Quase
200 anos depois criou-se a obrigatoriedade das escolas lecionarem educação
financeira
15
de Outubro, dia dos professores. A origem da data é marcada pela regulamentação
dos conteúdos a serem ministrados nos vilarejos e cidades brasileiras. O ano é
1827 e o responsável pelo decreto foi D. Pedro I. 192 (cento e noventa e dois
anos) depois, mais precisamente em Dezembro de 2019, foi instituído o ensino
obrigatório da educação financeira nas escolas.
O clássico Jogo da Vida pode ser usado p/ o aprendizado em sal de aula |
A partir de dezembro de 2019 todas as
instituições escolares tiveram que atender às novas diretrizes da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC). Entre elas, a educação financeira no ensino
fundamental e médio. Para se ter ideia da importância de ensinar finanças para as
crianças e adolescentes: 40% da população adulta, brasileira, tem problemas
financeiros. São mais de 63 milhões de pessoas com dívidas e/ou nome
"sujo". Esse dado é da Serasa Experian.
Com a pandemia, o ensino letivo e
profissionalizante tiveram que ser adaptado. Aulas EAD e ao vivo online
começaram a fazer parte da rotina de estudantes de todo o país. " Se
adaptar a Base Nacional Comum Curricular já não era uma tarefa fácil
presencialmente. Imagine de forma remota. Foi desafiador. Por isso, que aliar o
ensino letivo com o profissionalizante agrega conhecimentos aos jovens e traz a
oportunidade deles aprenderem a lidar bem com o dinheiro. Principalmente em uma
época de escassez de recursos como essa que estamos enfrentando", explica
Jefferson Vendrametto, Diretor da rede de escolas CEBRAC (Centro Brasileiro de
Cursos).
De acordo com a BNCC (Base Nacional
Comum Curricular) há mais oportunidade para o empreendedorismo individual em
todas as classes sociais. Por isso, a importância de ensinar a administrar recursos
financeiros nas escolas. A pandemia veio para corroborar esse dado do BNCC: no
período de Março a Agosto deste ano houveram 43 mil registros a mais de MEI
(Microempreendedores individuais) quando comparado com o mesmo período do ano
passado. Esse dado é do Simples Nacional.
"Seja para ensinar os pequenos a
empreender na fase adulta e/ou lidarem melhor com as suas tomadas de decisões
acerca do dinheiro, a educação financeira está ligada a inteligência emocional.
Por isso, a importância dos docentes a ensinarem. No curso de administração que
temos no CEBRAC, uma das disciplinas é como usar os seus recursos financeiros
de forma inteligente na vida pessoal e profissional. Nosso curso teve um
aumento na procura, na pandemia, de 10%", evidencia Luciana Fontes,
Superintendente do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos).
Pensando nesse cenário, 700 docentes do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos), separaram 5 dicas de como ensinar educação financeira para os pequenos:
1) Use jogos de tabuleiro (Board Games)
na sala de aula
As crianças têm diferentes formas de
captar conteúdos. Por isso, além dos livros e o formato lousa, debates e testes
se divirta com os estudantes. Promova competições de board games (Jogos de
tabuleiro) que tenham como temática administração financeira. Vale jogo da
vida, banco imobiliário, entre outros.
2) Ensine os
estudantes a fazerem a tabela de metas de poupança
Faça os alunos escreverem o que querem
em curto, médio e longo prazo. Aqui vale objetivos como uma viagens,
brinquedos, videogame, celulares, e etc. Essa atividade fará com que os
estudantes consigam discernir entre pequenos e grandes objetivos. E que cada um
deles custa um valor. Após escrever as metas faça os estudantes analisarem
quanto tempo demora para a realização de cada objetivo e os faça escolher entre
os projetos. Isso dará aos estudantes o aprendizado de escolha e de custo de
cada atividade. O custo de oportunidade dará a dimensão que se ele adquirir uma
roupa da moda pode não ter o videogame do momento.
3) Ensine sobre os
juros do cartão de crédito e cheque especial - A era de pouco dinheiro físico
nas mãos
As crianças e jovens replicam o que
experienciam. Com o advento dos cartões de débito e crédito, os filhos perdem a
noção da onde vem o dinheiro e da importância de cobrir os gastos 100% do
cartão de crédito. Ensine os estudantes como funciona os juros do crédito e
limite de cheque especial. Quase não pegamos no dinheiro físico. Essa falta de
contato modifica a forma de se relacionar com o capital.
4) Envolva os pais
dos estudantes
Tenha reuniões
periódicas com os pais, mesmo que virtual. O trabalho de ensinar sobre finanças
fará sentido se reforçado pelos responsáveis das crianças. Os pais podem
incentivar aos filhos pouparem por meio de exemplo: dando a oportunidade deles
participarem de algumas decisões de manutenção do lar; dando comissões e não só
subsídios, isso é oferecer uma mesada, porém pagar comissões por tarefas em
casa como tirar o lixo ou ordenar o quarto; e dando exemplo de boa conduta com
o dinheiro, evitando brigas sobre do dinheiro na frente dos pequenos.
5) Reforce a importância da doação
O Brasil é um dos países que tem mais pessoas adeptas a doações, porém sem
periodicidade. Evidenciar aos estudantes a importância de separar uma parte do
que ganha para doação com periodicidade fortalecerá a sua cidadania e empatia.
Isso promove uma sociedade mais justa. Para ajudar os alunos a entenderem para
quem doar promova testes para que eles possam enxergar quais causas são mais
adeptos. Causas como: proteção animal, proteção do meio ambiente, fome,
violência contra mulher, e etc.
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