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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Mês Mundial da Visão: 1 em cada 5 jovens nunca foi ao oftalmologista, aponta pesquisa


Levantamento realizado pelo IBOPE Inteligência evidencia desinformação sobre importância da rotina oftalmológica e desconhecimento sobre glaucoma; campanha a respeito da doença terá Daniela Mercury como embaixadora

 

Outubro é o Mês Mundial da Visão e prezando a relevância da data e desconhecimento do brasileiro sobre o tema, são apresentados novos recortes da pesquisa "Um olhar para o glaucoma no Brasil". O levantamento foi realizado neste ano pelo IBOPE Inteligência junto a 2,7 mil internautas brasileiros, a partir dos 18 anos de idade, em diferentes estados: Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

É evidente a falta de informação sobre a importância com os cuidados com a visão. O levantamento destaca as faixas etárias mais jovens (18 a 24 anos), evidenciando que um a cada cinco relata nunca ter ido ao oftalmologista (21%) e apenas 10% visitaram uma única vez na vida. Entre todos os entrevistados, quando perguntados sobre a frequência que vão ao especialista, 10% assumiram que nunca foram e 25% disseram que raramente, somente quando sentem algum incômodo nos olhos.

"Confirmar o quanto existe de desinformação é muito preocupante. Quase metade dos entrevistados (41%) não reconhece que a visão embaçada é algo importante para saúde dos olhos, 37% não se preocupa com a perda parcial da visão, algo extremamente preocupante, e quase 80% não compreende que enxergar pontos pretos pode ser um sinal de agravamento ocular", pontua o oftalmologista Luiz Henrique Fernandes, diretor médico LATAM da Upjohn, divisão da Pfizer focada em doenças não transmissíveis.

Além disso, do total da amostra, 30% acreditam que se deva procurar o oftalmologista somente depois que comece a usar óculos e 23% após perceberem alguma perda de visão. Apenas 13% acreditam que a visita ao oftalmologista deve se tornar frequente quando a pessoa tem alguma dor nos olhos. Já entre os entrevistados jovens adultos, com 18 a 24 anos, esse porcentual sobe para 21%.

Glaucoma: esse desconhecido

Mais do que indicar a falta de conhecimento sobre a importância das consultas com especialistas, a pesquisa revela uma forte desinformação a respeito do glaucoma, já que a OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta a patologia como a segunda causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata. Porém, representa um desafio maior para a saúde pública do que a catarata, porque a cegueira causada pelo glaucoma é irreversível1 .

Mais da metade (53%) dos pesquisados desconhece que a doença possui a maior probabilidade de um quadro de cegueira irreversível e 41% sequer sabem o que é glaucoma. Além disso, apenas 37% entendem que a ida ao oftalmologista com frequência é uma medida que ajuda a diminuir os riscos, 39% desconhecem sua própria probabilidade de cegueira e 15% associam a perda da visão com o desconforto nos olhos, então entendem não estar no grupo de risco.

"O desconhecimento é preocupante, pois há alguns públicos mais propensos ao glaucoma. Existe maior chance de desenvolvimento em pessoas com casos na família, afrodescendentes e pacientes com pressão intraocular elevada2", relata o mestre e doutor em Oftalmologia, Augusto Paranhos Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG). "Estima-se que entre 2 a 3% da população brasileira acima de 40 anos possam ter a doença, o que representa cerca de 1,5 milhão de pessoas. E o levantamento aponta que mais da metade (53%) não sabia que o glaucoma é a doença com a maior probabilidade de causar um quadro de cegueira irreversível, 47% desconheciam a relação com a hereditariedade, e 90% não associavam a patologia com a afrodescendência", finaliza.

Sobre a pressão intraocular, principal exame para prevenção e controle da doença, 60% dos pesquisados da classe C nunca mediram, não sabiam que existia ou se o oftalmologista já mediu. Segundo projeções do IAPB (Agência Internacional para Prevenção da Cegueira) existe aproximadamente 80 milhões de pessoas com glaucoma em todo o mundo e estimavam que 3,2 milhões de pessoas ficariam cegas devido à doença até o final de 20203 - mais de 90% das pessoas com deficiência visual no mundo vivem em países pobres ou em desenvolvimento3 .

Também com base em estudos brasileiros, existe a dificuldade de diagnóstico e baixa adesão: apenas 10% são diagnosticados e tratados4, 41% abandonam o tratamento devido a dificuldades de acesso5 e cerca de 50% da população com glaucoma não sabe que têm a doença, ou seja, ainda não foram diagnosticados6.

"A sociedade, principalmente os jovens adultos, desconhece a seriedade das doenças oculares e entende que deve esperar por sintomas para buscar ajuda. Porém, a rotina na ida ao oftalmologista é essencial para o diagnóstico precoce", explica o Luiz Fernando Vieira, gerente médico da Upjohn. "Muitas vezes, as doenças são assintomáticas e, no caso do glaucoma, uma vez que a visão foi perdida, não pode mais ser restaurada. É possível estabilizar e evitar a progressão da cegueira. Por isso, a importância do diagnóstico precoce. Porém, temos de frisar: não existe cura e, sim, prevenção", conclui

 

Lançamento da campanha: corrente e desafio nas redes sociais


A pesquisa é uma ampla investigação sobre o cenário do glaucoma no Brasil e a necessidade de uma nova visão sobre a doença. A iniciativa contempla também o lançamento da campanha de conscientização "Não perca seu mundo de vista, tenha um novo olhar para o glaucoma", conduzida pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) e pela Upjohn. A campanha terá diversas ações com foco no universo digital em função das orientações sanitárias com relação ao distanciamento social no combate ao Covid-19.

Destaque para a embaixadora da causa, a cantora baiana Daniela Mercury, uma voz influente em todo país e, principalmente, na região Nordeste - onde está a maior população afrodescente7, vulneráveis por fazerem parte do grupo de risco. Ela também tem aderência com o público acima dos 40 anos, mais suscetível ao glaucoma, e aproximação com os jovens, também importante pelo grande desconhecimento atestado pelo levantamento "Um olhar para o glaucoma no Brasil".

"Fiquei feliz em vestir essa camisa e lutar por uma causa tão importante para a saúde de todos. Por falta de conhecimento, algumas pessoas passam anos sem saber que têm glaucoma e consultar um especialista é fundamental. Houve, por exemplo, um caso de doença ocular na minha família e percebi o quanto um problema na visão pode impactar na saúde geral de uma pessoa. É essencial divulgar e falar sobre esse tema", conta a artista.

Um filtro temático e dinâmico para Instagram foi criado, levando o efeito tubular e embaçado, com possibilidade de avançar os estágios da doença, para percepção de como o glaucoma atinge a visão e causa a perda de importantes momentos da vida. Já no Facebook será possível adicionar um tema na foto do perfil que simula a fase mais avançada da doença.

"Por meio de um discurso sensível e educacional, esperamos engajar diferentes públicos. O insight criativo é demonstrar com o uso dos filtros que simulam o efeito do glaucoma que a doença pode roubar as melhores cenas da vida e, para sempre. Por isso, a importância dos cuidados com a saúde ocular", explica destaca Ana Luiza Petry, gerente de Comunicação e Assuntos Corporativos da Upjohn.

Para dar ainda mais visibilidade, força e o tom certo à iniciativa, um time de famosos, influenciadores, anônimos - alguns deles pacientes diagnosticados com glaucoma ou familiares - formarão uma corrente com postagens, mensagens de apoio e até testemunhos que entoarão um videoclipe especial para conscientização do Mês Mundial da Visão que também trará dados da doença e números da pesquisa. Também será usada a hashtag #deolhonoglaucoma que será compartilhada por todos nas plataformas digitais.

Outro ponto alto da campanha acontece em 8 de outubro, Dia Mundial da Visão, com o desafio que será lançado por algumas celebridades para marcarem em suas redes sociais e engajarem mais pessoas a participarem da ativação com o uso dos filtros e levando conhecimento sobre o tema para o maior número de brasileiros.

"Estamos falando de uma doença de elevado potencial e que está associada a um desfecho irreversível que é a cegueira. Por isso, reforçamos a importância de dialogar sobre o glaucoma por meio de iniciativas de conscientização e que a frequência oftalmológica se torne parte da rotina médica", conclui Ana.

 

Referências:

• Kingman L. Glaucoma is second leading cause of blindness globally. Bulletin of the World Health Organisation, 2004; 82 (11): 887-8.

• OttaianoJJ; ÁvilaMP; UmbelinoCC; TalebAC. As Condições de Saúde Ocular no Brasil 2019. Edição 1 - 2019.p14.

• Von-Bischhoffshausen e Jiménez-Román J. GUÍA LATINOAMERICANA DE GLAUCOMA PRIMARIO DE ÁNGULO ABIERTO PARA EL MÉDICO OFTALMÓLOGO GENERAL. 2019. IAPB.p93.

• Ramalho, Cristiana Moraes et al. Perfil socioeconômico dos portadores de glaucoma no serviço de oftalmologia do hospital universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil. Arq. Bras. Oftalmol., Out 2007, vol.70, no.5, p.809-813. ISSN 0004-2749

• Topouzis F, Anastasopoulos E. Glaucoma - The importance of early detection and early treatment. US Ophthalmic Review. 2007;2:12-13.

• Topouzis F, Anastasopoulos E. Glaucoma - The importance of early detection and early treatment. US Ophthalmic Review. 2007;2:12-13.

• Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE. Acesso disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101707_informativo.pdf. Acesso em: 15.09.2020.

Semana da dislexia: 6 sinais para ajudar a diagnosticar, segundo o Instituto ABCD

A semana da dislexia vai de 4 a 11 de outubro e está na sua 10ª edição. Organizada pelo Instituto ABCD e inspirada no evento mundial Dyslexia Awareness Week, visa promover e disseminar a causa da dislexia no Brasil por meio de uma série de campanhas e atividades, incluindo diversas associações de todo o país. O tema escolhido pelo Instituto ABCD este ano é Dislexia sem Mistérios.

A dislexia é um transtorno específico de aprendizagem que afeta habilidades básicas de leitura e linguagem. "Seus sintomas geralmente afetam o desempenho acadêmico dos alunos e não existe nenhuma outra alteração que justifique as dificuldades observadas. Ela afeta, principalmente, o processo de alfabetização", explica Juliana Amorina, diretora-presidente do Instituto ABCD , organização sem fins lucrativos que trabalha desde 2009 para melhorar a vida de pessoas com dislexia.

O instituto, que oferece o aplicativo EduEdu de forma gratuita para reforço na alfabetização, listou 6 sinais que devem ser observados no comportamento das crianças:

1 - Trocar os sons na palavra (popica/pipoca) ou confundir palavras semelhantes (umidade/humanidade)

2 - Dificuldade de escrita: A criança com dislexia encontra dificuldades para escrever, incluindo erros ortográficos e/ou letras na ordem errada.

3 - Dificuldade em aprender o alfabeto: a criança com dislexia pode ter dificuldade em lembrar da ordem alfabética e do som de cada letra. Por isso é importante uma prática mais sequencial e diária.

4 - Dificuldade na leitura: o aluno com dislexia normalmente possui uma dificuldade para a leitura, fazendo de forma mais lenta, com erros de fluência e entonação.

5 - Dificuldade nas habilidades matemáticas: o aluno com dislexia enfrenta dificuldades para decorar e nomear informações numéricas, como a tabuada.

6 - Dificuldade para nomear palavras simples: palavras que são muito usadas no dia a dia, mas que a criança encontra dificuldades para lembrar, usando frequentemente as palavras "coisa", "isso" e "aquilo".Sobre o Instituto ABCD

Para acompanhar e se inscrever nas ações gratuitas organizadas pelo Instituto ABCD, acesse:

http://semanadadislexia.com/

Acompanhe também o Instituto ABCD nas redes sociais:

Instagram: @iabcd

Facebook: @InstitutoABCD


Ortopedista dá dicas de como evitar lesões causadas pelo uso excessivo do WhatsApp

 

Não dá para negar que com a pandemia tudo ficou - ainda - mais online. Os almoços de família, os happy hours e até os dates migraram 100% para o ambiente digital. O isolamento social foi, sem dúvida, o grande responsável por essa mudança de comportamento. E, apesar de muitas soluções - como aplicativos e softwares - terem surgido, o WhatsApp continua sendo o recurso mais usado para a comunicação. 

 

Assim como todo excesso faz mal, com o WhatsApp não é diferente. Seu uso desenfreado trouxe várias reclamações de dores para o consultório (que também migrou para o virtual) do Dr. Paulo Roberto Szeles, Ortopedista e Médico do Esporte  e atual Coordenador da Residência de Medicina do Esporte da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). “Eu já vinha observando uma crescente em lesões causadas pela má postura que acompanha o uso excessivo do WhatsApp, o que chamamos de "WhatsAppite"”, e a pandemia fez isso aumentar ainda mais. Nos últimos meses, acompanhei vários casos que vão de dores leves nos dedos e pulso até lesões mais sérias que demandaram tratamento mais intensivo de reabilitação e infiltrações (injeções com medicamentos) nos locais acometidos. 

 

Para ajudar na prevenção da WhatsAppite, o Dr. Szeles reuniu cinco dicas simples e super eficazes:

1.   Prefira a versão web sempre que possível. A postura da digitação no teclado do computador costuma sempre ser melhor e sobrecarrega menos os dedos e pulso; 

2.   Use sempre as duas mãos para segurar o celular e digitar as mensagens;

3.   Mantenha os pulsos retos enquanto digita; 

4.   Além dos áudios que podem ser enviados pelo app, use também a função de reconhecimento de voz do celular. Atualmente, todos os smartphones possuem uma função onde você pode ir falando e ele transforma a mensagem em texto; 

5.   Não fique mais de 15 minutos digitando mensagens. Faça pausas e, se possível, alongue dedos, mãos e braços. 

 





Dr. Paulo Roberto Szeles - Médico com Título de Especialista em Medicina Esportiva e em  Ortopedia e Traumatologia. Pós Graduado em Traumatologia do Esporte e Fisiologia do exercício pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde também fez Mestrado em Medicina Esportiva com foco em lesões de CrossFit.
Atualmente é Médico da Seleção Brasileira de Basquete Feminino e de alguns atletas olímpicos de Ginástica, como Caio Souza, e coordena a Residência Médica em Medicina Esportiva da UNIFESP. 

Já atuou como médico em grandes eventos Esportivos, como Copa do Mundo do Brasil (2014), Jogos Olímpicos Rio 2016, Copa América de Futebol (2019) e Basquete (2009 e 2017), Campeonato Mundial de Basquete (2009 e 2010).

 

Segurança: cuidado ao entrar no avião da saúde

Estou aqui em uma reflexão sobre segurança: faço-a usando a mim e a meus familiares – mas vale a qualquer um de nós.

Chegarão logo dias em que novamente teremos a possibilidade de viajar, vez ou outra, explorar lugares, culturas, ares diferentes. Quando desta hora, e dependendo de fatores diversos, um deles a distância, a melhor alternativa será o avião. Rápido, eficaz, com excelente nível de segurança.

Agora já estamos no ar. Altitude de cruzeiro, 11 mil pés. De repente, uma turbulência. Descobrimos, tarde demais, pela comissária de bordo, que não há piloto ao manche. Com vistas a baratear despesas e “ampliar” o acesso, o comando está sob guarda de um condutor de carinho de cachorro quente – ou de qualquer incauto não habilitado.

Deus do Céu! Nem dando asas à fé me vejo enfrentando situação dessas. Há momentos na vida – todos, aliás – que profissionalismo, capacitação e destreza são indispensáveis.

Certamente, você, assim como eu, não adentraria ou colocaria familiares e amigos em um voo às cegas. De nada adianta ter bilhete de ida de graça, quando não existe certeza de que volta haverá.

Isso vale para a aviação e tantas outras áreas nas quais a vida – a nossa vida e da comunidade – depende da perícia de um terceiro, a saúde por exemplo. Indigno-me, portanto, toda vez que vejo qualquer um ofertar a poltrona de avião sem piloto profissional a outrem, sendo que ele jamais a ocuparia.

É o que tem ocorrido, com risco proporcional ou maior, com certos gestores públicos e maus políticos que conchavam o tempo inteiro para que os brasileiros vulneráveis socialmente recebam bilhete livre para Medicina sem médico.

Eles pensam que há pessoas de segunda categoria e a elas se dispõe a entregar atendimento em saúde de segunda. É inadmissível. Gente é gente, o somos e sabemos. Saúde é direito de todos. E medicina, só com médico.

A prática da Medicina é tipificada como crime no artigo 282 do Código Penal, quando exercida sem a devida formação e autorização do órgão competente ou fora dos demais limites da legislação. Ainda no arcabouço legal, a Lei 12.842/2013 especifica as atividades privativas da Medicina.

São garantias jurídico-institucionais à assistência de qualidade aos pacientes e nortes de segurança aos avanços interdisciplinares para o Sistema Único de Saúde.

Contudo, a invasão de competências específicas da Medicina não para. Mira a Ginecologia e Obstetrícia, a Dermatologia, a Cirurgia Plástica, a Oncologia, a Acupuntura, entre outras, trazendo incertezas e perigo a pacientes.

         A Acupuntura, em particular, sofre ataques até mesmo no Congresso Nacional, onde tramita projeto de lei flexibilizando o exercício a não-médicos. A propositura abre a possibilidade de prática até por formados em cursinhos técnicos.   

Registro que acupuntura é procedimento terapêutico invasivo. Pode ter consequências graves (incluindo óbitos), decorrentes de prática sem diagnóstico ou com diagnóstico incorreto. E provocar adiamento da intervenção adequada e/oi agravamento de quadro.   

         O Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura repudia – com toda razão - a catastrófica iniciativa. Nós da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, somos solidários.

Defender a boa Medicina, a saúde e a vida é o que faz de nós dignos de ser médicos. E, sem médico, não há medicina nem saúde integral e universal.

 


Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica


Outubro Rosa

  66 mil mulheres terão diagnóstico de câncer de mama no Brasil em 2020


De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença acontecem por ano. Somente no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 66 mil novos casos em um ano. A Sociedade Brasileira de Mastologia aponta que cerca de 1 a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. Por isso, previna-se! Realize o autoexame e não deixe de fazer a mamografia, caso você tenha mais de 40 anos.

O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve quando um conjunto de células passa a se dividir descontroladamente.  De acordo com o Dr. Fernando Pontes, Mastologista da Clínica Mantelli, a mama está em constante transformação, com o passar dos anos a gordura vai aumentando e o tecido mamário vai diminuindo e em algum momento durante esse processo pode ocorrer um erro na divisão celular e iniciar o processo da doença. 

Para esclarecer as principais dúvidas sobre essa doença o, mastologista da Clínica Mantelli, Dr. Fernando Pontes respondeu alguns mitos e verdades sobre Câncer de Mama:

 

Fumar aumentam as chances de uma mulher desenvolver Câncer de Mama? 

Verdade. Pacientes que fazem uso de mais do que um maço de cigarro por dia há pelo menos dez anos tem um risco 60% maior de desenvolver a doença em comparação com aquelas quem fumam menos ou que não são fumantes.

 

Não possuir histórico de câncer de mama na minha família, elimina a  chance de ter a  doença?

Mito. Infelizmente não é assim, pois o câncer de mama é multifatorial, somente uma pequena porcentagem dos casos está relacionada à predisposição familiar. A maioria é esporádica e o risco aumenta com o envelhecimento, obesidade, sedentarismo, má alimentação e consumo de álcool.

 

Amamentar reduz o risco de Câncer de Mama?

Verdade. Todos sabemos que o ideal é amamentar durante pelo menos os 6 primeiros meses de vida do bebê. Além dos já conhecidos benefícios do leite materno para o recém-nascido, o aleitamento propicia o desenvolvimento total da mama, o que diminui o risco de mutações. Portanto, amamentar diminui o risco de ter câncer de mama.

 

O líquido parecido com leite saindo do mamilo pode ser câncer?

Mito. Mulheres que não estão amamentando podem ter um líquido parecido com leite saindo do mamilo, mas isso não é sinal de câncer de mama. A situação é conhecida como galactorreia, saída de leite pelo mamilo fora da época da amamentação e pode ser um sinal de desregulação hormonal, mas não está relacionada ao aumento do risco de câncer de mama. Esse tipo de preocupação deve existir quando acontece saída de sangue ou um líquido translúcido por um dos mamilos. Nesse caso, a avaliação e investigação são necessárias.

 

Mulheres obesas têm maior risco de desenvolver o Câncer de Mama?

Verdade. Sim. As mulheres obesas apresentam maior risco de desenvolver câncer de mama. Principalmente aquelas que estão na pós-menopausa. Além de mulheres obesas apresentarem piores chances de cura quando comparadas as com peso adequado.

 

O câncer de mama só aparece como um "caroço" no seio?

Mito. Existem outras formas que esse mal pode se manifestar: como o nódulo, popularmente conhecido como caroço, como uma secreção papilar sanguinolenta ou transparente, ou até mesmo não apresentar sintoma algum (nas fases iniciais). Por isso a importância de se fazer um rastreamento adequado com mamografia anual após os 40 anos e o auto exame mensalmente. Agende sua consulta de rotina e faça sempre os exames preventivos.

 

O açúcar aumenta o risco de Câncer de Mama?

Verdade. As quantidades elevadas de açúcar na alimentação podem aumentar o risco de câncer de mama. A glicose é necessária para o nosso organismo, mas em excesso pode também aumentar o risco de outras doenças crônicas. Controle o consumo do açúcar e mantenha uma dieta balanceada, rica em alimentos naturais, os grãos integrais e muita água.

 

Desodorante pode causar Câncer de Mama?

Mito. Não há nenhuma evidência científica que comprove que desodorantes causem câncer de mama.

 

O consumo de álcool aumenta o risco de Câncer de Mama?

Verdade. Consumir bebidas alcoólicas em excesso pode aumentar significativamente o aparecimento do Câncer de mama, entre a pré e pós-menopausa em 5% e 9%, respectivamente.
Estudos foram comprovados que o álcool afeta o risco de Câncer de mama por meio da alteração dos níveis hormonais e das vias biológicas associadas, ou seja, por meio dos carcinógenos gerados durante o metabolismo do etanol.

 

Estresse pode contribuir para o desenvolvimento do Câncer de Mama?

Mito. Atualmente, não há evidências de que o estresse seja uma causa direta para surgimento do câncer, porém estudos apontam que este fator pode apresentar ligação com a doença, já que impacta o funcionamento adequado do sistema imunológico, responsável por combater as células cancerosas.


Algumas pessoas, sob situações de estresse, podem ter respostas comportamentais negativas para a saúde, como aumento no consumo de álcool e tabaco, piores hábitos alimentares, e falta de exercício e sono, todos associados a aumento do risco de câncer.


Certamente, diminuir as situações de estresse ou aprender a lidar com elas colabora muito com a nossa qualidade de vida, e deve ser um objetivo a ser seguido independente da questão do câncer.

 

Menstruar muito jovem e entrar na menopausa tarde aumentam o risco de ter Câncer de Mama?

Verdade. O risco pode aumentar, pois mulheres que menstruam por mais tempo ao longo da vida, ficam mais expostas aos hormônios progesterona e estrogênio. O estrogênio estimula as células da glândula mamária a se reproduzirem e esses hormônios em excesso, podem sim aumentar as chances de desenvolver câncer de mama. Portanto, quanto mais tempo de menstruações, maior é o risco.

 

Sutiã causa Câncer de Mama?

Mito! Até o momento não existe nenhum estudo científico que comprove esta relação. O câncer de mama na maioria dos casos, é provocado por mutações genéticas que ocorrem de maneira aleatória e esporádica (85% - 90% dos casos) ou herdadas (10%-15% dos casos). Primeira menstruação precoce, ausência de amamentação, primeira gravidez e menopausa tardias, alimentação inadequada, tabagismo, alcoolismo, obesidade, sedentarismo, são alguns fatores que aumentam as chances de desenvolvimento da doença.

Procure utilizar um sutiã de tamanho confortável que não comprima as mamas e os vasos linfáticos, obstruindo a circulação. Além disso, visite seu mastologista anualmente.

  

O gengibre é um aliado no tratamento do Câncer?

Verdade. O gengibre é sim um aliado no tratamento quimioterápico de pacientes com câncer, pois pode ajudar a controlar sintomas como náuseas. O ideal é que seja consumido in natura e não como suplemento ou cápsulas.

 

Ficar sempre perto de antenas, celulares e torres de energia aumentam o risco de desenvolver Câncer?

Mito. Não há nenhuma comprovação científica de que radiação de celulares, eletromagnéticas, micro-ondas e aviões possam causar tumores. Até o momento, os estudos feitos para determinar a relação desses tipos de radiação com o aparecimento de câncer não mostraram nenhuma evidência de que isso ocorra. Mas, o assunto permanece "em aberto” e mais pesquisas são necessárias para se chegar a uma conclusão. É importante ressaltar que a radioatividade em altas concentrações pode representar riscos para desenvolver um câncer.

 



 Dr. Fernando Pontes - CRM-SP 134871 - Mastologista e Cirurgião Oncoplástico de Mamas membro da Sociedade Brasileira de Mastologia.

 

Clínica Mantelli 

https://clinicamantelli.com.br/


Dia Mundial da Visão alerta sobre a importância da saúde ocular

Pandemia aumentou número de pessoas com a Síndrome do Olho Seco (SOS)


Em 8 de outubro, é celebrado o Dia Mundial da Visão. Globalmente, pelo menos 2,2 bilhões de pessoas têm uma deficiência visual ou cegueira, das quais pelo menos 1 bilhão tem uma deficiência visual que poderia ter sido evitada ou que ainda não foi tratada, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Em tempos de pandemia, a data chama ainda mais a atenção para a importância da saúde ocular. Segundo o Prof. Dr. Renato Ambrósio Jr, médico oftalmologista, o número de pessoas com a Síndrome do Olho Seco aumentou e esse problema decorre de um comportamento acentuado com o isolamento social que é passar muitas horas do dia diante da tela do computador ou celular.

Esse hábito pode deixar o olho seco, irritado e cansado. "Isso acontece por, normalmente, piscarmos de 15 a 20 vezes por minuto. No entanto, diante de um monitor ou do celular, as piscadas são menos frequentes e diminuindo assim a lubrificação natural", comenta Ambrósio.

Outro fator que pode agravar a Síndrome do Olho Seco é a chegada de uma nova estação. A primavera traz irregularidade climática e baixa umidade, o que interfere diretamente no ressecamento da lágrima.

Para Ambrósio, a recomendação é que todo paciente seja avaliado por um profissional para a melhor orientação, porém para amenizar a irritação e secura dos olhos, é possível fazer uso de lágrima artificial. "A lubrificação dá um benefício do ponto de vista de qualidade de visão e também de vida", diz.

Além disso, é preciso estar atento para não coçar os olhos pois a fricção frequente pode estimular danos na córnea. Outro alerta importante que ganhou destaque durante a pandemia da Covid-19 foi a conscientização de não levar as mãos ao rosto, em especial olhos, nariz e boca, para evitar contaminações.


Quarentena faz aumentar queixa de dores na coluna

Pesquisa mostra que 50% das pessoas que tinham dor crônica na coluna pioraram durante o isolamento social e o trabalho em home office

 

O corpo começa a sentir as consequências da nova rotina para dar conta do home office, das aulas online, de tarefas na casa e cuidar dos filhos. O ambiente de trabalho dentro de casa sem uma estrutura adequada, a casa para limpar e a falta de exercício físico são as principais reclamações de quem passou a conviver com dores na coluna durante o isolamento social por causa do novo coronavírus.

Uma pesquisa da Fiocruz revelou que 50% das pessoas que tinham dor crônica na coluna pioraram durante o isolamento social e o trabalho em home office. Os motivos vão da falta de atividade física, uso excessivo do computador e às mudanças nas tarefas domésticas.

Entre os problemas que podem surgir estão a dor no nervo ciático. Mas sabe por que um nervo é capaz de provocar tanta dor? 

Segundo Rafael Barreto, médico ortopedista especialista em coluna, o ciático é o nervo mais longo do corpo humano e é responsável pelos movimentos dos músculos das pernas. Ele inicia na coluna lombar e se estende até o dedão do pé. "Algumas das causas possíveis da dor no ciático são a presença de uma hérnia de disco,

de estenose do canal (estreitamento) e espondilolistese, que é um distúrbio da coluna em que um osso (vértebra) desliza para frente sobre o osso abaixo dele", explica. 

Entre os sintomas estão: pontadas, queimação ou dormência na parte inferior da coluna, pinçadas na parte de trás da coxa, sensação de formigamento e perda de sensibilidade, dor que se intensifica gradualmente ao se movimentar. 

Barreto explica que a prevenção para a dor ciática é a mesma para todas as doenças da coluna. Isso exige mudanças no estilo de vida como controle de peso, atividade física regular, exercícios que estabilizam e fortalecem a região lombar e abandono do tabagismo.

Os tratamentos podem ser desde repouso, uso de analgésicos, fisioterapia e, em alguns casos, técnicas de intervenção em dor com bloqueios ou cirurgias minimamente invasivas como a endoscopia de coluna.

"É muito importante manter o corpo ativo, fazer intervalos e alongamentos ao longo da rotina de trabalho, cuidar da postura ao sentar no sofá ou ficar longos períodos em frente ao computador, televisão ou vídeo game e usando o celular", orienta o médico.

Uma alternativa para manter-se saudável durante o isolamento social proposto como estratégia de controle do novo coronavírus é desenvolver uma rotina de exercícios em casa. Além do aspecto emocional, o isolamento e a falta de atividade podem prejudicar o corpo e trazer prejuízos metabólicos mesmo nos mais saudáveis.


Meditar melhora sintomas físicos e mentais do tratamento de câncer de mama

Médica, que venceu a doença, explica como a técnica pode ser benéfica para as pacientes que enfrentam o diagnóstico e terapia


Os seios são símbolos importantes da feminilidade e da maternidade. Por isso, o diagnóstico de câncer de mama pode ser avassalador para a mulher, que passa a temer pela vida e também pelos efeitos do tratamento, como perda da autoestima, da sensibilidade e até da descaracterização de seu corpo.

"A gente sente como se fosse perder o seio e a identidade, busca respostas, se sente culpada por achar que fez algo errado para merecer a doença e tem de enfrentar a ideia da própria mortalidade muito de perto. É bastante difícil. A paciente desenvolve astenia, fadiga, náuseas, vômitos, insônia, tristeza, ansiedade, vergonha, isolamento social, crise existencial e espiritual", conta a Dra. Renata Isa Santoro, cardiologista pediátrica que venceu um câncer de mama diagnosticado em 2016, no auge da sua carreira.

O tratamento inclui quimioterapia com efeitos colaterais intensos, como dores no corpo, náusea, vômito, dores abdominais, falta de apetite, fadiga e queda de cabelo. Há estresse físico e emocional. "Após o diagnóstico e durante todo o tratamento, a ansiedade, os distúrbios do humor, a depressão e a dor necessitam de atenção. Todos esses sentimentos são gerados a partir do medo: de morrer, de não aguentar o tratamento, de ficar feia, de não se adequar mais à sociedade, do abandono, raiva, isolamento, de não ter mais a sua vida de volta", destaca.

As terapias integrativas surgem como coadjuvantes do tratamento quimioterápico para dar mais qualidade de vida, aceitação, autoconhecimento e autoestima à paciente com câncer de mama. Meditação, ioga e uso de produtos naturais estão entre as recomendações.

"A ASCO (American Society of Clinical Oncology) endossa a diretriz da SIO (Sociedade de Oncologia Integrativa) sobre o uso de terapias integrativas durante e após o tratamento de câncer de mama. A meditação, por exemplo, é indicada para uso rotineiro contra ansiedade, mudanças de humor e outros sintomas", diz Dra. Renata .

No relatório de especialistas da ASCO, as principais recomendações nas diretrizes da SIO incluem o seguinte¹:

- Redução da ansiedade e estresse: meditação, gerenciamento do estresse e ioga.

- Depressão e transtornos do humor: meditação, relaxamento, ioga, musicoterapia.

- Melhorar qualidade de vida: meditação e ioga.

- Redução de náuseas e vômitos: acupressão e acupuntura.

A médica lembra ainda que um estudo² divulgado no fim do ano passado avaliou os efeitos da meditação no estresse psicológico de pacientes com câncer de mama e notou que o estresse psicológico leva a um agravamento da doença, além de gerar outros problemas emocionais.

"No trabalho, foram constatados vários benefícios da meditação nessas pacientes, como melhora da dor, da insônia, do bem-estar emocional, do medo da recorrência, da angústia, da atenção, da satisfação com a vida, da espiritualidade, da aceitação da doença e adesão ao tratamento e no desenvolvimento de mecanismos naturais para enfrentar a doença com menos trauma e sofrimento", cita Dra. Renata, que usou a técnica durante seu tratamento.

 



Dra. Renata Isa Santoro • Médica pela faculdade de ciências médicas de Santos - UNILUS • Especialista em Pediatria pela AMB/SBP • Especialista na área de atuação em Cardiologia Pediátrica pela AMB/SBP/SBC • Especialista em Ecocardiografia fetal e pediátrica pela UNICAMP • Mestrado em Ciências pela UNICAMP • Atuou como Cardiologista Pediátrica, Ecocardiografista e na formação da residência médica em cardiologia pediátrica na UNICAMP de 2007 a 2018

 


¹ Lyman GH, et al: Integrative therapies during and after breast câncer treatment: ASCO endorsement of the SIO clinical practice guidelne. J Clin Oncol. June 11, 2018.

² Araujo RV et al: Meditation effect on psychological stress level in womwn with breast câncer: a systematica review Journal of school of nursing - USP dec 2019.


Calor e mosquitos, como proteger as crianças?

Pediatra orienta como prevenir picadas e doenças transmitidas por insetos


A chegada da primavera trouxe de volta o calor e, com ele, nuvens de pernilongos que têm atormentado os moradores de grandes cidades, como a capital paulista. Médico pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria, o Dr. Paulo Telles conta que passou a receber diversas mensagens dos pais, preocupados com a proteção das crianças.

"É muito importante lembrar que esses insetos podem ser vetores de doenças sérias, como dengue, malária e febre amarela. Sem contar que podem causar reações alérgicas incômodas, como coceiras, feridas e bolhas que infectam, uma vez que a turminha coça bastante", destaca.

A prevenção ainda é a melhor forma de evitar as picadinhas e há diversas formas:

- Proteção mecânica: janelas fechadas, telas nas janelas, mosquiteiro no berço. "Uso de ventiladores e ar-condicionado pode ajudar bastante também", diz Dr. Paulo.

- Caça aos mosquitos: uso de raquetes elétricas ou panos antes de colocar o bebê no berço ou a criança na cama.

- Inseticida: é uma substância química ou orgânica, derivada de plantas, capaz de matar insetos. As características ideais de um repelente são repelir muitas espécies simultaneamente, ser eficaz por pelo menos oito horas, ser atóxico, ter pouco cheiro, ser resistente à abrasão e à água, cosmeticamente agradável e economicamente viável. Infelizmente, nem sempre estes requisitos podem ser cumpridos. "Os repelentes de insetos vêm em muitas formas, incluindo aerossóis, sprays, líquidos, cremes e bastões", enumera o pediatra.

- Repelentes: podem ser feitos com produtos químicos ou ingredientes naturais. "É importante alertar que pulseira embebida em inseticida; e ingestão de alho ou vitamina B1 oral não são medidas eficazes para repelir insetos, nem o uso de dispositivos ultrassônicos que emitem ondas sonoras", conta Dr. Paulo. Os melhores repelentes são à base de DEET ou de Icaridina.

"A Academia Americana de Pediatria recomenda que os repelentes não contenham mais do que 30% de DEET quando usados em crianças. E Icaridina em concentrações de 20%", ensina.

Confira algumas dicas para usar repelentes com segurança:

· Leia o rótulo e siga todas as instruções e precauções.

· Aplique repelentes de insetos apenas na parte externa das roupas do seu filho e na pele exposta.

· Pulverize inseticidas em áreas abertas para evitar respirá-los.

· Use repelente apenas o suficiente para cobrir as roupas e a pele exposta do seu filho. Usar mais não torna o repelente mais eficaz. Evite reaplicar, a menos que seja necessário.

· Ajude a aplicar repelente de insetos em crianças pequenas. Supervisione crianças mais velhas ao usar esses produtos.

· Lave a pele de seus filhos com água e sabão para remover qualquer repelente quando eles voltarem para dentro de casa e lave suas roupas antes de usá-las novamente.

NUNCA!

- Nunca aplique repelente de insetos em crianças menores de 2 meses.

- Nunca borrife repelente ou inseticida diretamente no rosto. Em vez disso, borrife um pouco nas mãos e, depois, passe no rosto da criança, evitando os olhos e a boca.

- Não borrife repelente de insetos próximo da boca, feridas ou pele irritada.

- Não use produtos que combinem DEET com protetor solar. O DEET pode tornar o fator de proteção solar (FPS) menos eficaz. Esses produtos podem expor demais o seu filho ao DEET porque o protetor solar precisa ser reaplicado com frequência.




Dr. Paulo Nardy Telles - CRM 109556 @paulotelles • Formado pela Faculdade de medicina do ABC • Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP • Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP • Título de Especialista em Pediatria pela SBP • Título de Especialista em Neonatologia pela SBP• Atuou como Pediatra e Neonatologista no hospital israelita Albert Einstein 2008-2012 • 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura.


Doenças vasculares aumentam em até 30% nos dias quentes

Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, seção Rio de Janeiro (SBACV-RJ), indicam que as altas temperaturas, comuns da época do verão, aumentam entre 20% e 30% o risco de doenças vasculares, ou venosas, nos membros inferiores. De acordo com os números, normalmente elas são associadas a varizes. Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular de SP, conta porque isso acontece.

"O motivo de as altas temperaturas piorarem as doenças venosas no verão é porque o calor provoca vasodilatação, ou seja, a dilatação dos vasos sanguíneos, com uma sobrecarga nas veias dos membros inferiores. Por isso, pessoas com doença vascular prévia tendem a piorar no verão, enquanto as demais podem sentir edemas, dores nas pernas, cansaço, peso, caimbra, ressecamento da pele e coceira - que são intensificadas pelo calor", fala.

Isso porque, nos dias quentes, o calor gera um fenômeno chamado vasodilatação, que retarda o retorno da circulação do sangue dos membros inferiores para o coração. Essa é uma das causas de inchaço nas pernas e pés, típicos dessa época. Os inchaços podem não ter nenhum problema associado, mas também podem representar doenças como varizes, trombose ou edema linfático. Por isso, é importante consultar um especialista se o inchaço for além do normal.

Dr Caio conta que o calor aumenta também a espessura do sangue, subindo a pressão e a frequência cardíaca. A chance de ter a doença é ainda maior para quem já tem colesterol alto, é diabético, hipertenso ou obeso.

Para evitar esses problemas, a recomendação mais importante que o médico deixa é com relação a hidratação: o consumo deve ser entre dois e três litros de líquidos por dia, com preferência para a água. "Além disso é recomendado evitar a exposição direta ao sol por longos períodos, fazer refeições leves, que exigem menos esforço do organismo durante a digestão, e evitar o abuso de sal, que absorve muito líquido e pode colaborar para o inchaço de membros inferiores e superiores", alerta o vascular.

A desidratação no verão pode ter efeitos graves para o paciente que tem doença cardiovascular ou vascular periférica, relacionados à perda do nível de consciência, desmaios e queda de pressão arterial. "É importante cuidar bem da saúde durante todo o ano, controlar a hipertensão arterial, diabetes e sedentarismo que são fatores que podem desencadear sérios problemas", finaliza Dr. Caio que ensina 3 exercícios físicos que melhoram a circulação e o retorno venoso e podem ser feitos dentro de casa:


Alongamento: é considerado um forte aliado da ativação circulatória. Uma dica é apostar em movimentos para esticar as pernas, afinal alongar e esticar aliviam dores e cansaços.


Simulação de andar de bicicleta: deitado no chão ou em um colchonete, assegure-se de colocar as costas contra o chão e as mãos atrás da nuca. Levante as pernas e simule o pedalar durante 1 minuto, descanse e retome.


Flexões dos pés: sentado em uma cadeira com os calcanhares apoiados no chão. Levante as pontas dos dedos e as mantenha elevadas por alguns segundos. Depois, abaixe e levante os calcanhares de forma alternada. Complete 20 repetições com cada pé.

 



FONTE: Dr. Caio Focássio - Cirurgião vascular formado pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten - Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.

http://www.drcaio.com.br

Instagram: @drcaiofocassiovascular

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