planejamento e seguindo algumas dicas.

A profissional alerta que, entre os pontos fundamentais para estabelecer uma dieta saudável, dois dos mais relevantes podem ser resumidos apenas com as palavras equilíbrio e versatilidade. Bruna comenta ainda que são “inúmeras possíveis combinações entre as variadas fontes de nutrientes essenciais à saúde, assim como as suas formas de preparo”, sendo que alguns aspectos devem ser considerados. “Consumir diariamente frutas, verduras, legumes e leguminosas, priorizar carboidratos integrais, inserir no cardápio produtos ricos em fibras e optar por snacks saudáveis já são condutas básicas que ajudam no resultado final, que é sempre manter a saúde na sua melhor forma.”

Se para os especialistas essas orientações são básicas, no dia a dia pode haver dificuldade em transformar a teoria em prática. Para facilitar essa tarefa, a consultora em nutrição montou um exemplo de cardápio semanal, em que cada dia conta com características diferentes e despertam sensações variadas, para, ao final, cumprirem a função da alimentação: saciar com prazer e moderação. Mas, é importante frisar, cada indivíduo deve consultar um profissional da saúde, como o nutricionista, para adaptar o cardápio de acordo com as suas necessidades nutricionais e seu estilo de vida. Confira (tabela com o modelo de cardápio sugerido ao final do texto):

 

Segunda-feira – Almoço Nutritivo

As combinações do dia e os alimentos selecionados são fontes de fibras, vitaminas C, B1, B2, B6, K, ácido fólico e minerais, como cálcio, ferro, folato e potássio. A proteína escolhida foi o frango, por conter alto valor biológico, o que significa que é uma fonte completa de proteínas, com aminoácidos essenciais presentes. “O gengibre está presente nessa sugestão por conta da sua função termogênica, que ativa o metabolismo e pode favorecer a queima de gordura. Quer coisa melhor?”, ressalta Bruna.

 

Terça-feira – Dia de saciedade e energia

Com quinoa, semente rica em proteínas e com quantidades significativas de ômega 3 e 6, vitaminas do complexo B, fibras, cálcio e ferro, e batata-doce no almoço, a energia e a saciedade ficam garantidas. Bruna reforça que esse “tubérculo é rico em fibras, mas estas precisam ser associadas à ingestão adequada de água ao longo do dia para que sejam benéficas para o organismo como um todo”. Seguindo o cardápio à risca, a fome não será uma inimiga. E na ceia, a estratégia é adotar o mingau de aveia, boa opção para gerar saciedade.

 

Quarta-feira – É versatilidade que fala?

“Já no café da manhã, temos alimentos bastante versáteis, de fácil preparo e extremamente nutritivos. A panqueca, por exemplo, pode ser preparada de várias formas: com farinha de arroz, de aveia, linhaça, trigo integral, e são muitas as opções de recheio, como queijos brancos, geleias, frutas, cremes, pastas e patês.” Assim fica difícil cair na rotina e enjoar do cardápio. Para Bruna, outro ponto positivo do cardápio de quarta é que, para quem malha, as barras de nuts sugeridas, como as da linha Cuida Bem, são boas opções para o pré-treino.

 

Quinta-feira – Superalimentos que salvam o dia

Segundo Bruna Pavão, a rotina alimentar começa de maneira bem simples com esse cardápio. Isso porque a crepioca é de fácil preparo e conta com dois ingredientes apenas: ovo e tapioca.

O ovo aparece mais vezes ao longo do dia, como no almoço. E no cardápio de quinta-feira ele vem acompanhado de outro superalimento, o abacate. “Os dois são muito versáteis e auxiliam a prevenção de doenças. São ricos em antioxidantes e combatem os radicais livres, retardando o processo de envelhecimento. Enquanto o primeiro é considerado a melhor fonte de proteína natural, por seu alto valor biológico, o segundo é uma das principais fontes de gorduras boas, que estão relacionadas ao aumento do HDL (colesterol bom)”, pontua.

Já na hora de escolher snacks, ressalta a profissional, é importante ficar atento para optar por aqueles que não possuem açúcar em sua composição – caso de toda a linha Cuida Bem.

 

Sexta-feira – É dia de conforto!

Aqui, o cardápio foi desenvolvido dentro do conceito confort food, que, segundo explicação da nutricionista, remete a momentos especiais – relembram a infância, trazem emoções relacionadas a alegrias e ao aconchego. “Tudo isso sem perder a qualidade do que será ingerido. Temos fontes de fibras, vitaminas, minerais, carboidratos, gorduras boas e uma proteína de alto valor biológico só com a canja”, exemplifica.

 

Final de semana chegou e a pizza é presença confirmada

Sábado e domingo são os dias oficiais do exagero na alimentação. E aí reside o erro. Bruna afirma que dá para optar por versões mais calóricas sem problema, desde que o equilíbrio seja mantido. “O segredo é manter uma alimentação sem excessos, colorida e rica em nutrientes, para se permitir de vez em quando por aquelas com mais calorias. Afinal, se você restringe demais a sua alimentação, não vai conseguir mantê-la por muito tempo.” Até mesmo por esse motivo, no cardápio diário não estão estabelecidas as gramaturas das porções de cada refeição.

A dica principal é, no café da manhã e almoço, selecionar opções mais saudáveis para compensar a escolha mais calórica do jantar; no sábado, um hambúrguer preferencialmente caseiro, sem adição de conservantes e corantes; no domingo, uma pizza mais leve, para balancear com a escolha do dia anterior.

Lembrando que, de domingo a domingo, o prato ideal deve ter de quatro a cinco cores diferentes e ser composto de 50% vegetais (fontes de fibras, vitaminas e minerais), 25% proteínas (animais e/ou vegetais) e 25% de carboidratos. “A necessidade individual pode ser melhor avaliada por um nutricionista”, diz a especialista.




 

Santa Helena

www.santahelena.com

Quarentena: como preparar um piquenique em casa

 Divulgação

Após sete meses de isolamento social, montar uma mesa de piquenique pode ser uma ótima opção para fugir da mesmice e distrair as crianças

 

 

Mesmo com a reabertura de algumas escolas e com a volta às aulas em alguns estados e cidades do país, muitas crianças continuam em casa, seja por decisão dos pais para evitar expor as crianças ao risco de contaminação com a COVID-19, ou porque suas escolas ainda não retornaram.


Após sete meses de quarentena, entretanto, fica cada vez mais difícil entreter os pequenos e inventar novas atividades para afastar a ansiedade e o tédio que podem surgir com tanto tempo em casa. O piquenique pode ser uma ótima opção para passar o tempo em família e criar momentos de descontração, tanto para quem tem varanda ou quintal, quanto para quem mora em um apartamento fechado.


Separamos, a seguir, algumas dicas para preparar um piquenique no conforto e segurança do seu lar. Confira!

 

1.   Escolha o espaço

Antes de qualquer coisa, decida em que cantinho da casa será realizado o piquenique. Caso você more em uma casa e tenha terraço, quintal ou varanda, é melhor ainda. Caso contrário, afaste os móveis da sala, crie um espaço, abra a janela e torne o ambiente o mais aconchegante possível. 

 

2.           Prepare a superfície

         Depois de escolher o cômodo e afastar os móveis, agora, é a hora de tirar a poeira da toalha de piquenique e colocar no piso. Se você não tiver, tapetes, mantas ou lençóis também são ótimas opções. Capriche!

 

3.           Decida o cardápio

         Torradas, frutas, geleias, pães, patês, sanduíches, sucos e vinhos não podem ficar de fora da sua cesta. Nesta etapa, convide as crianças para colocar a mão na massa e ajudar no preparo dos petiscos – elas adoram! Uma cesta de chocolate também é uma ótima alternativa para a sobremesa.

 

4.           Não se esqueça da decoração

         Para tornar o momento ainda mais legal, invista na parte decorativa: coloque um cordãozinho de luzes, caso tenha, velas aromáticas, capriche na mesa posta e use seus melhores copos, pratos, canudos e guardanapos, para tornar o momento ainda mais especial. Fazer uma cabana com lençol também pode ser superdivertido para os pequenos. Aproveite para registrar o momento e tirar ótimas fotos. 

 

5.           Escolha o que fazer

         Depois de deixar tudo pronto, agora, é a hora de escolher as atividades para passar o tempo. A dica é utilizar jogos interativos e de raciocínio, como quebra-cabeça, jogo da memória, jogo da vida e outros jogos de tabuleiro, ou colocar filmes, músicas e desenhos animados. 

 

6.           Chame o pessoal

         Para deixar tudo ainda mais animado e sem quebrar o isolamento social, coloque os pets e ursinhos de pelúcia para sentarem à mesa – isso animará ainda mais as crianças. Outra alternativa é fazer uma videochamada com a família e os amigos para curtir o momento juntos, mesmo que à distância.



5 passos essenciais para seu filho comer melho

Dra. Sonia Tucunduva Philippi apresenta passos para ajudar na alimentação dos pequenos

 

É muito comum que na fase do desenvolvimento nutricional e da introdução alimentar, as crianças tenham dificuldades e até mesmo receios para experimentar novos gostos, sabores e texturas.

O medo de provar novas comidas é conhecido como neofobia alimentar, que deve ser identificada e tratada rapidamente, para evitar carências nutricionais. No entanto, nesta fase, os famosos "chiliques" na hora das refeições podem ocorrer caso determinado alimento ou grupos de alimentos sejam servidos.

Segundo a pesquisadora e professora associada da Faculdade de Saúde Pública da USP e parceira do Comitê Umami, Dra. Sonia Tucunduva Philippi, é natural que essas rejeições ocorram, uma vez que a criança é seletiva e o paladar está sendo desenvolvido. "Deve-se insistir na oferta e programar o alimento recusado em uma nova oportunidade, sem desistir", ressalta. "Lembre-se que existem preferências e aversões pelas comidas e que ambas situações devem ser tratadas com paciência, considerando os momentos e oscilações do apetite", completa.

Pensando em ajudar nesse processo, a professora lista alguns passos essenciais para auxiliar e facilitar o período de adaptação alimentar, garantindo o equilíbrio nutricional.


Brinque com a apresentação no prato

A pesquisadora explica que a alimentação apropriada na infância requer cuidados relacionados aos aspectos sensoriais, principalmente a apresentação visual, como: as cores, os formatos atrativos e a forma de preparo das receitas. "É fundamental que a composição no prato tenha a presença de verduras, legumes e frutas, respeitando os queridinhos da criança. Vale até investir em formatos criativos. Por exemplo, pegue um ovo cozido e corte ao meio, coloque dois olhinhos de semente de chia e um bico de damasco, voilà, temos um pintinho".


Fique atento às reações

Dra. Sonia afirma que é importante ficar atento às atitudes que a criança tem demonstrado ao receber cada alimento. "São momentos de desenvolvimento em que as reações devem ser observadas, desde o preparo da refeição, as porções oferecidas, a autonomia ao comer, os utensílios utilizados e o tipo de comida", alerta a especialista.


Tenha hábitos semelhantes

O adulto responsável se torna automaticamente a referência comportamental da criança, que passa a ser um reflexo do que se come em casa. "Esses hábitos são construídos na infância e a família deve estabelecer regras de convívio, impondo limites de quantidade de refeições, mas sem medidas autoritárias, proibições e castigos. Em uma certa idade eles começarão a construir sua identidade alimentar, dando espaço para seus prediletos, e os pais e cuidadores precisam trabalhar positivamente nas possíveis neofobias e na construção de um padrão saudável", complementa a professora Sonia.


Inclua ingredientes saborosos

As células sensoriais da boca enviam sinais ao cérebro, que são responsáveis por registrar diferentes gostos, como: doce, salgado, azedo, amargo e umami. A pesquisadora destaca que existem crianças que apresentam um paladar muito apurado e seletivo. "Tem aquelas que gostam de gostos combinados, como o doce e o salgado, por isso, conhecer os outros gostos, como o umami, que realça o sabor dos alimentos, é uma ótima forma de estimular o paladar", ressalta. "Harmonizar os alimentos certos pode ser uma excelente estratégia para tornar o prato mais atraente. Faça um teste: ofereça uma alface crespa, acrescente opções umami: tomate cereja, milho cozido, cogumelo paris ou queijo parmesão ralado. Além de colorido, fica muito mais saboroso", exemplifica.


Convide para colocar a mão na massa

Envolvê-los na elaboração das receitas pode fazer com que criem mais gosto pela comida. "Quando as crianças participam do processo de preparação em família, têm melhores chances de ter uma alimentação saudável, assim como estarem motivadas a comer o que elas mesmas escolheram, compraram e prepararam", aconselha Tucunduva. "Elas tornam-se capazes de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo, desenvolver maior raciocínio de causa e efeito, de classificar, reclassificar, generalizar e adotar como hábito alimentar".


E se mesmo assim a criança apresentar falta de apetite constante?

Dra. Sonia ressalta que a falta de apetite não deve ser constante se forem excluídas as possibilidades de morbidades associadas. Por isso, o acompanhamento com o pediatra e com o nutricionista precisa ser regular para o monitoramento do crescimento e desenvolvimento,

 



UMAMI

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Rótulo ajuda consumidor ter escolhas conscientes

O oncologista Ramon Andrade de Mello destaca a importância de alimentação saudável para evitar o câncer


Os consumidores brasileiros agora podem escolher melhor os alimentos embalados. A diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou no início de outubro a nova norma sobre rótulo nutricional, que traz a adoção das informações na frente da embalagem.

As empresas terão 24 meses para se adaptarem às novas regras, a partir de sua publicação no Diário Oficial da União. O novo rótulo traz um design de lupa para identificar no alto da embalagem três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio.

O médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal), ressalta que as novas regras ajudam o consumidor a evitar alimentos que podem contribuir para o surgimento de doenças como o câncer: "A alimentação é a base de uma vida saudável. Quanto mais temos informações sobre o que consumimos, melhores serão as escolhas".

O professor da Unifesp lembra que a rotulagem dos produtos alimentícios permite ao consumidor evitar o sobrepeso, um dos fatores de risco de câncer: "aproximadamente 30% dos tumores oncológicos estão relacionados à obesidade".

O câncer de estômago é outra doença que está diretamente relacionada à alimentação. "Cada vez mais comum entre os mais jovens, muito provavelmente relacionado ao estilo de vida e consumo de alimentos dessa geração, esse tumor é considerado um dos mais agressivos", alerta o oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

O médico orienta que o consumo de alimentos com excesso de sal, gorduras, condimentos, conservantes e itens defumados deve ser evitado, assim como o álcool e o tabagismo: "A escolha de alimentos in natura e exercícios físicos regulares podem fazer uma grande diferença na melhoria da saúde e ajudar a evitar os tumores oncológicos relacionados à alimentação".



Ramon Andrade de Mello - Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology - ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology - ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology - ASCO). O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP). 


Neste dia dos professores: veja 5 passos para ensinar educação financeira para as crianças

Quase 200 anos depois criou-se a obrigatoriedade das escolas lecionarem educação financeira

15 de Outubro, dia dos professores. A origem da data é marcada pela regulamentação dos conteúdos a serem ministrados nos vilarejos e cidades brasileiras. O ano é 1827 e o responsável pelo decreto foi D. Pedro I. 192 (cento e noventa e dois anos) depois, mais precisamente em Dezembro de 2019, foi instituído o ensino obrigatório da educação financeira nas escolas.


                         O clássico Jogo da Vida pode ser usado p/ o aprendizado em sal de aula


A partir de dezembro de 2019 todas as instituições escolares tiveram que atender às novas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Entre elas, a educação financeira no ensino fundamental e médio. Para se ter ideia da importância de ensinar finanças para as crianças e adolescentes: 40% da população adulta, brasileira, tem problemas financeiros. São mais de 63 milhões de pessoas com dívidas e/ou nome "sujo". Esse dado é da Serasa Experian.

Com a pandemia, o ensino letivo e profissionalizante tiveram que ser adaptado. Aulas EAD e ao vivo online começaram a fazer parte da rotina de estudantes de todo o país. " Se adaptar a Base Nacional Comum Curricular já não era uma tarefa fácil presencialmente. Imagine de forma remota. Foi desafiador. Por isso, que aliar o ensino letivo com o profissionalizante agrega conhecimentos aos jovens e traz a oportunidade deles aprenderem a lidar bem com o dinheiro. Principalmente em uma época de escassez de recursos como essa que estamos enfrentando", explica Jefferson Vendrametto, Diretor da rede de escolas CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos).

De acordo com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) há mais oportunidade para o empreendedorismo individual em todas as classes sociais. Por isso, a importância de ensinar a administrar recursos financeiros nas escolas. A pandemia veio para corroborar esse dado do BNCC: no período de Março a Agosto deste ano houveram 43 mil registros a mais de MEI (Microempreendedores individuais) quando comparado com o mesmo período do ano passado. Esse dado é do Simples Nacional.

"Seja para ensinar os pequenos a empreender na fase adulta e/ou lidarem melhor com as suas tomadas de decisões acerca do dinheiro, a educação financeira está ligada a inteligência emocional. Por isso, a importância dos docentes a ensinarem. No curso de administração que temos no CEBRAC, uma das disciplinas é como usar os seus recursos financeiros de forma inteligente na vida pessoal e profissional. Nosso curso teve um aumento na procura, na pandemia, de 10%", evidencia Luciana Fontes, Superintendente do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos).

Pensando nesse cenário, 700 docentes do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos), separaram 5 dicas de como ensinar educação financeira para os pequenos:


1) Use jogos de tabuleiro (Board Games) na sala de aula

As crianças têm diferentes formas de captar conteúdos. Por isso, além dos livros e o formato lousa, debates e testes se divirta com os estudantes. Promova competições de board games (Jogos de tabuleiro) que tenham como temática administração financeira. Vale jogo da vida, banco imobiliário, entre outros.


2) Ensine os estudantes a fazerem a tabela de metas de poupança

Faça os alunos escreverem o que querem em curto, médio e longo prazo. Aqui vale objetivos como uma viagens, brinquedos, videogame, celulares, e etc. Essa atividade fará com que os estudantes consigam discernir entre pequenos e grandes objetivos. E que cada um deles custa um valor. Após escrever as metas faça os estudantes analisarem quanto tempo demora para a realização de cada objetivo e os faça escolher entre os projetos. Isso dará aos estudantes o aprendizado de escolha e de custo de cada atividade. O custo de oportunidade dará a dimensão que se ele adquirir uma roupa da moda pode não ter o videogame do momento.


3) Ensine sobre os juros do cartão de crédito e cheque especial - A era de pouco dinheiro físico nas mãos

As crianças e jovens replicam o que experienciam. Com o advento dos cartões de débito e crédito, os filhos perdem a noção da onde vem o dinheiro e da importância de cobrir os gastos 100% do cartão de crédito. Ensine os estudantes como funciona os juros do crédito e limite de cheque especial. Quase não pegamos no dinheiro físico. Essa falta de contato modifica a forma de se relacionar com o capital.

4) Envolva os pais dos estudantes

Tenha reuniões periódicas com os pais, mesmo que virtual. O trabalho de ensinar sobre finanças fará sentido se reforçado pelos responsáveis das crianças. Os pais podem incentivar aos filhos pouparem por meio de exemplo: dando a oportunidade deles participarem de algumas decisões de manutenção do lar; dando comissões e não só subsídios, isso é oferecer uma mesada, porém pagar comissões por tarefas em casa como tirar o lixo ou ordenar o quarto; e dando exemplo de boa conduta com o dinheiro, evitando brigas sobre do dinheiro na frente dos pequenos.


5) Reforce a importância da doação


O Brasil é um dos países que tem mais pessoas adeptas a doações, porém sem periodicidade. Evidenciar aos estudantes a importância de separar uma parte do que ganha para doação com periodicidade fortalecerá a sua cidadania e empatia. Isso promove uma sociedade mais justa. Para ajudar os alunos a entenderem para quem doar promova testes para que eles possam enxergar quais causas são mais adeptos. Causas como: proteção animal, proteção do meio ambiente, fome, violência contra mulher, e etc.

 


CEBRAC próximo a você, acesse

 

Você conhece o ciclo de vida das embalagens dos produtos que auxiliam na limpeza e cuidado com a sua casa?

Quantos produtos de limpeza você utiliza em sua casa por ano? E o que isso representa em quantidade de embalagem plástica utilizada? Na pandemia, nós tivemos que nos adaptar a uma realidade complexa e singular. Os hábitos de limpeza e higiene tornaram-se prioridade nas casas brasileiras, com o objetivo de cuidar da saúde dos familiares e dos que estão ao nosso redor. 


Segundo estudos, esse é um hábito que realmente veio para ficar. Isso, de uma forma positiva, significa mais segurança para os consumidores, mas o que isso representa em quantidade de plástico utilizado e qual a importância de escolher marcas e empresas que atuem diretamente no descarte correto dessas embalagens? Como funciona esse ciclo? Como os produtos que os brasileiros consomem colaboram com a saúde do planeta e como os consumidores podem se tornar verdadeiros agentes da transformação de dentro de suas casas? 


De acordo com uma pesquisa da Abrelpe sobre o "Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil", em 2018, foram geradas no Brasil 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos no país. Desse montante, 92% (72,7 milhões) foi coletado. Esse número evidencia que 6,3 milhões de toneladas de resíduos não foram recolhidas junto aos locais de geração. Ou seja, 29,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos acabaram indo para lixões ou aterros controlados, que não contam com um conjunto de sistemas e medidas necessários para proteger a saúde das pessoas e o meio ambiente contra danos e degradações. Em média, cada brasileiro gerou pouco mais de 1 quilo de resíduo por dia. 



Qual é o ciclo das embalagens atualmente no Brasil?

O Brasil está entre os países que mais produzem resíduos e menos adotam políticas de reciclagem no mundo. Anualmente são produzidas mais de 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos, dos quais mais de 10 milhões de toneladas são de plástico, incluindo - é claro - as embalagens que utilizamos dentro das nossas casas. (Fonte: CEMPRE - Compromisso Empresarial Para a Reciclagem).

Desse montante, apenas 13% dos resíduos sólidos urbanos são reciclados, isso equivale a dizer, por exemplo, que apenas 1 em cada 10 embalagens volta para a reciclagem, sendo que o potencial para reciclagem é de 50%. O restante das embalagens sofre um descarte incorreto, agredindo e poluindo o meio ambiente. São números alarmantes. (Fonte: CEMPRE - Compromisso Empresarial Para a Reciclagem).
Estima-se que até 2015, mais de 6,3 bilhões de toneladas de resíduos plásticos foram gerados em todo o mundo e mais de 80% destes materiais foram incinerados, acabaram em aterros ou meio ambiente (fonte: Material Global "Our Ocean Conference").

Segundo um documento divulgado pelo fórum de Davos em parceria com a fundação da navegadora Ellen MacArthur e a consultoria McKinsey, a proporção de toneladas de plástico jogadas no oceano por toneladas de peixes era de uma para cinco em 2014, mas será de uma para três em 2025 e vai ultrapassar uma para uma em 2050. Ou seja, o estudo mostra que os oceanos terão mais plástico do que peixes em 2050. 



Diante dessa realidade alarmante, onde entra o consumo consciente?

Os números são alarmantes, mas os consumidores podem colaborar para mudar essa realidade, sem sair de suas casas. Preferir produtos que tenham embalagens mais sustentáveis, além de reciclar e descartar corretamente os resíduos são ações práticas que têm efeito direto no cuidado com o meio ambiente. Essa é uma forma de consumir de forma consciente.

Por outro lado, as empresas precisam revisitar seus portfólios de produtos para oferecer ao consumidor produtos sustentáveis e ao mesmo tempo mais acessíveis. Com os rápidos avanços da ciência e da tecnologia, já é possível oferecer produtos que sejam bons para os consumidores e muito melhores para o meio ambiente.

Uma em cada três pessoas em todo o mundo usa as marcas da Unilever diariamente, por exemplo. Reconhecemos nosso impacto na cadeia, afinal a Unilever produz, mundialmente, 40 bilhões de embalagens por ano. Com esse alcance vem a responsabilidade - e a oportunidade. Queremos usar nossa escala e influência para criar mudanças positivas muito além das portas da Unilever. Por isso, temos alguns compromissos como: reduzir em um terço o peso das embalagens até 2020 e aumentar em ao menos 25% a utilização de plástico reciclado nelas até 2025. Além disso, também tem como objetivo ter 100% das embalagens de plástico recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis até 2025.
Em continuidade a essas metas, a Unilever anunciou nos últimos meses um investimento de 1 bilhão de euros em pesquisas e desenvolvimento, em um Programa chamado Futuro Limpo, que quer transformar a pegada ambiental de suas marcas globais de limpeza e lavanderia como OMO, Brilhante, Cif, Sétima Geração, entre outras.

Ainda há muito para ser percorrido, as empresas e a sociedade ainda estão no início de uma longa trajetória para reverter danos causados na natureza por milhares de anos. Mas sempre existem novas chances para fazer diferente. Fazer melhor. Certamente o consumo consciente é um grande passo para isso: as empresas abraçando causas ambientais e os consumidores potencializando essas iniciativas dentro de suas casas. Juntos, podemos fazer grandes mudanças.


 


Unilever

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Recomendação do MPT não é lei, mas norteia novo normal

Especialistas avaliam nota técnica do Ministério Público do Trabalho para o home office


Após sete meses de pandemia e com o movimento do home office, o Ministério Público do Trabalho (MPT) publicou uma nota técnica com 17 diretrizes sobre trabalho remoto direcionadas a empresas, sindicatos e órgãos da administração pública. No texto, há orientações sobre a necessidade de se firmar aditivos nos contratos de trabalho, a observância de parâmetros de ergonomia e ainda a especificação de horários que assegurem repousos legais e o direito à desconexão.

Na opinião de Decio Sebastião Daidone Jr., mestre em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e sócio do Barcellos Tucunduva Advogados, a empresa que já se mostrava preocupada com o seu empregado não terá dificuldade em atender às recomendações do MPT. "Cabe às empresas voltarem seu olhar para uma condição de trabalho que está crescendo com raízes fortes em sua sistemática operacional e implementar condições seguras e balizadas”, destaca.
 
Apesar de existir um temor quanto ao excesso de imposições e ao desestímulo do home office, algumas recomendações são importantes. "Ultimamente tem havido muitas reclamações de empregados com sintomas de estresse por se sentirem sobrecarregados, por ficarem o tempo inteiro ligados ao trabalho com a sensação de não terem o ponto final da jornada. Acho válido que seja debatido e aplicado pelas empresas, não de forma impositiva, mas, sim, negociada entre as partes, de não enviar mensagens altas horas da noite ou fazer reuniões em horários absurdos, por exemplo", salienta Karolen Gualda Beber, coordenadora da área trabalhista do Natal & Manssur Advogados.

Ainda é preciso ficar claro que o MPT não tem o poder de criar leis, mas de fiscalizar a sua aplicação. "O papel do MPT é de fiscalizar. Se a empresa está cumprindo a lei, ela não pode sofrer sanção com relação ao não cumprimento de uma nota técnica ou recomendação. As recomendações são importantes, mas não podem ser impostas", afirma Karolen Gualda.

Na opinião de Daidone Jr, faltou à nota técnica algum detalhamento sobre os deveres dos empregados nesse regime. "O empregado está longe dos olhares de seu empregador e, da porta pra dentro de sua residência, quem manda é ele, ou seja, ainda que o empregador siga rigorosamente todas as cautelas discriminadas, ao empregado caberá cumpri-las como obrigação ética, moral e contratual, em um ambiente em que o empregador pouco poderá fazer para fiscalizar esse cumprimento", destaca.
 
Daidone Jr ainda lembra que a atuação do MPT em relação ao home office não será diferente daquilo que já é feito com o trabalho presencial. "Visando assegurar a ordem pública, o MPT exigirá dos empregadores o cumprimento da lei. Aos empregadores, caberá agir como fiscalizadores do cumprimento das atividades por seus empregados, tarefa árdua para quem estará longe de seu olhar. Os mecanismos de aferição das atividades deverão ser pensados e implementados sem configurar assédio, ou desvirtuar a benesse da liberdade em se trabalhar de casa, ou, ainda, sem extrapolar a privacidade e intimidade do empregado regida pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)".

 



Karolen Gualda Beber - advogada especialista na área do Direito do Trabalho com experiência em contencioso trabalhista, gerência de equipes, coordenação de pessoal, redação de peças processuais, realizações de audiências e sustentações orais. Formada pela Universidade  Metodista de Piracicaba e pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho pela UNIRP (Universidade de São José do Rio Preto). É coordenadora da área trabalhista do escritório Natal & Manssur.

 



Decio Sebastião Daidone Jr. - Mestre em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP. Possui especialização em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP e especialização em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito da UniFMU. É professor universitário desde 2001 para alunos de graduação e pós-graduação, sócio do Barcellos Tucunduva Advogados e membro do Comitê Jurídico Trabalhista da ABIPLA (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional). Coautor do livro "Reforma Trabalhista Brasileira em Debate: Grupo de Estudos de Direito do Trabalho" - Editora Ltr, 2018.



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